Comunhão
Quinta, 03 Dezembro 2009 23:20 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja Comunhão é um dos temas recorrentes para quem tem a agradável incumbência de expor a Palavra de Deus. Há, como regra geral se sabe, a comunhão vertical (comunhão com Deus mediante a fé em Jesus Cristo) e a comunhão horizontal (aquela que devemos manter com aqueles que, como nós, têm comunhão com Deus), ambas dependendo da nossa obediência à vontade divina.
Deus criou os seres humanos à sua semelhança e para a comunhão. Não é sem motivo que, após ter criado o homem, Deus tenha achado que não era bom que ele estivesse só, fazendo-lhe de imediato uma adjutora e determinando que, após a união entre ambos, homem e mulher seriam uma só carne. Daí o casamento.
No que toca à igreja Jesus determinou que “Onde estivessem dois ou três, reunidos em seu nome, ele estaria no meio deles”; ele nunca disse um ou três, porque um só não está obrigado á comunhão que, como se sabe, significa participação em comum, uniformidade, acordo, harmonia; pressupondo que eu tenha que conviver com outra pessoa. É claro que, quer ao nível do casamento quer ao nível da igreja, há muitos que desejam os benefícios sem as responsabilidades. Aqueles que querem desfrutar sem se responsabilizar.
É por isso que, em relação ao casamento, abateu-se uma enorme descrença havendo cada vez mais pessoas a optar por “ajuntar-se”. Os tais dizem: “É preferível juntarmo-nos e se der deu se não der separamo-nos”.
Esquecem-se os tais que, para Deus, o casamento (aquilo que une um homem e uma mulher numa só carne) é o acto sexual, quer haja papéis assinados ou não; quer haja cerimónia religiosas quer não.
Ao nível da igreja temos também os conhecidíssimos “pássaros andantes”. São aqueles que nunca estão bem em lado nenhum; que sempre encontram (se não encontrarem arranjam) problemas que os faz “voar” para outro poiso (leia-se igreja local).
Regra geral são pessoas que julgam ter personalidade forte (na verdade são apenas teimosas) achando sempre que as suas ideias são as melhores e por isso deverão ser sempre aceites. Quando isso não acontece; quando as coisas não funcionam como elas acham que deveriam funcionar “está o caldo entornado”; aí vão elas em busca de uma igreja que (segundo a sua óptica) seja perfeita. Pena é que se levem consigo…
Este tipo de pessoas nunca entende que a comunhão é obrigatória; constitui um desafio e pressupõe adaptação constante. Não entendem, ainda, que á comunhão nenhum salvo (que queira agradar a Deus) pode fugir sem consequências funestas.
Um dos motivos porque muitos crentes abandonam as suas congregações de origem é porque não sabem conviver com as divergências. Eles acham-se tão importantes (apesar de se acharem os mais humildes) que não podem admitir que alguém divirja deles.
Quando aparece algum crente que ousa divergir é, de imediato, apelidado de pouco espiritual; mundano; inimigo da fé, etc.
Muitas vezes essa atitude “muito espiritual” verifica-se mesmo (e sobretudo) em alguns dirigentes apesar dos mesmos dizerem que nas Assembleias dos “irmãos” há total liberdade, liderança colectiva e sacerdócio comum a todos os salvos. Que bem que se fala entre nós. Mas, por vezes, que mal se vive o que se fala.
É claro que este tipo de crentes parece desconhecer expressões que abundam na Bíblia como: “Cada um considere os outros superiores a si mesmo” ou “suportai-vos uns aos outros” ou ainda “perdoai-vos uns aos outros”.
Pior do que isso parecem desconhecer ainda o que diz Efésios, 4:3 “…procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”.
Mas não pensem que é fácil mostrar a estas pessoas que estão erradas. Se o fazemos já têm o seu “sermão”ensaiado e, se não tivermos cuidado, ainda saímos dali com a “consciência pesada”.
Mesmo assim, ainda que tenhamos a sensação que estamos a “pregar no deserto” não devemos, a exemplo de João Baptista, desistir; ou então quem sofrerá é a comunhão.
José Carlos Oliveira
Nota de Falecimento
Quinta, 03 Dezembro 2009 13:53 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja
Faleceu, na vida dos negligentes e frios na fé, a dona "oração", que já estava enferma desde os primeiros séculos da era cristã.
Foi proprietária de grandes avivamentos bíblicos e de grande poder e influência no passado. Os médicos constataram que sua doença foi motivada pela "frieza de coração", devido à falta de circulação do "sangue da fé". Constataram ainda: "dureza de joelhos -não se dobravam mais, "fraqueza de ânimo" e muita falta de boa vontade.
Foi medicada, mas erroneamente, pois lhe deram grandes doses de "teologia da prosperidade", mudando-lhe o regime. O "xarope de reuniões sociais" sufocou-a. Deram-lhe injecções de "dinheiro", para ver se resolvia o problema, mas isso provocou contendas. Tentaram até mesmo introduzir uma sonda para que recebesse novos medicamentos, destes que estão sendo testados em várias cobaias chamadas "igrejas modernas", o que provocou confusão doutrinária, má circulação nas amizades, trazendo ainda rivalidades e ciúmes, principalmente entre os jovens.
Administraram-lhe muitas "programações diferentes", e comprimidos de "inovações". Até cápsulas de "brincadeiras" lhe deram para tomar. RESULTADO: morreu dona "oração"!
A autópsia revelou: falta de alimentação, como "pão da vida", carência de "água viva" e ausência de vida espiritual. Também foi constatado, através de familiares da falecida, que o caso foi agravado pela ausência de costumes simples como a oração pessoal, a participação nas reuniões de oração.
Em sua memória, a vida pessoal dos negligentes, situada na Rua do mundanismo, número 666, estará fechada para as reuniões de quartas e quintas-feiras. Aos domingos, participará de apenas uma reunião de manhã ou à noite, isso quando não houver dias de feriado, recomendando o lazer de sexta a segunda-feira.
Não permita esta cerimónia fúnebre em sua vida.
(Adaptado)
Divórcio e novo casamento?
Segunda, 23 Novembro 2009 19:51 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja
Há alguns anos escrevi para o jornal Refrigério um texto sobre esta temática. O referido texto, basicamente composto por perguntas, foi comentado por alguns crentes no Sul com a frase: “Eles lá no Norte estão a ficar muito modernistas”.
Modernista ou não, hoje volto à carga com um assunto que é, cada vez mais, um quebra-cabeças para algumas igrejas evangélicas. É que vai longe o tempo em que a separação entre marido e mulher era um problema exclusivo dos católicos ou dos não religiosos.
Que o desejo de Deus, quando um homem e uma mulher se unem em matrimónio, seja que o façam até que a morte os separe é claro, todos concordaremos. É, de resto, semelhante ao que Deus tem quanto a pecarmos; Ele deseja que não pequemos nunca. Só que entre o que devemos fazer e o que, de facto, fazemos vai uma enorme distância.
Eu penso que a igreja não pode fechar os seus olhos e ouvidos aos gravíssimos casos de violência doméstica. Esses casos existem e, infelizmente, mesmo entre membros de igrejas. Será que, envolvido pelo amor cristão, posso eu aconselhar uma mulher (não importa se cristã ou não) que é consecutivamente agredida, física e verbalmente pelo marido, a que permaneça casada porque “o que Deus ajuntou o homem não pode separar”?
Posso eu, como obreiro cristão, aconselhar um casal que vive, visivelmente, há anos de costas voltadas (mantendo um casamento de fachada onde já não há nem amor nem diálogo nem coisa nenhuma) que a única coisa que acrescentam diariamente um ao outro é infelicidade, a que se mantenham assim já que, apesar de todas as tentativas de ajuda, tudo se mantém igual?
Poderá alguém, em nome de Cristo, insistir com uma mulher que é atraiçoada consecutivamente pelo marido a que mantenha tudo como está ao abrigo das afirmações bíblicas que conhecemos e que, julgamos nós, estamos a interpretar correctamente?
Bem sei que o caso é mais vasto mas, acreditem, tenho cada vez mais dificuldade em crer que Jesus ficará satisfeito com a fórmula que, quase sempre, a igreja aplica a todos os casos de litígio matrimonial sem sequer admitir que, como noutras situações, há casos e casos.
Sei que o assunto não é fácil mas, insisto, não será tempo de (também neste caso) começarmos a “abrir as janelas”?
José Carlos Oliveira
Que dizer?
Sexta, 06 Novembro 2009 15:19 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja Um destes dias, numa igreja evangélica, um jovem veio ter comigo, no final de uma reunião, pedindo-me se poderia falar comigo. Disse-lhe que sim e, isolando-nos um pouco, ele avançou com a sua preocupação.
Tinha conhecido, na escola, uma rapariga por quem começou a sentir alguma simpatia e com quem começou a estudar e a dar alguns passeios. A relação de amizade entre ele e a tal rapariga ia avançando quando, de repente, ela lhe confidenciou que, embora gostasse de o ter como amigo, era lésbica, gostava de outras raparigas. O rapaz, sem esconder a sua frustração com tal descoberta, estava agora preocupado com outra questão. A referida rapariga falou-lhe de outros jovens (rapazes e raparigas) que andavam na mesma escola e que, também eles, eram homossexuais. Por isso o tal jovem (baptizado, membro de uma igreja evangélica) questionava-me se deveria sentir-se “incomodado” com aquela revelação a ponto de deixar de manter a mesma amizade por aquela rapariga e, por arrastamento, com os seus amigos possuidores das mesmas tendências sexuais.
Ao falar com aquele rapaz não pude deixar de pensar no que se passa dentro da maioria das igrejas evangélicas. Este é apenas um dos muitos problemas com os quais, mais cedo ou mais tarde, teremos de nos confrontar mas, apesar de pressentirmos isto mesmo, parece que nos sabe melhor praticarmos “a política do avestruz” continuando a agir como se os problemas não fossem uma realidade.
Mas aquele rapaz ali estava, olhando-me fixamente, esperando de mim (um pregador) uma resposta que obviamente lhe dei.
Recentemente, num acampamento de jovens e quando tinha terminado de dar uma mensagem evangelística, um rapaz veio ter comigo pedindo-me se podia falar comigo. Disse-lhe que sim e, afastados dos restantes jovens, ele foi-me confidenciando a sua situação: Era crente, membro de uma igreja mas, desde há bastante tempo, vinha lutando com um problema de homossexualidade. Rapidamente as lágrimas brotaram dos olhos daquele rapaz que me dizia, soluçando: “Não imagina Zé Carlos o esforço que tenho feito para ignorar a minha tendência sexual que odeio mas que persiste em mim. Tenho orado e jejuado sobre o assunto mas parece que Deus não me ouve…”. Depois de o tentar acalmar e de lhe garantir que a sua revelação era uma manifestação de grande coragem; que o admirava por causa disso e que, acontecesse o que acontecesse, ele sempre iria poder contar com o meu amor cristão e a minha amizade ele perguntou-me, ainda por entre lágrimas: “Se Deus é contra a homossexualidade porque é que não me liberta dela?”
Nesse mesmo acampamento, durante um debate em que os jovens me bombardearam com perguntas, uma menina (descrente) questionou-me sobre o facto de se ter cada vez mais conhecimento de casos em que seres humanos nascem hermafroditas (com os dois sexos) e aquela jovem queria saber se o possuidor de ambos os sexos deve optar apenas por um ou pode utilizar ambos. Caso deva optar apenas por um, a jovem perguntava também, se a pessoa tem liberdade para fazer a escolha...
Perante estes três problemas agora é a minha vez de lançar o repto à comunidade evangélica: Sem os tradicionais “sermõezinhos”, que muitas vezes mais não são do que uma tentativa da nossa parte para fugir ao problema, digam-me o que se poderá e deverá responder a questões como estas? Mais do que isto; o que acham que responderia Jesus?
José Carlos Oliveira
É preciso esmagar o boato
Quarta, 04 Novembro 2009 14:02 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja Logo a seguir à revolução do 25 de Abril os cartazes multiplicavam-se como cogumelos e eram, muito mais que hoje em dia, uma forma segura de fazer chegar a mensagem. Havia, por isso, cartazes com todo o tipo de temas: sobre como reconhecer um fascista, sobre a necessidade de desalojar os patrões, a instigar o ódio contra os capitalistas, sobre a necessidade de se matarem as moscas (já que as mesmas propagavam doenças) e sobre a necessidade de não se acreditar nos boatos. Este último, da responsabilidade do MFA (Movimento das Forças Armadas) estava ilustrado com um lagarto, de aspecto asqueroso, sobre o qual estava colocado um pé dentro de uma bota militar e dizia: “É preciso esmagar o boato”.
Nessa altura a contra informação era mais que muita sendo quase corriqueiro surgirem apelos à população para que se manifestasse, nas grandes praças distribuídas pelo país, em defesa do regime democrático porque os fascistas estavam de volta.
Era também usual nessa altura que alguns oficiais, representando o MFA, fossem de terra em terra com o objectivo de realizarem “sessões de esclarecimento”. Foi numa dessas sessões, transmitida pela RTP, que um aldeão colocou a pergunta: “Porque é que se preocupam tanto com os boatos?”.
O oficial respondeu: “Porque o boato é a arma dos inimigos da democracia”.
Pensei nisto, ultimamente, ao ouvir (mais uma vez) de crentes que são vítimas de boatos oriundos de igrejas. Têm origem em crentes (?!) que, ou os inventam ou porque entenderam mal determinada informação, passam o boato adiante como se de um facto se tratasse não se preocupando, sequer, em averiguar primeiro se o tal terá mesmo fundamento. É claro que quando o boato chega aos vários destinatários já não leva essa roupagem, parecendo mais uma notícia fidedigna.
Estas atitudes vão sendo tomadas, um pouco por todo o lado, com a complacência de quase todos. Quando os visados acabam por saber dos boatos que sobre eles circulam (na maior parte dos casos eles próprios são apanhados de surpresa, eu sei do que falo) já os boatos se transformaram em notícias de que ninguém ousa duvidar.
Assim sendo vou aqui reproduzir, com a devida vénia, o cartaz do MFA (sem lagarto e bota militar) dirigindo-o à população evangélica: É preciso esmagar o boato. E se me perguntarem porquê eu respondo: “Porque o boato é uma das armas do inimigo de Deus e nosso para prejudicar a vida espiritual dos atingidos e a obra de Deus no seu todo.
Esta verdade não será suficiente para que o boato seja, entre nós, esmagado à nascença?
José Carlos Oliveira
A Realidade do Islão
Terça, 03 Novembro 2009 18:17 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja Como continuo a verificar que há tanta confusão sobre o Islão reproduzo nesta página um artigo que, há algum tempo, escrevi e foi publicado no Refrigério.
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Pessoas mal informadas, onde se incluem alguns jornalistas, comentadores e até algumas pessoas que se dizem cristãs, dividem os muçulmanos em duas partes: os extremistas que espalham o terror no mundo e os moderados que procuram seguir Deus, como fazem os judeus e os cristãos.
Habitualmente o que é dito é que os muçulmanos, como os judeus e os cristãos, são monoteístas e, à sua maneira, procuram adorar o Deus criador, apesar de lhe conferirem um nome diferente, Alá.
Convém não esquecer que Alá, o deus adorado pelos muçulmanos, era na realidade o deus principal da Caaba, o templo pagão que Maomé terá “purificado” ao destruir os mais de 300 ídolos que aquele espaço continha.
Maomé terá mantido o nome desse antigo deus pagão da lua e o símbolo da lua crescente porque, desta forma, seria mais fácil atrair os adeptos para a nova religião. Os muçulmanos mantêm como objecto de adoração a pedra negra, que beijam reverentemente e que já era alvo de adoração no tempo da idolatria que Maomé combateu. Os muçulmanos acreditam, de resto, que ao rodearem a pedra negra, sete vezes, são libertados dos seus pecados.
Além disso os muçulmanos fazem as suas peregrinações e nelas não dirigem preces apenas a Alá, fazem-no também, por exemplo, em relação a Ali.
Ali era primo e genro do profeta Maomé e é ele que divide os muçulmanos em xiitas e sunitas. Para os xiitas Ali é o segundo, em linha de sucessão, a seguir a Maomé; para os sunitas é o quarto. Seja como for, Ali, é considerado, quer por uns, quer por outros, um herói.
Todos os anos, por altura do Ano Novo afegão, milhares de muçulmanos dirigem-se a Mazar-i-sharif, no Afeganistão, onde muitos acham que repousam os restos mortais do primo e genro de Maomé, apesar de muitos historiadores garantirem que eles estão em Najaf, no Iraque, sepultura que também atrai milhares de fiéis.
Junto aos dois túmulos, os seguidores de Ali dirigem-lhe preces, pedindo de tudo um pouco: saúde, bens materiais, concretização de vários desejos, etc.
Se isto não é idolatria, o que é?
É comum ouvir-se dizer que o deus dos muçulmanos é o mesmo dos cristãos. Convém que se diga que esta ideia parte muito mais da chamada cristandade do que do lado oposto. Aqueles que querem instituir, a todo o custo, o ecumenismo são os mais devotos promotores da ideia. Contudo, basta um olhar de relance ao Alcorão para se concluir que o deus lá revelado nada tem a haver com o Deus revelado pela Bíblia.
Apesar do Deus da Bíblia ser revelado como justo, exigente, e que não pode contemplar o mal, Ele é mais conhecido por ser misericordioso, compassivo, perdoador, paciente.
Quando Jesus aparece dizendo: “Quem me vê a mim, vê o Pai”, mostrando-se como a maior e melhor revelação de Deus, isso é feito para que saibamos que Deus é como Jesus: está perto, sabe o que sofremos, é Emanuel (Deus connosco), não é um Deus distante.
Quão diferente é o deus revelado pelo Corão!
Não é, pois, de estranhar a forma, geralmente cruel, como os muçulmanos se comportam, em seus países, entre si e com aqueles que não partilham das suas ideias. Não respeitam os direitos humanos (veja-se como tratam as mulheres), as ideias dos outros e a liberdade de expressão.
E esta realidade não se explica, apenas, com a questão cultural. Essa resolve-se com a evolução das sociedades. O problema é que, em repúblicas islâmicas, lá estão os líderes religiosos que não permitem essa evolução. Como resultado vemos países como o Irão, grande produtor de petróleo, ter populações que vivem miseravelmente. Regra geral essa miséria só é revelada quando alguma catástrofe natural (como terramotos) acontece. De resto, lá estão os líderes religiosos, omnipresentes, certificando-se de que o povo continua submisso. Tudo isto com a cobertura da religião islâmica, baseada nas interpretações, particulares, do Corão.
Infelizmente a cristandade já foi assim, no passado, mas houve evolução. É o que se espera agora por parte desses países, rendidos às repúblicas islâmicas, e o Ocidente fará bem em contribuir para que essa evolução aconteça. Seguramente não o fará colocando-se, sempre, de cócoras perante o “ruído” feito por alguns seguidores do Islão, sempre que exercemos o nosso direito, por exemplo, à liberdade de expressão.
Por que é que, pergunto eu, os muçulmanos exigem que, em seus países, as mulheres ocidentais cubram a cabeça, impondo ao mesmo tempo que, no ocidente, as mulheres muçulmanas desrespeitem o hábito geral, mantendo as cabeças cobertas, mesmo quando estão na rua, na escola, etc.?
Os líderes ocidentais (incluindo o chefe do Vaticano) não podem, a coberto da necessidade de paz com todos os povos, hipotecar os valores que conquistámos. A liberdade de opinião e expressão, o respeito pelos direitos humanos, a solidariedade, etc..
Aqueles que se dizem cristãos não podem, a coberto de um inútil desejo ecuménico, hipotecar o claro ensino da Bíblia: Deus não dá a sua glória a outrem;(1) há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo;(2) há um só Deus e Pai e um só Senhor Jesus Cristo;(3) a salvação é apenas pela Graça mediante a fé, sem as obras; (4) em nenhum outro há salvação a não ser no nome de Jesus (5) e que o lugar de adoração é em todo o lado já que Deus é espírito e importa que o seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.(6)
José Carlos Oliveira ( j.carlos.o@netcabo.pt Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar )
1- Isaías,48:11; 2- I Timóteo,2:5; 3- I Coríntios,8:6; 4-Efésios,2:8,9; 5- Actos,4:12; 6- João,4:24
Saramago versus Igreja Católica
Quinta, 22 Outubro 2009 13:04 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja
José Saramago está envolto em mais uma polémica que já chegou ao Parlamento Europeu. Este é o estado em que o escritor mais gosta de estar (ou não fosse a polémica a maior forma de marketing para vender livros) sossegando apenas quando se encontra debilitado pela doença.
O que disse desta vez não é muito diferente do que sempre tem vindo a dizer e que afinal espelha o ateísmo que o envolve e que tanto parece amar.
Sedenta por sangue a comunicação social explora a polémica até á exaustão chamando a depor, sobre a mesma, os comentadores de sempre. A ideia que passa é que Saramago apenas ofendeu a Igreja Católica apesar de se saber que a Bíblia é um livro amado por muitos cristãos que se não revêem no catolicismo e mesmo estimado até por pessoas ditas não religiosas. Mesmo assim ouvem-se sobre o assunto, apenas, figuras ligadas ao catolicismo que já provaram, à sociedade, não estarem preparadas para falar do tema.
É preciso que se diga que os prelados católicos são capazes de saber sobre filosofia, sobre história, sobre economia, sobre sociologia, sobre política e sobre doutrinas oriundas do Vaticano mas pouco sabem da Bíblia como Palavra de Deus que é. Por isso, sendo chamados a pronunciar-se é natural que, sobre ela, digam as piores barbaridades, só ultrapassadas pelas do próprio Saramago.
O que Saramago diz já não me choca, é mais do mesmo, mas choca-me que pessoas que, por um lado, afirmam ser a Bíblia a palavra de Deus digam, por outro, que as suas afirmações não são para levar a sério. Que afirmem ser as palavras que lá estão escritas palavras de homens; as figuras citadas mitológicas ou simbólicas devendo as histórias contadas ser entendidas como poesia ou reveladoras das crenças da altura e, por isso, nunca levadas à letra.
Irrita-me, sobretudo, quando vejo tais pessoas nos debates em que deviam defender Deus e a Bíblia (apesar de Deus e a Bíblia não necessitarem de tal defesa) darem uma imagem de tal pobreza argumentativa que até o mais comum dos mortais, ao ouvir, poderá entender de imediato que os argumentos ateístas, apesar de estúpidos e sem sentido, têm razão de ser. Não os vejo sequer a corrigir erros grosseiros que pululam em tais afirmações como por exemplo ouvi hoje de Odete Santos quando afirmava que a maçã de Eva representava a ciência (quando se sabe que o que esteve em causa no Éden não foi o fruto mas a arvore de onde o fruto foi tirado, não se sabendo se era maçã, pêra, romã ou mesmo um fruto que nunca chegamos a conhecer).
Irrita-me que nenhum dos prelados explique, através dos media, que Saramago é um morto em termos espirituais e por isso incapaz de entender porque é que Deus rejeitou a oferta de Caim (sem sangue) e aceitou a de Abel (com sangue), obviamente com a intenção de ir preparando o mundo para a vinda de Jesus Cristo o Cordeiro de Deus que deveria (embora inocente) sofrer, vertendo o seu sangue, em lugar dos culpados. De resto essa mesma indicação já tinha sido dada quando Deus cobriu a nudez de Adão e Eva com peles de animais (o que obviamente pressupõe que os animais inocentes morreram para remediar o erro cometido pelos culpados)
Mas não, ali estão eles impávidos (também eles mortos em termos espirituais) sem saber muito bem ao que vão e por isso fazendo mais mal do que bem a quem os ouve.
É necessário que alguém pergunte aos Saramagos deste país porque é que os incomoda tanto as pretensas atitudes violentas de Deus, os incestos (lembro-me apenas de dois) e as carnificinas da Bíblia (situações reveladoras da cultura dos povos de então) e, aparentemente, nunca os incomodaram os Gulagues siberianos no tempo da União Soviética; as atrocidades contra os direitos humanos cometidos em Cuba, na China e na Coreia do Norte, para citar apenas alguns exemplos.
Quando Saramago diz que a Bíblia deve ser escondida das crianças por causa da violência que encerra porque não se lhe pergunta porque é que ele não diz o mesmo da televisão, quando esta revela a violência e a imoralidade que vai por esse mundo?
Porque não o incomoda os muitos jogos que ensinam a violência as crianças? Então não é que o Nobel da literatura apenas dirige a sua atenção para o que odeia fechando os olhos aos terríveis erros cometidos pelos dirigentes que perfilham a mesma ideologia?
Ó celebre escritor de livros, se Deus não existe porque é que se incomoda tanto com ele e com aquilo que a ele diz respeito?
Eu penso que o que incomoda mais Saramago é a percepção que tem de que daqui por alguns anos os seus livros (e ele mesmo) estarão esquecidos, mas a Bíblia continuará a fazer girar as rotativas nas tipografias e Deus continuará a ser adorado e amado por muitos.
O que mais me entristece é eu saber que Saramago vai, brevemente, ter um encontro com esse Deus que ele diz não existir e que, nessa altura, ele ficará sem vontade de o criticar e dizer chalaças, mas será demasiado tarde.
O Paulo de Romanos Capítulo Sete
Sexta, 16 Outubro 2009 15:10 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja Paulo é, seguramente, a figura do Novo Testamento que, para além de Jesus, mais simpatia e admiração suscita. Somos desafiados pelo seu apego a Cristo e à verdade divina, pelo seu amor pelos perdidos, pela sua preocupação com as igrejas, pelo seu ardor missionário e pela sua disponibilidade para servir.
Somos estimulados pelo seu entusiasmo, pela sua capacidade de enfrentar as adversidades e pelo que sempre esteve disposto a sofrer pela obra de Deus.
Admiramos a percepção que ele tinha da vontade de Deus e como a manifestava quer falando quer escrevendo e, apesar de tudo isto, ficamos espantados com a sua humildade e facilidade em se esconder atrás de Jesus Cristo.
Tendo tudo isto (e o muito que fica por dizer) em consideração não nos incomoda considerá-lo um herói a quem gostaríamos de imitar e por isso, regra geral, passamos adiante algumas das suas afirmações que, a nossos olhos, não o enobrecem tanto, como por exemplo as que ele faz em Romanos capítulo sete. Lembremos algumas:
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efectuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Vs.14-24)
Ao lermos estas palavras apetece-nos fazer como aquela senhora que, Domingo após Domingo ouvia o pastor da igreja confessar os pecados antes de cada mensagem. Um dia foi ter com ele, no final do culto, e disse-lhe: "irmão pare de pedir a Deus perdão pelos seus pecados. Não gosto de pensar que o pastor da minha igreja é um homem que peca" .
Custa-nos admitir que o grande Apóstolo Paulo também travava diariamente uma guerra espiritual entre o seu novo homem e o velho? Mas isso é a mais pura das verdades! Custa-nos a imaginar o Apóstolo do amor (João) a travar a mesma luta? Mas a verdade é que travava e era tão pragmático que até nos deixou escrito que aquele que diz que não peca é mentiroso e faz de Deus mentiroso (I João,1:8-10).
Penso muitas vezes nesta realidade quando analiso o comportamento de certos membros de algumas igrejas que, através de algumas atitudes e palavras, quase dão a entender que são perfeitos e, por isso, não se coíbem de apontar o dedo acusador aos crentes que consideram mais fracos.
Meus irmãos "Aquele que pensa estar em pé tenha cuidado, não caia". E mesmo quando formos chamados a ajudar alguns irmãos que estejam a "manquejar" não esqueçamos o conselho de Gálatas, 6:1. A arrogância não se coaduna com o ensino de Cristo e é ela que leva a que irmãos se transformem tantas vezes em juízes de outros.
Não esqueçamos que, como Paulo dizia, o nosso livramento deve-se apenas a Jesus Cristo, nosso Senhor. De resto a vida cristã vitoriosa consiste em "Cristo vivendo em nós e já não sermos nós a viver" (Gálatas, 2:20)
Sempre que te sintas tentado a julgar-te espiritualmente superior lembra-te do gigante Paulo, retratado no capítulo sete de Romanos.
Apontando Soluções Para o Futuro
Terça, 06 Outubro 2009 12:59 José Carlos Oliveira Artigos - Actualidades
Depois de várias campanhas para diferentes eleições, e com uma apetecida pausa que se avizinha, ficam-nos alguns “slogans” na memória. Um deles gostaria de aqui referir e endossar a quem pode, efectivamente, dar-lhe cumprimento: “Apontar Soluções Para o Futuro”.
Sabemos que, por muito boa vontade que esteja subjacente a este “slogan”, a verdade é que não aponta soluções para o futuro quem quer e sim quem pode. Na verdade o que sabem os nossos políticos do futuro? São comparáveis aquele habitante de um pequeno lugarejo no deserto, sem corrente eléctrica e sem comunicações com o mundo, que por isso nada sabe a respeito do que se passa no globo mas que mesmo assim faz as suas previsões.
O futuro, aqui e agora, é sempre demasiado distante. Tão distante que o apontar de soluções agora poderá significar que quando chegar o tempo de as aplicar já estejam ultrapassadas. Se isto é verdade no futuro imediato imaginemos quando falamos do futuro mais longínquo. Mas com esse os políticos raramente se preocupam.
O que verdadeiramente conhece ao Senhor Jesus conhece, tudo quanto precisa, sobre o futuro. Ele sabe que o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Sabe que o seu Senhor e Mestre prometeu estar consigo todos os dias. Que se buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça todas as outras coisas lhe serão acrescentadas. Que o Senhor prometeu suprir todas as suas necessidades. Que todas as coisas contribuem, juntamente, para o bem dos que amam a Deus e que o seu Salvador foi preparar-lhe lugar e que virá de novo para o levar consigo para o lugar que lhe preparou.
Assim o cristão (aquele que tem Cristo) é o único que está apto a apontar ao mundo verdadeiras soluções para o futuro. Mostrando que as coisas aqui são passageiras, efémeras; que não podem dar verdadeira satisfação. Mostrando ainda que a vida não é apenas isto e que cada um de nós (seres humanos) é eterno e vai viver, no futuro, uma eternidade em um de dois lugares possíveis. Céu (na presença de Deus) ou inferno (longe da presença de Deus) e que esse lugar deverá ser escolhido, voluntariamente por cada um, aqui e agora sendo que o Céu está apenas à distância de um depositar de fé na pessoa do Salvador Jesus.
Aquele que já tem em sua vida a pessoa de Jesus Cristo possui, por isso mesmo, a Sua mente; estando apto a falar daquele futuro que aos seres humanos interessa conhecer.
José carlos Oliveira
Conceitos de Espiritualidade
Quinta, 01 Outubro 2009 21:20 José Carlos Oliveira Artigos - Igreja Já escrevi, por diversas vezes, que no meio evangélico (sobretudo nas Assembleias dos “irmãos”) se lida muito mal com as divergências. Todos os que me conhecem sabem que defendo, com unhas e dentes, as doutrinas que são fundamentais. Os que me conhecem sabem também que, como Jonh Wesley no passado, também eu digo que: “No que é fundamental deve haver unidade, no que não é fundamental liberdade e em tudo deverá haver caridade”.
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