(LEVÍTICO CAPÍTULOS 1 A 7)
As Ofertas que Deus falou a Moisés a respeito, eram um meio de adoração, e também um sacrifício para perdão e restauração pessoal diante de Deus. Muitas das ofertas estavam relacionadas com o Altar de Holocausto.
Os sacerdotes sacrificavam várias ofertas à Deus, que eram oferecidas pelos seus próprios pecados e também pelos pecados do povo (tanto pecados conhecidos como desconhecidos). Algumas ofertas eram oferecidas regular e freqüentemente, enquanto outras eram oferecidas apenas em certos casos de necessidade. As principais ofertas eram:
Oferta Queimada (Holocausto) (ver a página do Altar de Holocausto)
Oferta de Alimentos
Oferta pelo Pecado
Oferta pelos Pecados Ocultos (Transgressão)
Oferta Pacífica
Oferta de Libação
A OFERTA DE ALIMENTOS (LEVÍTICO 2: 1-16; 6: 14-23)
A Oferta de Alimentos era feita de flor de farinha misturada com óleo, sal e incenso. A flor de farinha fala da humanidade de Cristo, o óleo simboliza o Espírito Santo de Deus, o sal a pureza do sacrifício, e o incenso da fragrância da oferta.
A Oferta de Alimentos é um tipo do Senhor Jesus Cristo como Genuíno homem, o filho do homem, cheio do Espírito Santo (Lucas 4:1).
Havia dois ingredientes que eram proibidos na Oferta de Alimentos: o fermento (para levedar) e o mel (para adoçar).
O fermento é uma pequena bactéria que cresce rapidamente, por esta razão ele simboliza o pecado. Entretanto, Pedro disse a respeito de Jesus: "O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou o engano" (I Pedro 2:22).
O mel tira o verdadeiro sabor dos alimentos. Entretanto, as palavras ditas por Jesus não foram adocicadas para agradar o gosto daqueles que o ouviam (João 6:60). Jesus é chamado de A fiel testemunha (Apocalipse 1:5). Jesus disse: "Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus" (João 3:34) e "mas falo como meu Pai me ensinou" (João 8:28).
Portanto, a Oferta de Alimentos é um tipo do Senhor Jesus Cristo em sua humanidade.
A Oferta de Alimentos podia ser assada em um forno ou frita em uma frigideira. Se ela fosse cozida em uma caçoula, a flor de farinha deveria ser amassada com azeite e repartida em três pedaços, sendo depois disto derramado azeite sobre ela. Tanto por dentro quanto por cima da oferta havia azeite.
Isto aponta-nos para o Senhor Jesus, que não foi apenas cheio do Espírito Santo (Lucas 4:1) mas também foi tentado três vezes pelo diabo no deserto (Lucas 4:3, 7, 9). Ele então podia declarar: "O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos. A pôr em liberdade os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor" (Lucas 4:18-19).
Se a Oferta de Alimentos fosse assada ou frita, uma porção era queimada sobre o Altar de Holocausto, como cheiro suave ao SENHOR (Lev. 2: 9), e o restante servia de alimento para os sacerdotes (Lev.2:10).
A Oferta de Alimentos das Primícias (Lev.2: 14-16) claramente evidencia Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição:
"grão trilhado, tostado ao fogo" - Sua morte (Isaías 53:5, Salmo 22:15)
"deitarás azeite sobre ela, e porás sobre ela incenso" - Seu sepultamento (Lucas 23: 56, 24: 1)
"primícias" - a festa das primícias ocorria três dias depois da Páscoa e fala da ressurreição de Cristo (Lev.23:11).
Portanto a Oferta de Alimentos é um tipo do Senhor Jesus Cristo em sua humanidade, cheio do Espírito Santo, passando pela morte, sepultamento e ressurreição para satisfação da justiça de Deus e para ser o "pão de Deus que dá vida ao mundo" (João 6:33).
A OFERTA PELO PECADO (LEVÍTICO 4:1-35; 6:24-30)
Há um participação conjunto entre a Oferta pelo Pecado e a Oferta pelos Pecados Ocultos (Transgressão). Alguns professores cristãos fazem distinção entre "Pecado" e "Transgressão". Pecado é a natureza e tendência para as más obras (cuja natureza nós todos temos), e Transgressão é um exemplo específico de pecado: uma infração, uma injustiça, uma ofensa. "Todos pecaram" (Romanos 3:23), transgrediram, porque a Escritura encerrou "tudo debaixo do pecado" (Gálatas 3:22), todos com a natureza pecaminosa (Romanos 7:8, 17, 20).
A Oferta pelo Pecado é indicada para a nossa condição geral de pecador diante de Deus (Lev. 5:13) e também para os nossos pecados não intencionais (Lev. 4:1, 27), especialmente para os líderes ou para o povo como um todo (Lev. 4:3, 13, 22), mas também de forma individual entre o povo de Deus (Lev. 4; 27).
A Boa Nova da Oferta pelo Pecado é que Cristo cumpriu a oferta pelo pecado, uma vez por todas;
Cristo, "uma vez se manifestou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (Hebreus 9:26).
"Aquele que não conheceu o pecado, foi feito pecado por nós (II Cor. 5:21)
"Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne" (Romanos 8:3).
Baseado na fé do que Cristo fez por nós, pela Sua morte na cruz, nós podemos ser libertos da escravidão de nossa natureza pecadora e de suas tendências. Jesus disse: "todo aquele que comete pecado é servo do pecado... se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:34, 36).
OFERTA PELOS PECADOS OCULTOS (TRANSGRESSÃO) (LEVÍTICO 5:1-17; 7:1-10)
A Oferta pelos Pecados Ocultos, da Transgressão, era para pecados especificamente conhecidos, transgressões onde as pessoas sabiam o que elas tinham feito, por causa da consciência, e em relação às suas experiências versus o que eles sabiam que Deus exigia.
Como anteriormente indicado, a Oferta pela Transgressão e a Oferta pelo pecado se sobrepõem uma na outra, onde o Pecado pode ser considerado nossa natureza pecadora e a Transgressão como uma má obra, injustiça, uma ofensa feita.
Podemos ver um exemplo disso na primeira carta de João. Note que primeiramente a natureza pecadora é mencionada, e depois especificamente as obras de injustiça, ou
pecados:
"O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e se alguém pecar temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (I João 1:7-2:2).
Propiciação quer dizer: "extinguir a ira", "penalidade paga através de um sacrifício a Deus".
Estas são as Boas Novas da Oferta pela Transgressão:
"Cristo morreu por nossos pecados" (I Coríntios 15:3)
"Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos" (Hebreus 9:28).
Cristo "levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados, sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para justiça" (I Pedro 2:24).
"Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (I Pedro 3:18).
A OFERTA PACÍFICA (LEVÍTICO 3:1-17; 7:11-36)
A Oferta Pacífica é traduzida algumas vezes por "Oferta de Comunhão". Ela ocorria voluntariamente, quando havia um desejo expresso de dar graças, e buscar comunhão com Deus.
O sangue da Oferta Pacífica era espargido sobre o Altar de Holocausto, a gordura e as partes internas eram removidas e o restante era assado. A gordura e as partes internas eram queimadas; para satisfazer a Deus como cheiro suave. Por Deus havido mostrado claramente o que lhe agradava, a pessoa que oferecia tal oferta estava fazendo exatamente aquilo que agradava a Deus, e desta maneira tendo comunhão com Ele.
Havia também a ocasião em que a carne da oferta era para o sacerdote e o oferente consumir, comerem juntos, com bolos ázimos amassados com azeite, coscorões ázimos amassados com azeite de flor de farinha, similar a Oferta de Alimentos.
A Oferta Pacífica era uma indicação de um bom, saudável e amoroso relacionamento entre o oferente e Deus, e entre o oferente e o sacerdote. Havia paz com Deus e paz entre as pessoas em geral.
Paulo escreveu: "Cristo é a nossa paz" (Efésios 2:14), porque "vós que estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto" (Efésios 2:13).
"Tendo sido, pois, justificados pela fé" (pelo aspergir do sangue sobre o Altar de Holocausto) "temos paz com Deus" (Romanos 5:1). Nossa comunhão com Deus é restaurada pela fé na morte e no de sangue derramado de nosso Senhor Jesus Cristo, e sustentada pela sua vida, que ele compartilha conosco como nossa porção de alimento.
O Cristo que é "a nossa paz" em Efésios 2:14 é também o Cristo "que fez de ambos, um", onde 'ambos' refere-se aos Judeus e Gentios. Para aqueles que crêem em Jesus Cristo, sua morte é o lugar para nós sermos um. Este é o único lugar que a unidade ou união ocorrerá. Em todos os outros lugares não encontramos paz, pois há conflitos em todas as áreas! Somente quando nós conhecemos a "comunhão de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte" (Filipenses 3:10) nós podemos "sentir o mesmo no Senhor" (Filipenses 4:2; 2:5-8). De outra maneira nós seremos como Evódia e Síntique, brigando e causando confusão, sem termos paz. Isto é irônico, pois "Evódia" significa "doce aroma", portanto, é apenas um nome sem a experiência de Cristo como a Oferta Pacífica. "Cristo é a nossa paz" (Efésios 2:14).
A OFERTA DE LIBAÇÃO (GEN. 35:14 ÊXODO 29:40-41 NÚMEROS 28:7-10, 14, 15 , 24 ,31)
A Oferta de Libação era derramada sobre uma oferta que já existia. Freqüentemente um sacrifício com sangue era acompanhado pela Oferta de Alimentos e a de Libação. Em virtude desta oferta ser derramada sobre outra, havia uma idéia de desperdiço ou de algo que estava sendo desperdiçado (compare Mateus 26:8). Em Gênesis 35:14, Jacó derrama uma oferta para demonstrar que ele está dedicando novamente sua vida a Deus, consagrando-se a casa de Deus, "Betel". Da mesma maneira, em Êxodo 29:34-45 Aarão e seus filhos se consagraram, entregando suas vidas a serviço do Tabernáculo, para que Deus tivesse um lugar de habitação. Para que isso fosse válido, havia necessidade das ofertas diárias, oferecidas pela manhã e a tarde, incluindo o cordeiro para o Holocausto, a Oferta de Alimentos e a de Libação. Duas vezes ao dia, havia uma nova consagração no Tabernáculo, feita pelos sacerdotes. Esta é uma figura para nós de nossa fé no Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo falou dele mesmo sendo "oferecido por libação" sobre o sacrifício e serviço da fé dos santos em Filipos (Filipenses 2:17), pois ele contemplava a possibilidade de em breve terminar sua vida por conta do evangelho.
Traduzido e Usado com permissão no http://www.obreiroaprovado.com
Tradução: Pastor Eduardo Alves Cadete ! 05/01
Revisão e Edição: Calvin Gene Gardner ! 05/01Fonte original: http://www.domini.org/tabern
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