O “REINO DE DEUS” E O “REINO DOS CÉUS”
Lição 4
A Importância da Doutrina do Reino de Deus no Novo Testamento, e, A Importância de Não Diferenciar o Reino de Deus do Reino dos Céus
Leitura: Salmos 22
Versículo para Memorizar: Sl 22.28, “Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações.”
Introdução:
Examinamos com bom proveito as sete chaves de interpretação da profecia Bíblica na primeira lição. Depois, estudamos os termos “últimos dias” e “último dia” na segunda lição. Na terceira lição, definimos os termos Reino dos Céus e Reino de Deus e aprendemos que esses termos apontam à mesma verdade. Parece que não temos transcorrido grande distancia até agora em consideração ao que resta para considerar. Todavia, temos estabelecido uma base boa e essa base servirá para entender o que segue. Não devemos ter impaciência em estabelecer uma base boa. A falta dela seria sentida bem depois quando entrarmos em assuntos mais complexos. O assunto hoje é parte desta base.
A Importância da Doutrina do Reino de Deus no Novo Testamento
O Novo Testamento menciona o assunto do reino não menos que 141 vezes. O uso deste assunto é mais do que o uso da palavra ‘igreja’ pela qual Jesus Cristo derramou o Seu sangue (At 20.28). Porém, desde que o Espírito Santo deu tanto destaque a essa doutrina no Novo Testamento, convém que demos a ela a devida atenção. Não precisamos descartar as demais doutrinas e estudar somente essa, mas também não devemos esquecer essa a qual é mencionada tantas vezes.
A importância da doutrina do Reino de Deus no Novo Testamento é entendida quando percebemos que todos os autores do Novo Testamento mencionam assuntos relativos ao reino. A Palavra de Deus é viva e portanto sempre atual (Hb 4.12). A verdade é imutável, portanto sempre convém para aperfeiçoar o homem de Deus para toda a boa obra (II Tm 3.16,17). Portanto, aquilo que os nossos irmãos no primeiro século necessitavam ouvir e aprender para servir ao Senhor agradavelmente é o que nós precisamos ouvir e aprender para servir hoje ao mesmo Senhor.
Por menos que lemos o Novo Testamento confrontaríamos com esse assunto, pois 17 dos 27 livros contêm a palavra “reino”. Os outros sete livros referem-se ao assunto do reino de Deus sem usar tais palavras, mas estes não estão incluídos nessa contagem. Por uma boa parte do Novo Testamento usar essa palavra, convém que saibamos algo do reino para manejarmos bem a Palavra de Deus.
A Importância de Não Diferenciar o Reino de Deus do Reino dos Céus
Estes termos apontam à mesma verdade, como estudamos antes. Para enfatizar essa verdade faço as seguintes observações:
Somente Mateus menciona o Reino dos Céus. Se o Reino dos Céus é uma doutrina diferente da doutrina do Reino de Deus, não seria muito estranho que somente Mateus de todos os escritores da Bíblia menciona essa doutrina? Seria sábio dar muita ênfase numa doutrina elaborada por um só autor da Bíblia e jamais mencionada por outro? Seria confiável tomar a sério uma doutrina sobre a mensagem de Cristo e aquilo que somos responsáveis a pregar quando nem Marcos nem Lucas nem João sequer mencionaram quando relataram a vida de Cristo? Não seria ilógico o fato em que Marcos, Lucas e João são unânimes sobre a vida de Cristo e o Seu Reino, mas não ter a mínima concordância com Mateus que também relata essa mesma vida? A própria inspiração da Bíblia seria em jogo se estes quatro autores não estivessem em concordância em um assunto tão largamente tratado entre eles e por outros homens que o Espírito Santo usou para produzir as Escrituras. Porém há muita importância em não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
E qual é a mensagem que devemos crer, pregar e ansiar? Se formos ensinados a pregar uma mensagem específica por Jesus no livro de Mateus e outra mensagem específica por Jesus pelos outros evangelistas, se estas mensagens não houvesse concordância, como poderíamos ter certeza de que estaríamos anunciando a mensagem correta de Jesus? Porém há grande importância em não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
A definição que temos de qualquer palavra Bíblica influenciará em muito nosso entendimento no estudo da Palavra de Deus. Se tivermos duas definições do Reino é certo dizer que o nosso entendimento da Palavra de Deus será influenciado em muitas áreas como, por exemplo, a nossa pregação, a atitude para com a nossa vida cristã agora e a nossa esperança do porvir. Assim se vê a importância em não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
A importância de saber que o Reino dos Céus é igual ao Reino de Deus nos ajuda a aplicarmos as verdades da Palavra de Deus às nossas vidas. Se tivéssemos a correta definição do Reino, as sérias exortações e os alertas para os que fazem parte deste Reino serão aplicados às nossas vidas.
É importante saber que o Reino dos Céus é igual ao Reino de Deus pois isso nos ajuda a ver a Bíblia de forma homogênea. Se desejarmos manejar bem a Palavra de Deus, temos que saber o que é uma coisa e o que não é a outra coisa. Se não definimos bem estes assuntos, a Bíblia não será homogênea, mas separada em si, nós concluiríamos erroneamente os nossos estudos, e as nossas vidas não seríamos agradáveis ao Senhor. Desde que agradar a Deus é a finalidade de existirmos se vê a grande importância de não diferenciar os significados do Reino de Deus e o Reino dos Céus.
Aplicação
Igualar o Reino dos Céus com o Reino de Deus nos ensinará a submeter-nos já a Deus como Rei deste Reino presente e não esperar somente para uma época futura. Essa verdade é muito importante. Salmo 22.28 nos ensina que “ele domina entre as nações”. Portanto, não convém esperar participar do Reino dos Céus literal e vindouro quando o senhorio do Rei deste reino não seja importante para sua vida no presente tempo. Se não está submisso ao domínio do Rei hoje, é muito provável que não esteja presente na época futura quando aquele domínio que é espiritual agora torna um domínio literal e eterno.
Examine-se a si mesmo se já conhece este Rei Jesus.
Faça uma sondagem para ter certeza que está submisso ao Rei Jesus.
Não convém ser pego de surpresa como foram as cinco virgens tolas (Mt 25.1-13).
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