Palestinos atiram chinelos contra carro de Ban Ki-moon em Gaza
Manifestantes acusam secretário-geral da ONU de recusar encontro com familiares de detentos em prisões israelenses
Manifestantes cercam carro do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Gaza
O comboio acelerou e passou pela multidão, entrando no território controlado pelo grupo islâmico Hamas e seguindo em direção a Khan Yunis, no sul do território. Ninguém ficou ferido.
Muitos dos manifestantes são parentes de palestinos detidos em prisões israelenses. Eles bateram no veículo com cartazes nos quais estavam escritas mensagens acusando Ban de ser pró-Israel e de se recusar a conversar com familiares dos prisioneiros.
"A atitude de Ban não é moral nem humana", afirmou Abdallah Qandil, porta-voz das famílias dos presos.
“Ficamos imaginando porque ele se recusa a nos encontrar”, disse Jamal Farwana, outro porta-voz do grupo.
Israel mantém cerca de sete mil presos palestinos, após ter libertado mais de mil recentemente, em uma troca com o Hamas que culminou na libertação do soldado israelense Gilad Shalit.
O secretário-geral da ONU encerra nesta quinta-feira uma visita de três dias a Jordânia, Israel e aos territórios palestinos durante a qual estimulou líderes a retomar as conversações iniciadas com a mediação da Jordânia e do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia, ONU).
Em coletiva de imprensa, Ban agradeceu as “boas-vindas”. “Conversei com muita gente que estava esperando por mim na entrada e divido com elas seus medos e frustrações. É por isso que estou aqui”, afirmou, em referência ao incidente.
Com AP, AFP e EFE
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quinta-feira a Israel que diminua o bloqueio a Gaza durante sua visita ao território palestino, onde foi alvo de dezenas de manifestantes que lançaram sapatos contra ele, o que no mundo árabe significa desprezo. "Israel reduziu o bloqueio, mas ainda tem que fazer mais e nós na ONU estamos pressionando para que isso aconteça", disse em entrevista coletiva em Khan Yunis, no sul da faixa palestina.
"Os postos de fronteira devem ser reabertos para permitir a passagem de matérias-primas e mais projetos devem ser feitos. Temos que ajudar na importação e exportação de Gaza e a população deveria ter liberdade para ir e vir. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que israelenses e palestinos convivam em paz e segurança no futuro", declarou.
Ban pediu que "seja restaurada a frágil trégua" declarada unilateralmente pelo Hamas e o Exército de Israel em janeiro de 2009, horas depois de as milícias terem lançado sete mísseis de fabricação caseira contra o território israelense, sem causar feridos. O secretário-geral indicou ainda que "a divisão política palestina deve acabar imediatamente" para melhorar a situação da população de Gaza.
Ban inaugurou em Khan Yunis um projeto de construção financiado pelo Programa de Desenvolvimento da ONU (UNDP). "Há 449 casas sendo construídas", contabilizou Ban, que acrescentou que espera que "esse projeto acabe no fim do ano". "Eu terei um encontro com oficiais israelenses e pedirei a eles que aceitem imediatamente a transferência de matérias-primas para esse projeto", declarou.
Israel reduziu no verão de 2010 o cerco à Gaza imposto em 2007, após as pressões da comunidade internacional depois do ataque ao comboio humanitário (na ação de 31 de maio nove passageiros turcos foram mortos por forças israelenses). Apesar disso continua sem permitir as exportações e a entrada de material considerado de duplo uso, entre os quais estão itens essenciais à construção e a recuperação da indústria.
O secretário-geral da ONU fez uma viagem de dois dias a Israel e aos territórios palestinos ocupados para tentar convencer as partes a retornarem à mesa de negociação para retomar o diálogo de paz interrompido desde setembro de 2010. Nesta quinta, Ban se reunirá em Tel Aviv com o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, e a chefe da oposição e ex-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni.
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As organizações de parentes e amigos de reféns mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) querem que intermediadores do Brasil sejam convidados a participar das negociações entre a guerrilha e o governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Segundo Miriam Lasso, que faz parte de uma das entidades, a participação brasileira é essencial para as negociações de libertação dos reféns.
"A confiança de ambos os lados das Farc e do governo está abalada", disse Miriam Lasso. "Seria muito importante que um país como o Brasil participasse como mediador", acrescentou. Porém, em várias ocasiões, Santos disse que as Farc são uma questão interna da Colômbia.
Ontem, as Farc anunciaram a suspensão da libertação de seis reféns, cancelando a operação prevista para este mês. Os guerrilheiros disseram que o governo não cumpriu a desmilitarização da área na qual os reféns seriam libertados, por isso a operação foi adiada por tempo indeterminado.
A previsão era libertar Luis Alfonso Beltrán, César Augusto Lasso, José Carlos Duarte, Jorge Trujillo, Humberto Jorge Romero e José Libardo Forero. Todos eles são integrantes das Forças Armadas da Colômbia.
O comunicado das Farc, divulgado ontem, foi dirigido a 11 parlamentares que costumam assumir a mediação das negociações entre a guerrilha e o governo colombiano. Segundo os guerrilheiros, as "intenções do governo, a todo custo, de tentar um resgate militar" poderiam "levar a um resultado trágico".
As organizações de parentes e amigos de reféns mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) querem que intermediadores do Brasil sejam convidados a participar das negociações entre a guerrilha e o governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos. Segundo Miriam Lasso, que faz parte de uma das entidades, a participação brasileira é essencial para as negociações de libertação dos reféns.
"A confiança de ambos os lados das Farc e do governo está abalada", disse Miriam Lasso. "Seria muito importante que um país como o Brasil participasse como mediador", acrescentou. Porém, em várias ocasiões, Santos disse que as Farc são uma questão interna da Colômbia.
Ontem, as Farc anunciaram a suspensão da libertação de seis reféns, cancelando a operação prevista para este mês. Os guerrilheiros disseram que o governo não cumpriu a desmilitarização da área na qual os reféns seriam libertados, por isso a operação foi adiada por tempo indeterminado.
A previsão era libertar Luis Alfonso Beltrán, César Augusto Lasso, José Carlos Duarte, Jorge Trujillo, Humberto Jorge Romero e José Libardo Forero. Todos eles são integrantes das Forças Armadas da Colômbia.
O comunicado das Farc, divulgado ontem, foi dirigido a 11 parlamentares que costumam assumir a mediação das negociações entre a guerrilha e o governo colombiano. Segundo os guerrilheiros, as "intenções do governo, a todo custo, de tentar um resgate militar" poderiam "levar a um resultado trágico".
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Tremor de 6,9 graus atinge Vanuatu; não há risco de tsunami
Um tremor de magnitude 6,9 na escala Richter foi registrado nesta quinta-feira a 122 km da capital da ilha de Vanuatu, no Pacífico sul, sem que fosse emitidio um alerta de tsunami. Segundo o Instituto Geológico americano, o tremor ocorreu 122 km a oeste de Port Vila. O centro de alerta antitsunamis, con sede no Havaí, afirmou que não existe risco de um tsunami. Vanuatu, um arquipélago vulcânico, está situado no "cinturão de fogo do Pacífico", onde a colisão de placas tectônicas gera uma forte atividade sísmica.
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