segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

CAP 35 - ESCATOLOGIA

O JULGAMENTO – PARTE II – O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO

Lição 35
O Julgamento – Parte II – O Julgamento do Grande Trono Branco
Texto para a Leitura: Ap. 20.11-15
Texto para a Memorização: Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”
O Julgamento Final - O Julgamento do Grande Trono Branco
Na cronologia da escatologia, logo depois da guerra de Gogue e Magogue o juízo final acontece. Esse julgamento é o último e o pior julgamento que qualquer ser humano passará. “A fortíssima espada da justiça Divina será desembainhada neste dia para atingir cada pecador não arrependido pelas suas transgressões” (T. Ross, pg. 219).
O Juiz Assentado Sobre O Trono é Deus Filho – Ap. 20.11-12
Todos diante desse trono encararão “Deus” (v. 12). A Sua presença é terrível (v. 11, “de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”). O Substituto e Salvador dos pecadores arrependidos (I Pe. 3.18;II Co. 5.21); O Evangelho pregado pelos apóstolos (I Co. 15.1-8; At. 26.20); O Fundador e Cabeça das Suas igrejas (Mt. 16.18; Ef. 5.23) e O Exaltado com todo poder que as comissionou a pregá-Lo à toda criatura (Mt. 28.20; Fp. 2.8-10) é Quem está neste trono. Ele será manifestado como Juiz. O Salvador dos arrependidos e o Advogado dos salvos é grande em misericórdia (At. 16.31; I Jo. 2.1). Porém, como Juiz Ele será terrível. Da Sua presença foge a terra e o céu (Ap. 20.11). Jesus será terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.
Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Essa qualificação de juiz o Pai Lhe deu: Jo. 5.22-23, 27, “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.”; At. 10.42, “... testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.”; 17.31; Rm. 2.16, “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” A Jesus foi dado todo o poder no céu e na terra e foi exaltado soberanamente com um nome sobre todo o nome. Portanto senão por direito de Criador ou Salvador, Jesus tem o direito de ser o Juiz neste julgamento final por autoridade do Seu Pai (Mt. 28.18; Fp. 2.9). Nunca pense que possa evitar a Quem Deus Pai estabeleceu como Juiz no julgamento final a não ser que esteja confiando na obra de Cristo Jesus na cruz. Jesus será terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.
Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Pela sua vida como homem Jesus venceu todo e qualquer pecado (Hb 9.14, “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”; I Pe. 1.19, “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”) Pela Sua morte Jesus aniquilou “o que tinha o império da morte, isto é o diabo” (Hb. 2.14-18). Pela Sua ressurreição Cristo Jesus foi manifestado como o Juiz destinado por Deus (At. 17.31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”). Jesus tem todo direito de ser o Juiz.
Por direito Jesus é o Juiz neste trono. Essa qualificação Jesus tem por conhecer pessoalmente todo tipo de tentação e por vencer a condenação do pecado (Hb. 4.15, “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”). Assim é inteligível a Sua sentença no julgamento sobre os que transgrediram a lei do Seu Pai. Foi Jesus a quem os pecadores diante deste trono rejeitaram. Nada mais justo do que eles encararem a Quem rejeitaram. “Para os que odiaram a misericórdia e rejeitaram o amor e graça do Senhor Jesus Cristo, este julgamento será a manifestação da retribuição perfeita para cada pecado. O homem tem uma escolha. Ele deve escolher a encarar Cristo como Salvador ou como Juiz. O Salvador rejeitado será o Justo Juiz” (Huckabee, pg. 64, Seven Judgments, tradução livre). Será terrível encarar Jesus como Juiz!
Jesus é o majestoso Juiz. Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da própria pessoa de Deus (Hb. 1.3). A majestade de Jesus é revelada como a Palavra de Deus pela qual Deus criou tudo (Hb. 11.3; 1.2; Jo. 1.1-3; Sl. 33.6). Sua majestade é manifestada pela Sua vida imaculada quando cumpriu a lei, assim cancelando totalmente a força do pecado (Mt. 5.17; Jo. 19.30). Pela Sua ressurreição Jesus derrubou o pecado e a condenação do pecado qual é o aguilhão da morte (Rm. 6.9; I Co. 15.55-57). Agora Ele vivifica os que se arrependem dos seus pecados e pela fé confiam nEle. Estes têm a vida eterna e não entrarão em condenação (Jo. 5.24, “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”).
Está em Cristo Jesus? Se negar a ver Jesus como Salvador, vê-Lo-á como seu Juiz neste julgamento final. Será terrível encarar Jesus como Juiz!
Os Julgados – Quais São?- Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.”
Os que ouvirão a Sua voz são os que fizeram o bem. Estes participarão na ressurreição da vida. Essa ressurreição começa no arrebatamento e termina com os mártires durante a Tribulação (I Ts. 4.13-17; Ap. 20.4-6). Estes estarão sempre com o Senhor Jesus e não entrarão em condenação pois os seus pecados já estão julgados nEle (Rm. 8.1, 31-39).
Os que não quiseram ouvir a Sua voz enquanto estavam na terra, ou seja, não quiseram ter o Seu jugo sobre eles (Sl. 2.2-3), não ouvirão a Sua voz para participar na primeira ressurreição que é para vida (Ap. 20.4-5). Todavia ouvirão a Sua voz para serem ressurrectos na ressurreição que leva para a segunda morte (Ap. 20.12-14). Essa ressurreição é para os que fizeram o mal. É chamada a “ressurreição da condenação” por levar para esse fim. A “ressurreição da condenação” é o julgamento do Grande Trono Branco. Aqui os não salvos estarão presentes corporalmente pois o cemitério (os corpos dos não salvos, a “morte”) e o inferno (as almas dos não salvos) darão o que neles havia (Ap. 20.13).
Os que rejeitam a vitória do Senhor Jesus Cristo, sejam grandes ou pequenos, responderão pessoalmente diante dEle nessa ocasião. Terão oportunidade de responder por qual razão desprezaram Jesus a quem o Pai exaltou sobre todo e qualquer nome (Fp. 2.8-11).
Jesus determinou que os que “fizeram o bem” terão vida e os que “fizeram o mal” terão a condenação. Se não tivéssemos nenhuma outra instrução sobre a salvação na bíblia concluiríamos que somos salvos ou condenados apenas pelas nossas obras. E muitos religiosos assim concluem. Todavia uma abundância de instrução pela bíblia sobre a salvação existe para os que desejam saber. Examinando a bíblia toda leva-nos a concluir que a salvação não é obtida nem mantida pelas obras do homem.
Tito nos diz que não somos salvos pelas obras (Tt. 3.5). O profeta Isaías ensina que as nossas justiças são como trapos de imundícia (Is. 64.6). Jó pergunta: “Quem do imundo tirará o puro?” Ele mesmo responde: “Ninguém” (Jó 14.4). Jesus e os apóstolos enfatizam que a salvação é pela graça (At. 15.11; Rm. 3.24; Ef. 2.8-9). Sendo pela graça não pode de nenhuma forma ser pelas obras do homem (Rm. 11.6). A carne para nada aproveita (Jo. 6.63).
Então, o que devemos concluir quando Jesus ensinou que o tipo de ressurreição depende no que os homens fizeram? Devemos concluir que as obras de qualquer homem testificam o que ele é, ou seja, as obras anunciam a todos quem somos (Mt. 7.17-20; Jo. 10.25).
Os que fazem o bem são os que têm a justiça de Jesus imputada a eles e, por terem uma nova natureza, deleitam em fazer a lei de Deus (II Co. 5.21; Rm. 7.22; Jo. 14.12). Os que fazem o mal são os que produzem somente as obras da carne (Gl. 5.19-21; I Co. 2.14; Rm. 8.6-8).
Tendo somente as suas obras para declarar o que você é, será participante de qual ressurreição?
Os Livros Abertos neste Julgamento – Ap. 20.12, “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”
Os livros que formarão a base do julgamento dos que serão presentes diante deste trono são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras de todos os que estarão diante deste trono são.
Jesus prometeu que a Palavra de Deus será presente neste julgamento: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”, Jo. 12.48. Todos que agora negam a submeter-se à Verdade da salvação apresentada pela pregação das Escrituras asseguram a sua própria condenação.
O Livro da Vida contém os nomes de todos os eleitos de Deus. É chamado o “livro da vida do Cordeiro” por ser pelo Cordeiro que estes são salvos (Ap. 21.27; 5.5-10). Os nomes dos eleitos foram escritos neste livro desde a fundação do mundo (Ap. 17.8; Ef. 1.4; II Tm. 1.8-9). Antes deste evento não temos evidencia que este livro foi aberto. Seu nome está escrito neste livro? Mais importante do que ser listado num rol de igreja, numa biografia de heróis da fé, ou ter sofrido grandes privações pela religião é ter o seu nome neste livro. Terrível será se faltar o seu nome neste livro!
Pode saber se o seu nome está escrito nesse livro se você já se arrependeu e crê pela fé em Cristo Jesus como seu Salvador. Se o seu desejo é agradar Deus pela sua obediência à Sua palavra, pode saber que tem as marcas de um eleito de Deus (Rm. 7.22; Mt. 7.24-27). Se porém deseja cumprir os desejos da carne, ser dominado pela carne e caso a submissão à Palavra de Deus não é um alvo da sua vida, pode saber que, se morrer nessa condição, o seu nome não consta neste livro. Arrependei-vos e crê no Senhor Jesus Cristo!
Os “Outros Livros” contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da lei de Deus que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz. Estes livros serão abertos diante este trono (Ec. 12.14; Mt. 12.36; Rm. 2.16; Hb. 4.13; Ap. 20.12, “segundo as suas obras”). Entendemos que assim o julgamento será justo pois não admite falsas acusações de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas obras fielmente registrada para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.
As Conseqüências
O lago de fogo é a destinação para todos que não têm os seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro, ou seja, os sem o sangue de Jesus nos seus corações. Serão lançados corpo e alma neste lago de sofrimento (Ap. 20.14-15). Estes podem somente culpar-se a si mesmos pela sua condenação neste lago de fogo. São as suas próprias obras que foram julgadas e não as de Cristo ou de outros.
Podem alguém pensar que Deus é culpado por não eleger todos para a vida eterna. Deus teria culpa se Ele fosse obrigado a fazer algo e não fez. Mas, desde que a salvação é pela graça, a eleição também é (Rm. 11.5). Os não elegidos não buscaram a salvação fazendo alegremente tudo que eventualmente os condenam, ou seja, as obras da carne (Rm. 1.28-32; Gl. 5.19-21; I Jo. 2.16). Para ser salvo é necessária a graça de Deus. Para ser condenado são necessárias as obras da carne. Se desejar ser salvo dos seus pecados, arrependa-te deles e clama a Deus pela Sua misericórdia. “Ninguém deve se preocupar se Deus lhe salvará ou não. Todos que desejam a ser salvos na maneira bíblica podem. Humanamente falando, a sua fé em Cristo é o que faz a diferença entre estar presente diante deste trono ou não.” (G. Smith, pg. 171)
O lago de fogo é um lugar onde a segunda morte acontece para os perdidos “receber o dano” (Ap. 2.11). Este verbo traduzido “receber o dano” indica sofrimento e prova que a segunda morte não é cessação de existência; é uma separação eterna de Deus (pg. 31, Watterson).
Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é ser com os benefícios do primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salva hoje se arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus o Salvador!

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