Escrito por Ev. Fernando Ribeiro de Andrade
Quando pela primeira vez Franklin Rosevelt foi eleito presidente dos Estados Unidos, em 1930, o país atravessava a maior crise econômica de sua história. O clima era de péssimo, o povo não via nenhuma saída para a crise. Franklin iniciou seu discurso de posse, sentado numa cadeira de rodas, colocando diante dos olhos da multidão uma grande folha de papel com um ponto negro no centro. Perguntou o Presidente: “O que vedes em minhas mãos?” A resposta da multidão foi unânime: “Uma folha de papel com um ponto negro no centro”. Ao que o presidente respondeu: “É de estranhar que os vossos olhos foram atraídos apenas para o ponto negro e não para o vasto campo branco ao redor dele. É isto que está acontecendo com o povo americano, a quem está faltando a correta visão do potencial deste país em crise. A crise existe, é inegável, mas assim como vedes em minhas mãos um ponto negro, rodeado de um vasto campo branco, vos digo eu:” Está também em nossas mãos o grande potencial de recursos naturais de nosso país, que juntos vamos usa-los para transformar a América no Norte na pátria com que sonhamos”.
A visão é que faz a diferença.
Existia de fato um ponto negro. Rosevelt o via; entretanto como coisa de insignificante importância, pois sua visão fora atraída, não para o ponto negro, e sim, a imensidade das coisas criadas por Deus e colocadas no território americano, que só precisavam ser bem administradas para darem certo. Da visão que possuímos depende a aparência das coisas que vemos.
CONTO DO SERTÃO:
Um fazendeiro possuía um cavalo “bom de marcha” de grande estima. Este não comia pasto seco. Numa época de estiagem, toda a pastagem secou. O fazendeiro, receoso de perdê-lo, imaginou um meio de alimenta-lo e deu certo. Mandou preparar para o cavalo um óculos verde. O animal de estima, assim equipado, via toda pastagem verdinha e voltou a alimentar-se bem. O pasto era o mesmo, só sua visão foi alterada. Jesus ensinou: “São os olhos a lâmpada do corpo. (Mt 6.22-23)”. Os olhos de Geazi, moço ganancioso e mentiroso, (2Rs 5.20-25), só via ao redor dele e de Elizeu as tropas sírias. Eliseu, no entanto, podia ver mais perto deles os exércitos protetores do Senhor, (2Rs 6.16-17). Talvez por isso o salmista orou assim: (Sl 119.18).
OS OLHOS MAUS:
Há aqueles que, por falta de amor de Deus no coração, só vêem o ponto negro da vida das pessoas, enquanto na verdade elas são adornadas de qualidades espirituais, as mais belas... Unge teus olhos, (Ap 3.18) Pedro recomenda (1Pe 4.8); Judas, o irmão de Jesus, ensina (Jd 22,23). Infelizmente, à semelhança dos contemporâneos de Rosevelt, há pessoas, atualmente, cujos olhos de deixam atrair exclusivamente pelo ponto negro da vida e não vêem o campo branco das numerosas virtudes que adornam aqueles que vivem em comunhão com Deus. Quando o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi outorgado, (Rm 5.5), sentimos mais quando ofendemos do que quando somos ofendidos. Felizmente, os que de fato são de Cristo, com os olhos sadios, vêem nos seus irmãos a beleza de Cristo, enaltecem as suas virtudes e delas falam com sinceridade e respeito.
UM CORPO BEM AJUSTADO:
Para que tudo seja feito a contento do céu, basta que quantos invocam o nome do Senhor ocupem o seu lugar no corpo de Cristo, Exerçam a função que lhes cabe, como está escrito em Ef. 4.15-16.
A todos vocês, jovens um retiro abençoado e uma visão renovada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário