sexta-feira, 15 de junho de 2012

Algo sobre a morte e a ressurreição

2. O ENSINO DA MORTE
Antes de falar da ressurreição deveremos dar um realce sobre a morte. Este é um assunto que tentamos evitar, mas na nossa jornada o que nos ameaça futuramente não são somente a tribulação e a lida desta vida, mas a morte. Todos nós vivemos este dilema e não conseguiremos sair dele, a realidade da morte tem que ser enfrentada.
“Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó” (Ec 3:20). Dentro da existência da vida, o único ciente que morrerá é o homem, vejamos algumas teorias da filosofia:
O existencialismo analisa a morte como algo natural como o fim de uma viagem. O sentido espiritual na morte não é aceito pelos materialistas, pois para eles tudo é matéria. O estoicismo acredita na naturalidade da morte, por sua vez o platonismo ensina que o corpo e a matéria são maus. Os materialistas não creem na ressurreição, mas que a morte é o fim. O conhecimento mítico afirma que após a morte resta apenas a sombra fantasmagórica do nosso eu.
Os reencarnacionistas acreditam que nossa alma continua voltando em corpos diferentes. Os humanistas creem que o corpo é uma ilusão, e o que realmente interessa é a consciência cósmica impessoal. Mas a Bíblia apresenta a causa da morte não como algo natural, mais um castigo pela desobediência, o pecado.
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17).
“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5:12).
O sentido bíblico e doutrinário da morte é:
a. A morte como salário do pecado.
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor “(Rm 6.23).
b. A morte é sinal e fruto do pecado.
c. A morte foi vencida no calvário por Cristo.
Morte significa separação, no grego a palavra é thanatos que é a separação das partes imateriais da matéria. É a saída ou partida, a cessação e rompimento da vida. Os tipos distintos de morte são:
1. Morte Física. Em 2 Sm 14.14 está a melhor explicação para a morte física, a cessação da vida no corpo.
2. Morte Espiritual. Existe duplo sentido para a morte espiritual. Primeiro é a perca da comunhão com Deus pelo pecado (Ef 2.1,5). Segundo é a morte do cristão para o mundo, ou a separação do mundo sistema (Rm 6.14).
3. Morte Eterna. É a separação eterna de Deus, sem possibilidade de arrependimento. O julgamento Final dos ímpios ocasionará na separação eterna (Ap 20.14,15).
3. O QUE É RESSURREIÇÃO
Do grego anástasin; do latim ressurrectione, significa a volta miraculosa à vida, levantar-se, erguer-se, despertar e acordar. É um ato extraordinário e miraculoso exclusivo de Deus sobre a morte física do ser humano, permitindo que este retorne à vida, isto é: a alma retorne ao corpo físico. Este ato do retorno à vida tem como objetivo a glória e exaltação do poder de Deus.
3.1 RESSURREIÇÃO
Ressurgir dentro os mortos é a ressurreição indicada na Bíblia, que apresenta duas situações fundamentais:
1. Curas milagrosas. Neste caso se faz alusões a indivíduos que voltaram novamente à vida terrena. Vários textos na Bíblia mostram este acontecimento. A do filho da viúva de sarepta realizada por Elias (1Rs 17.20-24); A ressurreição que Eliseu realizou no filho da sunamita (Rs 4.32-37); A ressurreição do homem morto que ao tocar nos ossos de Elizeu volta à vida (2Rs 13.21). A filha de Jairo ressuscitada por Jesus (Mc 5.41-43) e a de Lázaro (Jo 11.43-44) Pedro realizou a ressurreição e Dorcas (At 9.40-41) e a de Êutico realizada por Paulo (At 20.9-12). Estas pessoas passaram pela morte novamente eles não tiveram a transformação e a glorificação do corpo. Todas estas ressurreições tiveram como objetivos mostrar o poder de Deus, e a glorificação do seu nome.
2. A Ressurreição de Nosso Senhor. A ressurreição de Cristo é a sua vitória sobre o poder do pecado e da morte. Para Paulo e os demais apóstolos a ressurreição de Cristo é a esperança e a prova na nossa ressurreição.
Jesus disse que na ordem da sua voz, os mortos sairão para a ressurreição. “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:28-29). A partir da convicção da ressurreição de Jesus, os apóstolos pregaram com ênfase sobre a ressurreição dos mortos. Todos os apóstolos pregaram sobre a ressurreição de Jesus como a garantia da ressurreição dos mortos. “Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos” (Atos 4:2).
Paulo disse que Cristo foi feito as primícias dos que dormem. “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15:20, 23). Paulo deixa claro que Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos com o corpo transformado. E depois dele, os que morreram em Cristo ressuscitaram, essa é a ordem da ressurreição. Na verdade, os santos do AT que morreram em Cristo, ressuscitaram depois da ressurreição de Cristo.
“Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mt 27:52-53). Estes santos são os santos do AT que morreram em Cristo, isto é: Morreram fiéis a Deus crendo em suas promessas. Observem que eles só saíram dos sepulcros depois da ressurreição de Cristo. Esta ressurreição é com a transformação do corpo conforme Paulo falou: “Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória" (1 Co 15:54).

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