quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Livro da Vida


Definições
 “LIVRO DA VIDA– Registro, mantido por Deus, dos que hão de herdar a vida eterna (Dn 12.1; Ap 13.8). Bem –aventurado o que tem o seu nome registrado neste livro, pois somente assim poderá entrar na cidade cujo arquiteto e construtor é o próprio Altíssimo.”  Claudionor Corrêa de Andrade – Dicionário Teológico – CPAD
“LIVRO DA VIDA – Nas cidades da antiguidade os nomes dos cidadãos eram incluídos num registro até à ocasião da sua morte; depois, seus nomes eram cancelados do livro dos viventes. Essa mesma idéia aparece no AT (Ex 32.32-33; Sl 69.28; Is 4.3). A partir da idéia de as pessoas serem registradas no livro divino dos vivos (ou dos justos) surge a idéia de elas pertencerem ao reino eterno de Deus ou possuírem a vida eterna (Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Hb 12.23; Ap 13.8; 17.8; 20.15: 21.27). O fato de Cristo dizer que nunca apagaria o nome do vencedor do livro da vida (Ap 3.5), é a afirmação mais enfática possível de que a morte nunca nos poderá separar de Cristo e sua vida (cf. Rm 8.38-39)...” A. F. Johnson – Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã – vol.II – Ed. Vida Nova.
INTERPRETAÇÕES
Êxodo 32.32,33 – A maior parte dos teólogos não acredita que havia o conceito do Livro da Vida já nos dias de Moisés, as idéias mais comuns acerca deste texto são: O arrolamento -  registrado no primeiro capítulo do livro de Números, que determinou o número dos vivos, em Israel. Moisés temia que a ira divina viesse  a extinguir virtualmente o povo de Israel, e pensou ser melhor que ele não mais fizesse parte da lista dos cidadãos do que restar coisa alguma do povo de Israel. Metaforicamente falando – o registro da comunidade teocrática... Isso poderia significar aqueles aqueles que pertenciam à comunidade espiritual, e não apenas à comunidade física. Àqueles que estão vivos na terra  - ou seja, os vivos em contraste com os mortos. A mesma lista de referências é dada nesta e na possibilidade anterior. Os pecadores morrem cedo! Os justos têm vida longa (Sl 91.16). O livro de Deus é o conhecimento que Deus tem daqueles que viverão, e não algum livro literal com nomes escritos.  (R.N. Champlin, Ph.D – O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – vol. 1- Candeia).
 Ap 3.5 – A metáfora [sf (gr metaphorá) Ret Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio por analogia ou semelhança: Esta cantora é um rouxinol (a analogia está na maviosidade). – Dic. Eletrônico Michaelis).]. do livro que está diante de Deus com os nomes dos santos aparece muitas vezes (Ex 32.32; Sl 69.28: Lc 10.20: Fp 4.3; Hb 12.23: 13.8; 17.8; 20.12,15; 21.27). O livro da vida de Deus com os nomes dos santos assim como um registro civil contém o nome dos cidadãos vivos. A forma da promessa na nossa passagem dá certeza de salvação no Reino de Deus, quando este for estabelecido (Apocalipse – Introdução e Comentário – George Ladd – Edições Vida Nova) Champlim acerca deste texto diz:          
“ ...de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida...” Os crentes de Sardes tinham um “grande nome” como de quem “vivia”, isto é, como quem possuía elevada vida espiritual. Mas tal fama era mentirosa, era um ludíbrio. Mas os poucos crentes, que dariam ouvidos às exigências expressas nesta carta a Sardes, teriam os seus “nomes” escritos no livro da vida.
A metáfora[1]. (Pode-se comparar essa metáfora com os trechos de Êxo. 32:32 e ss. E Sal. 69:28, onde se lê acerca do “livro de Deus” e do “livro dos vivos”). Na antiga nação de Israel, tal como em outras culturas, havia o registro dos cidadãos..... Ter o próprio nome “apagado”  equivale a perder a cidadania e seus previlégios. Era um pequeno passo, desde esse antigo costume, até à imaginação que Deus conserva um livro onde são registrados todos os nomes dos verdadeiros cidadãos dos céus. Ali os nomes podem ser escritos ou apagado, tal como em situações terrenas. Conseqüentemente, as bênçãos da “cidanania”, nos lugares celestiais, dependem do que for feito com o nome de alguém. O vidente João mostra-nos que para que o nome de alguém seja registrado ali, ficandoassim assegurada a “sua salvação” e “glorificação”, depende do queos homens façam com as advertências de Cristo e com ele mesmo. O livro de Jubileu exibe o típico ponto de vista «arminiano», ao declarar que os indivíduos que se voltam para o pecado e para a iniqüidade, podem ter seus nomes apagados do Livro da Vida, mesmo depois de terem sido ali registrados ( ver Jubileus 30:22).... O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol. 6 – NR. Champlim, PhD – Editora Candeia.
Referências ao Livro da Vida:  Salmo 69.28; Daniel 12.1; Filipenses 4.3. Ver outros trechos: Lucas 10.20 e Hebreus 12.23.

Nenhum comentário: