segunda-feira, 3 de março de 2008

Os Registros Celestiais

1º de março Sábado

Os Registros Celestiais
Contudo, o importante não é que os demônios obedeçam a vocês, e sim que os seus nomes estejam registrados como cidadãos do Céu. Lucas 10:20, BV

Os discípulos voltaram jubilosos e eufóricos com os resultados do trabalho realizado. Jesus, porém, procurou corrigir a impressão com que estavam possuídos e assegurou-lhes de que havia um motivo muito maior para alegrar-se: "Alegrai-vos antes", disse-lhes Jesus, "por estarem os vossos nomes escritos nos Céus" (Lc 10:20, ARC).

Dons especiais e êxito podem ser muitas vezes manifestações de vidas afastadas de Deus e do Seu reino. Homens não consagrados e indolentes podem possuir talentos excepcionais, ser brilhantes pregadores e, todavia, os seus nomes nunca serem escritos no Livro da Vida. "Como os discípulos houvessem visto o êxito de seus labores, estavam em risco de atribuir a honra a si mesmos, em risco de nutrir orgulho espiritual, caindo assim sob as tentações de Satanás"

Cristo não condenou a alegria dos discípulos. Ele corrigiu a atitude deles, pois corriam o perigo de ser desviados pelo esplendor das aparências, da fama, das estatísticas e esquecer o verdadeiro motivo do êxito que alcançaram. Cristo, porém, corrigiu-os com amor e acenou-lhes com uma herança que lhes daria alegria ainda maior – seus nomes escritos nos registros celestiais.

Não há problema em nos alegrarmos por aquilo que fazemos para a causa de Deus, desde que a nossa satisfação seja mediante a renúncia do eu e a nossa exaltação mediante a humilhação da cruz.

Não podemos ser considerados bons obreiros a menos que tenhamos a aprovação de Cristo. Deus avalia os motivos do coração. O mais difícil é a submissão completa do eu. "Minha capacidade é por demais brilhante, minhas possibilidades inatas são por demais convincentes", e assim preferimos fazer as coisas ao nosso próprio modo, ficando difícil aceitar a opção divina para nós.

Cristo chamou a atenção dos discípulos para os privilégios e direitos que eles teriam como cidadãos do Reino. Seriam participantes da graça da salvação, porque os seus nomes estavam registrados no Céu.

Os discípulos deviam aceitar o fato de que a salvação não era mérito pessoal deles; que a salvação é realizada por Deus, no começo (justificação); na continuação (santificação); e no final (glorificação); que eles eram apenas instrumentos a serviço de Deus. E nós também.

REFLEXÃO: "O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, [...] e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida" (Ap 3:5).


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2 de março Domingo

Uma Pedrinha Branca
Ao vencedor [...] lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. Apocalipse 2:17

O livro do Apocalipse foi escrito em símbolos que falam de encorajamento para o povo de Deus de todos os lugares, em todas as épocas. O versículo acima apresenta um desses símbolos: "uma pedrinha branca".

Em 1975, visitamos vários lugares bíblicos da Ásia Menor, território que hoje pertence à Turquia, e um deles foi Pérgamo, uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse.

A expressão "pedrinha branca" está no contexto da carta enviada, da parte de Jesus Cristo a essa igreja, por intermédio de João. No final dessa carta há uma promessa ao vencedor: "(Eu) lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo."

Apesar de essa igreja ter passado pelo processo de paganização a partir do fim do primeiro século, Deus ainda reconhecia nela alguma coisa boa. Alguns estudiosos vêem na expressão "pedrinha branca", uma alusão ao que acontecia em Pérgamo, quando os juízes, ao darem a sentença no julgamento de um acusado, lançavam sobre a mesa uma pedrinha branca, se o acusado fosse considerado inocente, ou uma pedrinha preta, se fosse considerado culpado. Tenho comigo, como lembrança, uma pedrinha branca trazida de Pérgamo, por ocasião de nossa visita àquela cidade da Ásia Menor.

A "pedrinha branca" pode representar que ao crente é prometido o perdão que lhe dará direito à salvação por meio dos méritos de Cristo, o justo Juiz, uma vez que a cor branca simboliza o manto de Sua justiça, com Sua pureza e bondade. Então, Jesus joga sobre a mesa do julgamento divino a "pedrinha branca", e, pelos Seus méritos, absolve o pecador arrependido.

O "novo nome" do vencedor, impresso na "pedrinha branca", pode ser uma alusão ao seu novo caráter dado por Deus por meio dos méritos de Cristo. O fato de esse "novo nome" ser conhecido apenas pelo que o recebe, pode significar que cada crente tem sua individualidade e que as lutas e vitórias de sua vida cristã, como Jacó ao lado do Jaboque, são individuais e não coletivas, assim como a salvação.

Você gostaria de saber qual será seu novo nome? Torne-se um vencedor! Mas até lá, continue lutando junto com Cristo até que chegue o momento em que, à semelhança de Jacó, você receberá um novo nome cujo significado será "vencedor".

REFLEXÃO: "Portanto, arrepende-te [...] Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas" (Ap 2:16, 17).


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3 de março Segunda-feira

Não Desisti de Você
De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí. Jeremias 31:3

Deus organizou Sua igreja a ela conferindo a solene missão de buscar e salvar os perdidos, de encontrar aquela única ovelha que está prestes a morrer, se não for buscada a tempo. E como proporciona alegria quando ela é encontrada e salva pela graça de Cristo!

Minha irmã mais velha casou-se com um jovem chamado Ruy, descrente e desinteressado das coisas de Deus. Ela esperava que ele aceitasse a Cristo em pouco tempo. Mas isso não aconteceu. Tentou evangelizá-lo. Ele ficou conhecendo tudo sobre nossa igreja. Tinha admiração por alguns pastores que o visitavam. Muitos apelos lhe foram feitos, mas sem nenhum resultado. O casal teve apenas um filho, que na infância acompanhava a mãe à igreja.

A esposa, que era conhecida pelo apelido de Zizinha, orava constantemente pela sua conversão. Os anos foram passando. Chegaram a comemorar bodas de ouro, sem que ela visse a resposta às suas orações.

Já na velhice, Ruy teve uma complicação pulmonar devido ao uso inveterado do fumo. Certo dia, teve uma forte crise de asfixia e foi levado às pressas para o hospital. Com ele ainda no hospital, Zizinha, que estava bem de saúde e cuidando dele, sofreu um infarto fulminante vindo a falecer, deixando o marido só e doente.

Então, ele voltou para casa, no sítio, sem a esposa e com profunda solidão. Conseguiu recuperar, em parte, a saúde pelo abandono definitivo do uso do cigarro, a conselho médico, mas aos poucos foi definhando a ponto de quase não poder andar. Ele, que era de um metro e noventa de altura, agora se encontrava bastante debilitado.

Como morava perto da igreja, recebia constantes visitas de pastores e membros. Era apreciado por todos os que o conheciam. Por onze anos o irmão Lair, um dos anciãos da igreja, o visitou regularmente, conversando e orando com ele, mas até então, nada de Ruy aceitar a Jesus em seu coração. Chegamos a pensar que fosse um caso perdido. Mas, para a nossa alegria, Deus não pensou assim. Ele não desistiu do Ruy.

A essa altura dos acontecimentos, ele já estava com quase noventa anos de idade e se locomovia em cadeira de rodas. Seria ele um perdido a mais e um salvo a menos? Amanhã você saberá o que aconteceu.

REFLEXÃO: "A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega" (Is 42:3, ARC).


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4 de março Terça-feira

A Entrega
Ou desprezas a riqueza da Sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Romanos 2:4

Deus foi muito bondoso, tolerante e longânimo para com o Ruy. Meu pai, José Garcia, nunca deixou de orar por ele, mas morreu sem ver os resultados das orações.

Certa vez, a um de nossos apelos, ele respondeu de maneira enfática: "Mas, eu não creio!" Essa atitude nos mostrou que ele estava em luta interior.

Devido a questões familiares, o relacionamento entre Ruy e meu pai não era o melhor. Mas, numa de nossas visitas, ele nos disse que se o Seu Garcia fosse vivo ele iria lhe pedir perdão. Então, meu esposo lhe disse que meu pai o perdoaria sem nenhuma dúvida, mas que agora o importante era ele se arrepender e pedir perdão a Deus, ao que ele respondeu: "Deus não pode me perdoar, não. É muito pecado, é pecado demais!

Naquele momento, tive a convicção de que o Espírito Santo estava trabalhando agilmente em seu coração e, ao voltar para nossa casa, escrevi-lhe uma longa carta dizendo-lhe, entre outras coisas, que Deus já o havia perdoado.

Passaram-se nove meses de silêncio até que, numa noite, minha irmã Zel ligou-me para nos dar um recado do Ruy: "Ele quer que o Wilson venha batizá-lo no dia 8 de junho" (era o ano de 2002).

No dia marcado, estávamos lá para o seu batismo. Foi num sábado à tarde. A igreja estava repleta de irmãos e familiares. Esse era o dia esperado por todos por muitos anos. Ruy era outra pessoa; sua fisionomia transmitia alegria e felicidade!

Ele chegou numa cadeira de rodas sorrindo para todos, enquanto muitos irmãos choravam de emoção. Foi batizado na igreja, finalmente!

Daí em diante, Ruy passou a ser um homem alegre, feliz e realizado. Participou da santa ceia e era visitado semanalmente pelos irmãos, que cantavam e oravam com ele.

Por seis meses regozijou-se por ter tomado a decisão de entregar-se a Jesus. Deus não desistiu do Ruy e, na undécima hora da sua vida, aos noventa anos, Ele o alcançou e o salvou. Que amor glorioso!

Então, seis meses depois do seu batismo, no dia 12 de dezembro de 2002, ele estava no hospital tomando soro e conversando com parentes, quando parou de falar, pendeu a cabeça e adormeceu no Senhor tranqüilamente. Deus obteve a vitória!

Agora, eu espero ter uma linda reunião de família lá no Céu, com o Ruy presente, pela graça de Deus.

REFLEXÃO: "Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí" (Jr 31:3).


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5 de março Quarta-feira

O Cerne do Cristão
As raposinhas estão acabando com as plantações de uvas. Apanhem as raposas, porque as plantações estão em flor. Cânticos 2:15, BV

A única coisa que levaremos deste mundo para a eternidade é o caráter. Ele é o cerne do cristão. Dele depende nossa força ou fraqueza.

À margem de uma estrada do interior se erguia esbelta e majestosa árvore. Ela dava sombra ao viajor cansado, que sob sua sombra buscava refazer as forças. À noite, a passarada se abrigava por entre suas ramagens.

Um dia, porém, a grande árvore do caminho não resistiu à tormenta, e caiu. O que teria acontecido? Alguém observou que o interior do tronco estava oco. Pequenos carunchos penetraram por minúsculas fendas e começaram sua obra de devastação. Ninguém podia perceber o que estava acontecendo dentro daquele tronco até que um dia, com o cerne todo corroído, não resistiu ao vendaval e caiu estrondosamente.

Igualmente, os "pecadinhos", que na maioria das vezes são quase imperceptíveis, vão minando a resistência do nosso caráter e realizando a obra de devastação até que ele seja todo contaminado, levando-nos a cair.

Salomão nos adverte de que são as pequenas raposas, e não as grandes, que fazem mal às vinhas. Para Deus não há pecado de muita ou de pouca importância, pecado de muito ou de pouco valor, pecado pesado ou leve, pecado grande ou pequeno. Esse dimensionamento é do ponto de vista do homem, não de Deus. Pecado é sempre pecado. Não é uma simples questão de ética ou de moral. Deus disse que pecado é pecado e o assunto está encerrado. Pecado é pecado, sob todas as circunstâncias e em todas as situações.

Qualquer tipo de pecado faz separação e, por mais insignificante que possa parecer, é mais do que suficiente para arruinar nosso relacionamento com Deus, pondo em jogo a nossa salvação.

Jeremias Taylor disse certa vez: "Nenhum pecado é pequeno em seus resultados. É contra um Deus infinito e pode trazer conseqüências desastrosas imensuráveis. Nenhum grãozinho de areia é pequeno no mecanismo de um relógio". E Ellen White escreveu: "Só com risco de infinita perda é que podemos condescender com o pecado, por pequenino que seja" Quando buscamos o auxílio divino para abandonar o pecado, Deus nos comunica Sua graça transformadora e purifica nosso coração. Então, passamos da morte para a vida. Deus espera por isso, e você?

REFLEXÃO: "Porque o que Me acha, acha a vida e alcança o favor do Senhor" (Pv 8:35).


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6 de março Quinta-feira

Cavalinhos de Tróia
Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Provérbios 4:23

Fisicamente, Deus guardou nosso coração num lugar bem protegido. A nós, porém, cabe protegê-lo moral e espiritualmente, colocando sentinelas em cada porta que lhe dá acesso. Vejamos:

Ouvidos. Guardá-los para que não ouçam aquilo que é degradante e pervertido. Entre outras coisas, que tipo de música você costuma ouvir?

Mãos. Guardá-las para que, por meio do tato, não despertem em nós sentimentos pecaminosos.

Olhos. Guardá-los para que não vejamos nem admiremos coisas que possam poluir nossos pensamentos, porque daí para o pecado consumado, é só um passo.

Boca. Guardá-la para que, por meio do paladar, não contaminemos o corpo e, também sigamos o conselho do sábio: "Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios" (Pv 4:24).

Olfato. Guardá-lo para que não sejamos influenciados a sentimentos não santificados, pelo aroma dos perfumes atraentes e irresistíveis.

Em minha viagem pela Ásia Menor, território que pertence à Turquia, visitei as ruínas de Tróia e me lembrei de um acontecimento trágico para os troianos. Depois de muitas tentativas inúteis para conquistar a cidade, os gregos usaram de uma admirável astúcia. Ulisses simulou uma retirada estratégica, escondendo-se com seus soldados atrás dos rochedos das ilhas Tenedo, deixando bem perto da porta principal da cidade um imenso cavalo de madeira, oco por dentro e que se movia sobre rodas.

Os ingênuos troianos introduziram na cidade aquele cavalo estranho, como sendo um grande troféu arrebatado ao inimigo. O que eles não sabiam, porém, era que aquele cavalo abrigava no seu ventre vários guerreiros que, no amparo da noite, saíram daquele esconderijo e abriram as portas da cidade. Os gregos, que já haviam retornado de sua suposta fuga, entraram na cidade e Tróia foi conquistada e destruída.

Os habitantes de Tróia foram vencidos porque introduziram coisa estranha na cidade. O mesmo poderá acontecer conosco. Devemos "guardar a cidadela da alma", não "dando entrada a pensamentos aviltantes" Peçamos a Deus que nos ajude a vigiar constantemente os cinco sentidos, não permitindo que "cavalinhos de Tróia" sejam introduzidos na cidadela do coração.

REFLEXÃO: "Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti" (Sl 119:11).


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7 de março Sexta-feira

Ele Morreu no meu Lugar
Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8

Durante Sua vida na Terra, Jesus revelou-Se à humanidade como o Filho de Deus que veio para salvar todas as pessoas pecadoras – entre elas, você e eu. Ele foi ao limite de Seu amor sacrificial – até "à morte, e morte de cruz" – a fim de nos comunicar "graça por graça", para a nossa redenção. Ele, "o imaculado Filho de Deus, tomou sobre Si o fardo do pecado"
Quando éramos crianças, morávamos numa fazenda por nome Capim Roxo, Zona da Mata, em Minas Gerais. Certa ocasião, ganhamos um cãozinho que se tornou verdadeiro amigo de toda a família. Nós, as crianças, ficamos muito felizes pela presença do animalzinho. Ele sempre acompanhava meu pai por onde quer que ele fosse pela fazenda.

Num dia quente de verão, ao andar pela lavoura, meu pai percebeu que, ao cortar um arbusto com a foice, o cãozinho começou a latir desesperadamente. Olhou para os lados e não viu nada. Começou a roçar novamente e Malhadinho recomeçou a latir de maneira muito estranha. Quando meu pai puxou com a foice uma galhada seca, junto veio uma grande cobra jararaca, pronta para dar o bote na direção da sua perna. Numa fração de segundo, o cãozinho pulou entre o meu pai e a serpente, levando a picada mortal. Só, então, meu pai viu a cobra e a matou.

Tomando o animalzinho ferido nos braços, papai levou-o para casa, procurando por todos os meios salvar-lhe a vida. Impossível. Duas horas depois, agonizando e sangrando por todos os poros, o cachorrinho de estimação morreu para tristeza de todos nós. Lembro-me como se fosse hoje, quando meu pai, quase chorando, disse: "Coitadinho! Ele morreu no meu lugar!"

Com esse fato, embora criança, pude entender melhor o que havia aprendido na Escola Dominical: que Cristo morreu em nosso lugar para que pudéssemos viver para sempre com Ele, nos Céus. Meu pai continuou a viver porque aquele animalzinho levou a picada da serpente em seu lugar.

Cristo foi "picado" pela "serpente" ao colocar-Se entre nós e Satanás, fazendo-Se "pecado por nós, para que nEle, fôssemos feitos justiça de Deus" (2Co 5:21). Que em troca desse grande amor possamos oferecer-Lhe o nosso sincero reconhecimento e o amor de um coração eternamente grato.

REFLEXÃO: "Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro" (1Jo 4:19, ARC).


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8 de março Sábado

O Pai de Misericórdias
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação. 2 Coríntios 1:3

Aconselho você a se tornar usuário diário e constante das misericórdias de Deus, porque Ele é o Pai das misericórdias que jorram como catadupas do Seu trono, estando hoje e sempre à nossa disposição se as quisermos. Elas "são a causa de não sermos consumidos".

A dor, o sofrimento, a agonia de alma e as lamentações de muitos dos servos de Deus do passado e o seu posterior arrependimento, "chegam até nós, vindas dos tempos idos, mostrando-nos que então, como agora, o homem necessitava da perdoadora misericórdia de Deus. Isto nos ensina que, ao passo que Ele é o punidor do crime, compadece-Se e perdoa o pecador arrependido"
Achegue-se a Deus, pois, com humildade. Achegue-se coberto pelo sangue de Cristo, sem timidez, envolto em Sua justiça. Prostre-se diante dEle. Peça-Lhe perdão e misericórdia. Faça isso uma vez, duas vezes, o dia todo, a vida toda. Torne-se habitual usuário das misericórdias de Deus. Elas nunca se acabam. São eternas. Deus tem prazer nisso.

Se você se sente deprimido por causa da consciência que o acusa, peça as misericórdias de Deus. Se você está inconformado por causa de pecados que não consegue vencer, peça as misericórdias de Deus. Se você é dependente de drogas e está lutando para vencer esse fantasma do mundo moderno, peça as misericórdias de Deus. Se você está doente, talvez com câncer, peça as misericórdias de Deus. É bem possível que Ele lhe dê a cura, se for para o seu bem e para o Seu louvor.

Mas, se isso não acontecer, não desanime, porque com toda a certeza, Ele, como Médico dos médicos, o assistirá na hora do sofrimento, dando-lhe alívio, conforto e esperança. "A Minha graça te basta" (2Co 12:9).

Se você é adúltero ou adúltera, e quer deixar o pecado e ter paz interior, peça as misericórdias de Deus. Se você tem sido desonesto e, à semelhança de Zaqueu, quer se arrepender e abandonar esse pecado, peça as misericórdias de Deus.

Seja qual for a situação, não desanime. Há cura! Há perdão! Peça as misericórdias de Deus agora mesmo, porque Ele "é Deus de toda a consolação" e ouvirá seu pedido.

REFLEXÃO: "Pode ser que as suas humildes súplicas sejam bem acolhidas pelo Senhor, e cada um se converta do seu mau caminho" (Jr 36:7).


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9 de março Domingo

Dolo
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo. Salmo 32:2

Dolo! Esse é um assunto muito em voga em nossos dias, destacadamente no mundo dos negócios e da política.

Mas, o que é dolo? É nada mais, nada menos que má-fé, fraude, sonegação, vontade consciente de obter um resultado desonesto e criminoso. Antigamente, era uma espécie de punhal usado na Península Ibérica. Ilustrativamente, dolo passou a simbolizar um "punhal" que penetra até ao âmago da sociedade moderna, atingindo pessoas em geral, empresários, políticos, executivos, governantes, nações e igrejas.

Certa ocasião, eu caminhava por uma das avenidas de Curitiba no horário em que os executivos se dirigem para os restaurantes. Ao meu lado caminhavam dois senhores com aparência de ilustres homens da sociedade curitibana, quando um deles saiu com essa: "Fulano, apesar de ser maravilhoso, é honesto demais para se meter no mundo dos negócios... Vai fracassar, na certa." Essa é a nossa sociedade!

O livro de Provérbios não nega que há satisfação gostosa no fruto do dolo, do ganho fácil e fraudulento. Mas fala também dos resultados funestos e desastrosos para quem os pratica. Diz Salomão: "As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável. Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos" (Pv 9:17, 18).

A um certo cristão,homem de negócios de seus dias, deu algumas advertências: "Em minha última visão seu caso me foi mostrado [...] Deus não aceitará seus esforços no trabalho missionário e de folhetos enquanto você estiver maquinando tirar vantagem [...] O mundo, os anjos e os homens o vêem como um homem astuto que procura o próprio interesse [...] O seu padrão é o dos mundanos [...] Meu prezado irmão, você deve decidir ser um homem segundo o coração de Deus"

É provável que alguns entre nós, leigos ou obreiros, tenham que aprender algumas lições da queda que venham a ter como resultado de algum dolo praticado. Mas será muito positivo e proveitoso para sua vida cristã saber por que caíram e que, mesmo caídos, Deus os levantará novamente na hora precisa, mostrando-lhes o remédio para sua vida futura. Feliz, porém, é a pessoa que aprende antes de cair!

REFLEXÃO: "Eis que o Meu Servo [o Messias] procederá com prudência [...] Posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em Sua boca" (Is 52:13; 53:9).


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10 de março Segunda-feira

Água da Fonte
Porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. Ezequiel 47:12

O profeta Ezequiel está falando aqui de "torrentes de águas purificadoras". Este rio de que fala o profeta tem a fonte debaixo do santuário, onde Deus Se manifesta ao Seu povo.

Todo rio, seja grande ou pequeno, tem seu início numa pequena fonte ou nascente. Mas, à medida que vai descendo rumo ao mar, ele vai crescendo, avolumando-se e espalhando vida por onde passa. Ele é vitoriosamente persistente. Transpõe todas as barreiras e segue firme seu trajeto. Se, durante o percurso, topar com um obstáculo e ficar ali retido, não será por muito tempo, pois as águas que continuam chegando logo abrirão passagem, contornando-o, para continuar sua abençoada trajetória.

Voltando ao rio alegórico do profeta Ezequiel, vemos que nas suas águas há muita vida, pois "toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio" (Ez 47:9). Também, junto às suas "ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvores que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio" (v.12). Essa é uma alusão ao "rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro" e à "árvore da vida", na Nova Terra (Ap 22:1, 2).

São águas abençoadas essas que brotam sob o trono do Altíssimo. Águas que espalham vida, símbolo da Palavra de Deus. Ele quer que sejamos condutos dessa água, levando ânimo e esperança para outras pessoas.

Não permitamos que nada se interponha entre nós e Cristo; nenhum pecado deve nos separar da única e soberana Fonte. Pensemos no grande rio de águas restauradoras que nasce na Fonte. Deus nos tem revelado verdades maravilhosas que, quais torrentes purificadoras, fluem através de nós para alcançar pecadores sedentos no deserto desta vida. É água pura da Fonte que vem do santuário, do limiar do trono de Deus, como poderosas torrentes de bênçãos para nós e para os semelhantes.

Essas águas purificadoras também simbolizam "o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que Ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador" (Tt 3:5, 6).

REFLEXÃO: "Estas águas [...] descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis" (Ez 47:8).

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