domingo, 16 de outubro de 2011

Pastoreio: De onde vem o socorro?

Jesus “ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor.” Mt 9:36

Foi assim no tempo de Jesus, e não é diferente nos nossos dias. Mais do que em qualquer outra época as pessoas estão aflitas e desamparadas, sem saber onde buscar apoio.

As pessoas estão aflitas devido à insegurança que domina os sentimentos da maioria. Não há quem esteja totalmente seguro de voltar para casa, ao fim do dia, com vida. Não há quem esteja totalmente seguro de ter seu emprego garantido no dia de amanhã. Não há quem esteja totalmente seguro de que seu filho não está envolvido com algum tipo de droga química. Não há quem esteja totalmente seguro de que as autoridades constituídas estão trabalhando em favor do interesse público. Acima de tudo, as pessoas estão aflitas porque não sabem para onde irão quando esta vida terminar.

As pessoas estão desamparadas porque a humanidade experimenta um tempo de individualismo exacerbado, com uma visão de mundo centrada no próprio indivíduo, totalmente desinteressada das dificuldades, fraquezas e mazelas dos outros. As pessoas estão desamparadas porque não há quem possa dispor de tempo para ouvir suas necessidades e ajudar a encontrar o caminho da solução.

O salmista, embora vivesse em tempos bem distantes, identificou com perfeição a solução para esse drama: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.” Sl 121:1-2

Bill Hybels dá uma contribuição importante quando afirma que “A igreja local é a esperança do mundo. Não há nada como a igreja, quando a igreja funciona bem”. A igrela precisa funcionar bem.

Todas as semanas recebemos pessoas que precisam de acolhimento e cuidado. Elas vêm em busca do Senhor, que fez os céus e a terra. Mas Ele não está aqui. Não está no prédio da igreja, não está na organização instituída, não está na estrutura estabelecida. O Senhor está em cada um de nós. Precisamos nos abrir para acolher, cuidar, apoiar e encorajar quem está chegando. Precisamos agir de forma a comunicar o amor de Deus.
Postado por Pr.Clodoaldo Pereira às 8:08 AM 1 comentários
A libertação do povo de Deus
Ex 12.41: E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR saíram da terra do Egito.

Ex 14.13-14: Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.

Mt 28.7: Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito.

Para entendermos melhor esta analogia, vamos fazer uma síntese da história de Israel, de seu surgimento, escravidão sob o jugo do Egito até a libertação do povo israelita através de Moisés.

“Ninguém se engane! Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. (Gl 6.7)

A história do povo de Israel começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9; 13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar.

Obediente e temente ao Senhor, Abraão foi honrado por Deus, como o Pai de um povo inumerável (Gn 15.4-6). Nasceu Isaque (Gn 21.1-7), deste veio Jacó (Gn 25.19-26; 25.29-34; 27.27-30) e gerou a José (Gn 30.22-24), que mais tarde seria vendido como escravo ao faraó (Gn 37), rei do Egito. José era fiel a Deus (Gn 39.2-6,21-23 ) e não foi desamparado pelo Senhor. Tornou-se um homem querido pelo faraó (rei do Egito) e foi promovido a governador do Egito (Gn 41.37-46). Trouxe os seus familiares de Canaã onde havia uma grande fome (Gn 46.1-7). Do faraó receberam terras, para que as cultivassem (Gn 47.5-12). Assim os israelitas começaram a prosperar. Ali foram abençoados por Deus de uma forma extraordinária: prosperaram tanto e se tornaram tão ricos e tão numerosos que assustaram o reino egípcio. Resultado: foram subjugados militarmente e submetidos à escravidão (Ex 1.7-14). O faraó ainda não estava satisfeito. Pretendia interromper de forma definitiva sua expansão: decidiu que todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos (Ex 1.15,16,22). E assim foi feito, e de forma cruel. Às meninas, no entanto, era dado o direito à vida.
Um desses bebês, Moises, foi escondido por seus pais dos soldados egípcios. Os pais conseguiram isso durante três meses. Quando a vida do bebê passou a correr perigo iminente, sua mãe o colocou numa cesta e o soltou no rio Nilo (Ex 2.1-10). A filha do faraó viu o cestinho descendo nas águas e o choro do bebê. Ela tratou de resgatá-lo e o menino ganhou o nome de Moisés, que pode significar "retirado" ou "salvo das águas" (Ex 2.5-9).

A mãe de Moisés tornou-se sua ama (Ex 2.9), ele cresceu e estudou dentro do reino egípcio, sempre muito bem tratado, apesar da filha do faraó saber que ele era filho de hebreus. Um dia, enquanto ainda vivia no reino, Moisés foi visitar seus "irmãos" hebreus e viu um deles ser ferido com crueldade por um egípcio. Irado, Moisés matou o egípcio e escondeu seu corpo na areia. Mas as notícias correram rapidamente: o faraó soube do crime e decidiu mandar matar Moisés. No entanto, ele conseguiu fugir para a terra de Midiã (Ex 2.15). Foi ali que ele conheceria sua mulher, filha do sacerdote Reuel, chamada Zípora. Ela lhe deu um filho, que ganhou o nome de Gerson (que significa "hóspede") (Ex 2.21,22). "Porque sou apenas um hóspede em terra estrangeira", diz Moisés (Ex 2.22)

Passaram-se os anos, o faraó que perseguia Moisés morreu, mas os israelitas (ou hebreus) continuavam sob o jugo egípcio. Diz a Bíblia que Deus se compadeceu do sofrimento de seu povo e ouviu o seu clamor (Ex 2.24). Deus apareceu para Moisés pela primeira vez numa sarça ardendo em chamas (Ex 3), no monte Horebe. E lhe disse: "... Eis que os clamores dos israelitas chegaram até mim, e vi a opressão que lhes fazem os egípcios. Vai, te envio ao faraó para tirar do Egito os israelitas, meu povo “(Ex 3.9-10). Em companhia de Arão, seu irmão voltou para o Egito e contatou o faraó. Este parecia inabalável na decisão de manter os hebreus escravos (Ex 5.1-5). Por este motivo, Deus, chamou Moisés com a finalidade de libertar o seu povo do Egito. Após ser atingido por dez pragas enviadas diretamente por Deus (Ex 7-12). Faraó permitiu que o povo finalmente fosse liberto, comeram a páscoa e partiram em direção ao deserto (Ex 12.37-51). De acordo com a tradição hebraica, Eram aproximadamente 3 milhões de pessoas. Começava a caminhada em direção a Canaã. A Bíblia fala em 600 mil (homens, sem contar as mulheres e crianças, eram aproximadamente três milhões de pessoas) andando pelo deserto durante 40 anos, em direção à terra prometida (Ex 12.37).

Entenda algumas razões: Estas terríveis pragas tiveram por finalidade levar Faraó (Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Ex 9.16; 1Sm 4.8) cujos habitantes deveriam ser julgados pela sua crueldade e grosseira idolatria. Além disso, as pragas mostrariam que o Deus de Israel era o Deus único e verdadeiro, visto que os egípcios adoravam a deuses estranhos ou alguns itens da natureza como o Nilo, o sol, o primogênito, o faraó... Cada praga também foi um castigo pelo tratamento que os israelitas sofreram nas mãos dos que os escravizavam. Lembre-se to verso citado logo no início: “Ninguém se engane! Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). De acordo com o TALMUDE (fonte de onde se deriva a lei judaica) a pessoa recebe o castigo e a recompensa daquilo que faz...


As 10 pragas

1 - Águas em Sangue:

Os egípcios tributavam honras divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses. Diziam que ele era o rival do céu, visto como regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. Os Egípcios obrigavam os hebreus a carregarem água para eles. De acordo com a tradição judaica, durante o fenômeno das águas estarem transformadas em sangue, os hebreus tinham água boa para beber. Portanto os egípcios assaltavam os odres e as taças de água das mãos dos hebreus, e estas, na mesma hora tornavam-se sangue! O fato de se tornar em sangue a água do sagrado rio, durante sete dias, era uma calamidade, que foi causa de consternação e terror. (Ex 7.14...).
2- A praga das rãs:

Na praga das rãs foi o próprio rio sagrado um ativo instrumento de castigo, juntamente com outros dos seus deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol, sendo considerada um emblema de divina inspiração. Os egípcios obrigavam os hebreus a pescarem para eles. O repentino desaparecimento da praga foi uma prova tão forte do poder de Deus, assim como o seu aparecimento. (Ex 8.1...)
3- O pó de terra tornou-se piolhos:

A praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente asseado e limpo. Dum modo especial os sacerdotes rapavam o pelo de todo o corpo de três em três dias, a fim de que nenhum parasitos pudessem achar-se neles, enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os próprios magos, pois que, em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não podiam produzi-los pela ligeireza de mãos, sendo obrigados a confessar que estava ali o "dedo de Deus" (Ex 8.19). Os hebreus eram obrigados e tirar o pó das casas, dos pátios e das ruas e ainda proibia os hebreus se lavarem e tomarem banhos como forma de humilhação.
4- Moscas:

As três primeiras pragas sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas nesta ocasião Deus separou o povo que tinha escolhido (Ex 8.20-23). Este milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito. A praga das mocas também recaiu sobre os egípcios porque estes obrigavam os hebreus trabalharem expostos em lugares em condição sub-humana, sem limpeza.
5- Peste no gado:

A quinta praga se declarou no dia seguinte, em conformidade com a determinação divina (Ex 9.1). Outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus cativos. O gado dos primeiros é inteiramente destruído, escapando à mortandade o dos israelitas. Este milagre foi diretamente operado pela mão de Deus, sem a intervenção de Arão, embora Moisés fosse mandado a Faraó com o usual aviso. Os egípcios enviavam os hebreus com as ovelhas para lugares desertos a fim de separá-los de suas famílias. Para os egípcios, ser pastor de rebanhos era desonra.
6- Sarna, Úlceras e tumores:

(Ex 9.8) A sexta praga mostra que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade contra um monarca obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés como executor das ordens divinas; com efeito, tendo ele arremessado no ar, na presença de Faraó, uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o povo. Foi um ato significativo. A dispersão de cinzas devia recordar aos egípcios o que eles costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas, concorrendo o ar, que era também uma divindade egípcia, para disseminar a doença. Os egípcios obrigaram os hebreus a construírem casa de banhos que serviam apenas para os corpos dos egípcios se deleitarem...
7- Saraiva e fogo:

Esta praga destruía as plantações, homens e animais que estavam nos campos. Lembramos-nos de que os egípcios obrigavam os hebreus a trabalharem eu seus campos. (Ex 9.22) Houve, com certeza algum intervalo entre esta e a 6ª praga, porque os egípcios tiveram tempo de ir buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os israelitas. É também evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um salutar temor de Deus de Israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga dos trovões e da saraiva. (Ex 9.20).
8- Os gafanhotos:

Os gafanhotos destruíram todas as plantas, pois os hebreus plantavam para os egípcios, mas estes não permitiam que eles comessem os frutos. Esta praga atacou o reino vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros, porque a alimentação do povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta ocasião os conselheiros de Faraó pediram com instância ao rei que se conformasse com o desejo dos mensageiros de Deus, fazendo-lhes ver que o país já tinha sofrido demasiadamente (Ex 10.7). Faraó cedeu até certo ponto, permitindo que somente saíssem do Egito os homens; mas mesmo isto foi feito com tão má vontade que mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Ex 10.7-11). Foi então que uma vez mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus, cobrindo-se a terra de gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha escapado da praga da saraiva. Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israelitas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.
9- Três dias de escuridão:

Durante três dias os egípcios não podiam sequer sair de seus lugares tão grande era a trevas. Isto porque para castigar alguns hebreus os colocavam em calabouços escuros. A praga das trevas mostraria também a falta de poder do deus do sol, ao qual os egípcios prestavam culto. Caiu intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo uma horrorosa escuridão sobre a terra durante três dias (Ex 10.21). Mas, os israelitas tinham luz nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo deixasse o Egito, devendo, contudo, ficar o gado. Moisés, porém rejeitou tal proposta. Sendo dessa forma a cegueira do rei, anunciou a última e a mais terrível praga que seria a destruição dos primogênitos do Egito (Ex 10.24-11.8). Afastou-se Moisés irritado da presença de Faraó cujo coração estava ainda endurecido (Ex 11.9,10).

10- A morte dos primogênitos:

Foi esta a última e decisiva praga (Ex 11.1). E foi, também, a mais claramente infligida pela direta ação de Deus, não só porque não teve relação alguma com qualquer fenômeno natural, mas também porque ocorreu sem a intervenção de qualquer agência conhecida. Mesmo as famílias, onde não havia crianças, foram afligidas com a morte dos primogênitos dos animais. Os israelitas foram protegidos, ficando livres da ação do anjo exterminador, pela obediência às especiais disposições divinas. A mão de Deus pesou sobre os primogênitos devido a sanguinária decisão de faraó na época do nascimento de Moisés, em que os recém-nascidos dos hebreus eram lançados no rio Nilo. Após esta décima praga, Faraó se rendeu e permitiu a retirada do povo hebreu do Egito.
O homem sensato sempre pensa antes de agir, mas o tolo anuncia a sua ignorância. Pv 13.16

Depois que os israelitas saíram do Egito, as coisas começaram a se agitar por lá. Chegaram notícias de que o povo não se deteve no deserto. Estavam avançando em direção ao Mar Vermelho. Faraó ficou muito irado. Seus conselheiros, aqueles mesmos que haviam suplicado que o rei expulsasse os escravos para que toda a nação egípcia não morresse, começaram a encher a cabeça de Faraó. Os escravos haviam fugido! Eles se consideraram enganados.

Os egípcios também começaram a reclamar e dizer que tinham sido tolos em atribuir a morte dos filhos mais velhos ao poder do Deus dos israelitas. Os sábios e mágicos foram buscar as causas naturais para explicar os grandes castigos que tinham sobrevindo ao Egito, e chegaram à conclusão de que tudo não passara de coincidência.

Não poderiam ficar sem seus escravos. O rei precisava tomar uma atitude urgente. E foi isso que Faraó fez. Reuniu todo o seu exército, que era muito bem equipado, e mandou preparar todos os carros de guerra, inclusive os seiscentos melhores que pertenciam à guarda real. Ele mesmo resolveu comandar o ataque. Formou-se um grupo poderoso e experiente em táticas de guerra.

Por incrível que pareça depois de tudo o que os egípcios haviam presenciado com relação aos milagres divinos, ainda teimavam em agir à sua própria maneira. A maior prova disso é que até mesmo seus sacerdotes os acompanharam para garantir-lhes o favor dos deuses.

A intenção de Faraó era intimidar os israelitas e fazê-los voltar quando vissem a potência do seu exército. Orgulhosos como eram, o rei e os egípcios temiam que a história da "fuga" dos escravos se espalhasse por outros países e eles ficassem desmoralizados.

Como explicariam que haviam abaixado a cabeça para o Deus dos seus escravos? Tinham que reverter o quadro e correr atrás do prejuízo. Com esse pensamento, saíram em perseguição aos israelitas. Não haviam aprendido completamente a lição. Porém, o melhor Professor lhes ensinaria que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. E, neste caso, ao tentarem competir e lutar com Deus, descobririam que eles eram o lado mais fraco – aliás, extremamente mais fracos!

A ordem é pra Machar, Avançar!
Não tenham medo. Fiquem firmes e vocês verão que o Senhor vai salvá-los hoje. Êxodo 14:13.

A coluna de nuvem havia conduzido os israelitas a um lugar estranho. No leste estava o mar; no sul, as montanhas rochosas; e no oeste, o deserto. Mas era ali que deviam acampar. De repente alguém olhou ao longe, na única direção que sobrara; para o norte. Você sabe o que ele viu? A armadura brilhante e os carros de guerra do exército egípcio, que se aproximavam rapidamente.

Houve reações diferentes da parte do povo "fugitivo". Alguns buscaram a Deus. A maioria, porém, preferiu reclamar e acusar seu líder humano – Moisés. Será que haviam se esquecido de que fora a nuvem que os conduzira até ali? É bem típico do ser humano tentar encontrar um culpado para suas próprias dificuldades e problemas. Os israelitas estavam com medo porque não possuíam armas e experiência em guerrear. Moisés, porém, teve um papel fundamental naquele momento. Ali Deus falaria de forma muito forte ao coração de Moisés, pois este sabia que carregava em seu nome o milagre de Deus ainda quando tinha apenas três meses de idade, “SALVO DAS ÁGUAS”. Falando com calma e tranqüilidade, disse-lhes que sua confiança deveria ser colocada em Deus. Ele não sabia qual seria a maneira, mas o livramento viria.

Enquanto o exército egípcio se aproximava, a coluna de nuvem que estava à frente dos israelitas se deslocou para cima e ficou atrás do povo, exatamente entre os israelitas e os egípcios. A nuvem se tornou tão densa do lado dos inimigos que eles não conseguiam enxergar nada à sua frente, ficando impossibilitados de continuar. Como já estava anoitecendo, os egípcios imaginaram que aquela era a neblina do mar. Por isso, resolveram prosseguir o ataque no dia seguinte. Não imaginavam que o lado dos israelitas estava claro e iluminado como o dia.

Os israelitas se encheram de esperança. Levantaram acampamento e obedeceram quando Moisés lhes ordenou que avançassem. Orientado por Deus, Moisés tocou a água do mar com sua vara. E então Deus fez soprar um vento tão forte que as águas se dividiram, formando dois enormes muros molhados. No meio, o caminho estava seco e seguro. O povo começou a atravessar o mar, tendo a coluna de fogo a iluminar seu caminho.

Os egípcios passaram a noite comemorando a vitória que esperavam obter no dia seguinte. Mas, perto do amanhecer, quando chegaram ao mar, tiveram uma grande surpresa. As águas do mar estavam divididas. Havia uma trilha seca, e o povo se encontrava na metade do caminho. Tomados por sentimentos de ódio, ira e rancor, os egípcios não se tocaram de que estavam mexendo com um Deus tremendo.
As águas voltaram e cobriram os carros de guerra, os cavaleiros e todo o exército egípcio que havia perseguido os israelitas no mar. E não sobrou nenhum egípcio com vida. Êxodo 14:28.

Os egípcios ficaram com muita raiva quando viram que os israelitas estavam passando pelo meio do mar. Sua ira era tão grande que os impedia de raciocinar. Não viam que apenas o verdadeiro Deus poderia realizar o milagre de dividir as águas do mar! Mas eles preferiram desprezar e desafiar o poder divino.

Determinados a fazer os israelitas voltarem a qualquer custo, os egípcios avançaram para dentro do mar. Quando estavam no meio do caminho, a nuvem que os separara do povo de Israel se transformou em uma coluna de fogo. Então começou a trovejar e relampear. Os egípcios sabiam o que aquilo significava. O Deus dos escravos queria mostrar de que lado estava. Certamente fracassariam ao tentar enfrentá-Lo. Eles ficaram com medo e resolveram voltar.

Mas havia algo errado. As rodas dos carros de guerra começaram a atolar na areia e, por mais que se esforçassem, não conseguiam andar rápido. Haviam confiado naqueles transportes para alcançar a vitória e mostrar seu poder. Agora estavam impedidos de fugir por causa deles.

À ordem de Deus, Moisés estendeu a vara, e outro milagre aconteceu. As águas, que se sustentavam como dois grandes muros garantindo a passagem do povo de Israel, se uniram violentamente, engolindo e sepultando os egípcios. O poderoso exército foi totalmente liquidado.

O povo de Israel novamente havia sido salvo de uma forma maravilhosa. Deus poderia ter providenciado qualquer outro modo de livramento. Mas havia conduzido os israelitas até aquele caminho difícil, aparentemente sem saída, para provar sua fé e mostrar que podiam confiar nEle de olhos fechados. Momentos antes, eles haviam reclamado, mas manifestaram fé quando obedeceram à ordem de Moisés para avançar em direção ao mar.

Se temos certeza de que Deus está no comando de nossa vida, podemos até passar por desertos e mares, mas confiaremos que o caminho que Ele indicar será seguro. E se Ele disser "Avance!", não tenha medo. Pise confiante no mar, que Ele o abrirá para você.

O Cântico de Vitória
Ó Senhor Deus, como é bom dar-Te graças! Como é bom cantar hinos em Tua honra, ó Altíssimo! Salmo 92:1.

Depois do completo livramento dos israelitas no Mar Vermelho, eles ficaram tão felizes que exprimiram sua alegria e reconhecimento do poder divino de uma maneira bem apropriada. Eles cantaram em louvor a Deus. E hoje você terá oportunidade de ler e refletir sobre o cântico entoado por eles depois da maravilhosa vitória divina sobre os egípcios. O texto é da Nova Tradução na Linguagem de Hoje e se encontra em Êxodo 15.1-18. Preste atenção e tente imaginar o sentimento que estava no coração deles:

Cantarei ao Senhor porque Ele conquistou uma vitória maravilhosa; Ele jogou os cavalos e os cavaleiros dentro do mar. O Senhor é o meu forte defensor; foi Ele quem me salvou. Ele é o meu Deus, e eu O louvarei. Ele é o Deus do meu pai, e eu cantarei a Sua grandeza. O Senhor é um guerreiro; o Seu nome é Senhor. Ele jogou no mar o exército egípcio e os seus carros de guerra; os seus melhores oficiais se afogaram no Mar Vermelho. O mar profundo os cobriu; como uma pedra eles foram até o fundo.

A Tua mão direita, ó Senhor, tem um poder terrível. ... Tu sopraste, e as águas se amontoaram; as ondas se levantaram como muralhas, e o fundo do mar ficou duro como gelo. Os inimigos disseram: "Nós iremos atrás deles e os alcançaremos; pegaremos todas as coisas que são deles e ficaremos com tudo o que quisermos. Com as nossas espadas nós os mataremos." Porém Tu, ó Senhor, sopraste, e os egípcios se afogaram; afundaram como chumbo no mar bravo.

Não há outro Deus como Tu, ó Senhor! Quem é santo e majestoso como Tu? Quem pode fazer os milagres e as maravilhas que fazes? Estendeste a mão direita, e a terra engoliu os que nos perseguiam. Por causa do Teu amor Tu guiaste o povo que salvaste; com o Teu grande poder Tu os levaste para a Tua terra santa. Os povos ouviram falar do que fizeste e estão tremendo de medo. ... O medo e o terror caíram sobre eles. Eles viram o Teu grande poder e ficaram parados como se fossem pedras até que tivesse passado o Teu povo, o povo que livraste da escravidão. Tu levarás o Teu povo para viver no Teu monte, o lugar, ó Senhor, que escolheste para morar, o templo que Tu mesmo construíste. O Senhor Deus será rei para todo o sempre.

Aleluia! Ser agradecido deve ser uma das qualidades daqueles que acreditam e amam a Deus. Diariamente recebemos bênçãos das mãos divinas. Que hoje também sejamos agradecidos e expressemos nosso reconhecimento por meio de cânticos de louvor Àquele que cuidou dos israelitas e que cuida de nós.

No livro de Mateus, 28.7 está escrito: “Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis”. Amados, Jesus ressuscitou para libertação de seu povo! A sua igreja é livre da escravidão e do jugo do inimigo das nossas almas! Somos um povo livre para adorar, para bendizer, exaltar e invocar o nome santo do Senhor! Jo 8.36: Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Assim como Deus livrou Israel do jugo egípcio, Hoje Ele te convida a uma liberdade espiritual e a um relacionamento íntimo com Deus! Seja livre, liberto de tudo que tem impedido a sua real felicidade, livrando-se de todo o embaraço, e o pecado que o mundo nos proporciona e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, autor e consumador da fé.


Pr. Arquimedes Gomes de Souza Neto

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