Quatro dias após o ciclone Sidr devastar o sul de Bangladesh, equipes de resgate ainda tentam alcançar regiões isoladas do país para levar ajuda aos milhões de atingidos pela tragédia natural.
Segundo a imprensa local e o presidente do Vermelho Crescente em Bangladesh, Mohammad Abdur Rob, os mortos já passam de 3 mil, e ainda devem subir. O número oficial do governo é de 2.408.
O Sidr, que afetou ao menos 7 milhões, entrou em Bangladesh na quinta-feira (15), com ventos de 250 km/h, através da reserva natural de Sunderbans, no delta do Ganges, formado por numerosas ilhas e que faz fronteira natural com a Índia, a um lado do golfo de Bengala.
Centenas de milhares de famílias de pescadores pobres vivem no local e em seus arredores que, desde 1987, fazem parte do patrimônio mundial da Humanidade e que desde 2001 estava classificado como zona importante da biosfera --o local abriga animais raros como o tigre real de Bengala, o golfinho do Ganges, o crocodilo de estuário ou a tartaruga marinha.
"A proporção da tragédia se revela quando seguimos de uma vila a outra", disse Mohammad Selim, chefe das operações de resgate em Bagerhat, uma das áreas mais atingidas.
"Estamos tentando chegar às áreas da costa o mais rápido possível, ainda não sabemos o número total de mortos", disse um funcionário do governo nesta segunda-feira.
Enquanto demorará dias para que se determine o número de vítimas, cerca de 3 milhões de sobreviventes que foram retiradas de áreas da costa sul, ou cujas casas foram destruídas, precisarão de ajuda, segundo informações do governo. Equipes de resgate dizem temer que a falta de alimentos, água potável ou remédios possa levar à proliferação de epidemias.
Missionários nativos de Bangladesh pedem orações e apoio de todos os cristãos ao redor do mundo.
Os cristãos representam apenas 1% da população em Bangladesh e são totalmente marginalizados pelo governo e pelos vizinhos. Por isso, há uma grande dificuldade de conseguirem ajuda neste momento tão difícil.
“Em uma aldeia, mais de 100 casas onde funcionavam igrejas domésticas foram destruídas”, disse o presidente da Gospel for Asia (GFA), K.P. Yohannan à BosNewsLife.
Segundo ele, missionários nativos, pastores e voluntários estão fazendo o possível para encontrar cristãos nas áreas devastadas, uma vez que eles geralmente já enfrentam discriminação e privação de água e comida por causa de sua fé.
Bangladesh ocupa a 44º classificação de países por perseguição. Ore para que as autoridades e equipes de socorro assegurem tratamento igualitário aos cristãos e outras minorias.
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