quarta-feira, 23 de janeiro de 2008


CALENDÁRIO DAS FESTAS BÍBLIC0-JUDAICAS
ANO JUDAICO 5767-5768

ANO GREGORIANO: 2007

FESTA CALEND. JUDAICO CALEND. GREGORIANO
Purím 14 de Adar Sheni 3 de Março
Pêsach (Páscoa Judáica) 14 de Nissan 2 de Abril
Hag HaMatsôt (Pães Asmos) 15-22 Nissan 03/04 à 9/04
Shavuot (Pentecostes) 6 e 7 de Sivan 22 e 23 de Maio
Rosh Hashaná (Ano Novo) 1 de Tishri 12 de Setembro
Yom Kipúr (Dia da espiação) 10 de Tishri 21 de Setembro
Sucôt (Tabernaculos) 15-21 de Tishri 26/9 à 02/10
Chanucá (Festa da Dedicação) 25 de Kislev - 3 de Têvet 04/12 à 11/12

O início dos feriados mencionandos acima são ao por-do-sol das datas indicadas.

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Festa dos Tabernáculos

A palavra Sukot que dizer em hebraico cabanas, tendas ou tabernáculos. O singular é Suka ou cabana, tabernáculo. Na Bíblia, no livro de Levítico (23: 33:44) mostra D-us instituindo a celebração da Festa dos Tabernáculos ou também conhecida como festa das Colheitas. É uma festa de grande alegria ...E vos alegrareis perante ao Senhor por sete dias...Por sete dias habitareis em tendas de ramos...para que as vossas gerações saibam que os filhos de Israel,
quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso D-us. (Lev 23: 40-43).

Para nós que cremos em Yeshua como nosso Messias, filho de D-us, é uma Festa muitíssimo importante porque ela fala do próprio Messias tabernaculando em nosso coração. Nos alegramos porque Yeshua mora em nós e somos um com Ele, além de sermos co-herdeiros das promessas de Abraão (Gal 3:29). Ele nos tirou do império das trevas (egito), nos resgatando, nos salvando. Em Yeshua os judeus messiânicos são enxertados e os gentios reenxertados na oliveira. Ou seja, judeus e gentios sendo um só em Yeshua, a família de D-us. (Ef 2:11-20)

O mais importante da festa é que ela nos chama atenção para o milênio, para o Reino de Yeshua, quando reinaremos com Ele sobre as nações. Por isso, esta festa nos chama atenção para a volta de Yeshua. A grande verdade e esperança é que o Messias está voltando e temos que estar preparados para o encontro com Ele. Ele virá nos buscar a qualquer momento e por isso temos que levar uma vida de santidade, refletindo a imagem e a glória de Yeshua, toda a sua perfeição, toda a sua beleza, não apresentando nenhum defeito em nosso caráter, em nossa vida ( Rm 8:29 e Ef 5:26-27).

A melhor maneira de prepararmos para a Festa de Sukot é celebrando outra festa primeiro, a chamada Festa dos Dez Dias de Arrependimento, cujo último dia se chama de Yom Kipur (Dia do Perdão) na verdade, para nós é uma festa, pois pedimos perdão coletivamente a D-us e pelo sangue do Cordeiro somos livres e limpos de toda a iniquidade. Sentimo-nos alegres e felizes por nos arrepender, tendo um D-us que nos perdoa.

A cada ano que celebramos esta festa de Tabernáculos avaliamos nossa vida e trazemos a D-us o fruto do Espírito que espelha o caráter de D-us (amor, paz, alegria, bondade, benignidade, mansidão, paciência, fidelidade e domínio próprio - Gal5 :22). Afinal é a festa da colheita e D-us quer de nós uma abundante colheita em termos espirituais.

O QUE É A SUKÁ ?

A suká é uma cabana, uma tenda, na qual por sete dias vamos morar nela. Ela nos lembra uma estrutura temporária, frágil, vulnerável ao vento, à chuva, ao sol, ao frio e ao calor. Ela simboliza nosso corpo, nossa vida. Nosso corpo é o tabernáculo de Yeshua, do Espírito de D-us. Nestes sete dias comemos e dormimos na suká para lembrar-nos da nossa dependência de D-us, o qual nos sustenta em tudo. Aproveitamos também este tempo para agradecer a D-us por ter nos dado tudo: casa para morar, comida, roupas, agasalhos, trabalho, saúde, etc.

Assim, a suká e nossa permanência nela nos faz lembrar da sua conotação de caráter moral, social, histórico e espiritual. A Suká é símbolo da proteção divina. Sabemos que não só nos momentos de aflição nós podemos habitar em sua tenda (tabernáculo) ( Sl 27:5). Quando olhamos para a Suká lembramos também que não podemos ser vaidosos, mas humildes, pois nada desta vida podemos levar, nenhum bem material, nenhuma riqueza, a não ser a salvação da nossa alma em Yeshua, almejando a vida eterna que temos nEle. Por isso, a Suká é modesta e simples, não ostentando nada, nenhuma suntuosidade.

A Suká também nos ensina que devemos compartilhar (dividir) com os outros irmãos daquilo que o Senhor tem nos dado. Dt 16:14 diz: ...” E na tua festa te regozijarás, tu, teu filho e tua filha, teu servo e tua serva, e o levita, o peregrino, o órfão e a viúva que estão dentro de tuas portas (Dt 16:14). Por ser a suká pequena, sem compartimentos, seus moradores podem ficar juntos, física e afetivamente, unidos, pois o somos um só no Corpo no Mashiach.

A cobertura da Suká é feita de ramos e folhagem de palmeiras. Assim, de noite podemos ver as estrelas, sentir o frio e o vento. De dia ela deixa penetrar a luz do sol, nos mostrando, assim, nossa total dependência de D-us. Saímos do nosso materialismo e meditamos na nossa espiritualidade com o Eterno. Pensamos na eternidade.

A Suká nos lembra que somos algo temporário, passageiro, mostrando nossas fraquezas e fragilidade vivendo por fé neste mundo. Apesar de toda a violência e do pecado do mundo; apesar de toda resistência que recebemos dos nossos opositores e das forças malígnas, continuamos de pé, como a suká. A suká para o judeu ainda não crente no Messias é algo, também profundo, como a resistência do povo judeu frente a rejeição e a perseguição. Para nós messiânicos, representa também nossa resistência e intrepidez em viver testemunhando o Messias pela fé (II Tes 2:15).

Assim, devemos passar aos nossos filhos toda boa tradição recebida pela Palavra do Senhor, a Bíblia.

Visitando a Suká com nossos filhos podemos compartilhar com eles deste incomensurável poder e mistério divino: D-us, na pessoa de Yeshua, tabernaculando conosco, dentro de nós. (Jo 1:14)

Então, você e sua família agora podem construir no jardim de sua casa ou na sacada de seu apartamento uma bonita e criativa Sucká

Hag Sameach Sukot ! (Feliz festa dos Tabernáculos!)
Ressed vê shalom! (Graça e Paz)

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