Sobrenatural ou natural?
"Se o diabo cega e Deus resplandece, não seria mais prudente nos retirarmos do campo de batalha e deixá-los lutar?" (John Stott).
"Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus" (II Coríntios 4. 5).
Deus nos criou, a humanidade, para sermos eternos, termos vida em abundância (longevidade e qualidade), para termos paz, tranquilidade, amor, tudo enfim.
Mas, por uma intervenção de Satanás, travestido de serpente, as coisas mudaram, houve a queda, entrou o pecado no mundo, e os planos de Deus foram afetados.
Deus, então, foi firmando novos pactos, pois quer o bem de todos, ama a todos nós, mas a humanidade sempre comete erros, pecados, falhas e os objetivos do Criador acabam por serem adiados, pois é Sua vontade que "ninguém se perca".
Com a entrega de Seu Filho, Jesus, na cruz do calvário, em nosso lugar, Deus foi ao seu "limite" [se é que Ele tem limites], inaugurando então a era da Graça. Ela recebeu essa nomenclatura tendo em vista que Ele derramou sobre nós, graciosamente, um "favor imerecido": a Salvação mediante a fé em Jesus Cristo, que veio a esse mundo "para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3. 16).
Está implícita, queiramos ou não, na Graça a condição de crermos em Jesus, a condição de O recebermos no coração para termos o direito de sermos chamados filhos de Deus, de começarmos a fazer parte da família de Deus, como co-herdeiros com Cristo:
"Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam; mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem em seu nome" (João 1. 12).
Hoje o texto de John Stott discorre sobre o "sobrenatural", para o qual, segundo ele, há a participação de três personalidades: o diabo cega; Deus resplandece; e nós pregamos Cristo Jesus como Senhor.
Já discorremos, no passado, a respeito deste tema: os sinais [os milagres], que são chamados de fatos "sobrenaturais".
Cremos que ao expormos novamente este assunto, em pleno Século XXI, dias de incertezas, de insegurança, de ceticismo, quando a credibilidade da fé está abalada, face aos falsos profetas, falsos mestres, falsos cristos, falsos sinais, que grassam por aí, seremos chamados de "loucos".
Loucura é, também, um tema tratado na Palavra de Deus, e lemos em I Coríntios 1. 25 o seguinte: "Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens...".
Pouco antes lemos: "Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que creem, pela loucura da pregação" (v. 21).
O texto, pelo menos para nós, é tão significativo que necessitamos dar curso a ele: "Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus" (vs. 22 a 24).
Não é de hoje, portanto, que a pregação da Palavra de Deus, o crer nessa Palavra, é considerado loucura. Ah santa loucura!
Porque é a salvação de todo o que crê: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, (...) visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé" (Romanos 1. 16-17).
No passado (1988) o que dissemos foi que "os sinais (milagres) não são frequentes hoje em dia, por nossa falta de fé", e essa afirmação tem pleno respaldo nas Palavras proferidas por Jesus, minutos antes de ascender ao céu:
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. ESTES SINAIS HÃO DE ACOMPANHAR AQUELES QUE CREEM: (...) E eles, tendo partido, pregaram em toda parte,
COOPERANDO COM ELES O SENHOR, E CONFIRMANDO A PALAVRA POR MEIO DE SINAIS, QUE SE SEGUIAM" (Marcos 16. 15-20).
A palavra acima não é nossa, ela foi proferida por Jesus! Se não crermos no que Jesus diz, vamos crer em quê [ou em quem?], então?
Lemos, recentemente, que milagres, sinais, deveriam ser chamados de fatos naturais [com base nessa Palavra de Jesus, mencionada], e que sobrenatural DEVERIA ser a ausência de sinais.
É Jesus quem promete que Ele seguiria os que creem, confirmando com sinais as suas palavras pregadas por nós.
Assim, caro leitor, não queremos delongar muito a nossa exposição de pensamentos, mas deixamos a mensagem [a nossa, a de Stott, e, principalmente, a de Jesus] para sua reflexão.
Pense nisso, você só tem a ganhar crendo em Jesus e seguindo-O, pois: "Deus não é homem para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará, ou tendo falado, não o cumprirá?" (Números 23. 19).
Mas, como disse o Dr. Stanley Jones: "Não é preciso haver um céu para que eu me alegre nisso".
Fonte: ultimato
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