por Nathan W. Bingham
Com esse post, concluímos a série sobre culto doméstico. Esperamos que essa série sirva como um exemplo prático que te encoraje a continuar – ou a começar – o que deve ser um prazeroso privilégio diário para todas as famílias cristãs.
Na parte 1, R.C. Sproul Jr. compartilhou como a família dele divide o tempo, estando com visitas ou estando fora de casa, e como fazem com a memorização do catecismo. Na parte 2, ele explora os tópicos da memorização e leitura das Escrituras, e da oração. Neste último post, ele descreve como sua família canta junto e depois ele responde duas objeções comuns ao culto doméstico.
Cantar
Depois, nós cantamos. Novamente, as crianças são chamadas a escolher o que vamos cantar. Nós cantamos as músicas presentes na liturgia da nossa igreja. Nós cantamos o Gloria Patri, cantamos a Doxologia, o Credo dos Apóstolos, o Credo Niceno. Nós cantamos o Cântico de Simeão, que é como nossa igreja normalmente encerra a parte musical.
Deixe-me falar de algo que pode ser ainda mais útil. Quando os visitantes de nossa igreja tentam achar o berçário, nós dizemos que há um berçário, mas que nós esperamos que eles não se importem de não usar os serviços do berçário naquele dia. Nós asseguramos de que, se eles tomarem conta das crianças, nós ficaremos bem. Veja, nós fazemos o culto juntos – pais e filhos. Visitantes ficam levemente temerosos e confusos com isso. Eles pensam: “Que coisa estranha é essa?”, mas então, quando a congregação se levanta para, juntos, confessarmos nossa fé e criancinhas de dois ou três anos recitam ardentemente o Credo Apostólico, de repente, nossos visitantes vêem a beleza nisso.
Em casa, nós deixamos as crianças escolherem as músicas que elas querem cantar. Temos uma regra: apenas uma música infantil por noite. Reilly sempre quer cantar “Aleluia”. Eu pergunto: “O que você quer cantar hoje, Reilly?”, e ele responde: “Aleluia”. É uma música bem simples: “Alelu, alelu, alelu, aleluia, louvai a Deus!”. Nós dividimos a família em duas metades, uma canta os “alelu’s” e a outra canta “louvai a Deus”, depois nós trocamos e cantamos mais rápido. Mas cantamos apenas uma dessas por noite.
É isso. Não é complicado. Não se gasta muito tempo. Não é uma obrigação, é um deleite, um prazer.
E se eu não estiver realizando nenhum culto doméstico?
Nesse ponto, vocês, pais, devem estar pensando: “Ok, R.C., eu entendo isso. Eu entendo que devo fazer isso. Eu vejo como fazer isso. Mas, como eu lido com o fato de que eu não tenho feito o culto doméstico?”. Aqui está o que você deve fazer: reúna sua família, faça com que eles se sentem, e peça desculpas por ter falhado nesse aspecto. Mostre para eles o que significa estar arrependido. Depois, diga a eles que Jesus Cristo veio para sofrer a ira de Deus Pai por falhas como esta que você cometeu. Agradeça a Deus por essa provisão. Ore agradecendo pelo perdão. Depois, cante em louvor por esse perdão. Esse é o primeiro dia. Se você fazia o culto doméstico e perdeu o hábito, siga também essas instruções.
Mas eu estou muito ocupado para fazer o culto doméstico
Mas, se você está muito ocupado, aqui está o que eu quero que você faça: pare de ficar tão ocupado! O que poderia ser mais importante? O Deus do céu e da Terra, o auto-existente, transcendental, santo Deus, está te convidando para conversar com ele ao fim do dia. Você responderia a ele: “Obrigado pelo convite, Senhor, mas hoje à noite eu vou para o campeonato de boliche”? Você diria: “Eu amaria me encontrar com o Senhor hoje à noite, mas eu tenho uma reunião com uma pessoa importante”? Ninguém é ocupado demais para deixar de aproximar-se do Deus vivo. Ninguém é tão ocupado a ponto de escolher o menos importante, o menos gratificante e menos prazeroso em detrimento da fonte de todo o prazer.
A glória do evangelho consiste em que o grande, transcendental e exultante Deus, por causa da obra de Cristo, aproximou-se de nós e de nossos filhos, e continuará fazendo o mesmo. Portanto, não faça isso para ser santo, faça-o para ser feliz. No fim das contas, é a mesma coisa. A nossa busca austera por santidade pessoal não impressiona a Deus nem um pouco. Mas Deus se alegra quando nos deleitamos nEle. Leve as crianças a Ele (Mateus 19.14). Faça isso para que você possa glorificá-Lo e gozá-Lo agora, isso é o que estaremos fazendo para sempre.
Traduzido por Fernanda Vilela
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