quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Assembleia de Deus em Brasilia recebe representante do “novo Messias”

O reverendo Moon, ou Sun Myung Moon, nasceu na Coréia (antes da divisão), em 1920. É o segundo filho dos oito que nasceram em uma família camponesa de cristãos presbiterianos.
Ele conta que na Páscoa de 1936, aos 16 anos, enquanto orava em uma montanha teve um “encontro espiritual” com Jesus. Durante os anos seguintes estudou e pesquisou a Bíblia até que em 1945, atendendo a um “chamado de Deus”, foi para a então Coréia do Norte e começou a pregar uma “nova mensagem de Deus”, Ele afirmava que esse é o Princípio Divino, uma terceira parte da Bíblia, um outro Testamento.
Dizendo-se uma nova encarnação de Jesus, fundou a seita chamada Igreja da Unificação. Em 1960 casou-se com Hak Ja Han e tiveram 13 filhos e 40 netos. Eles passaram a se apresentar com o título de “verdadeiros pais”, pois restaurariam o erro de Adão e Eva, dando início a uma “nova cultura e linhagem do Céu”.
O aspecto mais confuso dos ensinamentos de Moon é que Jesus falhou na cruz e Moon seria o messias final, que terminaria a obra divina na terra. Como o nome indica, a Igreja da Unificação deseja unificar todas as religiões, consideradas boas por ele.
Algum tempo atrás Moon e sua igreja vieram para o Brasil, fizeram investimentos no país, mais especificamente no Mato Grosso do Sul, e tentaram buscar o apoio das lideranças evangélicas. A grande maioria negou-se a apoiar esse homem que se diz a “segunda vinda de Jesus”.
Porém, o Bispo Manoel Ferreira, ex-deputado e líder do Ministério Madureira, tem se envolvido com Moon. Ferreira já esteve na Coreia e participou de cerimônias de casamento na Igreja da Unificação.
Este é um dos eventos mais importantes para a seita, pois seus fiéis acreditam que se tornam “filhos espirituais” do reverendo Moon através do casamento.
Agora, surge a denúncia que decidiu “retribuir” e convidou representantes da igreja de Moon para usarem o púlpito da Assembleia de Deus de Brasília. O culto realizado na igreja em Brasília no mês de outubro foi chamado de “Festival Global da Paz”, cujo objetivo seria “apresentar a mensagem do Reverendo Moon como o novo Messias”.
O tema “uma família sobre Deus” mostraria que a mensagem que “cumpriria o sonho de Deus de todas as pessoas do mundo serem uma só família”. A iniciativa do festival foi de Hyun Jin Moon, um dos filhos do líder da Igreja da Unificação, que mostra os seus pais como os originadores da “verdadeira família” capaz de salvar a humanidade.
Tudo está registrado em um vídeo que circula na internet:

A denúncia do que é considerada uma “profanação” pelo Pastor Enoque Lima, que pertence ao Ministério Madureira e chegou a ser preso por suas acusações ao Bispo Manoel Ferreira, segundo informações de Julio Severo.
No referido vídeo, ele faz um alerta para que outros pastores da Assembleia de Deus não se deixem enganar e denunciem e alertem as suas igrejas.
Não é a primeira vez que surgem protestos do envolvimento do líder do Ministério Madureira com o Reverendo Moon. Porém, este episódio recente mostra que, apesar dos protestos anteriores, os laços entre os dois líderes tem se estreitado, pois se encontraram repetidas vezes em outros países e agora trazem o festival para o Brasil.

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