O silêncio de Deus na nossa vida tem por objetivo dizer: “Estou trabalhando em seu favor” ou, ver como agimos ou reagimos quando Ele fica quieto.
Há duas passagens nas Sagradas Escrituras que sempre me falam muitíssimo e com a qual desejo abençoa-los em o Nome de Jesus.
A primeira delas está em Êxodo (capítulos 32 e 33), e a segunda em João, (capitulo treze). Quero deter-me em Êxodo, onde Moisés relata sua amarga experiência vivida com o incidente do bezerro de ouro, a tragédia de três mil pessoas mortas (e que, depois de impedir que Deus executasse toda a nação, ele mesmo mandou executar), sua visível decepção consigo mesmo e sua intercessão sincera, profunda e comovente até conseguir a promessa de que a presença de Deus iria com eles e seu pedido final: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (v. 18). Que glória mais este homem de Deus queria ver? Ela já vira a sarça arder, os milagres catastróficos para os egípcios e maravilhosos para o povo de Deus, já tinha visto os céus juntamente com os anciãos de Israel e já tinha passado quarenta dias e quarenta noites a sós com o Senhor no Monte Sinai. Sim, que glória mais Moisés queria ver?
Aqui está a descoberta de que ele não estava feliz, satisfeito consigo mesmo por sua reação; impedira de matar o povo e, ele mesmo, irado, executou tanta gente.
Na resposta de Deus a Moisés está o grande ensinamento desta experiência: “Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o meu nome Jeová; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer. Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum pode ver a minha face e viver. Eis aqui um lugar junto a mim; aqui, sobre a penha, te porás, e quando a minha glória passar, eu te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. Depois, quando eu tirar a mão, me verás pelas costas; porém a minha face não se verá”. (v. 19-23).
Uma coisa interessante: Nada aconteceu enquanto Moisés não lavrou as duas tábuas de pedras (o que ele teve que fazer depressa porque no dia seguinte, pela manhã, ele deveria subir ao cume do Monte Sinai e apresentar-se ao Senhor ali e... sozinho!).
Nos versículos seguintes constatamos que esta experiência que Deus proporcionou a Moisés foi a que o transformou no homem mais manso da terra... “O Senhor desceu numa nuvem e, pondo-se ali junto a ele, proclamou o nome Jeová. Tendo o Senhor passado (só de passar!) perante Moisés, proclamou: ‘Jeová, Jeová, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração’. Então Moisés se apressou a inclinar-se à terra, e adorou, dizendo: ‘Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá o Senhor no meio de nós; porque este é povo de dura cerviz; e perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança”. Foi aqui, então, que Deus fez o pacto com Moisés e o povo de Israel!
Qual é a mensagem, então?
A mensagem e lição que aprendemos é a de que, quando estamos no deserto, convivendo com cobras, lagartos, escorpiões, feras do deserto, calor e tempestades de areia, sem teto, sem cama para um sono reparador, piso irregular e nós não conseguimos ver nem a miragem de um lago, um rio e nem uma montanha que nos desperte a esperança de que estamos chegando a um porto alegre e desejado e tudo parece estar nos dizendo que Deus nos esqueceu e nos abandonou à nossa própria sorte (sorte que imaginamos nem termos mais) ENTÃO É HORA DE OLHARMOS PARA TRÁS E “VER DEUS PELAS COSTAS!"
Que significa isso?
Significa que no fragor da batalha, quase todos não conseguimos ver que Deus está no controle. Imaginamos que estamos sozinhos “lutando contra a maré...” Mas é só olhar para trás e veremos os inimigos de Deus e nossos caídos por terra! Deus é fiel!
E, para finalizar, o silêncio de Deus na nossa vida tem por objetivo dizer: “Estou trabalhando em seu favor” ou, ver como agimos ou reagimos quando Ele fica quieto.
Entendamos, então o processo que Ele usa para nos fazer crescer como gente, como cristãos refletindo a glória do Senhor neste mundo tenebroso – ainda que com lágrimas. Isso é sinal de que esta terra “não nos merece ter aqui”. Nosso lugar é no céu, na Pátria Celestial, a Nova Jerusalém, onde Ele está vivo e sempre reinando.
É para lá que em breve iremos para cear com! Ele. Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
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