terça-feira, 20 de março de 2012

Restituindo a pérola do bom relacionamento cristão

TEXTO BÁSICO: 1 Tessalonicenses 5.12-22
INTRODUÇÃO
A igreja é a comunhão dos santos. Em outras palavras, a igreja é a comunidade dos relacionamentos. E a qualidade de uma igreja local depende do bom relacionamento das pessoas com Deus e das pessoas entre si.
A igreja de Tessalônica fundada por Paulo e Silas (At 17.1-9), tomou-se uma igreja modelo para os crentes primitivos e também para nós (1 Ts 1.7 e 2.14). Ela era uma igreja que progredia espiritualmente em todos os sentidos. “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que eleveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais” (1 Ts 4.1).
E o segredo para a manutenção daquele progresso era investir nos relacionamentos. Paulo via a igreja como uma família, e ele chamava carinhosamente aqueles crentes de irmãos (27 vezes em 1 e 2 Tessalonicenses).
No trecho de 1 Tessalonicenses 5.12-22, Paulo conclama o povo da igreja para investir em relacionamento.
1. O RELACIONAMENTO DOS PASTORES COM AS OVELHAS
O Novo Testamento usa quatro títulos para definir um líder espiritual:
• Pastor = alimentar e proteger;
• Guia = condutor espiritual;
• Ancião/presbítero = alguém que possui maturidade espiritual;
• Bispo = supervisor espiritual ou aquele que olha e vigia o rebanho.
Em síntese, um líder espiritual é uma pessoa madura espiritualmente, que com autoridade e sabedoria espiritual, alimenta, protege e dirige o rebanho.
Paulo, ao exortar os irmãos, fala das responsabilidades do líder: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam”. (1 Ts 5.12).
Há pelo menos quatro responsabilidades dos líderes para com o rebanho:
• Trabalhar entre o rebanho com esforço e diligência (1 Ts 2.9 e Cl 1.28);
• Presidir ou dirigir o rebanho com autoridade espiritual (1 Tm 3.4:12);
• Admoestar (despertar a mente).
• Instruir e advertir as ovelhas (At 20.31; 2 Ts 3.15).
2. O RELACIONAMENTO DAS OVELHAS COM OS PASTORES
Em 1 Ts. 5:12, Paulo orienta também acerca de como deve ser o relacionamento das ovelhas com os pastores: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros” (1 Ts 5.12,13).
Três responsabilidades das ovelhas para com os líderes:
• Acatar com apreço, ou seja, olhar o líder com respeito e honra (1 Tm 5.17);
• Amar o líder em máxima consideração, não por causa da sua simpatia pessoal, mas pelo trabalho que realiza (1 Ts. 2.9-11);
• Viver em paz com o líder, procurando eliminar os conflitos existentes (Mc 9.50 e Hb 13.7 e 17).
3. O RELACIONAMENTO DE UNS COM OS OUTROS
Paulo exorta: “Exortamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos” (1 Ts5.14).
Existem na igreja três grupos que precisam de uma atenção especial:
• Os insubmissos ou os que vivem desordenadamente (2 Ts 3.10,11);
• Os desanimados (alma pequena) ou desalentados espiritualmente (Is. 35.4);
• Os fracos, aqueles que estão com debffidades físicas (Mt 25.39,43), moral e espiritual (Rm 5.6; 14.1; 1 Co 11.30).
Fica claro que a obrigação de admoestar, consolar e amparar estes três grupos é de toda a igreja. Esta tarefa exigirá longanimidade ou paciência por parte de todos.
Paulo diz ainda: “Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos” (1 Ts 5.15). Quando somos feridos, a primeira reação é a da retaliação ou vingança. Paulo condena tal prática (Mt 5.43-48; Rm 13.10; 1 Pe 3.9). É nosso dever seguir o bem tanto para com os irmãos como para com os de fora da igreja. A vingança pertence ao Senhor! (Rm 12.17-21).
4. O RELACIONAMENTO DA IGREJA COM DEUS
A vida comunitária na Igreja, em suas diversas atividades, pode levar o crente a negligenciar o seu relacionamento pessoal com Deus. Isto não deve acontecer. Comunhão com Deus deve ser a prioridade do cristão. A qualidade de todos os outros relacionamentos depende de um bom relacionamento com Deus.
Paulo fala agora de quatro atitudes internas dos crentes, no seu relacionamento com Deus:
• Regozijai-vos sempre.
• Orai sem cessar.
• Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
• Não apagueis o Espírito (1 Ts 5.16-19).
Observe as quatro atitudes básicas: regozijo, oração, gratidão e fervor espiritual. Podemos dizer, quatro características de uma igreja autêntica:
• É uma igreja feliz;
• É uma igreja que ora;
• É uma igreja agradecida;
• É uma igreja fervorosa no Espírito.
5. O RELACIONAMENTO DA IGREJA COM OS FALSOS MESTRES
Na Bíblia somos proibidos por Deus de julgar os outros hipocritamente (Mt 7.2-5) e de julgar os motivos e atitudes dos outros (1 Sm 16.7 e 1 Co 4.5). Deus, contudo, manda a sua igreja ter discernimento espiritual (Mt 7.15-20; Jo 7.24; 1 Co 10.15). A igreja é atacada pelo Diabo, que semeia falsos ensinos, por meio de falsos mestres (Jr 23.9-40; Mt 24.11; Gl 1.1-9; 1 Tm 1.3-7; 2 Tm 2.14-26; Tt 1.10-16; 2 Pe2; 1 Jo4.1-6;2Jo 7-11; Jd 5-16).
É por isso que Paulo fala sobre como deve ser o relacionamento da igreja com os falsos mestres ou o falso ensino: “Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1 Ts 5.20-22).
Paulo apresenta-nos quatro princípios:
• Não desprezar os "pronunciamentos proféticos" (1 Co 14.3) ou a pregação da Palavra (At 17.11);
• Julgar todas as cousas, isto é, discernir ou provar aquilo que está sendo dito ou ensinado, com o objetivo de constatar a sua autenticidade ou veracidade (1 Jo4.1);
• Reter ou apegar-se ao que é bom genuíno e verdadeiro (Rm 12.9), a fim de proteger a verdade bíblica ou a sã doutrina (1 Tm 6.20; 2 Tm 1.13,14);
• Abstende-vos, fuja ou afaste-se de toda forma de aparência de mal, (2 Co 11.14,15; At 20.30), tanto de conduta (1 Ts 4.3; 1 Pe 2.11), mas principalmente, do falso ensino e dos falsos mestres (2 Jo 10,11).

CONCLUSÃO
Para J. Maxwell, uma pessoa precisa de quatro coisas para ser bem-sucedida:
1) RELACIONAMENTOS.
2) EQUIPE.
3) ATITUDE.
4) LIDERANÇA.
Tudo isso envolve pessoas.
A Palavra de Deus estabelece princípios para os nossos relacionamentos, principalmente dentro da Igreja. Para crescer espiritualmente você precisa relacionar-se bem. Crescemos com as pessoas. Lembre-se: "O ingrediente mais importante da fórmula do sucesso é saber como se dar bem com pessoas" (T. Roosevelt).
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Parte 02. Interpretando e aplicando o Livro de I Tessalonicenses a vida Cristã. (Estudo Bíblico para o culto de doutrina da Igreja do Betel Geisel)
Publicado em 15/03/2012 por josiasmoura
Parte 02. Interpretando e aplicando o
Livro de I Tessalonicenses a vida Cristã
1) Os desafios espirituais do trabalho missionário
2:1-12: 1 Vocês sabem muito bem, irmãos, que a nossa visita não ficou sem proveito. 2 Sabem também como fomos maltratados e insultados na cidade de Filipos, antes de chegarmos aí em Tessalônica. Fomos muito combatidos, mas o nosso Deus nos deu coragem para anunciar a vocês a boa notícia que vem dele. 3 Aquilo que anunciamos a vocês não se baseia em erros ou em má intenção; e também não tentamos enganar ninguém. 4 Pelo contrário, sempre falamos como Deus quer que falemos, porque ele nos aprovou e nos deu a tarefa de anunciar o * evangelho. Não queremos agradar as pessoas, mas a Deus, que põe à prova as nossas intenções.
5 Pois vocês sabem muito bem que não usamos palavras bonitas para enganar vocês, nem procuramos tapear vocês para conseguir dinheiro. Deus é testemunha disso. 6 Nunca procuramos elogios de ninguém, nem de vocês nem de outros. 7 No entanto, tínhamos o direito de exigir de vocês alguma coisa, por sermos * apóstolos de Cristo. Mas, quando estivemos com vocês, nós fomos como crianças, fomos como uma mãe ao cuidar dos seus filhos. 8 Nós os amávamos tanto, que gostaríamos de ter dado a vocês não somente a boa notícia que vem de Deus, mas até mesmo a nossa própria vida. Como nós os amávamos! 9 Irmãos, vocês com certeza lembram de como trabalhamos e lutamos para ganhar o nosso sustento. Trabalhávamos de dia e de noite a fim de não sermos uma carga para vocês, enquanto anunciávamos a vocês a boa notícia que vem de Deus.
10 Vocês são nossas testemunhas e Deus também de que o nosso comportamento entre vocês que creram foi limpo, correto e sem nenhuma falha. 11 Vocês sabem que tratamos cada um como um pai trata os seus filhos. 12 Nós os animamos e aconselhamos para que vocês vivessem de uma maneira que agrade a Deus, que os * chama para terem parte no seu * Reino e na sua * glória.
No capitulo 2:1-12, Paulo lembra aos irmãos de Tessalônica como foi que ele e seus companheiros de trabalho se comportaram quando pregavam o evangelho em Tessalônica. Mesmo enfrentando grandes lutas em tudo que fizeram procuraram sempre agradar a Deus e não as pessoas. Eles trataram aquela igreja como uma mãe (v.7) ou um pai que cuida de seus filhos.
Ao estudarmos estes versos, aprendemos acerca de qual deve ser a nossa postura quando estamos pregando o evangelho para aqueles que estão sem Cristo:
DEVEMOS PREGAR O EVANGELHO MESMO EM MEIO AS LUTAS ESPIRITUAIS:
Antes de chegar a Tessalônica, Paulo havia sido maltratado e insultado na cidade de Filipos(2:2), mas mesmo assim não desiste de seu propósito de ir visitar os irmãos da igreja Tessalônica.
As vezes os problemas que estamos enfrentando geram desmotivação em nós, ao ponto de não queremos mais continuar realizando o nosso dever para com o reino de Deus. Lembremos do que nos recomenda o livro de Hebreus 12:1-3 para que possamos permanecer firmes em cumprir a nossa missão quando estamos em luta:
1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.
Nos versos acima, nos são recomendados 03 atitudes para que possamos vencer as adversidades: Correr com perseverança, olhar para o exemplo de Cristo e aprender a lidar com as oposições.
DEVEMOS PREGAR O EVANGELHO COMO ELE DE FATO É:
No Cap. 2:3,4, Paulo nos ensina como devemos pregar o evangelho: “3 Aquilo que anunciamos a vocês não se baseia em erros ou em má intenção; e também não tentamos enganar ninguém. 4 Pelo contrário, sempre falamos como Deus quer que falemos, porque ele nos aprovou e nos deu a tarefa de anunciar o evangelho. Não queremos agradar as pessoas, mas a Deus, que põe à prova as nossas intenções.”
Aprendemos nestes versos, que a pregação do evangelho tem as seguintes características:
Não se fundamenta no erro, isto é, em enganos, heresias ou em doutrinas que criam falsas esperanças e ilusões, mas na exposição da verdade corretamente interpretada e aplicada.
É caracterizado por proclamar a verdadeira a verdadeira palavra de Deus. “…Sempre falamos como Deus quer que falemos….”v.4. Paulo não estava interessado em agradar pessoas, mas a Deus. Vivemos hoje, numa época onde muitas pessoas tem pregado um evangelho do tipo auto ajuda, que se transforma numa ferramenta para atender as vaidades da alma.
Não consiste numa pregação com grande eloquência. “…não usamos palavras bonitas para enganar vocês….v.5. A eloquência pode até ajudar alguém a ser um grande comunicador, mas o evangelho precisa ser pregado com autoridade e poder do Espírito.
2) A alegria em receber o evangelho
2:13-16: “13 E existe outra razão pela qual sempre damos graças a Deus. Quando levamos a vocês a mensagem de Deus, vocês a ouviram e aceitaram. Não a aceitaram como uma mensagem que vem de pessoas, mas como a mensagem que vem de Deus, o que, de fato, ela é. Pois Deus está agindo em vocês, os que crêem. 14 Meus irmãos, o que aconteceu com vocês já havia acontecido também com as igrejas de Deus na Judéia, com o povo dali que pertence a Cristo Jesus. Vocês foram perseguidos pelos seus próprios patrícios do mesmo modo que os cristãos da Judéia foram perseguidos pelos judeus. 15 Foram os judeus que mataram o Senhor Jesus e os * profetas e também nos perseguiram. Eles desagradam a Deus e são inimigos de todos. 16 Tentam até nos impedir de anunciarmos a mensagem de salvação aos não-judeus. Com isso eles completam o total dos pecados que eles têm cometido. Mas agora o castigo de Deus caiu finalmente sobre eles.”
Paulo estava entusiasmado com os irmãos de Tessalônica. Eles haviam recebido o evangelho com muito entusiasmo. Haviam recebido a pregação do apostolo como algo que vinha de Deus.
Quando o evangelho é semeado em corações sedentos ele frutifica. Foi assim com a semente que foi lançada sobre a boa terra. A semente não só frutificou como também se multiplicou. Mt. 13:8,9: “Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. 9 Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça.”
Da mesma maneira que os cristãos judeus em Jerusalém foram perseguidos por outros judeus, os cristãos gentios em Tessalônica foram perseguidos por seus companheiros gentios. A perseguição é desencorajadora, especialmente quando vem de nosso próprio povo. Todo aquele que se posicionar ao lado de Cristo poderá enfrentar oposição, desaprovação e ridicularização da parte de seus vizinhos, amigos e até mesmo dos membros de sua família.
Mas, mesmo em meio aos sofrimentos, os cristãos tessalonicenses experimentaram alegria vinda do Espírito Santo(I Ts 1:6). Essas lutas cumpriam a promessa de Cristo: “No mundo, passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (João 16:33). Quem vive “piedosamente em Cristo” (2 Tm. 3:12), haverá de sofrer por amor a Ele. Mas não desanimemos, pois Ele também é a nossa rocha, que nos sustenta e nos faz prosseguir.
3) O desejo de estar com os irmãos.
2:17-20: “Irmãos, nós tivemos de nos separar de vocês por algum tempo. Estamos longe dos olhos, mas perto do coração. Sentimos muitas saudades de vocês e gostaríamos de vê-los outra vez. 18 Por isso quisemos ir até aí e fazer uma visita a vocês. Pelo menos eu, Paulo, quis fazer isso mais de uma vez, mas Satanás não nos deixou. 19 Afinal, quando o nosso Senhor Jesus vier, vocês e ninguém mais são de modo todo especial a nossa esperança, a nossa alegria e o nosso motivo de satisfação, diante dele, pela nossa vitória. 20 Sim, vocês são o nosso orgulho e a nossa alegria!”
Nos versos acima Paulo expressa seu desejo de ir ver os irmãos de Tessalônica. Mas ele relata que de alguma forma Satanás o tinha impedido de chegar até aquele lugar. Assim, sua ausência era física, mas ele tinha aqueles irmãos em suas lembranças e seu coração.
Mas o apostolo não olha para trás nem se entrega à tristeza ou remorso. Antes, olha para a frente e se regozija. Para o cristão, o melhor ainda está por vir. Paulo então volta-se para o futuro e pela, fé, vê seus amigos na presença de Jesus Cristo na glória. Paulo sabia que Jesus voltaria, e que o recompensaria por seu ministério fiel; naquele dia, os santos de Tessalônica glorificariam a Deus e alegrariam o coração de Paulo. É como diz uma canção: “Tudo valerá a pena quando virmos Jesus”.

Pr Josias Moura.

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