O NOVO CÉU, A NOVA TERRA E A NOVA JERUSALÉM
Lição 36 - A Eternidade I
O Novo Céu, A Nova Terra e A Nova Jerusalém
Texto para a Leitura: II Pe. 3.7-14
Texto para a Memorização: II Pe. 3.14, “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que
dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.”
O Novo Céu e A Nova Terra – Ap. 21.1-27
Logo após o milênio veio o último julgamento, o do Grande Trono Branco. Naquela ocasião da presença de Cristo “fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.” (Ap. 20.11). A menção dessa conflagração junto com o último julgamento mostra a proximidade desses dois eventos. Todavia o tempo exato que a terra e o céu fugiram da presença da majestade e da glória de Cristo é aberto para comentários. Alguns dizem que acontece logo depois deste julgamento e outros sustentam que foi durante a Tribulação (Ap. 16.20).
Em todo caso João viu “um novo céu, e uma nova terra”. Como foram criados na primeira vez, não serão no futuro, mas novos e diferentes, Gn. 1.1, “No princípio criou Deus os céus e a terra.” A palavra “novo” é de uma palavra grega que significa quanto forma: não usado, recente, ou como substância: um espécie novo, incomum (#2537, Strong’s).
Alguns creem que os primeiros céus e a primeira terra literalmente serão queimados, aniquilados, eliminados e desfeitos pelo fogo e tudo será uma nova criação (II Pe. 3.10-12). Pode ser isso a realidade que a profecia está apontando. Todavia convém pensar nessas duas considerações:
1. A Bíblia diz que a terra é para sempre - Sl 78.69, “E edificou o seu santuário como altos palácios, como a terra, que fundou para sempre.”; Sl 104.5, “Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum.”; Ec 1.4, “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.”; Is 51.6, “Levantai os vossos olhos para os céus, e olhai para a terra em baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como roupa, e os seus moradores morrerão semelhantemente; porém a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será abolida.” Se a terra permanecerá, como pode ter um fim?
2. Para fazer tudo novo, não é necessário eliminar completamente o velho. Tome como referência o homem velho na hora de regeneração. O homem velho não é destituído, eliminado, mesmo que “tudo se fez novo” (II Co. 5.17, “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”) Deus cria o homem novo e o velho homem é suplantado, feito submisso à nova natureza. Também pense nos que perecem no lago de fogo. Perecem, mas permanecem. Não serão eliminados mas castigados numa condenação eterna. Podemos considerar a destruição da terra pela água no dilúvio. Deus disse a Noé: “... porque a terra está cheia de violência; eis que os desfarei com a terra.” Gn. 6.13; 7.4 (Am. 9.5). Todavia, sendo desfeita não foi eliminada completamente. Se uma vez aconteceu assim será que o novo céu e a nova terra são ‘novos’ da mesma maneira?
Tudo Novo - Mesmo que os céus e a terra não serão eliminados ou reduzidos a nada, serão purgados, ou seja, serão desfeitos e limpos pelo fogo (II Pe. 3.7, 10-12). O importante é entender que todas as obras pecaminosas do homem na terra serão eliminadas pelo fogo purificador de Deus. O resultado é um novo céu e uma nova terra, sem nenhum mar. Que lugar será! A terra será sem nenhum resquício da maldição do pecado e sem o abominável sangue do homem inocente que foi derramada nela. Purificada, cristalina, tudo novo!
Nova Terra Sem Mar - Alguns simbolizam que a ausência do mar ensina que não haverá mais separação entre os salvos e os seus entes queridos salvos, ou nenhuma separação das raças e nações. Desde que o mar controla o clima da terra podemos entender que o mar é usado por Deus para regar a terra; para que todo animal, homem e planta vivem. Porém, naquela nova terra não haverá morte e não necessitará o homem de cultivar a terra para sobreviver (Ap. 21.27). Na eternidade o homem salvo tem vida eterna e pode comer da árvore da vida livremente (Ap. 22.2). Portanto o mar não existirá mais.
Novo Céu - A Bíblia fala de três céus (II Co. 12.2-4, “foi arrebatado ao terceiro céu ... ao paraíso). O primeiro céu é para as aves (atmosfera perto da terra), o segundo é para as estrelas e planetas (o espaço, o firmamento), e o terceiro céu (o paraíso, o lugar do Seu trono - Sl. 11.4, “o céu dos céus” - I Rs. 8.27). João viu um novo céu. Este novo céu pode ser aquele onde Deus habita. Os céus das aves e das estelas ou foram eliminados ou foram ajuntados com aquele aonde permanece o trono de Deus. Este pode ser o céu onde Deus tem Seu trono e onde “estaremos sempre com o Senhor” será eliminado? (I Ts. 4.17)
Apesar do que se pode opinar destes acontecimentos é fato comprovado que cada ser humano terá corpo, alma e espírito na eternidade. Essa eternidade será de tormento no lago de fogo ou será na nova terra ou no novo céu onde Deus habita. Estar em Cristo faz a grande diferença. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” Jo. 3.36. Arrependei-vos dos seus pecados e creia em Jesus pela fé!
Aplicações: Entendendo que tudo aqui na terra atual será fundido e feito novo, como devemos ser sábios! Nenhum servo do Senhor deve ser tão estúpido de perder o sono com a preocupação de adquirir bens que não vão com ele para essa cidade e nem vão sobreviver à purificação dessa terra. Aquela preocupação ou prazer que rouba a sua comunhão para com Deus, a igreja ou com a sua família vale tanto? Por mais que determine que posses são importantes, tudo é passageiro. Seja sábio! Buscai primeiramente o Reino de Deus e a Sua justiça! Assim, não gastará o seu tempo, sua saúde e o fruto do seu suor naquilo que será queimado (II Pe. 3.10).
Entendendo que tudo aqui na terra atual será fundido e feito novo, como devemos ser santos! Foi a água que limpou o mundo a primeira vez. Dessa vez será pelo fogo. Portanto aquele tempo desperdiçado por priorizar diversões que roubam a sua presença dos cultos de adoração a Deus; aquelas meditações que só trazem vergonhas em vez de edificação; os investimentos que redundam somente para a grandeza do homem e não animam a causa do Senhor, e as amizades que promovam vanglória em vez de crescimento na obediência da Palavra de Deus serão todos desfeitos. Serão destruídos nessa hora. Sabendo que virá tal fogo purificador como devemos procurar a ser santos como nosso Salvador é Santo! (II Pe. 3.11-14; I Jo. 3.1-3)
A Nova Jerusalém – A Esposa do Cordeiro – Ap. 21.2-27
Apesar de todas desobediências dos cristãos e das suas participações em igrejas não verdadeiras, ninguém estará lá no céu sem estar vestido com as justiças de Cristo - Ap. 19.8: “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (Jo. 14.6; II Co. 5.21) As bodas do Cordeiro acontece quando Jesus está com os Seus logo no fim da Tribulação (Ap. 19.7-9). Quando João viu o novo céu e a nova terra a esposa, a mulher do Cordeiro, foi manifestada logo depois (Ap. 21.2, 9-10).
A esperada cidade dos justos do Velho Testamento (Hb. 11.10, “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.”) junto com os em Cristo desde o período do Novo Testamento (Hb. 13.14, “Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura.”) é revelada agora. A cidade chamada “Nova Jerusalém” é a esposa do Cordeiro. É o tabernáculo de Deus com os homens (Ap. 21.4). João a descreve com detalhes gloriosos em Ap. 21.9-27. A esposa é a cidade ou existem a esposa e a cidade? Podem ser termos para ensinar: “Como esposa, vemos a intimidade da sua comunhão com o Cordeiro e a sua união com Ele; como cidade, mostra-nos a habitação de Deus e a vida conjunta e organizada dos salvos.” (pg. 148, Watterson). Essa cidade é o alvo dos santos, ou seja, nela é manifestada aquela assembléia universal, a igreja de todos os primogênitos que estão inscritos nos céus (Hb. 12.22-23). Como sempre, essa ‘ecclesia’ é uma assembléia local e visível.
Essa igreja constará de todos os salvos num só lugar. Mesmo que seja dito que essa cidade é quadrada alguns creem que tenham razão opinar que a forma da Nova Jerusalém é uma pirâmide, outros uma esfera, e outros um cubo. De qualquer maneira ela é grande e gloriosa. Doze mil ‘estádios’ medem dois mil quilômetros. A cidade mede dois mil quilômetros no seu comprimento, na sua largura e na sua altura (Ap. 21.16).
Mesmo com as características da grandeza da glória dessa cidade relatadas por João, esse lugar que Jesus está preparando está além da capacidade do homem imaginar perfeitamente. O Apóstolo Paulo nos ensina: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” I Co 2.9; Is. 64.4. Jesus está preparando uma cidade para Seu povo (Jo. 14.1-3). Ele também está preparando um povo para a Sua cidade: Ef. 5.25-27, “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.”; Tt. 2.14, “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.”
Aplicações: Todo o desprezo, a inconveniência, o custo financeiro e o custo da nossa saúde serão recompensados. Na verdade tudo expendido no serviço ao Senhor será naquele momento mais do que recompensado. Nenhum sacrifício será esquecido mas tudo será recompensado múltiplas vezes. A glória de estar com o Salvador vivenciando uma paz completa em tanta beleza para todo o sempre valerá todo sacrificado aqui. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” I Co. 15.58
Você lá estará? O Caminho é Cristo!
Santifique-se mais e mais para estar pronto e experimentado para gozar as bênçãos desta cidade!
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Edição gramatical: Edson Basilo 7/2009
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