terça-feira, 28 de junho de 2016

Curso de evangelismo - Parte III

V – COMPONENTES DO PROCESSO DA COMUNICAÇÃO


   ü  O emissor


O emissor é o evangelista, o comunicador, a fonte de onde a mensagem vai fluir e alcançar seus objetivos.

Habilidades comunicativas do emissor

·         Escrita – É importante que o evangelista através desse recurso se esmere para escrever bem. Ele deve trabalhar suas habilidades através de livros de mensagens, folhetos e outros, para comunicar com excelência sua palavra escrita.
·         A palavra – É importante ao evangelista primeiramente saber usar a palavra certa em cada raciocínio, em cada pensamento. A palavra deve também ser bem conhecida dos ouvintes. Não irá adiantar usar palavras difíceis, se o auditório não vai entendê-las. Deve-se também pronunciar as palavras com clareza, em bom tom, procurando sentir as palavras que pronuncia.
·         Leitura – Uma vez que saiba ler, é importante que se esmere para ler bem, dando expressão à leitura da Bíblia. Deve ler naturalmente.
·         Audição – Deve ser boa. Se ouvir pouco, pode criar problemas para o seu auditório.
·         Raciocínio – É a capacidade de pensar ordenadamente. Na explanação da mensagem, o evangelista deverá colocar os pensamentos de forma organizada e ordenada.
Atitudes do evangelista
·         Para consigo mesmo – É importante ao evangelista ser otimista e acreditar em si mesmo. Se há em seu coração confiança e é cônscio do que faz, transmitirá uma mensagem com segurança aos seus receptores."Tudo posso Naquele que me fortalece" (Fl 4.13). O evangelista jamais deve pedir desculpas por ter pregado mal.
·         Para com o assunto – Ele deve acreditar no assunto que está passando. Ao pregar sobre o céu, deverá alimentar em si mesmo a certeza que tem de ir para o céu.
·         Para com o receptor – Na comunicação o receptor é o ponto mais importante a ser observado. Ele deve ser valorizado pelo evangelista. Para isso, é necessário que se considere o seu status, sua cultura, suas necessidades e sua capacidade de receber sua comunicação.
Nível de conhecimento
·         Pouco conhecimento em relação ao receptor – É importante ao comunicador ter alguma superioridade do assunto que está comunicando em relação ao receptor. (Na área evangelística)
·         Excesso de conhecimento – Em teologia todo o conhecimento é pouco. Contudo, quando falta ao evangelista a capacidade de equilibrar tal conhecimento frente ao auditório, ele corre o risco de não conseguir comunicar a mensagem.
·         Conhecimento equilibrado – Em seus conhecimentos o evangelista deverá primar pelo equilíbrio em relação ao seu receptor. Ele precisa ter a habilidade de descer ou subir quando necessário. Deve sempre primar por saber mais do que o ouvinte, a ponto de ter algo novo para oferecer.
·         Conhecimento sócio-cultural – Deve ter um bom conhecimento do contexto sócio-cultural dos seus ouvintes. Deve-se envolver na cultura do povo a que se prega.


   ü  O receptor ou recebedor

O receptor é aquele que irá receber a mensagem que será ministrada. Logo, o emissor (evangelista) deve preparar o material de sua mensagem e transportá-lo ao mundo do receptor. Para isso ele precisa conhecer bem:

·         O nível cultural do receptor – Para se ter sucesso na transmissão da mensagem, é necessário conhecer bem a cultura de seu auditório, ou seja, o grau de escolaridade e outros;
·         Contexto cultural – O tipo de vida que o povo leva, o que normalmente faz, etc, enfim a sua cultura num todo;
·         Situação religiosa do receptor – É necessário conhecer a situação religiosa do receptor, para não entrar na contra mão. Isto, para saber como melhor entrar no assunto. Ex: Paulo em Atenas (At. 17. 15-34)
·         Saber localizar o receptor – O bom comunicador começa a sua mensagem onde o receptor está. É necessário para um bom desenvolvimento e sucesso na comunicação do evangelho, saber localizá-lo física e mentalmente.


   ü  A mensagem
A mensagem é o conteúdo que se quer colocar no receptor, que se deseja transferir para o domínio mental e espiritual dele. É o recado, o discurso, o aviso.
·         Conteúdo – É a essência do que se deseja passar ao receptor. Ex: Se almejo dizer ao meu auditório que Jesus é o Salvador, devo ter o cuidado em defini-lo bem.
·         Código – O código é o símbolo ou grupo de símbolos que vou usar. Ex: Escrita, mímica e outros. Devo saber porém, se o meu código é comum ao receptor, isto é, se o meu auditório entende os símbolos que quero usar. A mensagem precisa estar de acordo com o nível de percepção do receptor.
·         Tratamento – É a maneira como a mensagem irá chegar aos ouvintes, ou seja, a organização do material da mensagem, a ordem da mesma com tema, introdução, discussão e conclusão. É preciso haver uma ordem lógica na transmissão da mensagem.


·         O canal – O canal é visto do ponto de vista do emissor e do receptor
v  Oral – Voz humana, rádio, telefone, etc.
v  Visual – Escrita, sinais, música, etc
v  Oral-visual – Teatro, televisão, cinema e outros

Esses são meios que o emissor usa para enviar sua mensagem e o receptor recebê-la.

   ü  A interferência na comunicação

A interferência na comunicação é tudo aquilo que pode afetar deformar, desviar, interromper ou neutralizar a mensagem. Ex: ruídos, choro de criança, movimentação no auditório, uma lâmpada com defeito, uma cadeira fazendo barulho, a gravata torta no pescoço do evangelista, celular tocando, tosse contínua, problemas com cabos de microfones e outros que podem acontecer no momento da preleção.
A postura do comunicador nessa hora deve ser a do autocontrole, primando por não perder o foco do assunto e, ao mesmo tempo, buscando uma solução prática para o problema. Não há uma fórmula secreta, pois os casos são variados. No entanto, com sabedoria, é necessário encontrar uma solução para não haver quebra na entrega da mensagem.

   ü  Realimentação ou feed


A realimentação ou o feed é a resposta que se tem à sua comunicação. É o meio pelo qual o comunicador fica sabendo se sua mensagem chegou lá do outro lado e está atingindo seus objetivos.
Como saber?

Isso, muitas vezes, é manifestado através do olhar, do balançar da cabeça, das lágrimas, das palmas e outros. Esse retorno vindo do receptor estimula o orador a continuar de forma dinâmica sua prédica.
Se não há o feed é necessário que o emissor tenha recursos para durante a preleção estar se auto-avaliando e determinando caminhos diferentes, para que a mensagem cumpra o seu objetivo, que é alcançar o receptor.

Pela graça e misericórdias do Senhor, estamos finalizando a terceira parte do nosso curso. Espero que tenha gostado de mais essa aula. Fique atento pois por motivos de força maior, ainda hoje estaremos abordando a nossa quarta parte.


Que Deus o abençoe rica e abundantemente,
Em Cristo Jesus,

Pr. Waldyr do Carmo

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