domingo, 1 de abril de 2012

"Grupo de Amigos" reúne-se em Istambul para intensificar pressão sobre regime sírio

Representantes de mais de 70 países são esperados hoje em Istambul para "intensificar a pressão" sobre o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, levando-o a pôr fim à violenta repressão na Síria.

Os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, dos principais países da União Europeia e da maior parte dos países da Liga Árabe participam nesta segunda conferência dos 'Amigos da Síria', reunião na qual a oposição daquele país estará representada pelo Conselho Nacional Sírio.

A Rússia e a China, aliadas do regime sírio que bloquearam por duas vezes resoluções no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a condenar a repressão, rejeitaram o convite para a reunião.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, representa Portugal no encontro.

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que vai apresentar na segunda-feira ao Conselho de Segurança os resultados da sua missão, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, estarão igualmente ausentes.

Segundo a Turquia, país anfitrião da conferência e que tem atualmente no seu território 17.900 refugiados sírios, "o principal objetivo da reunião é aumentar a pressão sobre o regime sírio para que cesse a sangrenta repressão", que fez mais de nove mil mortos em pouco mais de um ano, segundo a ONU.

Um responsável turco citado pela France Presse indicou que será abordada a imposição de sanções adicionais ao regime sírio para que este aplique o plano de paz apresentado por Kofi Annan.

O plano preconiza o fim da violência, a entrega de ajuda humanitária às zonas atingidas pelos combates e a libertação de pessoas detidas arbitrariamente. Damasco disse que aceita a iniciativa, mas nada fez para lhe dar seguimento.

A primeira reunião dos 'Amigos da Síria' teve lugar em Tunes no final de fevereiro.

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