O Verdadeiro cristão não é deste mundo e breve o deixará!
João 18.36
(Ministrado no culto de Doutrina da IEAD – Mamanguape-Pb
Introdução: Apesar de lermos, falarmos e sempre ouvirmos sobre a verdade, que somos forasteiros e peregrinos nesta terra, que estamos cumprindo os projetos de Deus e que breve iremos para junto D’Ele, e não deixamos de pensar nas coisas terrenas, o que nos cerca, o que nos atraem, então descobrimos qeu estamos fortemente ligados a esta terra, e até temos o desejo de partir, mas por “amor” preferimos ficar (Fp 1.23,24).
Em que alvo estou atentando?
“Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (II Co 4.18).
Encontramos o Apóstolo Paulo fazendo menção de dois alvos.
o primeiro alvo é o que se vê. É bem verdade que se torna mais fácil atentarmos para o que estamos vendo, embora este alvo seja Efêmero (dura um só dia, dura só um pouco), Temporal (temporário, passageiro, profano e mudano). Este tipo de alvo e que prende a nossa atenção pela beleza, a exemplo de Eva que viu aquela árvore era desejável aos olhos, tomou do seu fruto e comeu (Gn 3.6).
O segundo alvo é o que não se vê. Como é difícil atentarmos para o que não estamos vendo, sabendo que precisamos seguir para um lugar que não estamos vendo, viajar por uma estrada que os nossos olhos não estão vendo, vencer um inimigo que não contemplamos, e acima de tudo, adorar um Deus que não podemos ver, porem é nesse momento que a lei da fé mostra que tudo é possível ao que crê (Mc 9.23). Este alvo é eterno.
O homem está preso no que vê.
É difícil para o Cristão que diz ter a convicção que vai morar no céu aceitar que muitas vezes está tão ligado com as coisas terrenas que não percebe.
Na doença dos pais, dos filhos ou do cônjuge, choramos não desejando a morte do nosso querido, pois não queremos a separação, não aceitamos a perda, pensamos somente em ter a pessoa amada por mais algum tempo, somos tão egoístas que nos esquecemos que as vezes o viver desta pessoa é só sofrimento, mesmo sabendo que esta pessoa possui a vida eterna em Cristo Jesus.
Na porta que não se abre! Entramos em desespero porque só contemplamos a porta fechada, murmuramos de Deus, pensamos e às vezes até falamos que Ele se esqueceu de nós. Como somos limitados, só estamos vendo o que está diante de nós, uma porta fechada, porém é necessário saber o que está do outro lado da porta, o que não estamos vendo, pois do outro lado da porta o Senhor Jesus já abriu a fechadura e a porta já está aberta, e com a nossa visão carnal, fraca, só estamos vendo a porta fechada, devemos nos lembrar que ele já destravou a porta e está esperando somente a nossa entrada.
Solicitude (cuidado, inquietação) da vida (Mt 6.19-34). Há preocupação de juntar tesouro na terra, e até dizemos para a nossa alma, como aquele homem rico que as suas terras produziram em abundância: “alma minha tens em deposito muitos bens para muitos anos, descansa, come bebe e folga” (Lc 12.19). A visão humana está voltada para um alvo que se pode ver; precisa ver muita riqueza, muita comida, muita saúde, se isto não acontencer entra em desespero. Como estamos envolvidos com as coisas deste mundo!
Atentar para o que os olhos humanos não estão vendo
O próprio Senhor Jesus Cristo vendo a maneira do homem olhar para as coisas terrenas e a preocupação da humanidade com o dia de amanhã, disse aos discípulos:
“Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”. (Mt 6.33).
É muito glorioso ouvirmos está mensagem de Cristo, pois precisamos contemplar, o que não é possível se ver de forma humana, e sim pelos olhos da fé, ver o alvo eterno, ver o que o homem natural não pode ver, contemplar como Abraão o impossível, mesmo sem ter nem um filho sempre respondia aos que procuravam saber o seu nome, com fé no que não estava vendo, e mesmo não sendo pai sempre respondia: “Me chamo Pai de uma grande multidão”. O apóstolo Paulo afirmou em Romanos 4.17, que o reino de Deus não é comida nem bebida, mas:
justiça (Igual para todos, virtude de dar a cada um o que é seu),
e paz (tranqüilidade, cessação de hostilidade, descanso da alma),
e alegria no Espírito Santo (ter alegria ao ir a casa de Deus (Sl 122.1), ter prazer na vitória (Sl 126.2) e na palavra de Deus (Jr 15.16)
Breve deixaremos este mundo
É necessário saber a importância da volta de Jesus para Igreja, pois o arrebatamento acontecerá, e o próprio Jesus prometeu que voltaria (Jo 14.3,18,28); Ele virá uma vez em duas fases, vejamos:
A Primeira fase (Parousia – chegada rápida) – Nesta fase Ele virá para a Igreja, acontecerá a ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos vivos. Nesta fase Ele virá até as nuvens, somente a Igreja ouvirá o toque da trombeta e subirá ao seu encontro nos ares (I Co 15.52-54; I Ts 413-17).
A Segunda fase (Epifanéia – “Manifestação”, “Vir a luz”) – Nesta fase Ele virá com a Igreja em manifestação gloriosa, estabelecerá o seu reino na terra por Mil anos (Apc 19.11-21).
O arrebatamento da Igreja acontecerá a qualquer momento e deixaremos este mundo num abrir e fechar de olhos (I Co 15.52). Os sinais da sua volta estão se cumprindo: fome, peste, terremoto, guerras entre as nações e nas famílias, pai contra filho e filho contra o pai (Mt 24.3-7; Mc 13.12,13). É necessário que a Igreja esteja pronta para o momento glorioso da volta de Jesus e não podemos nos esquecer de termos reservas de azeite em lâmpadas pois não sabemos a que hora do dia ou da noite Ele voltará (Mt 24.44; 25.1-13). “Põe a tua boca a trombeta Ele vem!”(Os 8.1).
Conclusão: Não podemos jamais deixar que as lutas e as preocupações desta vida venham tirar a nossa atenção para o alvo maior da nossa vida, sempre devemos estar olhando para Jesus o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Pensando sempre nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra (Col 3.2).
Pr. Arquimedes Gomes S. Neto
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