terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Os Registros Celestiais

Os Registros Celestiais
Contudo, o importante não é que os demônios obedeçam a vocês, e sim que os seus nomes estejam registrados como cidadãos do Céu. Lucas 10:20, BV

Os discípulos voltaram jubilosos e eufóricos com os resultados do trabalho realizado. Jesus, porém, procurou corrigir a impressão com que estavam possuídos e assegurou-lhes de que havia um motivo muito maior para alegrar-se: "Alegrai-vos antes", disse-lhes Jesus, "por estarem os vossos nomes escritos nos Céus" (Lc 10:20, ARC).

Dons especiais e êxito podem ser muitas vezes manifestações de vidas afastadas de Deus e do Seu reino. Homens não consagrados e indolentes podem possuir talentos excepcionais, ser brilhantes pregadores e, todavia, os seus nomes nunca serem escritos no Livro da Vida. "Como os discípulos houvessem visto o êxito de seus labores, estavam em risco de atribuir a honra a si mesmos, em risco de nutrir orgulho espiritual, caindo assim sob as tentações de Satanás"

Cristo não condenou a alegria dos discípulos. Ele corrigiu a atitude deles, pois corriam o perigo de ser desviados pelo esplendor das aparências, da fama, das estatísticas e esquecer o verdadeiro motivo do êxito que alcançaram. Cristo, porém, corrigiu-os com amor e acenou-lhes com uma herança que lhes daria alegria ainda maior – seus nomes escritos nos registros celestiais.

Não há problema em nos alegrarmos por aquilo que fazemos para a causa de Deus, desde que a nossa satisfação seja mediante a renúncia do eu e a nossa exaltação mediante a humilhação da cruz.

Não podemos ser considerados bons obreiros a menos que tenhamos a aprovação de Cristo. Deus avalia os motivos do coração. O mais difícil é a submissão completa do eu. "Minha capacidade é por demais brilhante, minhas possibilidades inatas são por demais convincentes", e assim preferimos fazer as coisas ao nosso próprio modo, ficando difícil aceitar a opção divina para nós.

Cristo chamou a atenção dos discípulos para os privilégios e direitos que eles teriam como cidadãos do Reino. Seriam participantes da graça da salvação, porque os seus nomes estavam registrados no Céu.

Os discípulos deviam aceitar o fato de que a salvação não era mérito pessoal deles; que a salvação é realizada por Deus, no começo (justificação); na continuação (santificação); e no final (glorificação); que eles eram apenas instrumentos a serviço de Deus. E nós também.

REFLEXÃO: "O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, [...] e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida" (Ap 3:5).

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