domingo, 10 de abril de 2011
Um esboço de regras práticas sobre a pregação
Um esboço de regras práticas sobre a pregação
PARTE I
INTRODUÇÃO E O PREPARO ESPIRITUAL DO PREGADOR
Pregar o evangelho é o serviço mais elevado no mundo, e portanto não é tão fácil exercê-lo fielmente como muitos pensam. Este esboço não é destinado ao fim de resolver, nem abordar todos os assuntos, mas simplesmente apresentar vários aspectos que o pregador deve lembrar cada vez que prepara e faz uma pregação. E ninguém pode dizer que já alcançou perfeição nesta parte, pois nem o pregador mais experiente vai pensar que não há mais lugar para aperfeiçoar no seu modo de preparar e expor a preciosa palavra de Deus.
Este esboço se divide em quatro partes: (1) O preparo espiritual do pregador, (2) A preparação da javascript:void(0)mensagem, (3) A apresentação da mensagem, e (4) Um resumo de conselhos gerias.
I. O PREPARO ESPIRITUAL DO PREGADOR
É o requisito indispensável na pregação da palavra de Deus.
A. Tem que ter O TESTEMUNHO DA GRAÇA DE DEUS operando em sua vida.
1. O começo é a sua conversão.
a. A Bíblia fala dos que usam a palavra de Deus para satisfazer sua avareza (II Ped. 2:1-3).
b. Nesses casos, a palavra de Deus se torna em instrumento do diabo para subversão dos que realmente crêem.
2. Precisa também ser chamado por Deus para pregar.
a. Nem todos são chamados, como nem todos eram apóstolos (I Cor. 12:29).
b. Fidelidade no que Deus tem nos colocado é o mais importante.
c. Pode-se distinguir 3 chamadas diferentes que Deus faz em relação ao semear das palavra:
1º). O testemunho pessoal que é o dever de todo membro da igreja, seja mulher, homem, moço ou velho. Isso se faz com as palavras que falamos e o modo de agirmos.
2º). O episcopado (I Tim. 3:1) é uma chamada especial, para a qual nem todos são qualificados, pois aquele que ocupa o lugar de pastor local é sujeito a exigências mais rigorosas do que Deus espera dos outros.
3º). O evangelista (Atos 21:8 / Ef. 4:11) também prega e ensina a palavra mas não como pastor da igreja.d. Portanto, o homem que prega deve ter firme convicção da sua chamada, sendo tão convencido disso quanto à sua própria salvação.3. Deve mostrar a graça de Deus na sua vida de cada dia. A sua vida tem que reforçar a sua fala.
a. Uma vida inconsistente tira a força da palavra do pregador.
b. Ele pode chegar a ponto de destruir seu ministério e tornar-se inútil na pregação do evangelho. Nossas ações falam mais alto do que a nossa voz.
B. O pregador tem que reconhecer que o poder da mensagem fica na presença do Espírito Santo, e não em si mesmo.
1. Portanto, exige-se bastante oração e comunhão com Cristo através do Espírito Santo.
2. O pregador deve entregar a Deus tudo que se refere à mensagem: seu conteúdo, seu sucesso, seus efeitos. O importante é que o pregador se esqueça de si mesmo, e apresenteCristo.
3. Lembre-se de que toda glória sempre pertence a Deus, e Ele não permite que outros tomem para si essa glória. Quando eu estava começando a pregar, sempre que saísse bem a pregação e eu começasse a pensar que eu era alguma coisa, sem falta, a próxima mensagem saía muito mal. Assim eu fiquei muito humilhado perante o Senhor, e aprendi a sempre das a Ele toda glória, e também todas as falhas, confiando que Ele vai tomar os sucessos e as falhas e usá-los para engrandecer o Seu nome.4. Esta dependência do Espírito Santo não elimina a necessidade de estudar e preparar a mente. A pregação espiritual é o resultado duma preparação tanto de coração como de mente.
Um esboço de regras práticas sobre a pregação
PARTE II
A PREPARAÇÃO DA MENSAGEM
É importantíssima. Conta-se o caso de um pregador que, ao subir no púlpito, desculpou-se com essas palavras: "Vão me desculpar por este sermão comprido, que não tive tempo para reduzi-lo". Não vemos a mesma lição neste incidente: Certa vez o então Presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, foi convidado a fazer uma palestra perante uma reunião de um clube cívico e lhe perguntaram quanto tempo ele ia precisar para preparar-se. O Presidente respondeu: "Se o senhor está querendo uma palestra de 10 minutos, eu gostaria de ter duas semanas para preparar; se me permitirem falar 30 minutos, eu posso estar pronto em uma semana; mas se quer que eu vá lá bater o papo uma hora ou duas, é só me chamar uns 5 minutos antes da reunião." Se o irmão quer que suas pregações vão além dum mero "bate-papo", sem rumo e sem nexo, então vai Ter que estudar e preparar bem sua mensagem.
A. A mensagem em si tem 5 partes: (1). A leitura do texto, (2). O anuncio do assunto, (3). A introdução, (4). O corpo da mensagem, e (5). A conclusão.
1. A leitura do texto bíblico:
a. A primeira coisa (geralmente) é anunciar o texto e lê-lo.
b. Em geral, seja breve na leitura, reduzindo o texto ao necessário para apresentar o seu assunto.
c. Se está expondo um capítulo inteiro, do modo geral é melhor ler só os primeiros versículos para introduzir o assunto. O resto dos versículos serão lidos no decorrer da mensagem.
2. O anuncio do assunto:
a. Se tem título para sua mensagem, é aqui que deve ser pronunciado.
b. Em qualquer caso, deve ser brevíssima esta parte, resumindo o assunto em uma ou duas sentenças.
c. O propósito desta parte é colocar a mente dos ouvintes sobre o trilho certo para que saibam do que vai tratar.
3. A introdução:
Por ser o início da mensagem, é muito importante, pois é aqui que vai ganhar ou perder os ouvintes. Ela tem as seguintes finalidades:
a. Despertar o interesse dos ouvintes em que vai falar.
b. Mostrar a importância do seu assunto para o ouvinte, para que ele preste atenção. Mostre PORQUE deve ouvir a pregação. Lembre-se de que os ouvintes, especialmente os incrédulos, precisam de um motivo para ficar sentado e passar seu tempo ouvindo o irmão falar. (Esse interesse do ouvinte é mais importante ainda num culto ao ar livre, onde o ouvinte tem a plena liberdade de sair a qualquer momento se não está interessado. E lembre que o templo, a presença física dos ouvintes não garante sua presença "espiritual" e mental.) A introdução serve para ganhar a atenção de todos, e durante a pregação o irmão vai Ter que recuperar a atenção dos que se deixam distrair.
c. Definir termos, se vai usar uma palavra ou frase num sentido que os ouvintes possivelmente não vão compreender.
d. Limitar a extensão da sua mensagem, explicando quais aspectos de seu assunto o irmão pretende esclarecer. (Note que a introdução desde o esboço se faz menção da limitação desta obra para abranger somente alguns aspectos práticos do assunto, e portanto, não se deve esperar um tratamento completo de tudo que poderia se incluir aqui.) ESSES LIMITES EVITAM QUE A MENSAGEM SEJA MUITO INDISTINTA OU DESCONTROLADA NA SUA DIREÇÃO.
e. A introdução deve ser curta, ocupando só o tempo necessário para alcançar suas finalidades acima. Nada adianta gastar a metade do seu tempo tentando convencer os ouvintes da necessidade de ouvir sua mensagem, e depois não Ter tempo suficiente para apresentar os pontos principais da mensagem. Afinal, a introdução não é o sermão.
4. O corpo da mensagem:
Ocupa a maior parte do sermão tanto preparação, como na apresentação.
a. O corpo contém o que o irmão quer comunicar aos ouvintes.
b. È composto de:
1). Os pontos os argumentos principais.
2). Os textos, ilustrações, e outras evidencias que suportam estes pontos principais.
c. Conforme o tipo de mensagem e o propósito que o irmão quiser alcançar, vai variar a maneira em que se desenvolve a mensagem.
5. A conclusão:
Por ser a última parte do sermão, é tão importante que precisa de bastante atenção da parte do pregador, embora seja muito breve na sua duração.
a. A conclusão tem por finalidade resumir a mensagem em poucas palavras e fazer um apelo para que os ouvintes aceitem as verdades apresentadas. Assim tem duas partes, que são:
1). Um resumo das idéias (ou pontos) principais e o pronunciamento da sua idéia central.
2). Um apelo que liga as verdades apresentadas com a situação em que os ouvintes se acham, para que aceitem o seu propósito. È o cume do processo que começou na introdução quando foi apresentada a necessidade ou razão pela qual os ouvintes deveriam prestar toda a sua atenção na mensagem.
a). Pode-se mostrar as vantagens de seguir o curso de ação apresentado e os perigos de rejeitar ou deixar isso para mais tarde.
b). Deixe claro o devem fazer.
b. Como a introdução, a conclusão deve ser o mais breve possível, sem esquecer as metas a serem alcançadas.
1). O resumo não é para apresentar tudo de novo. Repetição demais aqui anula o efeito desejado e realmente enfraquece a mensagem. (mesmo sendo a melhor e mais poderosa mensagem, ninguém vai querer ouvi-la repetida tão logo em seguida.)
2). O apelo deve ser breve para ser FORTE, CLARO, e POSITIVO. È a impressão dessas últimas palavras da mensagem que os ouvintes vão levar para casa. Se o fim o fim da sua mensagem é fraco, de aspecto negativo, e mostra uma confusão ou falta de organização, é esta impressão que os ouvintes vão Ter do sermão inteiro.
3). Por isso, o irmão vê quão importante é cuidar da maneira em que finda o sermão; que deve subir ao público já sabendo como vai terminar, para não dar no fim a impressão de estar batendo em retirada, como um exército que foge sem planos e sem rumo no fim da batalha.
B. Há duas maneiras de compor a mensagem, a ANÁLISE e a SÍNTESE.
1. Análise se refere ao método usado para desenvolver uma mensagem cujo propósito éesclarecer um determinado texto da Bíblia, seja um versículo só, ou um capítulo inteiro.
* EXEMPLO: Suponhamos que o irmão tem uma caixa com diversas qualidades de frutas, e eu lhe peço uma explicação sobre o conteúdo da caixa. O irmão vai Ter que separar as laranjas, bananas, abacaxis, mangas, etc., e colocar cada um no seu próprio grupo para poder me dizer quanto de cada grupo tem. Assim ao expor um trecho da palavra de Deus, precisa estudar o texto bem, notar os vários pensamentos ou verdades apresentados, e depois arranjar esses pontos numa seqüência lógica que mostra a conexão entre os vários pontos e que esclarece o sentido geral da passagem considerada.
Há várias sugestões de como pode apresentar esse estudo:
a. Por perguntas: Quem? O que? Onde? Quando? Como? Por que?
EX.: Texto: João 3:16; " O maior presente do mundo" - (1) Quem deu? Deus Pai. (2) O que é? Jesus, Seu Filho. (3) Como deu? Na cruz como sacrifício. (4) Por que deu? Porque ama o pecador e não quer que ninguém se perca.
b. Por analogia: Como... Assim...
Isso serve bem para explicar as parábolas, e pregar sobre incidentes bíblicos que servem como exemplos para nós.
EX.: João 9 "O homem cego" – COMO ele era cego de nascença, ASSIM todos são cegos no seu entendimento espiritual; COMO Jesus deu vista para ele, ASSIM, Ele dá vista espiritual aos pecadores; COMO os vizinhos percebera, a diferença no cego curado, ASSIM os outros vão notar a diferença naquele que crê.
c. Por divisões no próprio texto:
1). Estudo sobre as palavras, por exemplo, como em Gálatas 5:22e23, ou II Pedro 1:5-7, explicando o significado de cada uma.
2). Note frases repetidas, como em Hebr. 13:5e6: "Ele (Deus) disse:" v.5; "assim ousemos dizer" v.6. Por causa do que Deus falou, nós temos confiança para dizer que não tememos a ninguém.
3). Note as divisões de lógica e as mudanças de assunto num capítulo ou trecho comprido.
a). Certas palavras sinalizam essas divisões nos pensamentos do escritor: portanto, porquanto, então, depois, também, porém, mas, todavia, ora, etc.
b). Procure descobrir o sentido do contexto inteiro através da palavras e idéias repetidas.
EX.: I Tim. 6:5-19, note quantas vezes ocorrem as palavras "ganho", "rico", "dinheiro", "cobiça". Depois pode escolher o material que serve para comunicar esse ponto principal do seu texto.
c). Versos de outras passagens da Bíblia devem servir somente para esclarecer seu texto e não desviar a atenção do trecho a ser esclarecido.
2. A síntese se refere ao método usado para desenvolver uma mensagem cujo propósito é esclarecer um determinado assunto da Bíblia. È um sermão tópico.
*EXEMPLO: Suponhamos que o irmão quer vender laranjas para mim, mas estão misturadas com outras frutas em uma porção de caixas. Para me mostrar as suas laranjas, então, tem que juntá-las das várias caixas, e separá-las: as verdes e as maduras, as grandes e as pequenas, as boas e as estragadas, ou as doces e as azedas. Daí eu teria uma idéia bem clara da seleção de laranjas que o irmão tem. ASSIM nós vamos achar versículos em toda parte da Bíblia que falam sobre um determinado assunto. Nosso dever é ajuntar esses versículos, ver o que a Bíblia inteira fala sobre esse assunto, e notar os vários aspectos do assunto. Depois podemos escolher quais aspectos vamos esclarecer numa dada pregação pois dificilmente vai ser possível falar tudo sobre um assunto numa só vez.
a. A síntese difere da análise em que o material vem de diversos lugares.
b. O processo é:
1). Colher os versículos, provas, e idéias que esclarecem seu assunto.
2). Discriminar e classificar os dados, notando os vários aspectos que são apresentados.
3). Sintetizar, isto é, ajuntar o material numa seqüência lógica.
c. O seguinte é uma sugestão quanto aos possíveis aspectos que podem ser apresentados. Numa única mensagem, devem escolher só 3, ou 4 no máximo. Pode haver muitas outras possibilidades conforme o assunto.
1. A definição dele.
2. origem dele.
3. A fonte dele.
4. A natureza dele.
5. Como opera.
6. Como obtê-lo.
7. A nossa necessidade dele.
8. O que ele inclui (exclui) dele.
9. A finalidade.
10. A causa dele.
11. As bênçãos dele.
12. As maldições dele.
13. Os perigos dele.
14. Os resultados dele.
15. A loucura dele.
16. A possessão dele.
17. A sabedoria dele.
18. A presença (ausência) dele
19. As dimensões dele.
20. O poder dele.
21. A impotência dele.
22. A certeza (incerteza) dele.
23. O bem (mal) dele.
24. O valor dele.
25. A prova dele.
26. A promessa dele.
27. A segurança dele.
28. O fundamento dele.
29. O preço dele.
30. A durabilidade dele.
31. O que faz.
32. Como combatê-lo
33. Como vencê-lo.
34. A solução divina por ele.
35. O julgamento dele.
36. O galardão dele.
Deve-se procurar os textos bíblicos para sustentar cada aspecto que está apresentado.
EX.: Assunto: A Salvação. (1) NOSSA NECESSIDADE da salvação. (2) A FONTE da salvação. (3) COMO OBTER a salvação. Facilmente o irmão vai perceber outras possíveis facetas que poderiam ser apresentadas sobre a salvação. Depois de determinar quais os aspectos que vai esclarecer, o irmão deve alistar os versículos bíblicos que sustentam cada verdade.
d. Princípios a seguir para arranjar o material em uma ordem lógica:
1). Ordem cronológica, começo até ao fim, com a história de uma nação ou pessoa. "A fé de Abraão".
2). Da causa ao efeito, por exemplo, num sermão sobre "O crente e sua leitura bíblica" pode mostrar os efeitos que vem de não ler a Bíblia.
3). Ordem espacial, como numa lição sobre o tabernáculo em que se explica o significado dos vários elementos do culto antigo. Começando com a entrada, a mensagem termina no Santíssimo, a parte mais interior.
4). Em princípios gerais a ordem de ser:
Do menos importante até o mais importante.
Do menos pessoal (os fatos) até o mais pessoal (o apelo ou a exortação).
3. Como alvo e cúmulo da mensagem, o último ponto deve tratar de destacar a idéia central que está propondo.
C. Sabendo as partes da mensagem, e algo sobre os dois métodos de (resumo) ajuntar o material do sermão, podemos notar COMO PREPARAR: (1) Planejar a mensagem, (2) Organizar os pensamentos, e (3) Fazer o esboço.
1. O primeiro passo é planejar o assunto, o propósito, e a idéia central.
a. AO ESCOLHER O ASSUNTO, lembre-se que esse deve ser:
1). Interessante para os ouvintes (mas isso não quer dizer que tem que ser agradável a eles).
2). Limitado conforme o tempo disponível. Um assunto e o material suficiente para um sermão de uma hora não podem ser comunicados no espaço de 30 minutos. Por isso, deve limitar a extensão do assunto. Por outro lado, se tentar ocupar uma hora com material para 20-30 minutos, também não vai dar certo. È melhor apresentar o que tem e terminar aí.
3). Próprio para os ouvintes e a ocasião. Quando só tem crentes , uma mensagem de exortação ou doutrina; se tem descrente, uma mensagem evangelística, ou um apelo evangelístico ligado à verdade apresentada na mensagem; num culto ao ar livre o sermão deve ser mais breve, mais ao ponto, e tratar dum assunto simples; de fácil explicação e em linguagem bastante ilustrativa (como Jesus nas parábolas), pois quando o ouvinte perde o interesse num culto desses, ele simplesmente vai embora. O sermão próprio para o templo pode ser impróprio para a rua devido às circunstâncias diferentes. Numa ocasião especial , escolha um assunto que aproveita o que os ouvintes já estão pensando – não lute contra as circunstâncias, aproveite-as (Se é culto comemorando aniversário de nascimento, pode falar do novo nascimento; se é aniversário de casamento; lembre que Jesus assistiu a uma festa de casamento, e que haverá as bodas do Cordeiro, e nem todos os homens estarão lá. Outras possibilidades virão a mente do irmão.
4). Logo de início o irmão vai decidir também se sua mensagem vai ser tópica (sobre um assunto), ou textual, e daí vai pensando em passagens que pode usar, e as idéias que servem como argumentos. Para saber quais passagens e idéias vai usar, deve também...
b. DETERMINAR O PROPÓSITO da sua mensagem.
1). Pense nos ouvintes do seu sermão:
a). Se são descrentes, o seu propósito é levá-los a crer em Cristo como único Salvador.
b). Além disso pode Ter como propósito ver essas pessoas fazerem uma manifestação pública da sua fé por levantar a mão ou vir à frente.
c). Se são membros da igreja, pode Ter como propósito exortá-los a mais fidelidade no seu testemunho pessoal, a mais zelo no seu estudo da Palavra de Deus, ou a uma maior dedicação no seu sustento material da obra da igreja, etc...
2). Sempre tenha em mente esse propósito enquanto organizar a sua mensagem; e enquanto estiver falando, o irmão deve guardá-lo na mente como alvo da mensagem.
3). Exemplos: Texto: João 1:29 ; Propósito: Quero que os ouvintes aceitem Jesus como Salvador, vendo-O como o inocente Substituto deles na cruz. / Texto: João 2:17 ; Propósito: Quero que os irmãos tenham mais zelo pela obra de Deus, e que esse zelo os levem a agir.
c. DETERMINAR A IDÉIA CENTRAL, isto é, AQUELA idéia que o irmão quer que os ouvintes levem para casa.
1). Nos exemplos acima, uma idéia central para João seria "Jesus é o Cordeiro de Deus sacrificado por todos os homens". Para João 2:17, "Jesus é nosso exemplo, até no zelo, e Ele agiu ao ver a verdade sendo blasfemada".
2). Lembre que os ouvintes só vão prestar atenção QUANDO MOTIVADOS. È claro que Deus vai Ter que trabalhar no coração e fazer a Sua parte, mas devemos facilitar o entendimento da palavra na medida possível. OS OUVINTES QUEREM SABER O QUE É QUE DEVEM LEMBRAR; A IDÉIA CENTRAL RESPOND A ISSO. È uma única idéia de todas apresentadas que o irmão julga ser a mais importante para os ouvintes lembrarem ou aprenderem.
3). Esta idéia central deve ser uma única idéia, específica e significante. Quando o assunto é grande, escolha somente uma parte ou um aspecto para apresentar, OU lhe para todos os lados do assunto e ache uma idéia central que resume todos os pontos. Neste caso é uma visita geral do assunto, unificada por uma única idéia central.
4). Sendo bem definida, a idéia central evita que fale muito sem dizer nada que sirva para alcançar o seu propósito junto aos ouvintes.
2. A organização é a parte que exige mais tempo.
a. Dois princípios ajudam a fazer esta parte.
1). Escolha somente 2 ou 4 pontos importantes a serem apresentados, cada um destes tendo como finalidade o suporte da idéia central. Se usar mais do que isso, não vai poder explicar cada ponto muito bem, e por serem muitos os seus argumentos , os ouvintes vão perder de vista o que é a sua idéia central. È como caçar com a espingarda ou o rifle. O chumbo da espingarda pode doer, mas sendo mais espalhado, não derruba animal grande, enquanto a bala encontrada do rifle é perigosa, mesmo de longe. A mensagem bem concentrada e preparada é muito mais eficiente.
2). Lembre que a organização da mensagem é para ajudar os ouvintes a acompanhar os pensamentos do pregados. Ela serve para destacar os seus pontos principais para que não sejam escondidos entre a camuflagem dos seus argumentos. Quanto menos organizada a mensagem, quanto mais será a dificuldade dos ouvintes em chegar à conclusão que o pregador quer.
b. O seguinte é uma ordem para organizar a mensagem: (1) Fazer uma lista dos pontos principais, (2) Ajuntar a evidência (os textos), (3) Pôr os pontos e as evidências numa ordem lógica, (4) Fazer um esboço provisório, e (5) Planejar a instrução e a conclusão.
1). Fazer uma lista das idéias ou pontos principais. De regra geral, não deve passar de 4 o número de pontos principais que suportam sua idéia central. O irmão vai achar a base para escolher esses pontos principais ao estudar o texto que vai usar ou ao colher os vários versículos que falam sobre o assunto que vai apresentar. (Veja sobre os aspectos que podem ser escolhidos para esclarecer um determinado assunto.)
2). Ajuntar a evidência que prova cada um desses pontos principais. As fontes são várias:
a). A Bíblia é a fonte suprema, infalível e indispensável. Cada ponto tem que Ter uma base bíblica para evitar que a mensagem saia da verdade para o erro.
1a). Até satanás usa a Bíblia, tirando os versículos fora do contexto (MT. 4:6). Exemplos disso na atualidade são inumeráveis mas o seguinte mostra até que ponto a palavra pode ser torcida. No desenho "Mutt e Jeff" no jornal "O Estado" saiu este caso: Jeff estava desanimado e para receber conselho utilizou o serviço de Conselho Espiritual por telefone. O 1º versículo que foi-lhe citado era Mt. 27:5 "(Judas) retirou-se e foi se enforcar."; em seguida veio Lc. 10:37 "Vai, e fazes da mesma maneira." Por último foi João 13:27, "O que fazes, fá-lo depressa." O último quadro da série mostrou uma figura representativa do diabo dando o conselho. Era tudo da Bíblia! SEMPRE ESTUDE CUIDADOSAMENTE O CONTEXTO DE CADA PASSAGEM, para não ligar versículo que na realidade não tem qualquer conexão.
2a). Do outro lado, evite leituras compridas, aproveitando somente aquilo que é necessário para provar seu ponto. Quando lê muito, as vezes o seu ponto perde o seu destaque e fica escondido entre os outros versículos.
b). Ilustrações são muito importantes e podem ser tiradas da vida do dia, como as parábolas de Jesus. O melhor é usar ilustrações que acha nas Escrituras, mas também o jornal, as notícias do dia, a história secular, e a ciência serve como fonte de ilustração que ajuda a explicação da verdade divina. Em todo o caso, a verdade que o irmão pretende ensinar com uma ilustração deve Ter base bíblica. Não faça como um pregador pentecostal que, defendendo a prática de Ter mulheres pregando e pastoreando, usou a ilustração que a mulher pode ser advogada ou até presidente do país! Portanto, tem direito de ser pastora! Boa argumentação, mas a doutrina é anti-bíblica! Sempre deixe claro qual é a lição que deve ser aprendida da ilustração.
3). Agora é necessário arranjar os pontos principais e a evidencia em seqüência lógica. Pode-se fazer isso de várias maneiras.
a). Ordem cronológica – do começo ao fim.
b). Da causa ao efeito.
c). Do pessoal ao impessoal.
d). Do problema a solução.
e). O importante é que haja alguma ordem lógica que leve os ouvintes de passo em passo para a conclusão que o irmão quer que aceitem.
4). Escreva esses pontos em sua ordem com os textos e as outras evidencias que vai usar, fazendo assim um esboço provisório, o qual servirá como base para o esboço final.
5). Planejar e desenvolver a introdução e a conclusão.
a). Lembrando o propósito da introdução, o pregador pode alcançar esse fim por meio de:
1a). Um exemplo a importância do assunto.
2a). Um incidente que introduz o assunto às mentes dos ouvintes.
3a). Perguntas que despertam o interesse e a curiosidade dos ouvintes.
b). Deixe bem definida a passagem (a transição) da introdução para a mensagem.
c). lembre-se que a conclusão deve ser breve, contendo um pequeno resumo dos pontos principais, e da idéia central, MAS NÃO TUDO DE NOVO. Também inclui-se um apelo forte.
3. Agora pode-se fazer o ESBOÇO. Este não é uma prensa, mas um guia, um mapa; por ele, agente sabe onde está, onde já passou e aonde vai.
a). O formato do esboço serve para por cada idéia no seu divido lugar de importância em relação às demais. Se por alguma razão o irmão tem de deixar de falar tudo por falta de tempo, o esboço mostrará quais pontos mais importantes, e quais podem ser deixados de lado.
b). O Esboço pode variar muito o seu grau de pormenorização. Quanto mais complicado o assunto, o mais pormenorizado será o esboço. Se o assunto é simples e conhecidíssimo ao pregador, às vezes nem esboço escrito não tem; mas se a sua pregação é lógica, ele tem um esboço "mental" que serve como guia para o progresso da mensagem.
NOTA: Veja como esse esboço segue o formato da introdução, do corpo, e da conclusão.
FORMATO – TÍTULO
Texto:
Propósito: (O que quer que os ouvintes façam ou aprendam.)
Idéia central: (A idéia central que quer que os ouvintes lembrem.)
INTRODUÇÃO: (Anedota, importância para os ouvintes, etc.)
(transição aqui, mas não escrita)
I. Primeira idéia principal.
A. Prova (ou texto), uma idéia que suporta e sustenta a 1º idéia principal. Quando ocupa mais que uma linha, a margem deve ser mantida.
1. Ilustração, prova, ou comentário sobre prova A.
2. Outra ilustração, prova, ou comentário sobre prova A.
3. Outra ilustração, prova, ou comentário sobre prova A.
B. Outra prova ou argumento que sustenta a 1º idéia Principal.
C. Outra prova ou argumento que sustenta a 1º idéia Principal.
(transição aqui, resumo, não escrita)
II. Segunda idéia principal, etc... (até 4, geralmente 3)
CONCLUSÃO:
A. Resumo rápido
B. Apelo que aplica a pregação à vida do ouvinte.
Um esboço de regras práticas sobre a pregação
PARTE III
AGORA O IRMÃO ESTÁ PRONTO PARA APRESENTAR A MENSAGEM
A. A sua meta ao apresentar a mensagem é fazer com que a VERDADE DEIXE UMA IMPRESSÃO sobre as mentes dos ouvintes. Lembrando que é Deus que trabalha junto aos corações dos homens, o pregador faz a sua parte no plano de oratório através de:
1. Repetição da idéia central 3 a 4 vezes durante a pregação, assim sempre trazendo às mentes das pessoas uma recordação do tema principal.
2. Multiplicidade de exemplos. Dois exemplos reforçam o ponto melhor que um só.
3. Perguntas espalhadas pela mensagem em lugares estratégicos. Podem ser retóricas (não esperando uma resposta aberta) ou numa ocasião mais informal pode pedir a fim de receber uma resposta do auditório (num estudo bíblico, por exemplo).
4. Ilustrações visuais, ou da própria experiência, pondo uma verdade espiritual e abstratas em termos concretos. Jesus usou passarinhos, lírios, água, pão, e muitas outras coisas para tornar seus ensinos mais vívidos, assim criando uma impressão durável nas mentes dos seus discípulos.
B. Ligada a essa meta de fazer uma impressão é a necessidade de ganhar e segurar a atenção dos ouvintes. Um pregador inglês que era muito usado por Deus disse que se ele percebesse que havia alguém no auditório que não estava prestando atenção (mesmo se fosse uma criança), ele se julgava Ter falhado e procurava recuperar a sua atenção daquela pessoa.
1. O propósito da introdução é ganhar a tenção do povo. Se não conseguir isso, já está começando derrotado.
2. Durante a pregação, note constantemente as reações dos ouvintes, porque de vez em quando vai Ter que recuperar a sua atenção. Algumas das maneiras de fazer isso são:
a. Bater no púlpito ou levantar a voz de repente. Isso serve para acordar as pessoas que estão cochilando.
b. Sorrir para uma criança que está mexendo muito. Às vezes funciona muito bem para atrair a sua atenção.
c. Aproveitar as interrupções, tornando-as para o bem, trazendo de novo a atenção dos ouvintes para a palavra. Um nenê que chora pode servir de ilustração da insatisfação do coração humano, ou da nossa dependência de Deus, conforme a mensagem da ocasião. Uma interrupção da força ilustra bem a situação do pecador nas trevas espirituais, desligado de Deus. Nem sempre a mensagem combina com uma circunstância assim, mas esteja alerto para as possibilidades.
d. IMPORTANTE: Olhe diretamente nos olhos dos ouvintes; além de isso ser necessário para segurar a atenção deles, assim o irmão notará quando precisa ganhar de novo a sua atenção.
3. Deve-se preparar a mensagem pensando nesta necessidade de ganhar a atenção dos ouvintes.
a. Use um título atraente.
b. Tenha uma introdução bem preparada.
c. Na mensagem segure a atenção do povo:
1). Com PERGUNTAS.
2). Com IDÉIAS CONCRETIZADAS e específicas (não generalizadas) através de exemplos e ilustrações. Não FALE ACERCA do amor, DÊ EXEMPLOS do amor em ação.
3). Com VARIEDADE de exemplos, versículos e explicações. Não dê um versículo atrás do outro com um pouco de explicação entre eles. Varie seu método de apresentar a mensagem (nem sempre tópico, nem sempre textual), varie o seu ASSUNTO (já ouvi pregadores que tinham somente um ou dois assuntos prediletos de maneira que todo mundo já sabia de antemão o que iam falar), varie o MATERIAL (Não use só a leitura bíblica, nem somente exemplos ou ilustrações, mas misture os ingredientes da mensagem).
C. O ESTILO trata da maneira geral em que o pregador apresenta sua mensagem. Cada um tem seu próprio estilo que servem para criar e segurar a atenção dos ouvintes. Alguns desses princípios são:
1. SEJA BREVE. Não repita indevidamente. Se está no fim da mensagem, é melhor sentar-se duma vez do que repetir tudo. O mesmo princípio se aplica quanto aos pontos e às provas da mensagem. Evite vãs repetições; use repetições com sabedoria e PROPÓSITO, para alcançar algum objetivo (frisar um ponto, criar uma impressão). È como sal na comida: é muito bom e dá gosto, mas um pouco vai longe, basta.
2. SEJA CLARO NA SUA LINGUAGEM. Não use termos obscuros, pouco claros aos ouvintes.
3. IGUALMENTE SEJA CLARO NA PRONÚNCIA DAS PALAVRAS. Paulo falou sobre a importância de serem bem inteligíveis as nossas palavras, I Cor. 14:9. Não sendo claro na sua linguagem ou na sua pronuncia faz com que os ouvintes tenham de esforçar-se para ouvir. Deveras facilitar esta tarefa dos ouvintes para que possam concentrar-se em compreender os nossos pensamentos, pensando na MENSAGEM, e não na FALA.
4. USE VARIEDADE NA SUA FALA. NÃO SEJA MONÓTONO!
a. Varie o ritmo: a velocidade das palavras, ás vezes depressa, ás vezes devagar.
b. Varie as frases: às vezes curtas, rápidas, ás vezes longas e demoradas; com pausa ás vezes longas, ás vezes curtas. ILUSTRAÇÃO = Um rio é largo e grande, corre devagar; ele parece como uma lagoa e dá impressão de paz, tranqüilidade e descanso. Um rio estreito, com leito raso, corre rapidamente e dá impressão de ação, movimento e agitação. Se não usar variedade na sua fala, vai ser como um desses rios: se falar devagar com frases compridas, voz baixa, vai ser como um rio largo: vai dar sono em todo mundo, vão descansar; se falar depressa, sem nenhuma pausa, numa voz mais elevada, e nunca dá alívio para os ouvintes, eles vão chegar ao fim da mensagem fadigados de "correr" juntos com o irmão. Tem que "correr" um pouco. E "descansar" um pouco.
c. Varie a altura da voz: em média, o tom deve ser aquele usado na conversação. Ao fazer uma exortação, um apelo, ou ao despertar a atenção do povo, o tom da voz sobe.
d. Varie a força da voz: em média, fale como em conversação. Quando quer despertar atenção (acordar alguém) pode aumentar o volume. Se começar em voz muito alta, depois não tem de aumentar para dar ênfase. Fale com força suficiente para ser bem ouvido pela pessoa no último banco. Mais do que isso é gritar, a não ser de vez em quando para dar ênfase.
Um esboço de regras práticas sobre a pregação
PARTE IV
UM RESUMO DE CONSELHOS GERAIS E CONCLUSÃO
A. Conselhos gerais sobre o preparo do sermão:
1. Sempre tenha UM SÓ propósito (conforme a congregação e a ocasião) e faça tudo para alcançar aquele propósito.
2. Sempre prepare um sermão bíblico. È a palavra de Deus que tem poder, a não a nossa.
3. Aproveite os acontecimentos atuais (notícias do dia, o próprio ambiente do culto) para captar a atenção dos ouvintes.
4. Ponha as verdades abstratas em termos concretos, através de exemplos, ilustrações e anedotas, MAS SÓ NA MEDIDA QUE SERVEM PARA ALCANÇAR SEU PROPÓSITO JUNTO AOS OUVINTES, isto é, para esclarecer a sua idéia central.
B. Conselhos gerais sobre o preparo do pregador:
1. Tenha interesse no assunto. Esteja cheio da sua mensagem para que ela venha do coração e não só da cabeça. O povo sabe a diferença e percebe logo.
2. Tenha interesse no povo. Sendo interessado mesmo, no ouvinte o irmão vai falar comsinceridade outra vez os ouvintes logo vão perceber a hipocrisia). Não sendo hipócrita na sua atitude, pode falar com firmeza, mesmo quando os ouvintes não concordam com a mensagem. Por causa do interesse, da sinceridade, e da firmeza do pregador, eles vão respeitar a mensagem e prestar atenção.
3. Leia as reações dos ouvintes. Olhe-os diretamente, e mantenha este contato. Se olhar sempre pela janela, ao chão, ou pela porta, o irmão vai dar a impressão que está falando com alguém lá fora, ou que é inseguro no que fala. CONVERSE COM OS OUVINTES, COMO SE ESTIVESSE FALANDO COM CADA UM INDIVIDUALMENTE.
4. Seja breve. O pregador deve deliberadamente se instalar no púlpito, deliberadamente falara verdade, e deliberadamente calar a boca. Do começo até ao fim, o pregador deve estar em controle de si, da situação e da mensagem. "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas". I Cor. 14:32. O pregador deve subir no púlpito já pensando em terminar. A organização e um esboço ajudam a mostrar o fim desejado.
a). Brevidade é recomendada (1) na leitura – não leias versículos somente para ocultar o tempo, (2) na introdução, e (3) na conclusão.
b). Geralmente o mais breve é o mais penetrante e eficaz.
5. Seja natural no púlpito.
a). Não pense em si, nem na sua fala, nem na sua postura. Os ouvintes vão acompanhar a sua preocupação e ser distraídos da mensagem. Pense só na mensagem.
b). Não imiti um outro pregador e seus gestos, etc. Deixe que a personalidade própria do irmão seja usada por Deus. Se encontra uma idéia nova e proveitosa, adapte-a para a sua própria personalidade.
6. Todos os gestos no púlpito devem servir para atrair ou manter a atenção na mensagem. Se os gestos forem muitos, ou se forem muito poucos, isso vai distrair. Seja natural, evite parecer com uma estátua; dê a impressão de ser vivo, mas não de estar jogando futebol. Evite extremos em qualquer área da pregação.
7). Faça tudo para a glória do Senhor e não de si mesmo; exalte o nome dEle, e não o seu próprio nome.
8). Lembre-se da necessidade do pregador ESPIRITUAL e MENTAL.
CONCLUSÃO
Resumo: Sendo preparado espiritualmente pela conversão e pela chamada divina, o pregador tem a promessa de Deus de que a Palavra é poderosa e o Espírito Santo ajudará a mensagem, até tornando as nossas fraquezas em instrumentos para levar outros a Cristo. II Cor. 12:9.
Mas o pregador também tem responsabilidade para preparar a sua mente com o estudo da palavra e a organização lógica do sermão. E tudo que ele faz desde o primeiro passo de escolher o assunto até terminar a pregação com o apelo, ele faz com um propósito, um alvo. "Pois eu assim corro, não como a coisa incerta..." disse Paulo, I Cor. 9:26. Até nos gestos, e na voz, o pregador usa tudo para levar os ouvintes a aceitar a verdade.
Apelo: Confie no Senhor. Tudo isso não é tão difícil como parece. Uma boa parte dessas sugestões o irmão já sabe, é só aplicá-las. Nunca vai chegar o dia em que julgará que atingiu já a perfeição nesta matéria. Mas nós confiamos no Senhor, no poder do Espírito Santo, sem o qual a nossa tarefa é vã. Se o irmão está pronto mesmo e está decidido a servir Deus na melhor maneira possível com seus talentos, "Entrega o teu caminho ao Senhor: confia nEle, e Ele tudo fará." Salmos 37:5.
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