sábado, 29 de março de 2014

A Bíblia é o documento mais historicamente correto de todos os tempos

Estudiosos querem ajudar cristãos a entender melhor como as Escrituras foram preservadas

Chad Hovind, pastor da megaigreja Horizon Community, de 5.000 membros, em Cincinnati, Ohio, quer ajudar os cristãos a entender melhor por que a Bíblia é o documento “mais historicamente correto de todos os tempos”.
Segundo Hovind, a visita do conhecido pregador Josh McDowell à sua igreja ajudou muitas pessoas a “abrirem os olhos” para alguns fatos fascinantes. O autor de “Mais que um carpinteiro” usou em suas palestras um rolo com os cinco primeiros livros da Bíblia (Torá) com cerca de 500 anos de idade. Ele permitiu que os presentes o tocassem e examinassem. Depois, explicou que aquele era um dos poucos manuscritos completos da Torá do mundo que não está em algum museu.
Durante sua apresentação, mostrou como eram as técnicas detalhadas dos antigos escribas judeus para certificarem-se que a Bíblia que temos em nossas mãos hoje ficasse livre de erros.
Para McDowell, as tentativas constantes de atacar a credibilidade histórica da Bíblia são a ameaça mais comum, pois ela é a base da fé cristã. Lamentou que até mesmo os cristãos acreditam em ‘bobagens’ que visam desacreditar a maneira que o texto bíblico foi passado de geração em geração.
O pastor Hovind enfatiza que as explicações de McDowell fizeram muitos dos presentes repensar a maneira como veem as Escrituras Sagradas e que essas verdades deveriam ser mais divulgadas. Para isso, pretende produzir um DVD com esse material, visando a multiplicação do conhecimento.
O rolo que McDowell usa para ensinar sobre o assunto foi copiado por escribas por volta de 1450 dC.  Possui grande valor histórico pois naquela época era muito comum que material religioso deste tipo fosse proibido e muitas vezes queimado, como resultado da perseguição judaica por parte da Igreja Católica.
O compromisso de copiar as Escrituras era uma tarefa sagrada. Havia milhares de métodos de controle de qualidade destinados a assegurar sua confiabilidade. Os escribas eram obrigados a memorizar mais de 4000 leis antes de começar a escrever. Nada poderia ser escrito a partir da memória.
Cada letra das copiadas obedecendo um sistema de três escriba. Depois que um escrevia, outro verificava cuidadosamente cada letra e um terceiro escriba verificava a obra final.  A maioria das cópias completas da Torá tinham cerca de 70 metros de comprimento e levavam mais de três anos para serem terminadas. Após a conclusão, três escribas verificavam o documento antes que ele pudesse ser usado.
Sabe-se que os escribas literalmente contavam as letras do começo ao fim. São exatamente 304.805 letras na Torá, parando a contagem na 152.402a letra (em Levítico 11:42). Ficou estabelecido que a próxima letra era a chamada “letra central”. Se ela não estivesse certa, o pergaminho todo precisava ser reexaminado. Se estivesse correta, continuavam contando para ver se a última letra do pergaminho totalizava 152.402.
As Escrituras eram confirmadas por meio de um rolo de papel que servia como um certificado de que seguira todos os processos necessários, incluindo a verificação de três escribas e o sistema de contagem para confirmação.
Até hoje, não se conhece na história da humanidade nenhum processo de cópia com tamanho compromisso com o controle de qualidade. Hovind e McDowell querem enfatizar aos leitores da Bíblia e também aos seus críticos que as antigas histórias de que as Escrituras foram alteradas ao longo do tempo são bobagem.
Embora as traduções possam variar, é possível ver cópias do documento mais historicamente confiável da história expostas em diversos museus. Ainda que se possa atacar seus ensinamentos, os fatos mostram que não há como questionar a seriedade do processo de cópia e a enorme quantidade de sangue que foi derramado para que o que Deus revelou ao homem fosse preservado. Letra por letra.

Alá está reunindo os judeus em Israel para matá-los, afirma líder terrorista

Ameaça de líder do Fatah aponta para antigas profecias

Alá está reunindo os judeus em Israel para matá-los, afirma líder terrorista"Alá está reunindo os judeus em Israel para matá-los"
O oficial da Autoridade Palestina Abbas Zaki fez uma declaração surpreendente durante um programa de televisão palestino. Como membro do Comitê Central do governo, pertencente ao grupo terrorista político Fatah, sua opinião é muito relevante. Em especial porque atualmente é um dos líderes mais influentes, assessorando o líder palestino Mahmoud Abbas para o diálogo com o mundo árabe e China.
Perguntado sobre a política de Benjamin Netanyahu em relação a ataques dos jihadistas, comparou-a ao Holocausto. Para ele, o objetivo final não é a restauração de Israel, mas sim o seu desaparecimento. Acrescentou ainda que os israelenses “são sem religião e sem princípios, sendo um instrumento avançado do mal.”
Zaki disse ainda que concordava com os judeus e cristãos que afirmam há anos que somente por uma intervenção divina o povo judeu está sendo reunido em Israel. Contudo, foi enfático: “Eu acredito que Alá vai reunir [os judeus], mas para que possamos matá-los”.
Obviamente suas colocações geraram muitos protestos, especialmente por parte da mídia cristã.
Recentemente foi divulgado por Ron Huldai, presidente da câmara, de Tel Aviv, que Israel está assistindo nos últimos anos “uma nova onda de imigração em proporções nunca vistas senão nos anos que precederam a independência de Israel”.
Estudiosos das profecias apontam que esse movimento recorde é um sinal que aponta para textos do Antigo Testamento mostrando que nos últimos dias Deus levaria seu povo de todas as partes do mundo de volta para a terra prometida. A menção de que essa reunião possa culminar em uma guerra com os palestinos ecoa os textos que mencionam Gogue e Magogue. Com informações Times of Israel e WND.

“Superprofeta” visita o Brasil e alerta para invasão de insetos no país

Famoso por “chamar” chuva e prever tragédias, queniano reúne 10 mil em MS

O pastor David Owuor já foi chamado de “profeta da chuva” e de “superprofeta” por ter anunciado grandes tragédias, como os furações Katrina e Irene, que destruiu parte dos Estados Unidos, além do terremoto que, em 2010, devastou o Haiti, meses antes de ocorrerem. Na África é conhecido por “chamar” a chuva com suas orações.
“Em alguns eventos ele orou para chover e choveu. O mais conhecido foi em 2011, na Nigéria. Dez dias antes de uma conferência que faria, David começou a noticiar que haveria uma chuva na data. Ele registrou isso. Gravou em uma rádio local e colocou no Youtube. Era um período de seca. No dia da conferência foi uma grande multidão e, durante o evento, com sol escaldante e céu brilhante, choveu forte por mais de uma hora”, explica o pastor Gladiston Amorim, 51 anos, do Ministério Atos de Justiça.
Ele coordenou a primeira vinda de David ao Brasil assegurando que “em nível de ofício profético talvez não exista outro”. Acrescenta que Owour tem um ministério de milagres, tendo testemunhos gravados de paralíticos, cegos, surdos mudos, leprosos e portadores de HIV.
Sempre vestido de roupas brancas e com sua característica barba comprida, Owur largou uma bem sucedida carreira de cientista médico para pregar o evangelho.  Esta semana ele foi o destaque na “Conferência de Arrependimento e Santidade – A preparação para a vinda do Messias”, evento evangélicos em Campo Grande.

sexta-feira, 28 de março de 2014

A Mensagem da Páscoa Judaica - Pessach - A Libertação do Egito

A Páscoa remete à libertação de Israel da escravidão do Egito. Deus Enviou Seu anjo para matar todos os primogênitos egípcios, afim de fazer com que faraó libertasse o seu povo.

Os hebreus foram instruídos a sacrificar cordeiros e pintar com sangue o batente da porta de suas casas, como sinal para que o anjo passasse por elas sem que causasse dano aos moradores da casa.
Os rituais da Páscoa começaram ao entardecer. Na noite do primeiro dia de Páscoa, os hebreus deixaram apressadamente o Egito. Os pães asmos são um lembrete de que os Israelitas não tiveram tempo para fermentar o alimento, antes de comer sua última refeição como escravos no Egito.
Da mesma forma que o sangue dos cordeiros salvou os hebreus da destruição no Egito, o sangue de Jesus, o Cordeiro Pascal, salvou-nos da destruição e do poder do pecado e da morte eterna.

A Data da Páscoa Judaica

Pelo calendário sagrado hebraico, a páscoa - Pessah [passagem] - marcou o início de uma nova era para os hebreus. A páscoa marca o início do mês de Abib, também conhecido como Nissan [primeiros frutos em hebraico], que corresponde aproximadamente aos meses de março/abril em nosso calendário.
Cada família israelita deveria no décimo dia do mês, separar um cordeiro macho de um ano, perfeito, sem mácula. O sacrifício deste cordeiro acontecia somente no décimo quarto dia.
As ervas amargas lembravam a todos os israelitas do quanto foi amargura a servidão da escravidão no Egito. O pão sem fermento trazia a mensagem de pureza espiritual que deveria ser mantida pelo povo de Deus ao participar da Páscoa.

A Hagadá a Cerimônia da Páscoa

A Hagadá é um ritual litúrgico na Páscoa judaica, onde são lidos textos sobre a libertação de Israel da escravidão do Egito. Há cânticos, orações e leitura de provérbios nesta solene festividade.
Comumente os israelitas não usavam suas sandálias e seus cajados dentro de casa. Mas na noite de Páscoa eles tinham que estar prontos para marchar para fora do Egito, prontos para sair da servidão
mensagem de páscoaJesus com Seus Discípulos em Sua Última Ceia de Páscoa.

A Páscoa e a Santa Ceia do Senhor

Quinta-feira era o primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, e da Páscoa judaica, em que os judeus imolavam e comiam o cordeiro pascal. Havia uma intensa "correria" neste dia. Preparar a refeição daCeia da Páscoa judaica, era algo complexo e tomava tempo.

Os judeus seguiam rigorosamente a prescrição da Lei. Tudo tinha que ficar pronto até a tarde, quando chegava o momento de celebrar o alimento especial para a ocasião.

E Jesus e seus discípulos precisavam de um local para essa celebração da páscoa, algo difícil de se conseguir, devido ao grande número de peregrinos, que vinham de todas as partes de Israel, para acelebração da Festas dos Pães Asmos e da Páscoa judaica, em Jerusalém.
"E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa?" Marcos 14:12
Entretanto, o Mestre que estava sempre na dependência do Pai, não ficou desamparado, e revelou a seus dois discípulos mais íntimos, Pedro e João, como fariam para achar o lugar perfeito, para a ocasião da Páscoa judaica e da Última Ceia.
E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem, que leva um cântaro de água, vos encontrará; segui-o." Marcos 14:13
Esta era uma tarefa de confiança, e Jesus os enviou secretamente, para que Judas não soubesse até o último momento, o local da reunião, pois avisaria os príncipes dos sacerdotes, que teriam uma excelente oportunidade para prender Jesus. Mas Jesus não queria ser perturbado antes de deixar o legado da Santa Ceia à Igreja.
E, onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; preparai-a ali." Marcos 14:14-15
Não foi difícil encontrar o cenáculo, pois tudo ocorreu conforme Jesus havia predito. O dono da casa os recebeu prontamente e pôs a disposição deles uma ampla sala adornada com tapetes e sofás, preparados para a refeição pascal.
O cenáculo era um cômodo construído sobre o terraço da casa, onde Jesus e seus discípulos poderiam ficar em total segurança e tranquilidade.
O proprietário do cenáculo, certamente era um servo fiel a Deus. Foi com muita presteza que colocou os seus bens pessoais à disposição do Mestre, algo que traz um ensinamento muito lindo, em utilizar as suas posses na obra de Deus.

Os Alimentos da Páscoa - Pães Asmos e Ervas Amargas

Pedro e João, além de encontrar o lugar onde seria celebrada a Páscoa, tinham que preparar os diversos alimentos, segundo o custume judaico. Os pães asmos, feitos sem fermento, medem 25 centímetros de diâmetro e alguns milímetros de espessura. A superfície é cheia de rugas.
Eram preparados com farinha diluída em água, postos em pratos e levados ao fogo até endurecerem. O gosto era insosso, de uso obrigatório durante todo o tempo das festividades da Páscoa, cujo propósito era recordar quando Deus libertou o seu povo do jugo dos egípicios (Êxodo 12:15-20,39).
Eles tinham também que conseguir as ervas amargas - alfaces, salsinha, agrião, rabanetes silvestres, entre outras - conforme a prescrição da instituição da primeira Páscoa em Êxodo 12.8.
E tudo aquilo envolvia a preparação de um molho espesso e avermelhado, chamado em hebraicoharoset, composto de uma mistura de frutas secas - tâmaras, amêndoas, figos, passas - esmagadas e diluídas em um pouco de vinagre.
Esses dois tipos de alimentos representavam os sofrimentos que os hebreus suportaram no Egito. O sentido do molho haroset era representar os tijolos que seus antepassados tiveram que fabricar à custa de muito esforço (Êxodo 1:1-14).
Havia outros pratos a preparar, bem como providenciar uma quantidade suficiente de água e vinho.
cenaculo local da ceia da pascoa judaicaO Cenáculo, Local da Última Ceia de Páscoa e da Instituição da Santa Ceia.

O Cordeiro Pascal

Mas o prato principal era o cordeiro pascal, que deveria ser de um ano, sem defeito algum. Era imolado depois do meio-dia, conforme a lei. Os chefes de família podiam também realizar esta tarefa, por não haver sacerdotes suficientes para realizar tanto trabalho.
Para isso, eram dividios três grupos que se revesavam das 3 às 5 horas, no pátio dos sacerdotes, diante do santuário, a pouca distância do altar dos holocaustos. Ao sinal das trombetas dos sacerdotes, cada um imolava o seu cordeiro.
Os sacerdotes, postos em duas filas, recolhiam o sangue das vítimas em recipientes de ouro ou de prata, que iam passando de mão em mão (quase que numa alusão profética, sobre o cálice da santa ceia de Jesus, que representava o seu sangue derramado, que passou de mão em mão dos seus discípulos), até chegar aos que estavam próximos ao altar.
Em seguida, esquartejavam os cordeiros, sem quebrar nenhum osso, e tiravam a gordura para queimá-la no altar dos holocaustos. Concluído o ritual e o canto dos salmos, o cordeiro era envolvido na própria pele e levado à casa do seu dono.
Com dois galhos de romãzeira postos em forma de cruz, o animal era introduzido no forno. Esse foi o trabalho de Pedro e João durante toda aquela quinta-feira.
Ainda em nossos dias, os judeus cumprem rigorosamente essa prescrição. Cada família tem o cuidado de se livrar de todo pão fermentado que reste na casa. Apenas renunciaram ao cordeiro pascal, por não poderem mais imolá-lo no templo, destruído pelos romanos no ano 70 D.C.

A Ceia Cerimonial da Páscoa Judaica

A ceia da Páscoa seguia determinados rituais que os evangelhos não descrevem. Os participantes, começavam lavando as mãos. Quando todos estavam em seus lugares, o chefe de família tomava em suas mãos uma taça cheia de vinho tinto, levemente aguado, e a abençoava com uma oração.
Esta oração iniciava com as seguintes palavras: "Bendito sejas, Senhor nosso Deus, que tens criado o fruto da videira". Logo em seguida, após ter bebido o vinho, passava a taça aos demais, e cada um devia beber um gole.
O dirigente da cerimônia abençoava as ervas amargas, tomava delas, molhava-as no molho e as comia. Os demais convidados faziam o mesmo. Só depois disso é que o cordeiro pascal era posto na mesa.
Conforme a prescrição de Êxodo 12:26, era explicado o significado da Páscoa e suas cerimônias. Depois, fazia a oração chamada Hallel, composta dos Salmos 113 e 114. Enchia-se outra taça e, como a primeira, passava de mãos em mãos.
Encerravam a segunda parte da refeição com a oração: "Bendito sejas, Senhor nosso Deus, rei do Universo, que nos tens libertado e liberaste a nossos pais do poder do Egito".
Na terceira parte da cerimônia, os convidados lavavam as mãos, novamente. O dirigente partia um pão asmo, comia um pedaço, acrescentava ervas amargas, molhava-o no molho haroset e o distribuía aos presentes.
Em seguida, faziam à bêncão do cordeiro pascal, que era cortado delicadamente e repartido entre todos. Concluída a refeição, todos bebiam a terceira taça de vinho que se chamava o cálice da bênção, porque era de especial forma abençoado.
Cantavam a segunda parte do Hallel, Salmos 113 a 118, e outros salmos. Todos deveriam se retirar antes da meia-noite.

Os Dez Mandamentos da Lei de Deus no Contexto da Graça de Jesus

Os Dez Mandamentos, dados por Deus ao povo de Israel, através de Moisés, o grande legislador do antigo testamento, causaram um profundo impacto no mundo inteiro.
Os efeitos dos dez mandamentos podem ser sentidos ainda hoje, pois exercem uma visível influência na religião e na lei civil de diversas sociedades da atualidade.
Vamos abordar mais abaixo neste estudo, os pontos mais importantes dos Dez Mandamentos, procurando sempre trazê-los ao contexto e à interpretação que o nosso Bom Mestre Jesus nos deixou em suas palavras de graça e amor.

O Local Onde Moisés Recebeu as Tábuas dos Dez Mandamentos

O encontro entre Deus e Moisés ocorreu na cordilheira da península do Sinai, algumas vezes chamado de Monte Horebe, outras de Monte Sinai. A localização exata porém, não é conhecida.
Alguns picos da península do Sinai são sugeridos como sendo o verdadeiro Sinai, local onde Moisés recebeu de Deus as tábuas com os Dez Mandamentos. Entre eles podemos citar a montanha de Jabel Musa, com cerca de 2.225m de altura, que possui uma região plana, onde os hebreus poderiam ter fixado o acampamento;
Jabel Serbal com 2.027m também poderia ter sido o local onde a lei foi revelada a Moisés, e, por último, o Jabel Katerina com 2.565m de altura.
"Porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte." Êxodo 19:2
os dez mandamentos no monte sinaiO Monte Sinai, Onde Moisés Recebeu os Dez Mandamentos da Lei de Deus.

Os Dez Mandamentos

Era comum no antigo oriente, os reis apresentarem os termos de seu reinado, na forma de um pacto e de uma aliança com seus súditos. E o Senhor, Rei onipotente chama aqui nos Dez Mandamentos os filhos de Israel à uma aliança, um pacto de um reino eterno, revelando-lhes o coração da sua lei.
Os quatro primeiros mandamentos falam sobre os deveres dos seus servos para com Deus. Os outros seis, tratam da regulamentação das relações entre os próprios seres humanos. A lei trazia uma proposta de proteção ao homem e a família, mais do que somente uma relação de culto.

Não Terás Outros Deuses

"Não terás outros deuses diante de mim." Êxodo 20:3
O Senhor é o único e verdadeiro Deus. Na realidade, não há outro Deus. O que há é a tentativa de criaturas caídas, em roubar a glória que só pertence a Deus.
Muitos estudiosos afirmam que os hebreus só vieram a crer totalmente que o Senhor era o único Deus vivo, no século 8 a.c. , na época de Amós.
Na atualidade, teologicamente falando, seguimos uma conduta monoteísta, não cultuamos outros deuses. Entretanto, há circunstâncias em que objetos, eventos ou pessoas se tornam tão ou até mais importantes do que Deus pra nós.
Torna-se mais importante viver para o que é material, sem se importar com o espiritual. A busca por receber objetos, posses, prosperidades puramente materialistas, através de uma "espiritualidade", vai se constituir em um tipo de culto ao que é perecível e passageiro.
As riquezas também têm se tornado "o deus" de muitos.

Não Farás Imagem de Escultura

"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra."
Êxodo 20:4
A idolatria era uma pecado gravíssimo. Os povos antigos estavam tão envolvidos com a idolatria, que os ídolos, além de ojetos de adoração, também passaram a ser uma espécie de escritura, como um documento que atestava a propriedade das terras onde moravam.
Eis um dos motivos porque Raquel, mulher de Jacó roubou um ídolo de seu pai Labão, ela queria a herança na terra de seu pai.
Mas Deus ordenou que os israelitas não poderiam produzir nada que desviasse a adoração ao Senhor. Deus não aceita nenhuma forma de adoração a outro deus. Ele é um Deus zeloso, [do hebraico el ganna], zela pela verdade.
Havia uma grande dificuldade dos povos antigos, em entender que Deus é espírito, e que não podiam vê-lo, mas adorá-lo em espírito e em verdade. Este era um conceito elevado, que Jesus viria explicar melhor no seu diálogo com a samaritana.
"Não te encurvarás a elas nem as servirás;"Êxodo 20:5
E infelizmente, há pessoas que por sua notoriedade, por seus talentos, por suas habilidades em alguma área da vida humana, tornam-se em mitos, em "super-stars". Muitos acabam por idolatrá-los, mesmo que quase sem perceber.

A Misericórdia é Maior que a Ira de Deus

"porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam." Êxodo 20:5
Este texto foi muito usado pelas seitas religiosas do tempo de Jesus, que exageravam a sua interpretação, cuja a teoria da causa e efeito afirmava que as doenças de nascença eram maldições hereditárias, resultado do pecado dos pais.
Mas para que essa maldição ocorresse, o texto deixa claro a necessidade de se odiar a Deus, primeiro.
"E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos." Êxodo 20:6
E veja que se Ele visita a maldade até a terceira e quarta geração, a Misericórdia do Senhor [do hebraico hesed, amor leal] é muito maior do que a sua ira, pois diz logo em seguida que a sua misericórdia se estenderia a milhares de gerações daqueles que são íntegros.
Basta então que o homem se arrependa, em nome de Jesus, para quebrar a maldição do pecado.
"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." 2 Crônicas 7:14
as tabuas dos dez mandamentosMoisés Recebe as Tábuas de Pedra Contendo os Dez Mandamentos.

Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão

"Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." Êxodo 20:7
Usar o nome do Senhor Deus em vão [do hebraico shaw'], é utilizá-lo fora do contexto da reverência, com trivialidade ou insignificância, ou citá-lo de forma imprudente ou banal.
E há situações em que se usa o nome do Senhor, apenas para se justificar uma opinião ou um julgamento. Quantas guerras já foram e continuam sendo travadas "em nome de Deus"? Quanta discriminação, separação e acepção de pessoas não são feitas em nome da religião?
Há muitos que exploram a boa fé das pessoas "em nome de Deus". Usam o precioso e santo nome do Senhor para praticar charlatanismo e curandeirismo, enriquecendo às custas de fiéis inocentes.
Mas os que proferem o nome do Senhor em vão, prestarão contas no último dia e o Senhor não os tomará por inocentes.

Lembra-te do Dia de Sábado

"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra." Êxodo 20:8-9
O quarto mandamento era o símbolo da aliança entre Deus e Israel no monte Sinai. A palavra Shabatsignifica descanso. Todo trabalho, toda obra deveria cessar nesse dia. Durante o Shabat os israelitas adoravam a Deus e relembravam a sua libertação do Egito.
Porém , para nós, mais do que falar de um dia separado para que sejamos mais religiosos, o sábado apontava para o descanso que há em crer e confiar na graça salvadora de Jesus pela cruz.
No tempo do antigo testamento, só se podia chegar a Deus e obter perdão através de obras de sacrifício. Era trabalhoso e cansativo seguir a tantas prescrições que a lei previa.
Mas como afirma o Gênesis, depois de toda a sua obra na criação, Deus descansou. Assim, depois de toda a obra redentora de Jesus, com seus sofrimentos e sua morte, o seu sacrifício vicário nos permite entrar no descanso de Deus.
"Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso;" Hebreus 4:3
"Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas." Hebreus 4:9-10
E hoje não é mais por nenhuma obra meritória, mas somente pela confiança na graça que nos faz estar no descanso eterno do Senhor, sem depender de religião, sacrifício, ofertas ou qualquer outro intermediário para se chegar à Deus, o nosso Senhor Jesus.
E quem crê que Jesus já finalizou a obra salvadora e pagou todo o preço pela remissão dos pecados, quem acretida nisso, entra no descanso divino, um eterno Shabat, onde se deve santificar todos os dias ao Senhor, e buscá-lo com todas as suas forças, com sinceridade de todo coração.
os dez mandamentos da lei de DeusOs Dez Mandamentos da Lei de Deus.

Honra a teu Pai e Tua Mãe

"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá." Êxodo 20:12
No tempo do antigo testamento, não havia aposentadoria. Assim os filhos eram responsáveis pelo cuidado e pelo sustento de seus pais, quando estes ficavam muito idosos e sem condições de trabalhar. Este cuidado era o elemento básico da responsabilidade social entre os hebreus.
O termo honrar significa tratar com importância, que indica uma atenção para além do simples sustento material, mas a lei falava também de uma reconciliação profunda dos filhos com a imagem de seu pai e de sua mãe.
O fato é que há muitas pessoas que carregam mágoas ou até traumas advindos de suas problemáticas relações com seus pais. É certo que alguns pais podem errar na condução da educação de seus filhos, uns mais, outros menos.
Quantas pessoas têm dificulade de se submeter à autoridade, por causa das lembranças ou dos traumas relacionais com seus pais.
Mas Deus afirma que devemos perdoar e compreender nossos pais. E aceitar a correção de um pai ou de uma mãe, é um exercício benéfico para que possamos também receber a correção de Deus pacificamente.
Portanto, pacifique as suas lembranças e o seu relacionamento com seus pais. O amor supera em muito as mágoas e os traumas.
Não devemos abandonar os nossos pais na sua velhice. Temos o dever de amar aqueles que nos geraram e nos deram a vida.

Não Matarás

"Não matarás." Êxodo 20:13
A lei proibia expressamente o dano mais grave que se pode impor ao semelhante, o homicídio. E nós cristãos não matamos, no sentido literal da palavra. Mas por vezes somos invadidos de hostilidades, energias de violência, impaciências que viajam dentro de nós.
E esses sentimentos de ira, quando não controlados, podem levar à palavras injuriosas que "matam" o próximo espiritualmente, ou no nosso coração.
Por isso Jesus ampliou o sentido deste mandamento, com as palavras "raca", vocábulo aramaico que quer dizer "néscio", e uma segunda injúria "louco", em sentido moral "ímpio". E este mandamento é de tal subjetividade, que quem se comporta desta maneira, mesmo nunca matando, se torna homicida na alma.
"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno." Mateus 5:22

Não Adulterarás

"Não adulterarás." Êxodo 20:14
A lei protegia a santidade do matrimônio como uma responsabilidade sagrada.
Jesus também neste mandamento, vai mais adiante e proíbe até os olhares voluntários e a cobiça interior. Há que se manter a pureza exterior como também a pureza interior. Temos que nos afastar do que pode colocar em risco a nossa comunhão com Deus.
"Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." Mateus 5:28

Não Furtarás

"Não furtarás." Êxodo 20:15
Não só da proteção ao direito à propriedade e da proibição ao roubo a lei falava, mas daqueles tentam roubar os sonhos do próximo. Tentam atrapalhar de alguma forma a sua caminhada, prejudicando o seu desenvolvimento material, social ou espiritual. É como se lhe roubassem a própria vida.

Não Darás Falso Testemunho

"Não dirás falso testemunho contra o teu próximo." Êxodo 20:16
É uma proteção das pessoas contra a calúnia. Quantos não proferem palavras inverídicas contra seus semelhantes, quantas fofocas do tipo "eu ouvi dizer", "tudo indica", prejudicando a imagem e a reputação de alguém, que pode ser totalmente inocente.

Não Cobiçarás

"Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." Êxodo 20:17
A palavra cobiçar [do hebraico hamad], significa "possuir enorme desejo por". Cobiçar é não só apreciar, mas ter uma vontade egoísta de se apoderar dos bens da outra pessoa.
Esse sentimento perverso acaba levando às atitudes de cobiça. A lei demonstra assim, que Deus quer que não só evitemos às práticas malígnas, mas que descartemos todo e qualquer pensamento leviano estabelecidos previamente em nossas mentes.

Elias e os Profetas de Baal no Monte Carmelo

Cume do monte Carmelo, 600 metros de altura. Ouve-se como um trovão, a voz contundente do servo do Senhor. Um sério desafio é lançado:
"Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o".
De um lado, quatrocentos e cinquenta profetas de baal e mais quatrocentos da divindade pagã asera, estremecem.
Do outro lado, Elias cheio do Espírito Santo, proclama que o tempo do arrependimento é chegado. No meio está o povo de Israel, confuso e nada responde.
Após mais de três anos sem chover, em meio a seca devastadora que provocou uma fome jamais vista no reino do norte de Israel, e sob o comando do rei Acabe, com a convocação do profeta Elias, todo povo é congregado no monte Carmelo para este grande duelo.
Somente um restaria vencedor, ao qual seria dado todo reconhecimento e toda a honra como o verdadeiro e único Deus: Yahweh (Javé) ou baal.
Se baal ('o deus que fazia chover') não podia responder aos pedidos de chuva, coisa que seus sacerdotes durante quase quatro anos suplicaram, talvez respondesse, então, ao chamado para fazer descer fogo dos céus.
o monte carmelo, onde elias enfrentou os profetas de baalElias e os Profetas de Baal no Monte Carmelo.

O Monte Carmelo

O Carmelo formava uma cordilheira com 30 km de comprimento, onde sua largura variava entre 5 e 13km, indo da costa do mar mediterrâneo em direção a sudeste do território de Israel. Seu ponto mais elevado chegava a 600m de altura, local do duelo de Elias.
No lado norte do Carmelo, encontramos o rio Quisom, onde Elias destruiu os profetas de baal. Deste monte é possível avistar as planícies de Esdraelom e de Sarom. Há também inúmeras cavernas no Carmelo que parecem ter sido habitadas. A mais famosa é conhecida como a 'Gruta de Elias', atualmente um santuário muçulmano.
Parte da cidade costeira de haifa localiza-se sobre o Carmelo.

Os Profetas de Baal

Não era só o povo de Israel que possuía um sistema religioso liderado por sacerdotes e profetas. Quase todas as nações em volta tinham seus líderes religiosos, magos, sábios e xamãs.
E estes "profetas" viviam às custas da riqueza do reino onde se encontravam. Vários historiadores relatam a imensa riqueza e poder que estes religiosos pagãos desfrutavam no Egito. Eles demandavam enormes quantias de dinheiro, ouro e prata para performarem seus cultos às divindades.
Os profetas de baal, comiam da mesa de Jezabel, tinham status nobre no reino, faziam parte da elite da sociedade israelita da época, gastavam vultosas somas de recursos do governo para construir templos grandiosos dedicados aos seus ídolos fenícios.
E perseguiam os verdadeiros profetas do Senhor, impondo-lhes a espada, matando todos aqueles que não conseguiam fugir.
Os cultos às divindades eram verdadeiros espetáculos performáticos de danças místicas, transes religiosos, lascívia, prostituição e permissividade, chegando ao ponto de se cortarem com metais ou pedras afiadas, derramando seu próprio sangue.
Havia ainda apresentação de oferendas aos deuses pagãos, e com certa frequência, matavam e ofereciam crianças como sacrifício.
os profetas de baalOs Profetas de Baal e Suas Danças Místicas.

O Desafio de Elias aos Profetas de Baal e Asera

Todo esse sincretismo religioso em muito havia afetado a Israel, ceifando muitas vidas, seja pela espada dos profetas de baal, seja pela seca ou pela fome naquela terra.
E povo de Deus, que havia sido levado à ruína pela adoração a baal, introduzida por Jezabel e seus profetas, é convocado a largar a idolatria, o sincretismo, e voltar ao primeiro amor, ao caminho reto trilhado por seus antepassados.
E o desafio foi lançado. Os quatrocentos e cinquenta profetas de baal, mais os quatrocentos profetas de Asera iniciaram as suas danças, com gritos, berros e gemidos, fazendo muito barulho, porém não havia nada espiritual no seu misticismo.
Eles se cortavam, se mutilavam, derramavam seu próprio sangue, em uma tentativa de autojustificação, de auto-remissão, porém o homem não tem o poder de justificar a si mesmo, nem de redimir os seus próprios pecados.
Elias sabia bem disso, que era necessário o derramamento do sangue de um inocente, que pagasse pelos pecados do povo, algo que já apontava para o sacrifício vicário de Jesus.
"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão." Hebreus 9:22

Elias Restaura o Altar do Senhor

Elias [do hebraico eliyahu 'meu Deus é Javé'] que exerceu grande parte do seu ministério durante o reinado de Acabe, século nove antes de Cristo, em seu grande desafio a baal e asera, reparou um altar que havia sido utilizado pelo verdadeiro povo de Deus, muitos anos antes do povo se tornar idólatra.
O altar era o lugar do sacrifício, ato principal do culto ao Senhor, e a palavra holocausto [do hebraico olah, que significa 'subir'], tinha a característica da vítima ser totalmente queimada, não sobrando nada para o ofertante, nem para o sacerdote.
Elias não teve contato com o altar de baal, antes simbolizou a necessidade de que Israel voltasse ao verdadeiro Deus.
E os profetas de baal clamaram pela divindade pagã até quase o horário do sacrifício da tarde, que era continuamente oferecido no templo em Jerusalém. O sacrifício da tarde iniciava-se à hora nona (às quinze horas, mesmo horário da morte de Jesus na cruz), e era um ritual longo, que durava até o pôr do sol.
"Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás à tarde." Êxodo 29:39
Elias toma doze pedras para edificar o altar ao Senhor, à semelhança da aliança feita por Deus e as doze tribos de Israel. Embora o reino estivesse divido, o Senhor enxergava o seu povo como um só rebanho.
As pedras que eram utilizadas para se fazer o altar ao Senhor não poderiam ser extraídas das rochas com instrumentos de ferro, pois o altar falava de remissão e perdão, ao tanto que o ferro representava a punição dura e fria.
"E ali edificarás um altar ao SENHOR teu Deus, um altar de pedras; não alçarás instrumento de ferro sobre elas." Deuteronômio 27:5
As doze pedras, número das tribos de Israel, apontavam para a aliança e a promessa de Deus para com seu povo. O Senhor não havia se esquecido de Israel, antes buscava resgatar os seus filhos, como um pai amoroso, como um pastor em busca de suas ovelhas perdidas.
Ele permanecia fiel às suas promessas, ainda que o povo andasse em infidelidade, adorando a deuses estranhos, porém o Senhor em sua infinita graça e misericórdia apregoava através de Elias a necessidade urgente de arrependimento e de um novo pacto.
E Elias mandou que enchessem quatro cântaros, e que se derramasse sobre o altar três vezes. Cada cântaro continha cerca de 12,5 litros de água, elemento que simbolizava a lavagem dos pecados, assim como o fogo falava da purificação.
deus responde a elias com fogo sobre o altarDeus Responde a Oração de Elias com Fogo. Ilustração.
Elias Oferece um Sacrifício Pelo Povo
No holocausto, a vítima era degolada pelo ofertante fora do altar e em seguida esquartejada. As suas partes eram colocadas sobre o altar.
Havia diversos tipos de sacrifícios na época, dentre eles os sacrifícios de comunhão, que envolviam o sacrifício de louvor [do hebraico todah]; o sacrifício espontâneo [do hebraico nedabah] e o sacrifício relacionado a um voto [do hebraico neder].
O traço característico é que nesses tipos de sacrifícios, a carne do animal era repartida entre Deus, o sacerdote e o ofertante.
Mas o texto indica que Elias oferecia um outro tipo de holocausto, o sacrifício expiatório pelo pecado [do hebraico hatta't] e pela reparação [do hebraico asam].
No sacrifício pelo pecado de uma pessoa, apenas uma ovelha já serviria para ser oferecida, porém era necessário um animal maior no caso de se tratar da reparação dos erros de uma nação inteira. Assim Elias utiliza um bezerro.
E como está escrito, 'sem derramamento de sangue não há perdão', tudo é queimado sobre o altar, ninguém podia ficar com qualquer parte deste tipo de sacrifício, nem o sacerdote, pois o fogo do Senhor consumia tudo, deixando somente cinzas.
Longe de fazer qualquer tipo de espetáculo, Elias ora ao Senhor e clama por sua misericórdia, e invoca a sua graça fazendo menção da aliança eterna entre Deus e o seu povo, o qual Ele mesmo havia jurado, que separaria uma povo para si, zeloso, fiel e de boas obras.
E ao término da oração de Elias, Deus envia o seu fogo santo, que consome toda a carne da vítima, e também a água e consome também as pedras que representavam a aliança das doze tribos de Israel, em uma linda simbologia de que o Senhor renovava a sua aliança com seu povo.
E os purificava de todo o pecado e de toda mácula.
"Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego." 1 Reis 18:38
Este era o fogo da purificação, que ardia em fé de que brevemente o Senhor proveria para si um holocausto eterno, oferecido de uma vez por todas, para a lavagem, a remissão e o resgate da humanidade.
Elias propôs este tipo de holocausto porque o povo precisava de um concerto, arrependimento e perdão dos seus pecados. Deus respondeu com fogo, pois somente o Senhor pode perdoar pecados e limpar de toda impureza.
Ninguém pôde ficar calado, todos reconheceram a soberania do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
"O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!" 1 Reis 18:39

Voltar ao Primeiro Amor

E são tantos "profetas de baal" hoje em dia. São tantos apelos, convites fáceis para caminhos diversos que levam a perdição. Quantas vezes não somos seduzidos por estas ofertas chamativas e atraentes, que parecem até fazer sentido, mas são pecaminosas no final.
E quando percebemos caímos presos nestas armadilhas espirituais, mas não sem dar vazão aos nossos próprios desejos. E é tão difícil levantar, sair do erro, negar a si mesmo. O que fazer? Por onde começar?
A restauração do altar [do hebraico mizbeah, 'imolar'] falava da reparação das nossas atitudes, de uma mudança, de nova prática de vida onde a vontade de Deus pudesse reinar em nós.
O altar é o nosso coração.
Semelhantemente é preciso endireitar os nossos caminhos, e consertar o altar do Senhor, o nosso coração, por uma transformação interior, pela renovação do entendimento sobre o perdão a fé e o sacrifício vicário de Jesus.
O altar de Elias falava de remissão, do retorno.
É necessário voltar ao caminho, ao ponto onde tudo se perdeu, recomeçar tudo outra vez e rever valores e conceitos, reconstuir uma relação não apenas entre servos e seu Senhor, mas como afirmou Jesus, ter uma profunda comunhão de amizade com Deus, entendendo-o como um Pai que deseja estar à mesa com seus filhos.
E comprender que Ele mesmo se fez em sacrifício por nós, oferecendo a sua própria carne para ser consumida por amor de nós. Quando assim compreendemos, pacificamos o nosso ser e podemos reunir forças com o seu Espírito, para recomeçar e voltar ao primeiro amor.
"Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu." Isaías 43:1