quarta-feira, 26 de março de 2014

Cristãos egípcios sofrem perseguição na Líbia

No início do mês, na Líbia, um jovem cristão egípcio foi baleado na cabeça. Há dez dias, ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Salama Fawzy Tobia, de 23 anos, foi emboscado por um homem armado em 2 de março, enquanto carregava frutas e legumes para vender em Benghazi

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Salama Tobia sofreu sérios danos cerebrais, por isso, sua família o transferiu de volta para o Egito, onde ele pudesse passar seus últimos dias rodeado por entes queridos. O jovem, que viveu na Líbia durante dois anos, morreu na madrugada de 15 de março.
Seu tio Tawfik o descreveu como uma "pessoa pacífica", que "veio ao mundo e deixou o mundo sem ferir ninguém". Para o assassino de seu sobrinho, afirmou: "Eu digo para a pessoa que o matou que nós ainda amamos você e oramos para que a paz de Deus toque o seu coração."

Tawfik disse que a morte de Salama trouxe a família para mais perto de Deus: "Nos fez orar a Deus e confessar todos os nossos pecados. Às vezes, quando estamos longe de Deus, Deus é paciente e espera por nós. Mas, às vezes Ele nos prova. "

Ninguém assumiu a responsabilidade pelo assassinato de Salama, mas o grupo extremista islâmico Ansar al-Sharia é suspeito. Grupos militantes islâmicos tomaram vantagem após a queda do coronel Gaddafi, em outubro de 2011, e são particularmente fortes em Benghazi.

Salama foi morto apenas uma semana depois que supostos militantes islâmicos prenderam e mataram outros sete cristãos egípcios que viviam na Líbia.

De acordo com Connor (pseudônimo), um membro da equipe da Portas Abertas na região, este é o mais recente em uma série de ataques na cidade que parecem ser "deliberadamente contra cristãos egípcios". "O que ouvimos é que os cristãos foram especificamente alvos ​​desses autores desconhecidos. Os sete cristãos egípcios mortos foram retirados de seus apartamentos, onde homens armados procuravam por cristãos".

O colaborador da Portas Abertas afirma que a situação na Líbia parece deteriorar-se em direção a um "Estado falido". Segundo ele, "o governo realmente não controla a nação. Os grupos armados no país fazem o que querem." Como consequência disto, sequestros, assaltos e assassinatos são parte da vida diária dos líbios e estrangeiros no país. Muitos cristãos egípcios foram para a Líbia em busca de trabalho, mas eles agora fogem da perseguição e possível morte no que parece ser uma campanha para expulsá-los do país.

"Os cristãos na Líbia precisam de nossas orações. Ore para que o Senhor lhes dê sabedoria sobre o que fazer nesta situação e para que Ele conforte os parentes e amigos dos cristãos que foram mortos ou feridos", conclui Connor.

FontePortas Abertas Internacional e Barnabas Aid
TraduçãoAna Luíza Vastag

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