sábado, 14 de janeiro de 2012

Cada cinco minutos, um cristão morre pela perseguição


Alarmantes cifras da Conferência Internacional de diálogo Inter-religioso entre cristãos, judeus e muçulmanos celebrada em Hungria.
BUDAPEST (HUNGRIA)
A reunião sobre o diálogo entre as religiões não pode evitar prestar atenção a preocupante perseguição aos cristãos no mundo, que se concentra principalmente em países muçulmanos de África y Ásia.

Cada ano, ao menos 105.000 cristãos morrem por causa de sua fé , segundo as estatísticas apresentadas na “Conferência Internacional sobre o diálogo Inter-religioso entre Cristãos, Judeus e Muçulmanos”, que se celebrou em Hungria. Proporcionalmente se deduz que um cristão (protestante, católico ou ortodoxo) morre cada cinco minutos no mundo por causa da perseguição e intolerância religiosa.

No marco da reunião, o católico Massimo Introvigne afirmou que estas cifras não incluem as mortes de crentes durante as guerras civis ou guerras entre nações, além de que destacou que a maioria dos que morriam pela perseguição eram crianças.

CIFRAS SEM REAÇÃO
Resaltou também que as alarmantes cifras deverían ter algum impacto nos governos, pois as reuniões entre religiões somente permitiram que os líderes brilhem por seu discurso, mas sem resultados que detenham os conflitos.

“Se estas cifras não são um grito ao mundo, se este massacre não para, se não se reconhece que a perseguição contra os cristãos é uma emergência em todo o mundo com respeito a discriminação e violência religiosa, o diálogo entre as religiões somente produzirá simpósios maravillosos, porém não resultados concretos ”, expressou Introvigne.

O governo de Hungria se comprometeu de organizar a Conferência na que participavam líderes religiosos muçulmanos, judeus e cristãos. Todos eles puderam dar seus pontos de vista acerca do diálogo inter-religioso.

O cardenal de Budapest disse que “para muitas comunidades cristãs no Oriente Médio existe um perigo real de morrer por causa da emigração. Todos os cristãos se escaparam ao se sentirem ameaçados. E Europa deve preparar-se para uma nova onda de emigração, esta vez de cristãos fugindo da perseguição.

O problema no Oriente Médio tem levado a muitos dos líderes presentes para manifestar-se contra a onda de violência que sofrem os seguidores de Jesús, ainda que “uns, por indiferênça, outros, por relativismo ético e desprezo anticlerical, e outros, pelo medo habitual à retaliação incapazes de levantar queixas e pressionar a seus governos, e somente oferecem diálogos e simpósios, em que os líderes brilhen em seus discursos” segundo o cardenal.

Por outro lado, como medida de ação contra a perseguição, alguns líderes resaltaram os esforços para a erradicar. Por exemplo, se apresentou o caso do Egito, que “estava disponível a aprovar uma série de leis que protejam as minorias cristãs”, segundo explicou o diplomata egipcio Mahmoud Aly.


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