sábado, 21 de maio de 2011

A importancia da Palavra de Deus


A importancia da Palavra de Deus na vida do Cristão em nosso dias

Um jovem solicitou ao seu pastor que escrevesse uma dedicatória em sua Bíblia. Um bom versículo já constava na página em branco: "Eu sou o pão da vida." O pastor apenas acrescentou: "Não o deixe mofar". O jovem jamais esqueceu esse conselho. Ele o pôs em prática lendo a Bíblia como sendo o pão da vida, fazendo dela seu alimento espiritual diário. Durante toda a sua vida ele foi grato por isso.
Singular em sua divulgação
A Bíblia é de longe o livro mais traduzido do mundo. Partes da Bíblia podem ser lidas atualmente em mais de 2.212 línguas diferentes e todo ano a lista é acrescida de 40 novas traduções. Nenhum outro livro também se aproxima da sua tiragem: o número de exemplares impressos sobe a cada ano, apesar da Bíblia ter sido o livro mais atacado em todos os tempos. Soberanos de todas as épocas, políticos, reis e ditadores, até líderes religiosos e seus cúmplices tentaram privar o povo de sua leitura. Combateram-na, despojaram-na de seu conteúdo, tentaram destruí-la. Pode-se dizer que jamais outro livro foi tão amado e ao mesmo tempo tão odiado quanto a Bíblia!
Singular em sua formação
Na verdade, a Bíblia é uma pequena biblioteca formada por 66 volumes. Ela foi escrita por aproximadamente 40 autores diferentes, durante um período de mais ou menos 1500 anos. Com toda a certeza ela não foi escrita por iniciativa coletiva. Ela também não foi planejada por alguém. Um dos autores escreveu na Arábia, outro na Síria, um terceiro em Israel, e ainda outro na Grécia ou na Itália. Um dos autores atuou mais como historiador ou repórter, outro escreveu como biógrafo, outro escreveu tratados teológicos, ainda outro compôs poemas e escreveu provérbios, enquanto outro registrou profecias. Eles escreveram sobre famílias, povos, reis, soberanos e impérios do mundo. O escritor das primeiras páginas jamais poderia saber o que outro escreveria 1400 anos mais tarde. Os escritores de séculos futuros nunca poderiam saber, por si mesmos, o sentido profético de um texto escrito centenas de anos antes. Mesmo assim, a Bíblia é um livro de uma unidade impressionante, com coerência do início ao fim, tendo um tema comum e falando de uma pessoa central: Jesus Cristo. A Bíblia é o único livro no qual milhares de profecias se cumpriram literalmente. Suas predições realizaram-se nos mínimos detalhes durante a história. Locais e datas mencionados nos relatos bíblicos foram confirmados pela ciência. Quando nos perguntamos como foi possível aos autores alcançarem uma unidade e uniformidade tão grandes no que escreveram, concluímos que só nos resta a resposta de 2 Pedro 1.21: "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo." Em outra passagem, a Bíblia diz: "Toda a Escritura é inspirada por Deus..." (2 Tm 3.16). Um filósofo francês expressou-se da seguinte maneira sobre a maravilha que é a Bíblia: "Quão miseráveis e desprezíveis são as palavras dos filósofos quando comparadas com as da Bíblia! É possível um livro tão simples, mas ao mesmo tempo tão perfeito, ser palavra humana?"
Singular em seus efeitos
Um ateu enviou a um jovem cristão grande número de artigos selecionados para convencê-lo de que a Bíblia era atrasada em muitas de suas afirmações e ultrapassada pelos conhecimentos dos tempos atuais. O jovem respondeu:
Se você tiver algo melhor que o Sermão do Monte, alguma coisa mais bela que a história do filho pródigo ou do bom samaritano, alguma norma ou lei de nível superior aos Dez Mandamentos, se você puder apresentar algo mais consolador que o Salmo 23, ou algum texto que me revele melhor o amor de Deus e esclareça mais o meu futuro do que a Bíblia, então – por favor, envie-o para mim com urgência!
Nenhum outro livro além da Bíblia transformou a vida de tantas pessoas para melhor. Ela é um livro honesto e mostra o ser humano como ele é. A Bíblia expõe o pecado e aponta o caminho para o perdão, ela exorta e consola, faz-nos ser humildes e nos edifica. A Bíblia nos mostra a razão de viver, coloca-nos diante de um alvo que faz sentido, e com ela entendemos a origem e o futuro da criação e da humanidade. A Bíblia lança luz sobre nossas dúvidas. Ela coloca a esperança diante de nossos olhos e fala de Deus e da eternidade como nenhum outro livro jamais o poderia fazer. Até Friedrich Nietzsche, inimigo do cristianismo, disse sobre a Bíblia:
Ela é o livro da justiça de Deus. Ela descreve coisas e pessoas em um estilo tão perfeito, que os escritos gregos e hindus não podem ser comparados a ela. O estilo do Antigo Testamento é uma parâmetro de avaliação tanto de escritores famosos como de iniciantes.
Infelizmente, Nietzsche nunca seguiu pessoalmente o que a Bíblia diz.
O escritor Ernst Wiechert escreveu sobre a Bíblia:
Tudo me encantava, muitas coisas me comoviam, outras me abalavam. Mas nada formou e moldou tanto minha alma naqueles anos como o Livro dos Livros. Não me envergonho das lágrimas que derramei sobre as páginas da Bíblia.
Marc Chagall, o gande pintor judeu, disse: "Desde minha infância a Bíblia me orientou com sua visão sobre o rumo do mundo e me inspirou em meu trabalho."
Singular em sua confiabilidade
Alexander Schick escreve:
Nenhum livro de toda a literatura universal pode ser documentado de maneira tão impressionante no que diz respeito ao seu texto original. E nenhum outro livro apresenta uma tão farta profusão de provas de sua autenticidade. Achados de antigos escritos nos dão a certeza de que temos em mãos a Bíblia com a mesma mensagem que os cristãos da igreja primitiva.
A Bíblia – ela funciona!
Em uma revista alemã encontramos o texto abaixo, que transcrevemos por ser muito precioso:
A Bíblia mostra a vontade de Deus, a situação do ser humano, o caminho da salvação, o destino dos pecadores e a bem-aventurança dos crentes.
• Seus ensinos são sagrados, seus preceitos exigem comprometimento, seus relatos são verdadeiros e suas decisões, imutáveis.
• Leia-a para tornar-se sábio e viva de acordo com ela para ser santo.
• A Bíblia lhe ilumina o caminho, fornece alimento para seu sustento, dá refrigério e alegria ao seu coração.
• Ela é o mapa dos viajantes, o cajado dos peregrinos, a bússola dos pilotos, a espada dos soldados e o manual de vida dos cristãos.
• Nela o paraíso foi restabelecido, o céu se abriu e as portas do inferno foram subjugadas.
• Cristo é seu grandioso tema, nosso bem é seu propósito, e a glorificação de Deus é seu objetivo.
• Ela deve encher nossos pensamentos, guiar nosso coração e dirigir nossos passos.
• Leia-a devagar, com freqüência, em oração. Ela é fonte de riqueza, um paraíso de glórias e uma torrente de alegrias.
• Ela lhe foi dada nesta vida, será aberta no juízo e lembrada para sempre.
• Ela nos impõe a maior responsabilidade, compensará os maiores esforços e condenará todos os que brincarem com seu conteúdo sagrado.
Um mecânico foi chamado para consertar o mecanismo de um gigantesco telescópio. Na hora do almoço o astrônomo-chefe encontrou-o lendo a Bíblia. "O que você espera de bom desse livro?", perguntou ele. "A Bíblia é ultrapassada, e nem se sabe quem a escreveu!"
O mecânico hesitou por um momento, levantou seus olhos e disse: "O senhor não usa com freqüência surpreendente a tabuada em seus cálculos?"
"Sim, naturalmente", respondeu o astrônomo.
"O senhor sabe quem a escreveu?"
"Por quê? Não, bem, eu suponho... Eu não sei!"
"Por que, então", disse o mecânico, "o senhor confia na tabuada?"
"Confiamos porque – bem, porque ela funciona", concluiu o astrônomo, irritado.
"Bem, e eu confio na Bíblia pela mesma razão – ela funciona!"
A Bíblia – atual, autêntica, confiável! Quem lê a Bíblia tem uma vida plena

TEODICEIA – O PROBLEMA DO MAL

Esta é uma explanação sobre o problema do mal. O conjunto das asseverações é um compêndio de algumas idéias de pessoas que se preocuparam com tal questão. Algumas idéias são próprias, e a conclusão também. A questão é fundamentalmente filosófica e sujeita à análises.
O ponto de partida fundamental é: Como pode haver o ´mal´ se Deus existe, sendo Todo-Poderoso e Todo-Bondoso, ou, conforme Hume citando Epicuro: "Estaria Deus querendo impedir o mal sem ser capaz de fazê-lo? Então ele é impotente. Ele é capaz, mas não está disposto? Então ele é malévolo. Ele é tanto capaz quanto está disposto? Então de onde vem o mal?" (Dialogues concerning natural religion, parte 10).
A questão é, por si só, evasiva e extremamente complexa. Uma das últimas fronteiras da metafísica cristã. Contudo, antes de nossa explanação é importante lembrar-mos de que esta esfera de existência tem como propósito um ensino, um aperfeiçoamento à outra esfera, eterna e imutável, na qual não necessitaremos do mesmo que necessitamos aqui, nesta vida (eis o contexto escatológico do NT).
O plano de Deus envolve o início, nesta existência com o conhecimento do mal. Deus sabia que o homem iria querer conhecer o bem e o mal através da árvore que ele tinha plantado.
O plano de Deus, portanto, precisa ser compreendido para que possamos versar qualquer coisa sobre o problema do mal no cosmos.
Neste plano, observe, nem todos poderiam ser determinados à salvação, pois Deus teria determinado um mundo completamente isento da possibilidade de escolhas, o que faria de tal mundo algo MENOR do que o melhor mundo possível, que é este, com arbítrio.
Sem arbítrio é impossível "amarmos", o que é o bem maior. Tudo que não permite o bem maior é o mal maior. Tendo isto em mente, vejamos:
1. Somos seres ´contingentes´, isto é, ´não necessários´.
2. Se somos seres contingentes, somos reais, existimos e necessariamente carecemos de alguém ou alguma coisa que nos tenha criado.
3. ´Nada´não pode causar algo.
4. Um Ser Necessário não pode criar outro Ser Necessário pois, se criasse, tal ser seria "contingente" e não "necessário".
5. O Ser Necessário (Deus) revelou-se Todo-Poderoso (Ml. 4:8) portanto, perfeito. (*)
6. Se Deus é Todo-Poderoso (perfeito) e Todo-Bondoso (amor) pôde criar o Cosmos no qual prevalecesse o bem maior. Este mundo é o nosso, e foi dado ao homem. Requeria arbítrio.
7. Adão (e a raça humana) preferiu o mal (possível, e posteriromente ´real´, com a Queda).
8. Deus relaciona-se diretamente com o bem maior, e impedir o mal seria impedir escolhas (arbítrio), que por sua vez implicaria em impedir o amor, sendo assim o "mal maior".
9. Deus quer que recebamos e sintamos plenamente o seu amor (Jd. 21; 1 Jo. 5:20).
10. Para sentirmos o amor (bem maior) plenamente este mundo precisará ser aniquilado e criada outra realidade, na qual o arbítrio seja possível mas não necessário.
11. E isto é exatamente o que nos dizem as Escrituras acerca do fim, do tempo da remissão: Ap. 21:1-2, 23:3. Aqui, como o bem maior é pleno, o arbítrio não será necessário, e o mal ´impossível´. Isto explica o termo: "Ali jamais haverá maldição" (Ap. 22:3).

Este é o fundamento da Teodicéia (justiça de Deus) na filosofia cristã. Como disse, sujeita a análises.
(*) NOTA: Os hebreus falavam sobre um Deus único antes do que qualquer outro povo no mundo. A cronologia para os primeiros escritos monoteístas hebraicos provém do século XV a.C. A revolução monoteísta de Akhenaton, faraó que impôs a adoração a Aton (deus sol) acontece cerca de 100 anos depois de Moisés. O monoteísmo é fundamental para a filosofia cristã bíblica que preocupa-se com Teodicéia.

EVANGELHOS
Apesar da explicação simples, porém concisa, com que o Pr. e autor John Piper respondeu à questão do estudante, sabe-se que as teses mais eruditas sobre o tema em questão não fogem, essencialmente, ao que foi dito. Sou professor da disciplina "Evangelhos", em um curso de Teologia (Bacharelado) que leciono, e atualmente utilizo o autor indicado por Piper, Craig Bloomberg, autor de "Jesus e os Evangelhos", nas minhas aulas. O livro é realmente bom e tem um razoável nível de erudição conservadora sobre o assunto, assim como o de Broadus David Hale, "Introdução ao Estudo do Novo Testamento". Há muito material sendo feito e de boa qualidade. Contudo, é necessário que o cristão entenda que questões não resolvidas não implicam, necessariamente, em ´erros´ e ´contradições´ nos Evangelhos.

O estudo destas ´discrepâncias´ entre os evangelhos chama-se "Harmonia dos Evangelhos". Um bom exemplo de um texto traduzido para a língua portuguesa é o livro de nomo homônimo, de Stanley Gundry. Este livro, por exemplo, coloca os textos evangelísticos (inclusive o de João) em paralelo, e observa-se com mais clareza as diferenças nas ênfases dos relatos. Como disse o Pr. Piper, a intencionalidade de cada evangelística de cada autor deve ser levada em consideração, e os autores modernos pensam exatamente assim. Sabe-se que os autores dos Evangelhos têm "propostas teológicas" com um elemento invariável e comum, o messiânico, porém com outros elementos variáveis, peculiares a cada evangelista e que estavam em função de seus respectivos destinatários.

Assim, hoje (de um modo praticamente unânime, entre os autores mais conservadores), estabeleceu-se - a partir da análise da Crítica Textual -, o seguinte quadro:

"Mateus" - escreveu imediatamente para os judeus e, mediatamente, para uma comunidade gentílica. É o único dos evangelistas bíblicos que apresenta a palavra "Igreja" (ekklessia, no grego. Ex. capítulo 16). Sua "teologia da mensagem" versa sobre a "Realeza de Cristo (Messias)". É o que mais fala no Reino de Deus - particularmente no "Reino dos Céus", expressão que lhe é peculiar, talvez por um cuidado rabínico em não expressar constantemente o nome de Deus (daí não usar o termo "Reino de Deus").

"Marcos" - hoje, há um debate, que se iniciou no século XIX, sobre a chamada "prioridade de Marcos". Se isto for estabelecido, "Marcos" foi o primeiro dos Evangelhos bíblicos escritos, e não "Mateus". Sabe-se que os livros bíblicos não estão na ordem cronológica de sua composição, mas no caso dos Evangelhos isto não era verdade. Marcos é o menor dos evangelhos (em termos de quantidade de texto) e também traz como tema central o messianismo de Jesus. Contudo, por causa de características peculiares ao seu relato - em que mostra um estilo prático no conteúdo e na forma -, afirma-se que o Evangelho é o que enfatiza o "Messias-Servo de Deus".
"Lucas" - o evangelho que leva o nome de um dos maiores colaboradores do apóstolo Paulo é o único que tem o destinatário especificado, "Teófilo" (cap. 1, vss 1-4). Lucas, como os demais sinóticos e o Evangelho de João também enfatiza o messianismo de Jesus, com a particularidade de evidenciar o aspecto humano deste. É o Evangelho em que mais se vê a expressão "Filho do Homem" e é o único em que a genealogia de Jesus retroage até o primeiro homem, Adão. Isto pode denotar a ideia de que Lucas, que era grego, queria ressaltar que Jesus Cristo, antes de ser "Filho de Davi" ou "Filho de Abrão" - expressões que carregam uma forte conotação etnocêntrica -, era o "Filho do Homem", com uma ligação com toda a humanidade.

"João" - não é considerado um sinótico com os demais, pois não é semelhante aos mesmos. João é, na verdade, 93% diferente dos Evangelhos sinóticos. Isto se dá pela ênfase do relato joanino, que, como os demais, também enfatiza o aspecto messiânico de Jesus. Contudo, João escreve o Evangelho que leva seu nome de uma maneira mais peculiar: estão evidenciadas no relato os discursos de Jesus que o ligam à divinidade, ou seja, àqueles que revelam que Jesus era Deus. Os discursos "Eu Sou..." de Jesus, exclusivos de João, consolidam esta idéia. Neste Evangelho Jesus é, por exemplo, "o Caminho, a Verdade e a Vida" (14:6), aliando-se especialmente à divindade. O "prólogo" joanino é um dos mais conhecidos de toda a literatura bíblica ("No princípio era a Palavra (Verbo), e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus" - vs. 1). Uma cristologia apurada já pode ser observada neste texto, no qual o autor (João) liga Jesus ("a Palavra") a Deus, sem confundi-lo com Deus Pai. Assim, Jesus está com Deus e é Deus, corroborando o tradicional e ortodoxo dogma da divinidade e humanidade de Jesus.

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