domingo, 2 de dezembro de 2007

Uma porta aberta
"Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus
discípulos e Tomé com eles. Estando as portas trancadas,
veio Jesus, pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja
convosco!" (João 20:26).

As portas estavam fechadas. Por que João ressalta essa
particularidade toda vez que relata um encontro de
pós-ressurreição de Jesus com os discípulos? Toda vez que o
Mestre vem a eles, estão por trás de portas trancadas,
temendo por sua segurança.

A política de "portas fechadas" dos discípulos simboliza a
condição de suas vidas. Ainda não estavam abertos aos
desafios que Cristo lhes dera e ao poder que Ele proveria a
fim de ajudá-los a reagir corajosamente à oportunidade de
unir-se a Ele na mudança do mundo. Aquele que disse "Eu sou
a porta" tinha muito que fazer antes que os discípulos
compreendessem que a ressurreição era uma porta aberta para
a vida na eternidade e para o viver no presente.

Paulo entrou em regiões não evangelizadas, sabendo que era a
vontade de Deus que todos os homens ouvissem a mensagem do
Evangelho. Ele sabia que Deus abriria as portas das
oportunidades. Ele tinha a segurança do homem moderno que,
confiantemente, entra pela porta elétrica sabendo que o olho
eletrônico ligará o mecanismo que a abre. Da mesma forma,
Paulo sabia que, se prosseguisse, Deus abriria as portas.

O Cristo que tem as chaves confiou-as ao seu povo para a
abertura de vidas humanas. Assim como Cristo disse a Pedro
que as chaves do reino eram dele, da mesma forma Ele nos diz
que essas chaves são nossas para abrirmos as portas da fé
nas vidas dos incrédulos. As chaves do ouvir em amor,
partilhar com honestidade, levar fardos sem reservas,
comunicar o Evangelho com clareza e ajudar outros a começar
uma vida de fé - todas elas são chaves que Ele confiou a nós.
Recebemos um poder espantoso.

Jesus apresenta-nos uma porta aberta que ninguém pode
fechar.

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