O JULGAMENTO - PARTE I
Lição 34
O Julgamento - Parte I
Texto para a Leitura: Ex 18.4-17
Texto para a Memorização: Rm 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”
Introdução – O fato do julgamento final geralmente é conhecido por todo homem. A ideia de uma consequência desagradável resultante dos erros cometidos é bem aceita pela sociedade em geral. Também a maioria das pessoas que faz parte da sociedade crê que passará ilesa dessas consequências desagradáveis; creem que serão isentados do julgamento futuro por terem sofrido enquanto aqui neste mundo. É verdade que sofremos aqui na terra. É verdade que esse sofrimento é consequência do pecado do homem. Todavia, sofrer no mundo não diminui nem elimina o julgamento vindouro. Ninguém escapará: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”, Hb. 9.27.
Desde o começo da humanidade no jardim de Éden, antes mesmo de pecar, o homem convivia com a realidade de uma consequência no caso dele desobedecer as regras de Deus. Deus deixou clara a Sua regra: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”, Gn. 2.17. A existência de qualquer lei pressupõe um julgamento.
Ninguém estranha essa ideia. A sociedade em geral concorda que é o governo que deve manter cadeias e penitenciárias. Ninguém estranha a necessidade de ter leis e uma força policial para manter a ordem pública. Talvez nem todos entendam como funcionam os tribunais mas são poucos os que negam a sua utilidade. Até a existência de regras e a devida punição nos jogos esportivos é aceitável pelos homens de bom senso. Se houver alguma discordância sobre essas necessidades tal discórdia não é sobre a existência de um julgamento, mas no grau da punição dada.
A responsabilidade de cada um receber as justas consequências pelas suas ações pessoais é uma verdade que deve ser inculcada em todo lar. A ordem pacífica da sociedade depende disso. Se desde o berço cada membro da comunidade fosse estabelecido no fato que o desvio é inaceitável e resulta numa punição justa e imediata, o nosso convívio uns com os outros seria muito mais satisfatório (Ec. 8.11, “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.”). Quando Deus deu a Sua lei moral que exige castigo pelo erro, além dEle fazer isso para a Sua glória, o fez para o nosso bem.
Julgamento na Bíblia – O que Significa “julgamento”?
O Pastor Davis W. Huckabee observa que existem várias palavras gregas traduzidas para a palavra ‘julgamento’. Apenas duas dessas são destacadas como mais importantes para o nosso estudo. Krisis (#2920, Strong’s, 47 vezes): uma separação seguida por uma decisão. Krima (#2917, Strong’s, 28 vezes): a ação resultante (condenação, julgamento, juízo) do verbo Krino (#2919, Strong’s, 98 vezes): julgar.
Existe um julgamento, ou seja, uma separação que será seguida por uma decisão judicial, que acontece imediatamente quando qualquer um morre. Essa separação é para um destino eterno que corresponda à condição do coração do homem na hora da morte. Estes versículos referem-se a este tipo de julgamento: Ec. 12.7, “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”; Hb. 9.27, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.
Jesus ensinou que a condição do coração do homem na hora da morte determina o seu destino (Lucas 16.19-25). Os salvos por Cristo vão para aquele lugar reservado para o povo de Deus e todos os outros se encontram imediatamente nos tormentos do inferno (hades). Aqui ficam até o julgamento (decisão divina) final, ou seja, do Trono Branco.
O Julgamento Divino – A Sua Natureza
Num julgamento não há apenas uma determinação da culpa do transgressor mas a justiça é declarada, ou seja, a punição devida é declarada. O homem em geral já entende que é culpado (Rm. 2.14-16; 5.12; Hb. 10.26-27). Deus é ciente disso também (Hb. 4.13; Jo. 3.19).
O julgamento divino tem o que os julgamentos entre homens não têm, ou seja, a “manifestação do juízo de Deus” (Rm. 2.5). Para os pecadores não arrependidos o julgamento divino manifestará a indignação justa de Deus contra o pecado. Na ocasião do julgamento divino Deus também revelará a punição devida para cada transgressão.
O julgamento dos salvos manifestará o prazer divino pela justiça imputada por Cristo e determinará o galardão por cada obediência, II Co. 5.10, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.”
Você sente culpado pelo seu pecado? Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos para levar os que se arrependem e ceem nEle pela fé a Deus (I Pe. 3.18). A salvação eterna está em Cristo. O futuro julgamento manifestará o juízo de Deus e cada pecado será justamente punido. Essa punição eterna já foi levada por Cristo Jesus para os que entram pela fé nEle! Há salvação hoje!
Os Julgamentos da Bíblia
Os estudiosos contam sete julgamentos mencionados na Bíblia: O Julgamento na Cruz – I Pe. 3.18; O Auto-Julgamento do Salvo – I Co. 11.31-32; O Julgamento das Obras do Salvo – Rm. 14.10; II Co. 5.10; O Julgamento de Israel – Is. 1.27; Jl. 2.31-32; O Julgamento das Nações – Mt. 25.31-33; Ap. 20.8-9; O Julgamento dos Anjos – I Co. 6.3; II Pe. 2.4; Jd. 6; O Grande Trono Branco ou O Julgamento dos Ímpios que Morreram – Ap. 20.11-15.
Outros categorizam os julgamentos em três períodos distintos: Antes da Segunda Vinda de Cristo – A Cruz, O Tribunal de Cristo, ou O Julgamento das Obras do Salvo; Os Julgamentos Associados com A Segunda Vinda de Cristo – O Julgamento das Nações, de Israel, dos Mártires da Tribulação, e os Julgamentos que Acontecem Depois de Cristo voltar à terra – O Julgamento de Satanás e os Seus Anjos Ímpios, O Grande Trono Branco, ou, O Julgamento dos Ímpios que Morreram.
Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo hoje se arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus o Salvador!
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Edição gramatical: Edson Basilo 1/2009
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