Mt. 27.11-14 | ||||
Int.- No ano de 1961 foi descoberta uma placa de pedra, em Cesaréia, contendo os nomes latinos de Pontius Pilatus e Tiberius. Tibérius era o imperador romano naquela época, que era filho adotivo de César Augusto. Isso deu à arqueologia evidências de sua existência e comprovação da história.
Pilatos era romano da classe média superior. O imperador romano nomeou-o como quinto procurador da Judéia. Na qualidade de procurador, ele tinha pleno controle da província e estava encarregado do exército romano aquartelado em Cesaréia. Também tinha direitos de vida e morte, ou seja, podia executar criminosos ou inimigos políticos, se as acusações lhe parecessem suficientes. Também podia reverter sentenças capitais, impostas pelo sinédrio judaico, se assim quisesse fazer.
Todas as condenações a penas capitais tinham de ser-lhe submetidas, para sua apreciação e autorização. Foi por isso que Jesus lhe foi enviado para a sua condenação.
Também era ele quem nomeava o sumo sacerdote, e dessa maneira controlava indiretamente o templo.
I- O Interrogatório de Pilatos.
V. 11: És tu o Rei dos judeus?
Esse versículo mostra que as autoridades religiosas haviam acusado a Jesus de traição perante Pilatos.
Apresentaram-no como um revolucionário, que queria derrubar o domínio romano; apresentaram a Jesus como uma ameaça à ordem pública.
As autoridades religiosas sabiam que Pilatos jamais se interessaria por quaisquer acusações religiosas de blasfêmia, por isso inventaram essas acusações políticas sobre Jesus.
V. 12: E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
- Aqui diz: “Nada respondeu”.
- Jesus simplesmente não lhes forneceu qualquer esperança que lideraria qualquer tipo de rebelião.
- Quais acusações os príncipes dos sacerdotes e os anciãos estavam fazendo contra Jesus?
Lc. 23.2: E começaram a acusa-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei.
- Eles queriam irar Pilatos contra Jesus.
- Pilatos desejava saber a verdade.
- O que deixava os príncipes dos sacerdotes e os anciãos irados, é que Jesus nada respondia.
- O silêncio de Jesus deixou que as acusações dos religiosos contra ele, refutassem a si mesmas.
- Pilatos estava acostumado com os estratagemas dessas autoridades, e provavelmente não confiou no que diziam.
Mc. 15.3: E os principais dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas, porém ele nada respondia.
- Aqui diz que houve muitas acusações.
- Aqueles religiosos haviam preparado bem o seu caso, reunindo muitas acusações falsas.
- Esperavam convencer a Pilatos com uma avalanche de argumentos.
- As acusações, por motivo do silêncio de Jesus, ficaram sem alicerce, e a majestade do silêncio de Jesus encheu Pilatos de admiração e respeito.
V. 13: Disse-lhe, então, Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti?
- Pilatos já vira muita multidões agitadas comparecerem à sua presença, por ocasião de acusações sobre subversão política.
- Vira homens irados, culpados e temerosos denunciarem-se entre si.
- Vira prisioneiros grandemente agitados, devido ao temor e ao ódio, negarem as acusações que lhes eram feitas.
- Agora o silêncio desse galileu não era comum.
- Não era como os outros acusados.
- Jesus mostrava-se calmo e imperturbável.
- Jesus não adicionava confusão e nem ódio à atmosfera da reunião.
- Jesus mantinha-se intocável pela loucura deles.
- Aquela atitude de Jesus constituía uma visão nova para Pilatos, que pensava que já tinha visto de tudo, politicamente falando.
V. 14: E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o governador estava muito maravilhado.
- O grego literal desse versículo é muito enfático: “Não lhe deu resposta, nem uma só palavra”.
- O silêncio, debaixo da calúnia, manifesta o máximo de magnanimidade.
- Magnânimo é qualidade de quem tem grandeza de alma; generoso.
Mt. 5.11: Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
- Os principais sacerdotes não se admiraram disso, porque ficaram confusos e perplexos.
- Esse silêncio de Jesus havia sido profetizado.
Is. 53.7: Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
- O sofrimento de Jesus é comparado com a ovelha, que quando levada para ser tosquiada, não abre a sua boca; não emite nenhum gemido.
- Assim aconteceu com Jesus; Ele não se defendeu; Ele não abriu a sua boca.
- Jesus poderia rogar ao Pai que lhe enviasse doze legiões de anjos para lhe socorrer, mas não o fez.
- A grande pergunta: Por que esse silêncio?
- Por que esse sofrimento?
- Dois são os motivos:
1- Primeiro Motivo: Porque Ele Nos Amou Até o Fim.
Jo. 13.1: Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
- Foi o amor de Jesus por nós que fez que Ele ficasse em silêncio.
- Ele suportou todo o cálice do sofrimento por amor a mim e a você.
- Foi o amor manifesto pelo silêncio.
- Nós sempre esperamos o amor manifesto em palavras e atitudes.
- E aqui a manifestação do amor de Jesus por nós, foi pelo silêncio.
2- Segundo Motivo do Silêncio de Jesus: Servir-nos de Exemplo.
I Pe. 2.21-23: Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.
O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano.
O qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.
- Jesus ensinou-nos nesse silêncio, como deve ser o caráter do cristão.
- Jesus nos deu o exemplo, para que possamos seguir as suas pisadas.
- O fruto do Espírito deve manifestar-se na vida do cristão.
- A nossa maneira de responder, de revidar, de retrucar, quando somos provocados, é diferente da do mundo.
- Neste primeiro trimestre nós estudamos na revista da Editora Betel da Escola Dominical, na lição de número onze, onde fala sobre o amor, na conclusão dessa lição, o comentarista diz: “O maior desafio do verdadeiro cristão não é só agir como Jesus agia, mas também reagir como Ele reagia”.
- Está aqui o grande desafio para nós cristãos.
II Co. 5.17: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
- Somos novas criaturas.
- Nossa maneira de viver é diferente; nossa maneira de agir é diferente; nossa maneira de reagir é diferente.
- Somos agora filhos de Deus.
I Jo. 2.6: Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou.
- Proceder como Jesus procedeu.
- O escritor Charles Sheldon escreveu e publicou um livro em 1896 com o título: “Em seus passos o que faria Jesus”?
- Esse livro se tornou um best-seller, com várias edições.
- Nesse livro o autor procura retratar situações do nosso cotidiano, perguntando: O que faria Jesus se estivesse em nosso lugar?
- E as respostas que ele dá, dá-nos a entender como deve ser o caráter do cristão.
Rm. 12.9: Não vos vingueis a vós mesmos.
Tg. 1.20: Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.
Rm. 8.33: Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Conclusão: O nosso advogado é o Senhor Jesus, é Ele quem nos defende contra os acusadores.
- O nosso cristianismo é provado nesses momentos de lutas e perseguições.
|
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
O Silêncio de Jesus
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário