quinta-feira, 28 de abril de 2016
Que atire a primeira pedra
Crédito: Célio Nunes |
Um dos versículos mais usados contra aqueles que combatem as heresias e outros tipos de erros no meio cristão é o de João 8.7: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra nela". Parece que basta citá-lo de forma isolada para impedir que se faça qualquer exposição sobre as atitudes contrárias aos princípios bíblicos praticadas por pessoas que fazem de tudo para acobertar os seus atos pecaminosos. Como mencionei em meu perfil no Facebook, é "uma anomalia desesperadora", que chega a ser um anacronismo hermenêutico, visto que despreza todo o contexto na interpretação.
Como também afirmei na mesma postagem, "uma 'regrinha' básica de interpretação diz que para se aplicar um texto aos dias de hoje ou a uma situação contemporânea, necessita-se primeiro saber em que contexto foi dito ou escrito, bem como o significado pretendido pelo autor. Portanto, antes de disparar versículos isolados, que tal olharmos primeiro o que eles significam à luz do contexto em que estão incorporados?". É à luz disso que gostaria de analisar em poucas palavras o tão propalado versículo abusivamente citado na hora em que alguém é confrontado em alguma falta.
Em primeiro lugar, os doutores da lei - escribas e fariseus - tinham a intenção de pegar Jesus em uma armadilha, qual seja a de descumprir a legislação mosaica, para poderem, então, acusá-lo de traição à fé judaica. Portanto, ao se dirigir daquela forma aos acusadores da mulher apanhada em adultério, essa era a perspectiva que o Mestre tinha em mente: a intenção maléfica engendrada pelos ditos representantes da lei.
Em segundo lugar, faltou, no episódio, a presença da outra parte, que, pelo sistema legal, deveria sofrer a mesma punição: o apedrejamento. Em outras palavras, não estava havendo imparcialidade na acusação. Por quê? Estaria ele sendo "protegido" pelos doutores da lei? Teria escapado? O que estaria por trás dessa ausência? Seria ele um dos membros do grupo de escribas e fariseus? São conjecturas. O certo é que, como parte, não foi trazido juntamente com a mulher acusada.
Em terceiro lugar, quando Jesus sugeriu que quem estivesse sem pecado atirasse pedra na mulher não quer dizer que ele concordasse com o pecado dela, mas tal sugestão nos leva, pelo menos, a duas conclusões: a) como judeu, cumpriu a exigência da lei ao propor que fossem adiante. Ou seja, desvencilhou-se de imediato da armadilha farisaica. Mas não deixou de ser justo, quando os pôs no mesmo barco da pecadora: "Aquele que de entre vós está sem pecado", e b) ao mesmo tempo, expôs os propósitos maus dos doutores da lei, que certamente estariam incorrendo nas mesmas praticas que condenavam, mas se "protegiam" uns aos outros mediante o "poder" que dispunham.
Em quarto lugar, ao despedir a mulher, já que os escribas e fariseus não estavam em condições morais para cumprir o preceito legal, Jesus deixou claro o que pensava, disposto a atraí-la ao Reino com a sua bendita graça. Ele não afirmou: "Siga em frente e viva a sua vida" ou "Vá e se divirta à vontade", mas vaticinou de forma explícita: "Vai-te, e não peques mais". É óbvio que encontrou arrependimento naquele coração humilhado e despedaçado diante dos representantes da religião.
Em quinto e último lugar, eu diria que o texto seria melhor aplicado àqueles que escurraçam as ovelhas, quando elas pecam; àqueles que, como tiranos, não restauram as suas feridas, não as fortalecem, mas preferem esmigalhá-las sob os pés; àqueles que, pelo "poder" que têm, protegem-se uns aos outros de seus pecados e vivem em rasgada hipocrisia diante da religião professante. É a esses que o texto deve ser endereçado, que não têm escrúpulos até em matar as ovelhas, mas querem misericórdia, quando são apanhados nas mesmas faltas.
É simplesmente isso.
Em terceiro lugar, quando Jesus sugeriu que quem estivesse sem pecado atirasse pedra na mulher não quer dizer que ele concordasse com o pecado dela, mas tal sugestão nos leva, pelo menos, a duas conclusões: a) como judeu, cumpriu a exigência da lei ao propor que fossem adiante. Ou seja, desvencilhou-se de imediato da armadilha farisaica. Mas não deixou de ser justo, quando os pôs no mesmo barco da pecadora: "Aquele que de entre vós está sem pecado", e b) ao mesmo tempo, expôs os propósitos maus dos doutores da lei, que certamente estariam incorrendo nas mesmas praticas que condenavam, mas se "protegiam" uns aos outros mediante o "poder" que dispunham.
Em quarto lugar, ao despedir a mulher, já que os escribas e fariseus não estavam em condições morais para cumprir o preceito legal, Jesus deixou claro o que pensava, disposto a atraí-la ao Reino com a sua bendita graça. Ele não afirmou: "Siga em frente e viva a sua vida" ou "Vá e se divirta à vontade", mas vaticinou de forma explícita: "Vai-te, e não peques mais". É óbvio que encontrou arrependimento naquele coração humilhado e despedaçado diante dos representantes da religião.
Em quinto e último lugar, eu diria que o texto seria melhor aplicado àqueles que escurraçam as ovelhas, quando elas pecam; àqueles que, como tiranos, não restauram as suas feridas, não as fortalecem, mas preferem esmigalhá-las sob os pés; àqueles que, pelo "poder" que têm, protegem-se uns aos outros de seus pecados e vivem em rasgada hipocrisia diante da religião professante. É a esses que o texto deve ser endereçado, que não têm escrúpulos até em matar as ovelhas, mas querem misericórdia, quando são apanhados nas mesmas faltas.
É simplesmente isso.
O que acontecerá depois da volta de Cristo? Para onde irão os salvos?
O que acontecerá depois da volta de Cristo? Para onde irão os salvos? O que você acha de participar de umas “férias” de mil anos, ao lado daqueles a quem você ama e junto com Jesus? Então prepare-se, pois Deus tem reservado as “passagens” dessa viagem maravilhosa para aqueles que mantiveram uma vida de comunhão com Jesus. 1. Para onde Jesus levará os salvos, quando Ele voltar à Terra? João 14:1-3 2. O que acontecerá com os que morreram crendo em Jesus, quando Ele voltar? I Tessalonicenses 4:16 3. E o que ocorrerá com os salvos que estiverem vivos, naquela ocasião? I Coríntios 15:51-53; I Tessalonicenses 4:17 4. Que efeito terá a vinda de Cristo sobre aqueles que escolheram viver sem Deus? II Tessalonicenses 2:8 5. Por quanto tempo os salvos permanecerão no Céu? E o que farão lá? Apocalipse 20:4; I Coríntios 6:2 e 3 6. Enquanto os salvos estiverem reinando com Cristo, no Céu, onde e como estarão os perdidos? Apocalipse 20:5 6. Como permanecerá a Terra durante o Milênio? Jeremias 4:23-26 7. Como ficará Satanás durante os mil anos na Terra? Apocalipse 20:1-3 A prisão de Satanás será uma cadeia de circunstâncias, pois não poderá sair deste planeta e aqui não terá ninguém para enganar, uma vez que os ímpios estarão mortos e os salvos estarão no Céu. 8. No fim do Milênio, qual será o fim de Satanás, seus anjos e os ímpios, ao tentarem tomar a cidade de Deus, que descerá do céu? Apocalipse 20:7-10 9. Depois de eliminados o pecado e os pecadores pelo fogo purificador, o que Deus dará aos salvos? II Pedro 3:10 e 13 10. O que não sofrerão os que ressuscitarem na primeira ressurreição (por ocasião da volta de Cristo)? Apocalipse 20:6 Minha Decisão: Em Ezequiel 18:23, lemos: “Tenho Eu algum prazer na morte do ímpio? Diz o Senhor Deus. Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?” Somente ficarão fora da Nova Terra aqueles que assim decidirem, pois Deus respeita a decisão humana. Decida estar junto aos remidos de Deus e desfrutar a vida eterna ao lado de Jesus.
TENHA ATITUTE!
“Vivam com propósito...” – Efésios 5:15 Você é facilmente influenciado pelo que os outros dizem e fazem, ou estabelece um plano e se atém a ele? Você está fazendo aquilo que ama, ou está apenas fazendo as coisas de forma rotineira e mecânica? O escritor Mark Twain disse: “O segredo do sucesso é fazer da sua vocação o seu passatempo”. Em outras palavras, ame o que você faz e faça o que você ama! Muitos de nós nunca encontramos tempo para cumprir o propósito de Deus para as nossas vidas porque estamos ocupados demais em manter todo mundo feliz. O mundo está cheio de pessoas que acham que sabem o que você deveria estar fazendo com a sua vida. Mas a vida é sua, e quando você comparecer diante de Deus, Ele não vai perguntar a nenhuma outra pessoa a respeito dela, a não ser a você! Você é corajoso o bastante para seguir o seu coração em vez de seguir a multidão? É uma pessoa focada, mesmo quando muitas vozes tentam desviá-lo do seu propósito? Um fenômeno interessante ocorre quando você não tem convicções fortes ou um propósito claro; você tende a ficar irritado com aqueles que têm essas coisas. A expressão “qualquer coisa” parece ser especialmente popular atualmente. Embora devamos sempre nos esforçar para viver em harmonia e para levar em consideração os sentimentos e o ponto de vista dos outros, a Palavra de Deus condena a complacência, a indiferença e a falta de disposição em defender o que sabemos que é certo. Precisamos agir. Não podemos simplesmente ficar parados esperando para ver o que todo mundo vai fazer, para depois seguirmos a multidão. Existem basicamente dois tipos de pessoas: aquelas que esperem que alguma coisa aconteça, e aquelas que fazem as coisas acontecerem. Não diga: “Eu gostaria que eles fizessem alguma coisa a respeito desse problema”. Você é “eles” – faça alguma coisa! Viva de modo que tuas ATITUDES falem tão alto que não seja necessário que tu digas palavra alguma! (Augusto Branco)
SOU EU, CALVINO,Conversas com o Reformador - Uma Biografia
SOU EU, CALVINO,Conversas com o Reformador - Uma Biografia Vivemos uma época de muitas nomenclaturas ministeriais no meio evangélico brasileiro. Alguns líderes de diferentes denominações cristãs, mesmo atuando nas mesmas funções, usam termos e nomes diferentes como apóstolos, pastores, bispos, presbíteros e muitos outros. Infelizmente conseguimos identificar que alguns ministros usam algumas nomenclaturas bíblicas por uma busca de autoridade eclesiástica e um suposto poder espiritual, criando assim uma visível contradição quanto ao real significado do título e dos nomes na Bíblia. O que pretendo aqui é expor de forma clara a etimologia de cada título, bem como seu uso prático na Bíblia, interpretando conforme o contexto das Escrituras e comparando-os aos dias atuais. É bem certo que você se impressionará com alguns desses significados devido ao grande equívoco e falta de harmonia bíblica criada por nossos mestres-servos. Estaremos abordando os significados dos seguintes termos: Pastor, presbítero, bispo, apóstolo, diácono, reverendo, missionário e cooperador. Escolhi lembrar do cooperador pois existe também algo muito impressionante nesse termo, contrário em nossos dias. Pastor, Presbítero e Bispo No contexto do Novo Testamento, os termos pastor, presbítero e bispo, incrivelmente descrevem os mesmos servos. Trata-se de líderes atuando em igrejas locais, cuidando do rebanho de Deus, a Igreja de Cristo (Atos 20.17,28; 1ª Pedro 5.1-3; Tito 1.5-7). As várias palavras, mesmo diferentes, identificam os mesmos homens, mas é importante entender que cada palavra tem seu próprio significado. Essas variações de sentido ajudam a mostrar aspectos diferentes do trabalho dos ministros que cuidavam de uma congregação. Para uma compreensão bem definitiva, irei apresentar os significados desses termos, dentro de uma ordem cronológica de surgimento e uso comum nos tempos bíblicos. O Pastor – As primeiras vezes que aparecem o termo pastor na Bíblia se referem a alguém cuidando de um rebanho (Gn. 13.7; Gn. 13.8; Êx. 2.17). Mas a partir do registro do 1º livro dos Reis 22.17 em diante, o nome é usado como forma figurativa para expressar situações referentes ao cuidado: “Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa”. O salmista Davi, o mais expressivo pastor de ovelhas das Escrituras também fez uma belíssima comparação: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl. 23.1ss). Concluímos então que a figura do Pastor no Antigo Testamento não estava ligada à uma autoridade espiritual, visto que nessa esfera se destacavam sacerdotes, profetas e outros levantados pelo Senhor. O pastor de fato era alguém responsável para cuidar do rebanho, que a partir da Antiga Aliança, não eram pessoas e sim animais. Mas o termo figurativo ficou marcado, pois fora dito pelo Senhor até mesmo no Pentateuco (Nm. 27.17). Quando chegamos ao cenário histórico do Novo Testamento vemos os líderes sendo chamados para “pastorear” o rebanho de Deus. E essa nomenclatura passou a ser usada justamente por causa das próprias palavras de Cristo, quando usando a figura de metáfora, disse de Si mesmo: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido”. (Jo. 10.11-14). Jesus usou a comparação por que sabia muito bem acerca do cuidado do pastor com as ovelhas nos campos. Ser pastor a partir daquele momento, na visão bíblica e neotestamentária, significava cuidar de vidas da mesma forma que Cristo demonstrou no cuidado e ensino no seu ministério na terra. Ele consolou pessoas, guiou, orientou, pregou, cuidou da alma ferida e alimentou multidões. Foi humilde perdoando, lavando os pés dos discípulos para mostrar exemplo, protegendo e dando a sua vida. Essas são características não apenas dos pastores, mas de qualquer pessoa que tenha a responsabilidade de cuidar do rebanho do Senhor. O Presbítero – do grego πρεσβυτερος (presbyteros), “ancião” em algumas versões da Bíblia, descreve alguém de idade mais avançada, experiente. A palavra é usada no Novo Testamento para identificar alguns dos líderes entre os judeus. No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam as igrejas locais foram frequentemente chamados de presbíteros (Atos 11.30; 14.23; 16.4; 20.17; 21.18; 1ª Timóteo 5.17,19; Tito 1.5; Tiago 5.14; 1ª Pedro 5.1; 2ª João 1; 3ª João 1). Necessariamente eram os cristãos mais maduros da congregação. Usavam seu conhecimento e experiência para servir como modelos e ensinar o povo de Deus. Nas referencias que apresentamos, interligando as palavras pastor e presbíteros, temos as mesmas pessoas pelo seguinte fato: Os presbíteros foram chamados para pastorear o rebanho de Deus. Isto é, os pastores do Novo Testamento eram os mesmos líderes (presbíteros) que estavam à frente do cuidado da igreja. E mais, recebiam muito bem para isso conforme 1ª Timóteo 5.18 que diz: “Os presbíteros que administram bem a igreja são dignos de dobrados honorários, principalmente os que se dedicam ao ministério da pregação e do ensino”. (Versão King James). Observe que muitos presbíteros que eram de fato os pastore,s pregavam e ensinavam. O Bispo – o termo vem do grego antigo επίσκοπος, (episkopos) “inspetor”, “superintendente”. Em 1ª Pedro 2.25, a referência ao Senhor indica uma função além do pastoreio, enquanto pastor. Várias outras passagens usam essa palavra para descrever uma responsabilidade maior do mesmo pastor que foi escolhido para guiar os discípulos de Cristo no seu trabalho na igreja (Filipenses 1.1; 1ª Timóteo 3.2; Tito 1.7). Mas o texto de Atos 20 e seus versículos é claríssimo na interligação das pessoas do pastor, presbítero e bispo. No verso 17 Paulo convoca os presbíteros para uma reunião, sendo que no verso 28 ele chama os presbíteros de bispos, encojando-os ao zelo no pastoreio – “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue”. O que na verdade revela o texto é que Paulo está diante de presbíteros (pastores) que tinham a função de supervisionar (epískopos-bispos) várias igrejas. Sendo assim, pastores, bispos e presbíteros não são três ofícios diferentes, e sim três palavras que descrevem aspectos diferentes dos mesmos homens. Os bispos de hoje devem ser, de acordo com o texto, aqueles que chamamos de presidentes da igreja Sede, que deve estar na condição de uma igreja-mãe com várias congregações. Apóstolo – esse título parece ser o mais cobiçado em nossos dias. Houve uma avalanche no surgimento de apóstolos tão grande como em nenhum outro momento na história da Igreja. Mas biblicamente e historicamente analisado há muitos equívocos quanto ao chamado e função nessa nomenclatura “apostólica”. O termo grego ἀπόστολος, (apóstolos) significa enviado. Em se tratando de originalidade literária, o termo usado por Jesus aos escolhidos para a pregação e propagação do Evangelho, denota uma missão para os lugares mais distantes, onde ainda não chegara a mensagem de Salvação – “Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19ª). Os textos mais surpreendentes e reveladores das Escrituras, nos versículos de Atos 15, mostram presbíteros (pastores e bispos) ao lado dos apóstolos, deixando claro que nenhum líder da igreja teve a ousadia de se auto intitular apóstolo, pois sabiam que se tratava de uma nomenclatura exclusiva de Jesus aos doze enviados – “Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos presbíteros, sobre aquela questão”.(Atos 15.2). “E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e presbíteros, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles”. (Atos 15.4). “Congregaram-se, pois, os apóstolos e os presbíteros para considerar este assunto”. (Atos 15.6). “Então pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos”. (Atos 15.22). “E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os presbíteros e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde”. (Atos 15.23).[negritos do autor]. Partindo do relato de Atos, que é o contexto primitivo, para a História da Igreja nos períodos da idade média e moderna, não encontramos nenhum registro de uso do termo apóstolo, a não ser o reconhecimento da Igreja a pessoas que estavam na condição ministerial dos apóstolos de Cristo, quanto a lugares e condições como Willian Carey, Charles Finney, George Whitefield e outros desse nível. Os apóstolos de Cristo não levantaram novos apóstolos, mas pastores e líderes na igreja. Mas isso não significa que não podemos usar o termo apóstolo em nossos dias. Basta seguirmos a etimologia da palavra, a função designada e, a contextualização do termo, o que nos trará o resultado do nome Missionário. Ou seja, os verdadeiros apóstolos dos nossos dias são os missionários que estão distantes, enfrentando os desafios de culturas diferentes, passando aflições até mesmo com suas famílias, para que o Evangelho salvador alcance corações longínquos. Considere isso biblicamente correto. Reverendo – o termo vem do latim reveréndus indicando alguém que deve ser reverenciado. É um tratamento dado as autoridades eclesiásticas de algumas igrejas cristãs históricas. Já houve muitos debates acerca desse título, pois alguns o consideram um termo equivalente à reverência dada à Deus, o que é puro engano, pois a real etimologia da palavra “reverência” em se tratando da raiz do “reverendo” é “respeito profundo”, “acatamento”, “consideração”. Não se pode confundir reverência com adoração, pois são palavras de significados bem distantes. Temos reverência no culto, mas o culto não é Deus, é para Deus. Temos reverência diante de um tribunal, mas o tribunal não é Deus. Com isso fica claro que a reverência é algo natural tanto para as questões espirituais como humanas. Mas a grande pergunta é: Pode o ministro ser chamado de Reverendo? A observância no título de reverendo aplicado aos líderes da igreja, numa visão de respeito e consideração, pode ser melhor explicado tendo com exemplo a interpretação real do termo bíblico “santo” do hebraico Kadosh, utilizado para mostrar um atributo comunicável de Deus. Kadosh significa também algo sagrado, ou um indivíduo que foi consagrado perante outras pessoas. Existem diversas variações para Kadosh: Kadesh significando sagrado, Kidush que significa santificação, ou consagração, as palavras Yom kadosh significando dia Santo e, Kadish que significa santificação. Observe que todas as palavras estão relacionadas à Deus, mas mesmo assim, no Novo Testamento, somos chamados também de “santos”, principalmente nas epístolas, e isso não significa que nos igualamos à Deus, pelo contrário, santos porque somos separados para Ele. Dessa forma, a palavra Reverendo não indica que alguém deva ser reverenciado ao nível de Deus, mas ser respeitado e considerado na função chamada por Deus. Diácono – a palavra no grego διάκονος, (diákonos) é “ministro”, “servo”, “ajudante” e denota uma categoria de obreiro assistencial, cerimonial, preservador, orientador, servidor etc. Mas se engana quem pensa que a instituição do diaconato está definida em Atos capítulo 6. O vocábulo diakonein nesse texto não é técnico, tratando apenas de “servidores” incumbidos de distribuir os fundos às viúvas necessitadas. Se fossemos partir dessa aplicação do texto concluiríamos que a função dos diáconos seria dentro desse limite, o cuidado com as viúvas. Os textos que revelam as funções ministeriais dos diáconos estão nas epístolas de Paulo aos Filipenses e a Timóteo: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos” (Filipenses 1.1). Atente que logo no verso 1 Paulo revela o contexto ministerial do diaconato, que o coloca na posição de oficial da igreja ao lado do bispo. O texto junto ao contexto histórico revela que os diáconos auxiliavam os pastores em suas funções, sendo importante lembrar que, quando um ministro tinha a necessidade de se ausentar da liderança e pastoreio da congregação, quem assumia a direção era justamente o diácono, que nessa hora era reconhecido pela mesma capacidade. A carta à Timóteo é mais reveladora ainda, quando Paulo declara e orienta: “Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos”.(1ª Timóteo 3.8) “Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos”(Vs.10), “O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa”.(Vs.12). Usando o texto mais uma vez dentro de seu contexto fiel, podemos resumir que as orientações dadas aos diáconos veem logo após a dos bispos (presbíteros, pastores), concluindo que o diácono tem o mesmo nível de responsabilidade desses, sendo o verdadeiro auxiliar do ministro. O diaconato é um ministério de verdadeira excelência! O Cooperador – Você já se perguntou alguma vez por que o apóstolo Paulo ao final de algumas epístolas faz menção dos cooperadores? Pois bem, pasme: os cooperadores eram os cristãos mais capacitados (ministerialmente) para o auxílio em todas as áreas da igreja! Era comum nos tempos bíblicos a menção de pessoas importantes ao final de uma epístola ou registro relevante. O primeiro exemplo vem da carta aos Romanos, onde o apóstolo além de apresentar uma extensa lista de cooperadores, faz questão de frisar que, ele não escreveu a carta, mas apenas ditou para Tércio, o grande cooperador (Rm. 16.22). Cooperadores ilustres são mencionados com grande destaque: “Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores” (Filemom 1.24). “Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus” (Romanos 16.3). “As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e Priscila, com a igreja que está em sua casa”. (1ª Coríntios 16.19). De fato, os cooperadores que as epístolas mencionam possuíam capacidade maior que muitos dos irmãos, pois eles ajudavam na organização do culto, na abertura de novos trabalhos, na comunicação, na pregação, evangelização, nas viagens, assistência aos obreiros em geral. Eram homens e mulheres com visão muito ampla e espírito de trabalho e cooperação além das expectativas. O tratamento que vemos hoje com os atuais cooperadores (principalmente nas igrejas pentecostais) está muito fora da realidade bíblica. Precisamos valorizar e reconhecer os trabalhos dos verdadeiros cooperadores. Conclusão – diante da investigação bíblica aqui exposta, respeitando os princípios e regras da hermenêutica, numa exegese séria e fiel, devemos considerar que alguns líderes que usam nomenclaturas ministeriais não condizentes com a observância das Sagradas Escrituras, desrespeitam os termos estabelecidos por Deus e, ignoram as designações de ordem eclesiais estruturadas pela igreja neotestamentária. O que nos parece de verdade é uma inversão de significados e termos mal entendidos, onde muitos se esquecem do verdadeiro sentido do chamado para liderar vidas. O ministro ideal é aquele que, primeiramente, é considerado por seus liderados como o maior dos servos. Os seguidores, de bom grado, concedem, a esses líderes a autoridade para liderá-los, porque vêem nele alguém altruísta e voltado para os demais. Como ministro de Deus, sua tarefa é levar as pessoas a buscarem uma transformação e não apenas formular e impor leis, por meio de um suposto poder espiritual gerado por títulos. Ele realiza uma mudança de cada vez. O líder percebe que as pessoas são seu único e maior bem na igreja, e executa suas tarefas fortalecido pelo Espírito Santo. Usa o poder do amor para transmitir novos valores. Desejamos como ovelhas, muito mais líderes guiados pelo Espírito, do que homens movidos por títulos que em muitos casos exalto o próprio ego.
Um país mais crente
Um país mais crente Censo do IBGE revela que o crescimento evangélico no Brasil não arrefeceu. 01 Ago 2012 Escrito por Carlos Fernandes Publicado em Religião Um país mais crente A divulgação dos dados religiosos do Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu até os mais ufanistas dos crentes. O anúncio, no fim de junho, de que o número oficial de evangélicos no Brasil, agora, é estimado em 42,3 milhões de pessoas – ou 22,2% da população nacional – confirma a tendência de crescimento vertiginoso do segmento, acelerado nos anos 1980 e 90, mas que parecia ter perdido o ímpeto. Isso equivale a dizer que, de cada cinco brasileiros, um ou dois se declaram evangélicos. É muita coisa. Nos últimos dez anos, a Igreja Evangélica nacional cresceu mais de 6 pontos percentuais, o que configura um fenômeno religioso jamais visto na história do país. E isso, apesar de todos os questionamentos que as instituições religiosas têm enfrentado nos últimos anos, da perda de credibilidade de diversas denominações, dos escândalos envolvendo pastores famosos e do avanço do secularismo na sociedade. Para se ter uma ideia, o Censo também constatou que o grupo dos que se declaram ateus, agnósticos ou sem religião já conta com 15 milhões de pessoas. Embora ainda pareça utópico dizer que o número de evangélicos vai superar o de católicos até meados deste século, o fato é que a Igreja Romana continua assistindo a uma debandada de fiéis. Praticamente absoluta no fim do século 19, quando seguida por quase 99% dos brasileiros, a fé católica, hoje, é professada por 65% dos brasileiros, ou 123 milhões de almas. O Brasil ainda é o maior país católico do mundo, mas o declínio progressivo preocupa o Vaticano. “Nós já esperávamos que houvesse queda no número de católicos, mas nossa expectativa era que fosse menor”, admite o padre Thierry Linard de Guertechin, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. No entender do religioso, que também é demógrafo, várias causas têm contribuído para isso. “Parte da responsabilidade é da própria Igreja Católica, que não vai aonde o povo está”, aponta. Guertechin lembra que as igrejas evangélicas são mais capilarizadas. “Os fiéis não encontraram a Igreja nas periferias das metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo, para onde acorreu o fluxo migratório das últimas décadas.” “Em muitas paróquias católicas, a relação é de um padre para 20 mil fiéis ou mais. A falta de vocações e o envelhecimento do clero agravaram esse quadro, tornando mais difícil o pastoreio numa sociedade massificada”, opina o teólogo e pastor luterano Martin Weingaertner, membro do Conselho de Referência da Aliança Cristã Evangélica Brasileira. “Em contraposição, as igrejas evangélicas têm em média um obreiro para cada 100 fiéis, o que possibilita o que poderíamos chamar de ‘atendimento personalizado’”. Coordenador do Grupo de Trabalho sobre Igreja, Sociedade e Cidadania da Aliança, o pastor Weingaertner não acredita, contudo, que a Igreja Evangélica continue a avançar no ritmo atual e que possa superar numericamente a Católica. “Pela segmentação interna dos evangélicos, bem como por sua inclinação para a autofagia, a curva de crescimento deve diminuir. As igrejas evangélicas jamais chegarão a desempenhar um papel hegemônico, pois isso requereria uma organização hierárquica ou uma moldura doutrinária uniforme e rígida.” “GUARDIÕES DA FÉ” A ênfase do trabalho evangélico em grupos específicos, como crianças e jovens, é apontada pelo pastor Fernando Brandão, da Junta de Missões da Convenção Batista Brasileira, como outro fator de atração e fidelização das igrejas evangélicas. Além, é claro, da presença midiática. Desde os anos 1980, igrejas e líderes evangélicos, sobretudo os de linha pentecostal e neopentecostal, tornaram o Evangelho um produto de massa. “O uso dos meios de comunicação, como rádio e TV, foi determinante para a expansão do protestantismo no Brasil”, destaca Brandão. Para o vice-diretor de Expansão Missionária da organização Servindo Pastores e Líderees (Sepal) e pastor da Igreja Presbiteriana Independente Oswaldo Prado, não de pode deixar de levar em conta, também, a popularização da mensagem que prioriza a bênção material: “As igrejas têm alcançado muitos que precisam de alento e encorajamento no meio da luta pela sobrevivência. Para isso, muitos têm criado o dualismo da conversão com uma inevitável ascensão social”. Prado, contudo, acredita que tributar tanto crescimento apenas à pregação da prosperidade é simplificar demais a análise. “Seria injusto classificar apenas esses movimentos como propulsores do crescimento evangélico em nosso país. Existem aqueles que optaram por estender o Reino de Deus em nosso país com absoluta seriedade e compromisso com os valores da Palavra do Senhor. São estes que têm sido os guardiões da fé cristã em nosso solo”, conclui. (Carlos Fernandes) ESTATÍSTICAS Religião no Brasil 123 milhões de brasileiros (64,4%) são católicos 42,3 milhões, ou 22.2%, são evangélicos 15 milhões se declaram sem religião, ateus ou agnósticos 3,8 milhões professam o espiritismo 570 mil são adeptos da umbanda e do candomblé Top 3 Entre os países com maior presença evangélica em números absolutos, o Brasil aparece em 3º lugar: 1º – Estados Unidos, com 155 milhões de evangélicos e protestantes 2º – China, com 100 milhões (número estimado) 3º – Brasil, com cerca de 42 milhões
A Ascensão do Anticristo Estudo Bíblico
As características e os objetivos do Anticristo à luz da Bíblia
INTRODUÇÃO Sua influência é detectada em todas as camadas sociais. Da política aos negócios domésticos, imiscui-se em tudo e intromete-se em todas as coisas. Promove a iniquidade. Espalha a injustiça. Semeia a apostasia. Assim, de iniquidade em iniquidade, vai sedimentando o caminho da antiga serpente. Tão logo a Igreja seja arrebata, haverá de manifestar-se ao mundo. E, sob a eficácia de Satanás, governará absoluta, mas temporariamente, todos os povos e nações. Talvez ele já esteja entre nós. Cabe-nos, todavia, barrar-lhe o avanço. Não somos o sal da terra? Não temos as propriedades da luz? Então, estejamos preparados para enfrentar o cruel e impiedoso adversário. Mas, para que sejamos eficazes nessa batalha, é necessário conhecermos o preposto-maior do deus deste século. I. O ANTICRISTO, O REPRESENTANTE OFICIAL DO DIABO O Anticristo não é uma figura mitológica. É um personagem bem real prestes a manifestar-se. Observemos como a Bíblia o descreve. Primeiro, buscaremos uma definição etimológica; depois, a teológica. 1. Definição etimológica. Procedente do grego, a palavra Anticristo significa aquele que é contra Cristo ou se põe em lugar de Cristo. 2. Definição teológica. O Anticristo é a mais completa personificação de Satanás e o seu mais autorizado representante. É o ditador que assumirá o comando do mundo após o arrebatamento da Igreja. II. OBJETIVOS DO ANTICRISTO Os dois principais objetivos do Anticristo será: 1. Levantar-se contra o Cristo de Deus. Já que o mundo, recusando-se a crer em Cristo como o salvador e redentor da raça humana, predispôs-se a dar crédito ao maligno, este não terá dificuldades em arrastar milhões de almas ao engano e à mentira. Seu principal objetivo é opor-se formal e sistematicamente contra o Senhor Jesus Cristo. 2. Colocar-se em lugar de Cristo. Por-se-á ele “em lugar de Cristo, como se fora o messias que havia de libertar Israel e salvar a humanidade (Jo 5.43; 2 Ts 2.4). Aliás, é exatamente o que significa o prefixo grego anti: contra e em lugar de” (Dicionário de Profecia Bíblica – Edições CPAD). Portanto, o Anticristo fingirá ser o salvador dos gentios e o messias dos judeus. Ele será tão convincente que logrará enganar ambos os povos. III. AS CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO Conforme João no-lo descreve, estas são as características do Anticristo: 1. Surgirá de entre as nações. À semelhança dos ditadores e demagogos, o Anticristo surgirá dentre as multidões, utilizando magistralmente as ferramentas do populismo: mentira, engano, corrupção, violência. Ele não terá muito trabalho em seu intento, porque os incrédulos, distanciados da verdade, serão presas fáceis ao pai da mentira: “É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2Ts 2.12.13). 2. Terá uma estrutura de sustentação governamental e política. De acordo com a narrativa de João, esta será a plataforma de governo do Anticristo: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Ap 13.1). De que forma podemos interpretar esses símbolos? O dez chifres referem-se a igual número de reis, ou mandatários, que estarão no comando das antigas províncias do Império Romano. Não importa se a União Européia, hoje, seja formada por mais de dez países. Em sua conformação original, Portugal e Espanha, por exemplo, constituíam uma única província. Sobre os dez reis estará um conselho de sete superexecutivos que, arrogante e blasfemamente, ditarão as normas do Neo Império Romano (Dn cap. 2). Será um sistema de controle governamental e administrativo tão perfeito, que estará apto a resistir qualquer tentativa de rebelião. No governo do Anticristo, todos serão vigiados por todos. O Estado será irresistível. 3. A índole do governo do Anticristo. Se o Império Romano já era considerado um terrível e espantoso animal em sua primeira fase (Dn 7.7), na segunda haverá de ser indescritível em seu poder e maldade. Levantar-se-á como uma síntese das maldades da Babilônia, Pérsia e Grécia. Eis como João o descreve: “A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap 13.2). De acordo com esse texto, sempre em ressonância com o profeta Daniel, tracemos um perfil do império do Anticristo: à semelhança do leopardo (a Grécia), conquistará o mundo, a partir da Europa, em tempo recorde; imitando o urso (a Pérsia), esmagará os opositores e quantos não lhe aceitarem o mando; e, tal como o leão (a Babilônia), abrirá a boca a fim de, orgulhosamente, zombar e blasfemar de Deus. O império do Anticristo será a soma de todos os sistemas malignos que já governaram este mundo. IV. A ADORAÇÃO DO DEMÔNIO João também viu que um dos primeiros executivos do Anticristo foi mortalmente ferido. Sua chaga, porém, foi logo curada, levando a humanidade ao delírio (Ap 13.3). Pelo texto sagrado, depreendemos que tanto o ferimento como a cura não passarão de uma bem urdida farsa, cujo objetivo é: 1. Fomentar a adoração de Satanás. Isso significa que todos os que aceitarem o governo do Anticristo predispor-se-ão a adorar o Diabo como se este fosse mais poderoso que Deus (Ap 13.4). Se hoje não são poucos os que adoram o dragão, o que dizer naquele período que, embora curto, será marcado pelo signo do mal? O Diabo não será mais cultuado nos ídolos de barro, pedra e metais; será adorado como o dragão – o próprio Satanás. 2. Incentivar a adoração da besta. Ao mesmo tempo, o pseudo milagre acima descrito levará os habitantes da terra a adorar a besta: “Adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Ap 13.4). Se ditadores como Hitler e Stalin eram divinamente incensados, a besta será louvada como se fora uma divindade única. Será um culto tão singular, que as honras prestadas aos imperadores romanos parecerá um simples jogral. 3. O discurso da arrogância. Solidificado já no governo do mundo, a besta revelará a sua verdadeira índole. Em discursos bem trabalhados, ofenderá e blasfemará o nome de Deus e escarnecerá dos que habitam no céu: Jesus Cristo, os santos anjos e a Igreja que, nesse período, estará nas bodas do Cordeiro (Ap 13.5). Os pronunciamentos de Hitler parecerão resmungos de crianças diante das falas do homem do pecado e do filho da perdição (2Ts 2.3). 4. O tempo de seu governo. O Anticristo reinará por um período de quarenta e dois meses, ou três anos e meio, ou ainda mil duzentos e sessenta dias (Ap 13.5). Nesse período, todos, inclusive Israel, hão de pensar que ele é, de fato, o messias prometido. Findo esse tempo, conforme lemos em Daniel 9.27, ele romperá o acordo que firmara com Israel, e passará a persegui-lo. É exatamente aí que terá início a Grande Tribulação: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1Ts 5.3). Tardiamente, a humanidade apóstata e caída da graça de Deus perceberá o quanto foi enganada pelo filho da perdição. Mas será tarde demais, porque o Senhor despejará sobre a besta e seus adoradores todos os cálices de sua ira. V. A GUERRA CONTRA OS SANTOS 1. A guerra contra os santos. A besta, inspirada pelo dragão, além de blasfemar de Deus, voltar-se-á contra os que, embora não hajam tomado parte no arrebatamento da Igreja, não lhe aceitarão a plataforma de governo nem o sinal do seu domínio (Ap 13.7,8). Não será uma mera perseguição religiosa; será uma guerra sistemática e cruel, visando eliminá-los da face da terra. 2. O domínio universal do Anticristo. A perseguição cruel e singular contra os cristãos levará o mundo todo a submeter-se ao mando da besta. A essas alturas, os filhos dos homens estarão completamente embriagados pela eloqüência, falsidade e engano da besta que subiu do mar. CONCLUSÃO Os santos, no período do Anticristo, conhecido também como a 70ª Semana de Daniel, sofrerão dois tipos de insuportáveis provações: o cativeiro e a morte à espada (Ap 13.10). Apesar de todo esse terrível sofrimento, eles hão de perseverar até o fim, porque o Senhor, através do Espírito Santo, os estará amparando e consolando-os até que venham a ser recebidos pelo Cordeiro de Deus. Estamos nós perseverando em santidade e vigilância? João, ao descrever a paciência e bravura espiritual dos mártires da Grande Tribulação, é claro: “Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos”. Não fomos também santificados pelo Senhor? Então perseveremos até a volta do Senhor Jesus. | Autor: Pr Claudionor de Andrade
INTRODUÇÃO Sua influência é detectada em todas as camadas sociais. Da política aos negócios domésticos, imiscui-se em tudo e intromete-se em todas as coisas. Promove a iniquidade. Espalha a injustiça. Semeia a apostasia. Assim, de iniquidade em iniquidade, vai sedimentando o caminho da antiga serpente. Tão logo a Igreja seja arrebata, haverá de manifestar-se ao mundo. E, sob a eficácia de Satanás, governará absoluta, mas temporariamente, todos os povos e nações. Talvez ele já esteja entre nós. Cabe-nos, todavia, barrar-lhe o avanço. Não somos o sal da terra? Não temos as propriedades da luz? Então, estejamos preparados para enfrentar o cruel e impiedoso adversário. Mas, para que sejamos eficazes nessa batalha, é necessário conhecermos o preposto-maior do deus deste século. I. O ANTICRISTO, O REPRESENTANTE OFICIAL DO DIABO O Anticristo não é uma figura mitológica. É um personagem bem real prestes a manifestar-se. Observemos como a Bíblia o descreve. Primeiro, buscaremos uma definição etimológica; depois, a teológica. 1. Definição etimológica. Procedente do grego, a palavra Anticristo significa aquele que é contra Cristo ou se põe em lugar de Cristo. 2. Definição teológica. O Anticristo é a mais completa personificação de Satanás e o seu mais autorizado representante. É o ditador que assumirá o comando do mundo após o arrebatamento da Igreja. II. OBJETIVOS DO ANTICRISTO Os dois principais objetivos do Anticristo será: 1. Levantar-se contra o Cristo de Deus. Já que o mundo, recusando-se a crer em Cristo como o salvador e redentor da raça humana, predispôs-se a dar crédito ao maligno, este não terá dificuldades em arrastar milhões de almas ao engano e à mentira. Seu principal objetivo é opor-se formal e sistematicamente contra o Senhor Jesus Cristo. 2. Colocar-se em lugar de Cristo. Por-se-á ele “em lugar de Cristo, como se fora o messias que havia de libertar Israel e salvar a humanidade (Jo 5.43; 2 Ts 2.4). Aliás, é exatamente o que significa o prefixo grego anti: contra e em lugar de” (Dicionário de Profecia Bíblica – Edições CPAD). Portanto, o Anticristo fingirá ser o salvador dos gentios e o messias dos judeus. Ele será tão convincente que logrará enganar ambos os povos. III. AS CARACTERÍSTICAS DO ANTICRISTO Conforme João no-lo descreve, estas são as características do Anticristo: 1. Surgirá de entre as nações. À semelhança dos ditadores e demagogos, o Anticristo surgirá dentre as multidões, utilizando magistralmente as ferramentas do populismo: mentira, engano, corrupção, violência. Ele não terá muito trabalho em seu intento, porque os incrédulos, distanciados da verdade, serão presas fáceis ao pai da mentira: “É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça” (2Ts 2.12.13). 2. Terá uma estrutura de sustentação governamental e política. De acordo com a narrativa de João, esta será a plataforma de governo do Anticristo: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Ap 13.1). De que forma podemos interpretar esses símbolos? O dez chifres referem-se a igual número de reis, ou mandatários, que estarão no comando das antigas províncias do Império Romano. Não importa se a União Européia, hoje, seja formada por mais de dez países. Em sua conformação original, Portugal e Espanha, por exemplo, constituíam uma única província. Sobre os dez reis estará um conselho de sete superexecutivos que, arrogante e blasfemamente, ditarão as normas do Neo Império Romano (Dn cap. 2). Será um sistema de controle governamental e administrativo tão perfeito, que estará apto a resistir qualquer tentativa de rebelião. No governo do Anticristo, todos serão vigiados por todos. O Estado será irresistível. 3. A índole do governo do Anticristo. Se o Império Romano já era considerado um terrível e espantoso animal em sua primeira fase (Dn 7.7), na segunda haverá de ser indescritível em seu poder e maldade. Levantar-se-á como uma síntese das maldades da Babilônia, Pérsia e Grécia. Eis como João o descreve: “A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap 13.2). De acordo com esse texto, sempre em ressonância com o profeta Daniel, tracemos um perfil do império do Anticristo: à semelhança do leopardo (a Grécia), conquistará o mundo, a partir da Europa, em tempo recorde; imitando o urso (a Pérsia), esmagará os opositores e quantos não lhe aceitarem o mando; e, tal como o leão (a Babilônia), abrirá a boca a fim de, orgulhosamente, zombar e blasfemar de Deus. O império do Anticristo será a soma de todos os sistemas malignos que já governaram este mundo. IV. A ADORAÇÃO DO DEMÔNIO João também viu que um dos primeiros executivos do Anticristo foi mortalmente ferido. Sua chaga, porém, foi logo curada, levando a humanidade ao delírio (Ap 13.3). Pelo texto sagrado, depreendemos que tanto o ferimento como a cura não passarão de uma bem urdida farsa, cujo objetivo é: 1. Fomentar a adoração de Satanás. Isso significa que todos os que aceitarem o governo do Anticristo predispor-se-ão a adorar o Diabo como se este fosse mais poderoso que Deus (Ap 13.4). Se hoje não são poucos os que adoram o dragão, o que dizer naquele período que, embora curto, será marcado pelo signo do mal? O Diabo não será mais cultuado nos ídolos de barro, pedra e metais; será adorado como o dragão – o próprio Satanás. 2. Incentivar a adoração da besta. Ao mesmo tempo, o pseudo milagre acima descrito levará os habitantes da terra a adorar a besta: “Adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Ap 13.4). Se ditadores como Hitler e Stalin eram divinamente incensados, a besta será louvada como se fora uma divindade única. Será um culto tão singular, que as honras prestadas aos imperadores romanos parecerá um simples jogral. 3. O discurso da arrogância. Solidificado já no governo do mundo, a besta revelará a sua verdadeira índole. Em discursos bem trabalhados, ofenderá e blasfemará o nome de Deus e escarnecerá dos que habitam no céu: Jesus Cristo, os santos anjos e a Igreja que, nesse período, estará nas bodas do Cordeiro (Ap 13.5). Os pronunciamentos de Hitler parecerão resmungos de crianças diante das falas do homem do pecado e do filho da perdição (2Ts 2.3). 4. O tempo de seu governo. O Anticristo reinará por um período de quarenta e dois meses, ou três anos e meio, ou ainda mil duzentos e sessenta dias (Ap 13.5). Nesse período, todos, inclusive Israel, hão de pensar que ele é, de fato, o messias prometido. Findo esse tempo, conforme lemos em Daniel 9.27, ele romperá o acordo que firmara com Israel, e passará a persegui-lo. É exatamente aí que terá início a Grande Tribulação: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1Ts 5.3). Tardiamente, a humanidade apóstata e caída da graça de Deus perceberá o quanto foi enganada pelo filho da perdição. Mas será tarde demais, porque o Senhor despejará sobre a besta e seus adoradores todos os cálices de sua ira. V. A GUERRA CONTRA OS SANTOS 1. A guerra contra os santos. A besta, inspirada pelo dragão, além de blasfemar de Deus, voltar-se-á contra os que, embora não hajam tomado parte no arrebatamento da Igreja, não lhe aceitarão a plataforma de governo nem o sinal do seu domínio (Ap 13.7,8). Não será uma mera perseguição religiosa; será uma guerra sistemática e cruel, visando eliminá-los da face da terra. 2. O domínio universal do Anticristo. A perseguição cruel e singular contra os cristãos levará o mundo todo a submeter-se ao mando da besta. A essas alturas, os filhos dos homens estarão completamente embriagados pela eloqüência, falsidade e engano da besta que subiu do mar. CONCLUSÃO Os santos, no período do Anticristo, conhecido também como a 70ª Semana de Daniel, sofrerão dois tipos de insuportáveis provações: o cativeiro e a morte à espada (Ap 13.10). Apesar de todo esse terrível sofrimento, eles hão de perseverar até o fim, porque o Senhor, através do Espírito Santo, os estará amparando e consolando-os até que venham a ser recebidos pelo Cordeiro de Deus. Estamos nós perseverando em santidade e vigilância? João, ao descrever a paciência e bravura espiritual dos mártires da Grande Tribulação, é claro: “Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos”. Não fomos também santificados pelo Senhor? Então perseveremos até a volta do Senhor Jesus. | Autor: Pr Claudionor de Andrade
Liderança e Espiritualidade
Os dois temas não estão em mundos diferentes, eles se completam, se reclamam mutuamente. Quando unidos, geram líderes altamente produtivos – e profundamente fecundos. Tenho falado e escrito sobre espiritualidade. Percebo certa resistência a este tema: via de regra ele é tratado como algo intimista, privado, não prático, mais próprio do mundo da contemplação do que da ação. Talvez isto explique a razão do baixo interesse que desperta em pessoas postas na posição de liderança. É uma característica marcante de qualquer líder o foco na ação. Planejamento, mobilização, decisão e capacidade de realização estabelecem um ritmo frenético totalmente baseado no fazer. Resultados tornam-se os grandes indicadores do sucesso do seu esforço e, consequentemente, são os elementos estruturadores de sua identidade. Líderes são pessoas de ação, não tem tempo a perder com contemplação. Conclusão errônea: liderança e espiritualidade habitam em duas esferas diferentes. A fim de desfazer este equívoco, "mergulhei" na rica tradição da espiritualidade cristã para identificar líderes que fizeram da espiritualidade o alicerce de sua liderança. Percebi que líderes realmente espirituais conseguiram equilibrar, de maneira impressionante, dois aspectos fundamentais: fecundidade e produtividade. Produtividade é a capacidade de produzir resultados; com ações eficientes, fazer coisas acontecerem. O resultado da produtividade é o produto. Líderes produtivos sempre têm produtos a apresentar. O problema é que máquinas e não somente pessoas podem gerar produtos. A fecundidade, por sua vez, é a capacidade de gerar e transmitir vida. Líderes fecundos são aqueles que produzem resultados externos sem causar o empobrecimento de sua vida interior. Não raro encontro pessoas altamente produtivas, mas vazias interiormente, enfrentando um cansaço que vai além do físico. Perderam-se na produtividade sem fecundidade. Paradoxalmente, apesar de toda sua produtividade exterior, encontram-se em um estado de esterilidade interior, que é oposto da fecundidade. Podemos fazer muitas coisas, produzir muito, porém, sem gerar vida. O legado da fecundidade são frutos, não produtos. O fruto é sempre um "resultado" de uma conexão vital. É a uva que nasce da conexão do ramo à videira. Para haver fruto é necessário haver vida. Eis porque os líderes fecundos realizaram coisas maravilhosas, criaram projetos bem sucedidos, demonstraram resultados, mas preservaram amizades, aprofundaram vínculos, não se tornaram pessoas intratáveis. Souberam orar e trabalhar, agir e contemplar, serem produtivas e ao mesmo tempo fecundas. É como disse muito bem Henry Nouwen: Não quero insinuar que a produtividade seja condenável ou tenha de ser menosprezada. Pelo contrário, produtividade e sucesso têm meios para realçar nossa vida enormemente. Porém, quando o nosso valor enquanto seres humanos depende daquilo que fazemos com nossas mãos e mentes, tornamo-nos vítimas da estratégia de medo empregada em nosso mundo. Quando a produtividade é a maneira principal que dispomos para sobrepujar as nossas próprias incertezas, ficamos extremamente vulneráveis à rejeição e às criticas e propensos à ansiedade e depressão. A produtividade não pode nunca proporcionar o sentimento profundo de pertença pelo qual ansiamos. Quanto mais produzimos, mais nos damos conta de que sucesso e resultados não conseguem dar-nos a sensação interna de estarmos no aconchego do lar. Com efeito, nossa produtividade, muitas vezes, revela-nos que somos impelidos pelo medo. Neste sentido, esterilidade e produtividade são o mesmo: ambas podem ser indícios de que duvidamos de nossa capacidade de viver uma vida fecunda. Liderança e espiritualidade não estão em mundos diferentes: se complementam, se reclamam mutuamente. Quando unidas, geram líderes altamente produtivos – e profundamente fecundos. | Autor: Eduardo Rosa
Visita Pastoral Uma Responsabilidade Dada Por Deus
Deus deu aos presbíteros de Sua Igreja a responsabilidade de pastorear seu Rebanho. Paulo diz em Atos 20.28 “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (ACF). Na mesma linha, Pedro escreveu em 1 Pedro 5.1-3 “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”(ACF). Esta não é uma tarefa pequena. Oficiais da igreja prestarão contas a Deus por deixar de lado seu ofício. Na verdade, Hebreus 13.17 diz “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”(ACF). Uma das principais maneiras de fazer essa supervisão é através da visita pastoral. Mesmo assim, triste dizer, visitas pastorais nem sempre são realizadas de uma maneira que permita às partes envolvidas colherem os melhores benefícios espirituais. Uma coisa que você pode fazer, para melhorar o benefício de uma visita pastoral, é se preparar para ela. Se as famílias se preparassem para as visitas pastorais, o tempo gasto nelas seria muito mais proveitoso. Então, como alguém pode se preparar? Fazendo um inventário espiritual Em primeiro lugar, use a ocasião de uma visita pastoral para fazer um inventário espiritual da sua vida. Examine a si mesmo, sua relação com Deus e outros (sua família, vizinhos, colegas de trabalho, o mundo, etc.), para determinar como você está espiritualmente. Procure respostas para perguntas do tipo: Como tenho certeza de que sou um cristão? Estou envolvido com estudos bíblicos regulares e oração? Posso dizer com certeza que estou, diariamente, morrendo para o pecado e vivendo mais honradamente? Com quais pecados estou lutando? Posso apontar para áreas da minha vida nas quais estou crescendo? Se você tem uma família, pergunte-se essas coisas: Como minha família está, espiritualmente? O que estou fazendo em relação às devocionais familiares? Consigo ver evidências da graça na vida de meus filhos? Meus filhos estão mostrando um crescente interesse pelas coisas do Senhor? Eles gostam de oração, leitura bíblica, ir aos cultos e cantar hinos e salmos? Se você se preparar dessa forma, será capaz de dar uma resposta substancial quando for questionado sobre seu crescimento espiritual. Além do mais, será espiritualmente beneficiado do tempo de autoexame. Sendo honesto sobre seus problemas Desse inventário espiritual deve fluir outra área de preparação. Existe alguma área, na sua vida cristã, na qual você está tendo algum problema? Em Tiago 5.16, nós somos chamados a confessar nossos pecados uns aos outros. A visita pastoral é a hora perfeita para se abrir e ser honesto sobre seus problemas. Você está enfrentando dificuldades ao estudar a Bíblia consistentemente ou nas devocionais familiares? Existe algum pecado, em particular, que continue te derrotar? Não espere até o problema tornar-se insuperável. Esteja preparado para compartilhar seus problemas e para procurar conselho e oração. Procurando o conselho de seus presbíteros A terceira área de preparação tem a ver com a solicitação direta por ajuda. Esteja preparado para perguntar àqueles que te visitam se eles veem alguma área na sua vida, que você tenha algum problema (ou na vida de seus familiares), que precise ser abordada. Não tenha medo de fazer esse tipo de pergunta. Todos nós estivemos cegos espiritualmente para algo em algum momento. Buscar o conselho daqueles que já passaram por situações parecidas trará a você percepções úteis para lidar com seus problemas. Da mesma maneira, pergunte aos seus presbíteros se há algo que você poderia fazer para servir ao Senhor. Todos nós prometemos apoiar o trabalho da igreja com nosso tempo, talentos e tesouros. Descobrir onde nós podemos ser úteis não somente nos abençoa como nos dá a oportunidade de ser benção para nossos irmãos e irmãs no Senhor. Seus médicos espirituais estão aqui para te servir Quando alguém vai ao médico fazer um check-up, geralmente pensa sobre como está se sentindo. Essa pessoa avalia suas várias dores e aflições procurando determinar quais são importantes e quais não. A tragédia é que, às vezes, essa pessoa pode errar ao não contar ao médico sobre um determinado sintoma por não considerá-lo importante, ou pior, por estar com medo do que possa significar. Porém, esse sintoma pode ser um sinal de alerta para alguma doença séria que poderia ser mais bem tratada se descoberta no estágio inicial. Se o problema é ignorado, a doença piora até que medidas extremas sejam necessárias, ou até que seja tarde demais. Seus presbíteros são médicos da alma. A tarefa deles será muito mais simples, e mais efetiva, se você examinar-se e falar aberta e francamente com eles sobre sua condição e necessidades espirituais. Lembre-se que uma grama de prevenção é melhor que um quilo de cura. Esse ditado é verdadeiro para nossa vida espiritual também. Vamos praticar medicina preventiva espiritual! Abaixo, está uma lista de perguntas que tanto presbíteros quanto congregantes podem utilizar para uma revisão antes de uma visita pastoral. Testem a si mesmos para saber se estão na fé; examinem a si mesmos. (2 Co 13.5) 1. Seu entendimento de si mesmo - Você tem certeza de que é um cristão? - Você está envolvido em estudo bíblico regular? Ou ainda, você está tendo alguma dificuldade com estudo bíblico regular ou devocionais familiares? - Como é sua vida de oração? Você ora regularmente? - Você pode apontar para áreas em sua vida nas quais você tenha crescido, recentemente? - Existe alguma área em sua experiência cristã na qual você esteja tendo dificuldade? - Existe algum pecado ou tentação, em particular, que continua a te derrotar? - Onde você gostaria de estar, espiritualmente, daqui a 1, 5 e 10 anos? 2. Seu entendimento de Deus - O que Deus te ensinou sobre Ele mesmo ultimamente? Ou, qual atributo de Deus tem sido mais significante para você nesses dias? - Existe alguma verdade/doutrina teológica com a qual você esteja tendo dificuldade, sinta-se confuso ou que precisa de esclarecimento? Alguma das suas crenças teológicas mudou? - Quais livros cristãos você leu ultimamente? - Você é capaz de compartilhar sua fé com outros? Se não, você estaria interessado em aprender a compartilhar? Você gostaria de ser discipulado? 3. Sua relação com o mundo - Se você tem uma família, como eles estão, espiritualmente? O que você está fazendo com relação a devocionais familiares (leitura bíblica, oração, catecismo, etc)? - Você vê alguma evidência da graça na vida de seus filhos? Eles estão demonstrando um interesse crescente pelas coisas do Senhor? Eles gostam de orar e ler a Bíblia? Eles são batizados? Eles estão prontos para fazer uma profissão de fé? - Como é seu relacionamento com seu cônjuge? Filhos? Outros? - Como outros veem sua caminhada cristã (casa, vizinhos, trabalho, igreja, etc)? - Como você está procurando afetar o mundo a sua volta com sua fé cristã? 4. Sua relação com a igreja - O que você gostaria de ver melhorado na nossa igreja? - O que você gosta na nossa igreja? - Qual conselho nós podemos te dar nesse momento? | Autor: Joseph A. Pipa Jr
A Fidelidade dos Obreiros do Senhor - Esboço
Texto Áureo: Fp. 2.19 – Leitura Bíblica: Fp. 2.19-29
INTRODUÇÃO Estamos diante de uma crise ministerial no contexto evangélico, existem líderes empresariais nas igrejas, mas poucos com autoridade espiritual. Na aula de hoje destacaremos a atuação espiritual de três obreiros do Senhor: Paulo e o seu amor pela igreja, Timóteo e sua aprovação para a liderança, e por último, Epafrodito, sua dedicação aos servos de Deus. Todos esses apresentam, como principal característica ministerial, a fidelidade ao Senhor. 1. PAULO, UM OBREIRO AMOROSO Paulo, conforme destacamos em Fp. 2.17, demonstrou ser um obreiro que estava disposto a sacrificar a própria vida em prol da obra de Deus. Lembramos que, para esse Apóstolo, o viver era Cristo, por conseguinte, ele não tinha a sua vida por preciosa (Fp. 1.21; At. 20.24). Diferentemente de muitos supostos pastores dos dias atuais, Paulo não buscava seus próprios interesses, antes punha Cristo em foco, e buscava o melhor para o rebanho. Ele sabia o real significado do pastorado, algo que tem sido esquecido pelas gerações modernas, que, no contexto bíblico, sempre esteve associado ao sacrifício (Jo. 10.11-16). Essa é justamente a prova maior do amor, a disposição para entregar a própria vida pelo outro. Por isso somente podem dizer “não vivo eu, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.10) aqueles que encarnam a condição sacrificial de Cristo, o desprendimento para carregar as marcas da cruz de Cristo. Se preciso fosse Paulo morreria por causa do evangelho de Jesus Cristo, ofereceria sua vida como libação a favor do serviço pelos outros (II Tm. 4.6). E mais ainda, assim o faria não por constrangimento, mas com alegria proveniente do alto, produzida pelo Espírito (Fp. 2.18). Enquanto muitos procuram felicidade nos livros de autoajuda, Paulo nos dá, para este tempo, uma instrução a fim de obtermos a verdadeira alegria. O cristão não é feliz, ele simplesmente é mais do que feliz, é bem-aventurado, independentemente das circunstâncias. A alegria que vem de cima, que parte de Deus, gerada pelo Espírito (Gl. 5.22), é contagiante. Ninguém gosta de estar perto de crentes que somente murmuram e provocam contendas. Paulo, ao invés de desanimar a igreja, estimula a alegria mútua, fundamentada no amor. Precisamos de obreiros com conhecimento bíblico, mas também com amorosos, para não incharem (I Co. 8.3). 2. TIMÓTEO, UM OBREIRO APROVADO Timóteo, o jovem obreiro do Senhor, foi aprovado por Deus, e escolhido por Paulo. Sabemos, a partir de II Tm. 1.5, que sua mãe e avó eram crentes em Jesus. O próprio Timóteo era conhecedor das Escrituras, por isso não tinha do que se envergonhar, pois manejava bem a Palavra da Verdade (II Tm. 2.15). Mas Timóteo não apenas conhecida a Palavra de Deus, ele a exercitava, principalmente no que tange ao companheirismo ministerial. Timóteo se converteu na primeira viagem missionária de Paulo e uniu-se ao Apóstolo durante sua segunda viagem missionária (At. 16.1,2). Paulo destaca que Timóteo era seu filho na fé (I Tm. 1.2), cooperador na labuta (Rm. 16.21), mensageiro às igrejas (I Ts. 3.6; I Co. 4.17). A competitividade ministerial está distanciando cada vez mais os obreiros uns dos outros. A carência de “Timóteos” já é sentida no contexto pastoral, obreiros servos nos quais se possa confiar nos momentos de adversidade. A disputa por espaços, limitados no sistema eclesiástico institucionalizado, tem gerado desconforto, e até enfermidades entre os obreiros. É triste constatar que até mesmo subterfúgios mundanos estão sendo usados para descredenciar desafetos no ministério. Que Deus levante, nesta geração, verdadeiros “Timóteos”, obreiros simples, em alguns casos jovens (I Tm. 4.12), mesmo tímidos (II Tm. 1.7,8), alguns doentes (I Tm. 5.23), mas que sejam aprovados por Deus (Fp. 2.22), que cuidem dos interesses de Cristo (Fp. 2.21) e da Sua igreja (Fp. 2.20). Paulo elogia Timóteo, dizendo que não tem outra pessoa com “igual sentimento”, isopsychos em grego, isto é, alguém que pensava com Ele, e com Cristo (I Co. 12.15,16). A principal dificuldade dos obreiros do presente é a de encontrarem sucessores, pessoas para as quais eles possam “passar o bastão”. O apadrinhamento ministerial tem sido danoso para a igreja contemporânea. As pessoas estão sendo consagradas não por critérios espirituais, mas pela aproximação com alguma autoridade eclesiástica. Nos tempos de eleições convencionais o interesse por eleitores acaba sobrepujando a de obreiros aprovados, comprometidos com a seara do Senhor. Que Deus, nestes dias difíceis, desperte “Timóteos” para a Sua obra, homens que não busquem status, mas, sobretudo, disposição para servir (Fp. 2.22). 3. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO Esse valoroso obreiro do Senhor somente é citado na Epístola de Paulo aos Filipenses. Por pouco não se tornou um daqueles obreiros anônimos. Não podemos esquecer que a obra de Deus é feita também por aqueles que trabalham na surdina. Não são poucos aqueles que se gastam em prol do Reino de Deus, que não fazem promoção pessoal dos seus trabalhos. Eles são esquecidos pelas autoridades eclesiásticas, às vezes passam despercebidos na igreja local. Mas Deus, nos altos céus, acompanha a labuta de cada um deles, e em tempo oportuno, reconhecerá tal trabalho (Mt. 25.21). Epafrodito significa “amável” e seu caráter tem tudo a ver com esse nome, pois não media esforços para servir ao Senhor e aos Seus obreiros com amor. Ele foi o portador da Epístola de Paulo aos Filipenses, também levou uma oferta coletada pelos irmãos daquela igreja ao Apóstolo, e com a intensão de assisti-lo na prisão em Roma (Fp. 2.25, 30, 4.18). Paulo destaca algumas características desse obreiro dedicado: irmão, parece um atributo de menor importância, mas essa é a maior qualidade de um obreiro (Fp. 2.25), cooperador, alguém que se coloca à disposição para ajudar (Fp. 2.25), companheiro, alguém que não deixou Paulo sozinho na hora da luta (Fp. 2.25). Mas Epafrodito não era perfeito, tinha suas limitações, como todo obreiro do Senhor. Contrariando a teologia da saúde, que permeia alguns ciclos evangélicos, Epafrodito adoeceu. Não podemos condicionar a espiritualidade do crente à sua saúde física e/ou mental. O Deus da Bíblia é o mesmo, Ele ainda cura hoje, mas soberanamente, às vezes, decide não curar. Epafrodito não apenas adoeceu, ele quase morreu, trazendo preocupação a Paulo. A morte de Epafrodito não entristeceria a Paulo por causa da sua possível partida, mas pelo sacrifício daquele obreiro pela causa do Apóstolo, e da sua distância de casa. A doença de Epafrodito tem um aspecto mental, pois ele “tinha muitas saudades” e estava “muito angustiado” (Fp. 2.26,27). Qualquer obreiro do Senhor pode passar por adversidade, sofrer por motivo de enfermidade, seja ela física ou mental. No caso de Epafrodito, o Senhor restituiu Sua saúde, confortando o coração de Paulo, que o enviou de volta a Filipos. E mais interessante, orientando que Epafrodito não fosse recebido como um desertor, mas com alegria e honra, como um obreiro dedicado à obra do Senhor (Fp. 2.29). CONCLUSÃO Três obreiros, três características, que podem ser resumidas em uma palavra: fidelidade. As vidas de Paulo, Timóteo e Epafrodito servem de estímulo aos obreiros desta geração. Que os jovens obreiros possam aprender, a partir desses exemplos, e de tantos outros de obreiros fiéis, a discernir o real significado do ministério cristão. O legado desses obreiros fiéis do Senhor é o amor sacrifical, a aprovação pela Palavra e a dedicação ao serviço. BIBLIOGRAFIA BARTH, K. Epistle to the philippians. Louisville: Westminster John Knox Press, 2002. WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook. | Autor: Prof. José Roberto A. Barbosa
INTRODUÇÃO Estamos diante de uma crise ministerial no contexto evangélico, existem líderes empresariais nas igrejas, mas poucos com autoridade espiritual. Na aula de hoje destacaremos a atuação espiritual de três obreiros do Senhor: Paulo e o seu amor pela igreja, Timóteo e sua aprovação para a liderança, e por último, Epafrodito, sua dedicação aos servos de Deus. Todos esses apresentam, como principal característica ministerial, a fidelidade ao Senhor. 1. PAULO, UM OBREIRO AMOROSO Paulo, conforme destacamos em Fp. 2.17, demonstrou ser um obreiro que estava disposto a sacrificar a própria vida em prol da obra de Deus. Lembramos que, para esse Apóstolo, o viver era Cristo, por conseguinte, ele não tinha a sua vida por preciosa (Fp. 1.21; At. 20.24). Diferentemente de muitos supostos pastores dos dias atuais, Paulo não buscava seus próprios interesses, antes punha Cristo em foco, e buscava o melhor para o rebanho. Ele sabia o real significado do pastorado, algo que tem sido esquecido pelas gerações modernas, que, no contexto bíblico, sempre esteve associado ao sacrifício (Jo. 10.11-16). Essa é justamente a prova maior do amor, a disposição para entregar a própria vida pelo outro. Por isso somente podem dizer “não vivo eu, mas Cristo vive em mim” (Gl. 2.10) aqueles que encarnam a condição sacrificial de Cristo, o desprendimento para carregar as marcas da cruz de Cristo. Se preciso fosse Paulo morreria por causa do evangelho de Jesus Cristo, ofereceria sua vida como libação a favor do serviço pelos outros (II Tm. 4.6). E mais ainda, assim o faria não por constrangimento, mas com alegria proveniente do alto, produzida pelo Espírito (Fp. 2.18). Enquanto muitos procuram felicidade nos livros de autoajuda, Paulo nos dá, para este tempo, uma instrução a fim de obtermos a verdadeira alegria. O cristão não é feliz, ele simplesmente é mais do que feliz, é bem-aventurado, independentemente das circunstâncias. A alegria que vem de cima, que parte de Deus, gerada pelo Espírito (Gl. 5.22), é contagiante. Ninguém gosta de estar perto de crentes que somente murmuram e provocam contendas. Paulo, ao invés de desanimar a igreja, estimula a alegria mútua, fundamentada no amor. Precisamos de obreiros com conhecimento bíblico, mas também com amorosos, para não incharem (I Co. 8.3). 2. TIMÓTEO, UM OBREIRO APROVADO Timóteo, o jovem obreiro do Senhor, foi aprovado por Deus, e escolhido por Paulo. Sabemos, a partir de II Tm. 1.5, que sua mãe e avó eram crentes em Jesus. O próprio Timóteo era conhecedor das Escrituras, por isso não tinha do que se envergonhar, pois manejava bem a Palavra da Verdade (II Tm. 2.15). Mas Timóteo não apenas conhecida a Palavra de Deus, ele a exercitava, principalmente no que tange ao companheirismo ministerial. Timóteo se converteu na primeira viagem missionária de Paulo e uniu-se ao Apóstolo durante sua segunda viagem missionária (At. 16.1,2). Paulo destaca que Timóteo era seu filho na fé (I Tm. 1.2), cooperador na labuta (Rm. 16.21), mensageiro às igrejas (I Ts. 3.6; I Co. 4.17). A competitividade ministerial está distanciando cada vez mais os obreiros uns dos outros. A carência de “Timóteos” já é sentida no contexto pastoral, obreiros servos nos quais se possa confiar nos momentos de adversidade. A disputa por espaços, limitados no sistema eclesiástico institucionalizado, tem gerado desconforto, e até enfermidades entre os obreiros. É triste constatar que até mesmo subterfúgios mundanos estão sendo usados para descredenciar desafetos no ministério. Que Deus levante, nesta geração, verdadeiros “Timóteos”, obreiros simples, em alguns casos jovens (I Tm. 4.12), mesmo tímidos (II Tm. 1.7,8), alguns doentes (I Tm. 5.23), mas que sejam aprovados por Deus (Fp. 2.22), que cuidem dos interesses de Cristo (Fp. 2.21) e da Sua igreja (Fp. 2.20). Paulo elogia Timóteo, dizendo que não tem outra pessoa com “igual sentimento”, isopsychos em grego, isto é, alguém que pensava com Ele, e com Cristo (I Co. 12.15,16). A principal dificuldade dos obreiros do presente é a de encontrarem sucessores, pessoas para as quais eles possam “passar o bastão”. O apadrinhamento ministerial tem sido danoso para a igreja contemporânea. As pessoas estão sendo consagradas não por critérios espirituais, mas pela aproximação com alguma autoridade eclesiástica. Nos tempos de eleições convencionais o interesse por eleitores acaba sobrepujando a de obreiros aprovados, comprometidos com a seara do Senhor. Que Deus, nestes dias difíceis, desperte “Timóteos” para a Sua obra, homens que não busquem status, mas, sobretudo, disposição para servir (Fp. 2.22). 3. EPAFRODITO, UM OBREIRO DEDICADO Esse valoroso obreiro do Senhor somente é citado na Epístola de Paulo aos Filipenses. Por pouco não se tornou um daqueles obreiros anônimos. Não podemos esquecer que a obra de Deus é feita também por aqueles que trabalham na surdina. Não são poucos aqueles que se gastam em prol do Reino de Deus, que não fazem promoção pessoal dos seus trabalhos. Eles são esquecidos pelas autoridades eclesiásticas, às vezes passam despercebidos na igreja local. Mas Deus, nos altos céus, acompanha a labuta de cada um deles, e em tempo oportuno, reconhecerá tal trabalho (Mt. 25.21). Epafrodito significa “amável” e seu caráter tem tudo a ver com esse nome, pois não media esforços para servir ao Senhor e aos Seus obreiros com amor. Ele foi o portador da Epístola de Paulo aos Filipenses, também levou uma oferta coletada pelos irmãos daquela igreja ao Apóstolo, e com a intensão de assisti-lo na prisão em Roma (Fp. 2.25, 30, 4.18). Paulo destaca algumas características desse obreiro dedicado: irmão, parece um atributo de menor importância, mas essa é a maior qualidade de um obreiro (Fp. 2.25), cooperador, alguém que se coloca à disposição para ajudar (Fp. 2.25), companheiro, alguém que não deixou Paulo sozinho na hora da luta (Fp. 2.25). Mas Epafrodito não era perfeito, tinha suas limitações, como todo obreiro do Senhor. Contrariando a teologia da saúde, que permeia alguns ciclos evangélicos, Epafrodito adoeceu. Não podemos condicionar a espiritualidade do crente à sua saúde física e/ou mental. O Deus da Bíblia é o mesmo, Ele ainda cura hoje, mas soberanamente, às vezes, decide não curar. Epafrodito não apenas adoeceu, ele quase morreu, trazendo preocupação a Paulo. A morte de Epafrodito não entristeceria a Paulo por causa da sua possível partida, mas pelo sacrifício daquele obreiro pela causa do Apóstolo, e da sua distância de casa. A doença de Epafrodito tem um aspecto mental, pois ele “tinha muitas saudades” e estava “muito angustiado” (Fp. 2.26,27). Qualquer obreiro do Senhor pode passar por adversidade, sofrer por motivo de enfermidade, seja ela física ou mental. No caso de Epafrodito, o Senhor restituiu Sua saúde, confortando o coração de Paulo, que o enviou de volta a Filipos. E mais interessante, orientando que Epafrodito não fosse recebido como um desertor, mas com alegria e honra, como um obreiro dedicado à obra do Senhor (Fp. 2.29). CONCLUSÃO Três obreiros, três características, que podem ser resumidas em uma palavra: fidelidade. As vidas de Paulo, Timóteo e Epafrodito servem de estímulo aos obreiros desta geração. Que os jovens obreiros possam aprender, a partir desses exemplos, e de tantos outros de obreiros fiéis, a discernir o real significado do ministério cristão. O legado desses obreiros fiéis do Senhor é o amor sacrifical, a aprovação pela Palavra e a dedicação ao serviço. BIBLIOGRAFIA BARTH, K. Epistle to the philippians. Louisville: Westminster John Knox Press, 2002. WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook. | Autor: Prof. José Roberto A. Barbosa
Jesus, cabeça da igreja
Estas são algumas manifestações dentre tantas outras advindas de Deus.
O Senhor Jesus é o Cabeça da Igreja (Ef: 5:23), que é o Seu Corpo. A Igreja deve viver e praticar essa doutrina, buscando o conselho e as orientações do Senhor, consultando a Ele tudo o que for importante para a realização da Obra de Deus e renunciando os planos humanos. É da vontade do Senhor que Seus servos e Sua Igreja busquem conhecer Seu plano para a edificação da Igreja. E a missão do Espírito Santo é revelar esse plano.
Nas Escrituras encontram-se belíssimos exemplos de servos dependentes do Senhor, que nada faziam sem uma clara orientação do Senhor, de quem Ele sempre se agradou profundamente. Com relação a Davi, que em tudo consultava ao Senhor, disse Deus:“Achei a David, homem segundo meu coração, que fará toda a minha vontade”.
Moisés é outro exemplo de servo que não tomava qualquer decisão relevante sem antes consultar a Deus. A respeito dele, testemunhou o Senhor: “Com Moisés, meu servo, eu falo face a face”. Nenhum outro profeta alcançou tal nível de comunhão com o Senhor.
A Igreja na direção do Espírito
No Novo Testamento, para permitir que o Senhor Jesus governasse a Igreja, Deus decidiu batizar Seus servos com o Espírito Santo– jovens, adultos, anciãos. Como consequência desse batismo, seus servos teriam visões, sonhos e profecias (Joel 2:28). Acompanhe a evolução Obra por meio da manifestação dos dons espirituais entre os irmãos em Cristo:
O Senhor revelou a Cornélio que deveria chamar Pedro a sua casa (Atos 10:3-6), orientou Filipe a pregar ao eunuco etíope(Atos 8:26, 29).
*O Senhor revelou o pecado oculto de Ananias e Safira (Atos 5:1-4), orientou Ananias a visitar Paulo e orar por ele (Atos 9:10-16), revelou a Pedro para não hesitar, mas pregar o evangelho aos gentios na casa desse centurião (Atos 10:9-16 e 19-20);*O Senhor revelou a Paulo que não deveria pregar o evangelho na Ásia nem na Bitínia, mas na Macedônia (Atos 16:6-10);*O Senhor revelou à Igreja que os estatutos no Velho Testamento deveriam ser observados pelos gentios que se convertiam(Atos 15:28,29); *Paulo foi orientado a subir a Jerusalém para submeter seu ensino aos apóstolos (Gálatas 2:1-2); *O Senhor revelou que havia escolhido Timóteo para o ministério da Palavra (II Timóteo 4:14);
*O Senhor revelou o pecado oculto de Ananias e Safira (Atos 5:1-4), orientou Ananias a visitar Paulo e orar por ele (Atos 9:10-16), revelou a Pedro para não hesitar, mas pregar o evangelho aos gentios na casa desse centurião (Atos 10:9-16 e 19-20);*O Senhor revelou a Paulo que não deveria pregar o evangelho na Ásia nem na Bitínia, mas na Macedônia (Atos 16:6-10);*O Senhor revelou à Igreja que os estatutos no Velho Testamento deveriam ser observados pelos gentios que se convertiam(Atos 15:28,29); *Paulo foi orientado a subir a Jerusalém para submeter seu ensino aos apóstolos (Gálatas 2:1-2); *O Senhor revelou que havia escolhido Timóteo para o ministério da Palavra (II Timóteo 4:14);
Se a Igreja deseja ter, atualmente, experiências semelhantes às da época dos apóstolos, necessita compreender que o Senhor Jesus deve tornar-se, na prática, e não apenas na doutrina, o Cabeça da Igreja. Na Palavra de Deus escrita temos a doutrina e as orientações gerais para a edificação da Igreja.
Por meio dos dons espirituais, o Senhor ensina a Sua Igreja as aplicações específicas da doutrina com conselhos práticos para os pastores e para a vida diária da Igreja. É, portanto, pelos dons espirituais que o Senhor Jesus revela os detalhes do Seu projeto de edificação da Igreja. Sob a supervisão dos pastores, as instruções específicas transmitidas por meio dos dons espirituais são testadas (I Te: 5:10-21) e os dons são aplicados com sabedoria (I Cor 14:20, 40).
Oportunidades de Deus ao Homem
“E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara.” Ex 15:26
“Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes dágua e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas.” Ex 15:27
O povo de Israel havia saído de uma escravidão na terra do Egito, onde ficou cativo por um período de quatrocentos e trinta anos.
Como escravos viveram debaixo do jugo dos Faraós, que não davam trégua aos subjugados, se valendo de todo tipo de perseguição e opressões, obrigando o povo a trabalhos forçados, promovidos pelos seus exatores, que humilhavam e chicoteavam a todos, deixando marcas de dor e sofrimento em muitos que já nem tinham esperança de livramento.
Por outro lado o povo, já subjugado, trazia consigo vícios e costumes da cultura politeísta e pagã sem limites para corrupção.
Um povo que sai da escravidão para a liberdade sem governo e sem identidade tende a cair no abismo de conjecturas e sentimentos, vivendo um duro desafio para os seus projetos pessoais e de seu povo de um modo geral.
Nesse entendimento era necessária uma intervenção direta de Deus, que já havia se manifestado como o Deus de Israel, operando através de Moisés sinais, prodígios e maravilhas que deveriam conscientizar o povo escravizado de que estaria próximo o tempo de sua libertação.
Na longa jornada do povo de Israel, Deus se apresenta como autor e provedor de uma aliança pactuada por ele mesmo na eternidade, quando Israel seria o seu povo e Deus seria o Deus de Israel.
No preparo do povo para a passagem da escravidão para a liberdade, ou seja, libertados do Egito e do jugo de Faraó eles deveriam agora ser preparados para a Entrada em Canaã, a Terra Prometida.
Entretanto, para entrada na Terra era necessário que o povo estivesse apto, liberto das marcas, vícios e costumes adquiridos no Egito, até mesmo do próprio alimento (panelas de carne).
A caminhada do povo desde sua entrada no deserto deveria estar toda dentro do projeto de Deus, que incluía todos os atos de sua providência, como autor, provedor e mantenedor de uma aliança dentro de um cenário que incluía a jornada do povo no deserto, suas celebrações, suas peregrinações, quando trilhavam por caminhos difíceis, onde era freqüente a escassez de água e alimentos e outras situações que só podiam ser resolvidas com a intervenção de Deus, através das maravilhas que operava a cada dia.
Não somente a nuvem que os cobria de dia, e também a coluna de fogo da noite eram sinais constantes e evidentes da presença de Deus como guia do seu povo. Não só isso, mas também os lugares preparados para um encontro mais intimo com Deus, onde viam e sentiam o milagre operado por Deus que se valia daqueles momentos para revelar os seus segredos e a sua vontade para cada etapa da caminhada.
O povo de Israel saiu de Ramessés, no Egito, e participou da primeira Páscoa já no deserto, após a passagem do Mar Vermelho. Em seguida se dirigiu a Sucote, de Sucote para Etã, de Etã para Hairoteque estava entre Migdol e Baal-Zefom:
PARADAS
1º. Ramessés;
2º. Sucote;
3º. Etã;
4º. Hairote;
5º. Mara
Saíram de Hairote, caminho de três dias, passando pelo deserto de Etã em direção a Mara (Números 33:8), um sinal profético que estaria relacionado com a morte e ressurreição que eles estavam vivendo, já que a providência da transformação das águas amargosas de Mara em água doce foi para que não morressem na caminhada.
Da mesma forma que Israel sobreviveu, a Igreja também só pode sobreviver do milagre, semelhante à ocorrência dos fatos representados por figuras realizando o projeto de salvação através da Trindade representada na quinta etapa em Mara, quando o ministério se evidencia através de Moisés, figura representativa do ESPÍRITO SANTO, que lança por ordem do PAI o lenho, figura do Senhor Jesus(FILHO), que pela sua morte nos traz a vida, jogado nas águas amargosas da dor, do sofrimento e da morte que são transformadas em água doce, nos dando “água da vida”, presente cada dia em nossas vidas para estabelecer profeticamente em nós a semelhança do que ocorreu com Israel: o pacto de salvação evidenciado na morte para o mundo, diante das águas amargosas, e a ressurreição que nos fortalece para o caminho da vida.
“E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara.” Ex 15:26
A cura da mentalidade do passado, que envolve Faraó, Egito, carne, sentimentos, deuses do passado, vícios, deveria ficar em Mara.
Nessa etapa em Mara Deus se revela como o Deus que salva e o Deus que cura e logo em seguida, após a parada em Elim, o que batiza com o Espírito Santo, na experiência do Sinai.
“Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes dágua e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas.” Ex 15:27
Em Elim mais uma vez Deus providencia um novo encontro com o seu povo, inaugurando uma nova fase nessa sexta etapa, em que o povo deveria ser suprido de três principais elementos:
1º. Água – Tratava-se de um local onde havia abundância de água, através de suas doze fontes;
2º. Alimento – Tâmara, fruto da tamareira, alimento rico em sacarose, que além de energético,restaurador do vigor muscular, também é um excelente calmante, que se somaria a outros alimentos que iriam satisfazer a fome e ansiedade naquele descanso;
3º. Descanso – O descanso à sombra das palmeiras juntamente com o refrigério da água em abundância e do vigor renovado pelo alimento deveriam lembrar ao povo, que mais uma vez Deus propiciava um novo encontro, preparando-os para receber a doutrina que seriam os estatutos, e outros alimentos que seriam dados, como o maná, as codornizes e principalmente lembrando que as palmeiras estavam relacionadas com a Eternidade, e que as setenta palmeiras estão ligadas à divindade, onde sete é o número da perfeição e zero é o valor do homem diante de Deus.
As doze fontes de Elim indicavam que no Oásis havia abundância de água, podendo se inferir que o dono dessas fontes era o próprio Elohim, lugar reservado para todos aqueles que se ajoelham diante do Todo Poderoso, principalmente parados e estacionados ali para conhecer profeticamente como a Igreja, hoje, que dobra os seus joelhos para beber das fontes de salvação, representadas pela doutrina dos apóstolos, cuja principal fonte é Jesus, “a fonte das águas vivas”.
Foi Deus (Elohim – Trindade) que levou Israel para dentro do Oásis, como também tem nos trazido até aqui para o descanso n’Ele.
É importante ressaltar o valor do simbolismo na etapa de Elim, quando vemos a água usada na purificação tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento, que fala do batismo, da regeneração e lavagem dos pecados, do refrigério, sempre acompanhando a Igreja em sua jornada no deserto, vivendo dos frutos adocicados que caem das tamareiras, cozidos e adocicados pela areia quente do deserto (provas), como testemunho que serve de alimento também para os viajantes que desejam descanso e paz, caso de muitos que estão vivendo sem rumo, assolados pelo calor e pelos ventos dos desertos e que anseiam um repouso e descanso para as suas almas.
As palmas falam do destino final daqueles que irão se apresentar diante de Deus na Eternidade como vitoriosos da longa jornada, lembrando que debaixo das palmeiras, despachava Débora, e também as folhas de palmeira eram agitadas no templo, nas Festas dos Tabernáculos e que podemos concluir, lembrando que a imagem completa do valor das folhas de palmeira, que são um símbolo da vitória e do triunfo daqueles que estão trajados de vestidos brancos com palmas em suas mãos, mencionados no livro de Apocalipse, capítulo 7, verso 9.
“Depois destas coisas olhei, eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos.”
Assim queremos concluir que por muitas vezes não entendemos o projeto de Deus para a nossa vida. Não sabemos também porque temos de parar e esperar quando Deus quer nos falar em certos momentos da nossa vida.
A oportunidade Deus dá a todos e alguns não entendem que precisam descansar n’Ele, ou seja, descansar em Jesus, entendendo que apesar das lutas da caminhada temos sido vitoriosos e em cada etapa do caminho temos aprendido que Ele mesmo, o Senhor, nos guiará nesse caminho. Ele mesmo tem providenciado, como bom pastor,a água, o alimento, o descanso e um novo lugar, a terra que mana leite e mel, a Canaã celestial.
Lembramos as figuras e simbolismos do caminho:
1º. Deserto – O mundo;
2º. O caminho – Jesus;
3º. A fonte – O Pai;
4º. A água – O Espírito Santo;
5º. O lenho – Morte e ressurreição;
6º. Três dias – Salvação;
7º. Mara – Provas e incertezas – Morte;
8º. Água doce – O milagre da salvação;
9º. O Oásis – O lugar das palmeiras, dos frutos e das fontes – Igreja Fiel.
Tudo agora está no passado. Ainda hoje, à meia noite estaremos no limiar de um novo ano e o lema proposto para esse novo ano é:
“Mas esforçai-vos e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa.” II Cr 15:7
Tudo ficou para trás e agora, fortalecidos no aperfeiçoamento deste ano, sem nenhum temor, nenhuma incerteza, nenhuma tristeza, com palmas erguidas em nossas mãos, iremos comemorar o triunfo de mais um ano que viveremos na presença do nosso Deus.
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