por Nathan W. Bingham
Para muitos pais cristãos qualquer menção de “culto doméstico” pode provocar um suor frio, uma sensação de culpa e uma consciência de suas deficiências. Mas o culto doméstico não deveria ser um fardo para as famílias cristãs evitarem e sim um prazer que elas procuram a cada dia.
Às vezes, a melhor forma de começar uma nova prática – ou começar novamente – é vê-la modelada para você. Na contribuição de R. C. Sproul Jr. em Holy, Holy, Holy: Proclaiming the Perfections of God , há uma seção que descreve como a família dele realiza o culto doméstico. Nós [N.T.: do ligonier.com] adaptamos e vamos postar aqui.
Lembre-se, assim como R. C. Sproul Jr. afirma em seu capítulo, isso não é “a liturgia de Sproul Jr.” que temos que seguir, mas um exemplo prático que oramos que seja útil para você.
Escolha do horário
Nesse momento de nossas vidas, nós realizamos o culto familiar logo após o jantar. Nós costumávamos fazê-lo logo antes das crianças irem para a cama. Qualquer um dos dois é bom para nós, mas há uma razão prática para fazê-lo durante esse tempo. Todos os dias, não importa o que aconteça, nós jantamos e vamos para a cama, portanto, nós temos um par de despertadores que não nos deixa escapar da nossa responsabilidade. Nós pensamos, “Acabamos de terminar o jantar, está na hora” ou “Estamos perto de ir para a cama, está na hora”.
Depois do jantar, eu vou peço para alguma das crianças, “Por favor, reúna as coisas para o culto”. Nós temos um lugar no qual guardamos as coisas para o culto, uma das crianças vai pegar a pilha de livros e as coisas e colocá-los na mesa à minha frente.
Fora de casa ou com convidados
Se não estamos em casa, nós modificamos as coisas um pouco. Nós fazemos o culto no carro às vezes. Se estivermos na casa de um amigo ou, até mesmo, na casa de um estranho, nós não impomos a ele ou a ela e dizemos “Bem, obrigado pelo jantar, agora é a hora do culto familiar da família Sproul”. Se tivermos um convidado em casa, tentamos fazer uma avaliação de sua maturidade espiritual e tomamos uma decisão. Nós devemos perguntar a nós mesmos: “Isso vai deixar nosso convidado com raiva ou ele vai gostar de participar?”. Se parece que ele vai ficar com raiva, nós, provavelmente, não faremos.
O catecismo
Quando estamos em casa, nós começamos com o catecismo. “Catecismo” é uma palavra estranha para muitos hoje. Um catecismo é simplesmente uma ferramenta para ensinar o conteúdo básico da bíblia para os jovens ou para aqueles que são novos na fé. Um catecismo, tipicamente, consiste em perguntas e respostas. Os pais perguntam uma pergunta para a criança e ela dá uma resposta.
Nós usamos dois diferentes catecismos. Temos um catecismo infantil, que possui 50 perguntas. Cada pergunta tem por volta de cinco ou seis palavras e cada resposta, três. Eu pergunto para o meu filho Reilly, que tem três anos, “Reilly, quem te fez?” e ele responde, “Deus”. “O que mais Deus fez?” e ele diz, “Todas as coisas”. Como você pode ver, as perguntas e respostas são muito pequenas. Nós ensinamos isso para crianças muito pequenas e, quando elas aprendem essas coisas, nós celebramos. Nós não os subornamos. Nós não os compramos. Mas nós celebramos. Quando um deles aprende completamente o catecismo infantil, a família inteira sai para tomar sorvete, porque o papai gosta de sorvete.
Quando as crianças ficam maiores, nós seguimos para o Breve Catecismo de Westminster, que tem um pouco mais de perguntas (são 107). Quando as crianças já dominam todas elas, levo-as para esquiar, porque o papai gosta de esquiar.
Nós temos um esquema “sofisticado” para fazermos memorização. É mais ou menos assim: eu digo às crianças, “O papai diz: ‘Qual é o fim principal do homem?’ Vocês dizem: ‘O fim principal do homem…’”
Eles dizem: “O fim principal do homem…”
Eu digo: “…é glorificar a Deus…”
Eles dizem: “…é glorificar a Deus…”
Por fim, eu digo: “… e gozá-lo para sempre.”
Eles dizem: “…e gozá-lo para sempre.”
Nós fazemos isso e depois de alguns dias eles pegam. Como eu disse, é um sistema terrivelmente complicado.
Na parte dois, discutiremos como a família pode incorporar a memorização e leitura das Escrituras e a oração no culto doméstico.
Traduzido por Fernanda Vilela | iPródigo.com
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