quarta-feira, 19 de março de 2014

Aliança de Milagres - O sal que purifica as águas

Tipo: Artigos/ Estudos 
O SAL QUE PURIFICA AS ÁGUAS – REFERÊNCIA: II Reis 2:19-22

“19. Alguns homens da cidade foram dizer a Eliseu: ‘Como podes ver, esta cidade está bem localizada, mas a água não é boa e a terra é improdutiva’.
20. E disse ele: ‘Ponham sal numa tigela nova e tragam-na para mim’. Quando a levaram,
21. ele foi à nascente, jogou o sal ali e disse: ‘Assim diz o SENHOR: ‘Purifiquei esta água. Não causará mais mortes nem deixará a terra improdutiva’.
22. E até hoje a água permanece pura, conforme a palavra de Eliseu.”

INTRODUÇÃO
Estaremos falando sobre uma atitude ousada tomada por um homem de Deus. Essa atitude alterou o curso da história de uma cidade, e poderá também servir de modelo para nos inspirar a mudar a nossa história, a história da nossa família, dos nossos amigos, dos vizinhos, da nossa rua, do bairro e da cidade em que vivemos.
Nós, profetas de Deus, devemos aprender a não nos preocupar com a possível repercussão negativa das atitudes que tomamos sob a direção do Espírito Santo, por medo de parecemos ridículos ou extremistas. A incredulidade sempre toma volume, quando o racional entra em ação, diante de uma direção que o Senhor nos dá para seguirmos. Os profetas da Bíblia eram tidos como homens loucos e desequilibrados, devido ao seu estilo de vida extravagante, suas atitudes chocantes e suas palavras confrontantes. Deus está resgatando em nós a unção profética destinada a esta geração para que sejamos os extravagantes, chocantes e confrontantes, e desequilibrar todas as obras de satanás espalhadas ao nosso redor. Toda esta unção será respaldada pela santidade, equilíbrio emocional, respeito aos princípios de autoridade e a criatividade dada por Deus.

I. AS APARÊNCIAS ENGANAM
Segundo o nosso texto de referência, o profeta Eliseu estava em uma cidade que era tida pelos próprios moradores como uma cidade boa, bem situada geograficamente, mas com dois problemas muito importantes que comprometiam a qualidade de vida dos seus habitantes. O primeiro deles estava ligado à água, e o segundo à terra. Água de má qualidade certamente torna o solo infértil para a lavoura e é como um decreto de falência para quem necessita sobreviver em um lugar. Qual razão, então, mantinha aquelas pessoas com o desejo de permanecerem morando ali, mesmo com problemas tão graves? Resposta: O lugar era bom!
Moramos em uma boa cidade, bem localizada, não é? Como o Rio de Janeiro, não existe mais bela no Brasil! Mas esta cidade tem graves problemas. Temos um serviço de abastecimento de água eficiente, um solo produtivo, os pontos turísticos mais famosos no mundo e as pessoas mais hospitaleiras do país. Nada disso é suficientemente importante a ponto de impedir que muitas pessoas nascidas nesta cidade saiam daqui definitivamente com suas famílias, e outras venham a se interessar em vir visitá-la ou fixar residência. Os problemas do Rio de Janeiro não se encontram na estrutura física ou geográfica, e sim na sua atmosfera espiritual. O tráfico de drogas, a violência, a prostituição sexual, o desequilíbrio entre as classes sociais, e a desestruturação das famílias são questões tão quanto ou mais importantes que o solo e a água de Jericó, no início. E o pior: encontramos estes problemas ao nosso redor, na vizinhança, nas escolas, nas esquinas e praças, na vida de parentes e, até, dentro de casa. São pessoas boas, esclarecidas, inteligentes, bonitas, atraentes e aparentemente felizes, mas a água que rega suas vidas é imprestável e o solo de seus corações infértil.

II. VENCENDO A INCREDULIDADE A NOSSO RESPEITO
Antes que Eliseu pudesse purificar as águas de Jericó, teve que enfrentar a incredulidade de algumas pessoas que reconheciam apenas a unção do seu mestre, confirmada pelos sinais que este havia realizado durante o seu ministério e o tornaram famoso. Eliseu, então, como atual portador da unção de Deus, e do propósito de dar continuidade ao ministério profético naquela geração, teve que superar as adversidades para manifestara confirmação do seu chamado, sem se importar com os comentários a respeito do seu antecessor (2 Reis 15-18).
Nós também passaremos por grandes desafios, até que também reconheçam que a unção de Deus repousa sobre nossas vidas. Os primeiros a duvidar de nós são exatamente aqueles que conheceram a obra de outras pessoas que nos antecederam e marcaram uma época, por terem realizado grandes sinais. Tais pessoas também sabem da nossa inexperiência e reconhecem as limitações, mas não conhecem, porém, o poder que Deus investiu em nossas vidas para que Ele possa realizar, por nosso intermédio, grandes e novos sinais em nossa geração. Novos sinais precisam também de vasos novos, e nós somos estes.

III. CONHECENDO O AMBIENTE QUE PRECISA DO MILAGRE
Antes que pudesse efetuar qualquer sinal, Eliseu primeiramente teve que tomar ciência da situação das precariedades da cidade que exigiriam da sua intervenção. O relatório lhe foi passado por quem realmente conhecia o ambiente, ou seja, os seus moradores; alguém que sempre conviveu com aquela situação lastimável, mas que gostaria que aquele quadro fosse mudado.
Deus também nos fará conhecer os problemas dos lugares aonde vamos atuar. Nem sempre os habitantes de um lugar têm condições de visualizar a solução de tais problemas, pois, provavelmente, quando a maioria deles nasceu, o quadro calamitoso já existia e se acostumou a eles. Somente profetas não envolvidos, não influenciados, não contaminados e não assolados pelos ambientes das catástrofes poderão enxergar com uma visão de Deus e terem a resposta eficaz para por fim ao quadro tenebroso. Como profetas desta geração, e, não mais envolvidos e influenciados pelas coisas deste mundo, independentemente de termos nascido no território em que vivemos atualmente, seremos capazes de identificar e ter a resposta para identificar os problemas, e curar, sarar e restaurar o ambiente da calamitosa espiritual. Não estamos falando apenas de uma cidade, mas de um povo, quer habitantes de um país, de um estado, de uma cidade, de uma rua, ou de uma casa. A catástrofe pode assolar um único indivíduo, mas ela poderá ser suficientemente capaz de transmitir a assolação para grandes extensões, que vão desde uma família até a nação inteira.

APRENDENDO COM OS PROFETAS DA BÍBLIA
Eliseu, um homem simples e conhecedor das propriedades curativas do sal, não se preocupou em buscar fórmulas mirabolantes para resolver os problemas mais graves da cidade de Jericó. Porém, foi cauteloso e objetivo na realização do ato de purificação das águas e do solo da cidade. Os profetas valorizam muito os simbolismos e aliam as suas representações à Palavra de Deus para alcançarem seus objetivos. Elizeu pediu um prato novo e colocou sal nele. Em seguida, dirigiu-se à nascente de água da cidade e, lançando ali o sal, declarou: ‘Assim diz o SENHOR: ‘Purifiquei esta água. Não causará mais mortes nem deixará a terra improdutiva’. A partir daquele momento, aquelas águas se tornaram saudáveis e, consequentemente, o solo passou a ser produtivo.
Não somente a Palavra de Deus, mas as experiências adquiridas nos ensinam que o sal possui diversas aplicações eficazes. Na Bíblia, o sal pode representar a confirmação de uma aliança, a entrega de uma oferta, a quebra de maldições, o selo de uma conquista, ou o juízo sobre a terra, etc. No uso caseiro, o sal serve para temperar alimentos, tratar ferimentos, curar infecções, equilibrar a pressão sangüínea, entre outros. Como Eliseu, temos então, toda oportunidade de purificar não apenas águas e solos contaminados, mas vidas e corações necessitados de mudanças radicais. Jesus disse que nós somos o sal desta terra e a luz do mundo e que não podemos nunca perder o sabor. Este sal representa o estilo de vida que devemos ter em relação a mudar o “sabor” dos ambientes em que estivermos. O profeta teve o cuidado de usar um prato limpo, e isso fala da nossa vida de santidade no corpo, alma e espírito, como recipiente do instrumento de milagre. Não podemos ter ou ser sal com uma vida assolada pelo pecado. O recipiente sujo pode contaminar o conteúdo e o prejuízo será ainda muito maior. Eliseu teve também um cuidado muito importante para que obtivesse sucesso naquele ato: lançou o sal na nascente das águas. A nascente é o ponto de partida, a origem de um curso de água, e como aquele rio estava totalmente contaminado, atingir a sua “raiz” garantiria o sucesso daquele empreendimento. Aprendemos, então, com o profeta Eliseu, que precisamos de alguns elementos essenciais para realizar uma tarefa de purificação ou tratamento de um território, ambiente ou pessoa:
a. Ter a credibilidade, a confiabilidade, reconhecida por aqueles que pretendemos ajudar;
b. Conhecer detalhadamente o seu histórico, identificando os pontos negativos e positivos;
c. Ter a direção de Deus para realizar ações simples e sábias ns condução do trabalho;
d. Declarar a Palavra de Deus para selar a concretização do ato.

CONCLUSÃO
Estamos vivendo um tempo decisivo na história da Igreja do Senhor. Desafios a serem superados diante de uma geração incrédula, mas necessitada da intervenção poderosa de Deus, a executada exatamente por intermédio de pessoas consideradas por essa mesma geração como incapazes de fazê-lo. O Senhor nos chama e capacita para sermos instrumentos de restauração e cura para esta geração, fazendo uso da Sua unção e de toda capacidade criativa, para resolver situações aparentemente complicadas, e dar-lhes soluções simples e objetivas. Muitos profetas de hoje querem receber o mérito, o aplauso, o reconhecimento, a fama, os holofotes, por aquilo que devem atribuir toda glória a Deus. Eliseu teve que se desvencilhar da fama do seu antecessor para poder realizar sinais de restauração na cidade onde estava passando um tempo, tendo que fazer uso de coisas simples como um prato ”virgem”, um punhado de sal e o poder da Palavra de Deus. O mérito está no sal, no prato ou na Palavra de Deus? A nossa credibilidade deve ser sempre respaldada pelo reconhecimento das gerações por sermos pessoas de Deus, santas, obedientes, simples e disponíveis para mudar o sabor, curar, purificar e tornar produtivo o ambiente onde o Senhor nos colocar. Sejamos, pois, pratos limpos, novos, cheios da unção salgada de Deus e transbordantes do poder da Sua Palavra.

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