LIÇÃO 1 – INTRODUÇÃO GERAL
TEXTO DEVOCIONAL
“[Deus] determina outra vez um certo dia, Hoje, ... depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4.7). 1
Portanto, atendamos a esta recomendação: “não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo esta o tempo”.
[1] OBSERVAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE PROFECIAS
a. Limites: há limitações quanto ao que pode ser conhecido sobre certos assuntos (Atos 1.7); o conhecimento do futuro é limitado e tem o propósito de conduzir o cristão a uma vida de acordo com a vontade de Deus.
b. Tensão entre “já” e “ainda não” : 1 Co 2.9; 1 Jo 3.2.
[2] POR QUE ESTUDAR PROFECIA?
a. Saber: As profecias nos informam sobre o plano de Deus para o homem;
b. Esperança: A profecia oferece esperança segura em uma era sem esperança;
c. Consolo: O estudo das profecias estimula a santidade e piedade do crente;
d. Vigilância: O estudo das profecias capacita evitar os enganos e erros;
e. Salvação: mostra o caminho da comunhão com Deus e livramento da ira;
f. Confiança: as profecias ajudam a confiar no caráter e soberania de Deus;
g. Compromisso e missão: O estudo das profecias promove uma igreja evangelística.
[3] O QUE É ESCATOLOGIA?
a. Escatologia: doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego eschatos - “último”, logos - estudo).
i. Expressões bíblicas: “últimos dias” (Is 2.2; Mq 4.1), “últimos tempos” (1 Pe 1.20) e “última hora” (1 Jo 2.18).
ii. Definição: estudos dos acontecimentos finais do plano de Deus para este mundo e a consumação do propósito de Deus.
b. Profecia: “é a proclamação da vontade de Deus presente e futura” (Anders ).
c. Alfa e Ômega: Cristo é o princípio e o fim de todas as coisas.
PREMISSAS
d. Houve um início e haverá um fim do atual sistema mundial.
e. Desfecho da evangelização mundial.
f. A justiça divina deve ser implantada; o Reino eterno de Jesus será estabelecido.
g. É necessário iniciar-se o tempo eterno.
h. A morte e o mal serão destruídos; o pecado e suas conseqüências terão fim.
i. O bem triunfará.
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A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DO ANTIGO TESTAMENTO
j. Vinda do Redentor: semente da mulher (Gn. 3:15); semente de Abraão (Gn. 22:18); da tribo de Judá (Gn 49:10); descendente de Davi (2 Sm.7:12-13); Profeta, Sacerdote e Rei (Dt.18:15; Sl.110:4; Zc 9:9); Servo Sofredor (Is.42:1-4; 49:5-7; 52:13-15; 53); Filho do Homem (Dn.7:13-14);
k. A chegada do reino de Deus: Dn. 7.13-14
l. O estabelecimento do Novo Pacto: Jr 31.31-40; cf. 1 Co 11.25; Hb 8.8-13;
m. A restauração de Israel: Jr.23.3; Is.11.11
n. O derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne: Jl 2.28,29
o. Novos Céus e Nova Terra: Is.65.17; 66.22.
[4] O CARÁTER DA ESCATOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO
a. No NT o grande acontecimento escatológico predito no AT (a vinda do Messias) já ocorreu com a vinda de Jesus Cristo;
b. O NT mostra que muitas profecias descritas como um único acontecimento, envolvem duas etapas: a presente era messiânica e o futuro;
c. A relação entre estas duas etapas escatológicas é que as bênçãos da era presente são o penhor e a garantia de bênçãos ainda maiores na era por vir.
d. A pregação de Jesus pode ser resumida em Mc 1.15: "O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei e crede no evangelho". Em certo sentido, o Reino já estava presente no ministério de Jesus: "se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós" (Lc 11.20; cf. Mt 12.28). Mas, em outro sentido, o Reino ainda estava no futuro: "Venha o teu Reino" (Lc 11.2).
ESCATOLOGIA é o Estudo ou Tratado das Últimas Coisas.
Desde que Cristo irrompeu e com Ele o Reino de Deus, o domínio da Escatologia já esta presente misteriosamente entre nós, com o seu peso de promessas e, simultaneamente, seu atual julgamento.
2 – Definição do Argumento.
Existem em o Novo Testamento alguns termos técnicos que designam o domínio presente, atual e futuro, ao mesmo tempo da escatologia na vida da Igreja e na vida do mundo. Estes termos, segundo se diz, focalizam com exclusividade este tempo futuro.
Vejamos:
a) “E nos últimos dias....” (Jl-2,28 e At- 2,17 e ss).
b) “Mas o Espírito expressamente diz....” (Itm 4,1a).
c) “Sabe, porém isto....” (IITm 3,1).
d) “Havendo Deus antigamente...” (Hb 1,1).
e) “Sabendo primeiro isto...” (IPe 3,3a) etc.
Portanto, a expressão “os últimos dias” e seus equivalentes apontam para: A descida do espírito santo em sua plenitude (Jl 2,28; At 2,17 e ss); para a época do evangelho de Cristo (Hb 1,1) e, oncomitantemente, para os últimos dias maus (ITm 4,1; IITs 3,1; IIPe 3,3).
E o que vem a ser estas últimas coisas? De que concerne o nosso estudo, são:
Estado Intermediário dos Mortos; O Céu; O Inferno; A 2ª vinda de Jesus Cristo; O Arrebatamento da Igreja; O Tribunal de Cristo; As Bodas do Cordeiro; A Grande Tribulação; A Manifestação de Cristo em Glória; Os Diversos Julgamentos; O Milênio; O Juízo Final; O Eterno e Perfeito Estado.
3 – Motivos que levam muitos a dúvidas e confusão em Escatologia.
a) – Falta de afinidade do crente com o Espírito Santo (I Co. 2).
b) – Falsa aplicação dos textos nos sentidos: tempo, lugar.
c) – Conhecimento bíblico desordenado.
d) – Falsos ensinadores e deturpadores da verdade.
e) – Pontos difíceis de entender realmente (II Pe. 3,15).
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Os temas escatológicos são encontrados em maior quantidade, nos livros de Mateus; I e II Tessalonicenses, Apocalipse; Isaias; Ezequiel; Daniel; Zacarias.4; Daniel e Apocalipse são considerados livros de revelação escatológica, sendo que Daniel é o livro escatológico do Antigo Testamento e Apocalipse o livro escatológico do Novo Testamento.
É importante saber que os livros de Daniel e Apocalipse combinam-se e completam-se. Não se deve estudar um sem o outro e este será um dos alvos do nosso estudo. A autenticidade do livro de Daniel, bem como a do Apocalipse, foi atestada pelo Senhor Jesus. Veja Mt. 24,15 e Ap. 22,16.
Há um paralelismo notável entre esses dois livros, porém Daniel se ocupa principalmente do “TEMPO DOS GENTIOS”, Lc. 21,24; Já o Apocalipse salienta a “PLENITUDE DOS GENTIOS”, Rm 11,25.
A expressão “Tempo dos Gentios”, tem a ver com o aspecto Político Mundial, referindo-se ao tempo em que os gentios teriam supremacia sobre Israel, e isto começou com o exílio babilônico, por volta do ano 605 AC.
A expressão “Plenitude dos Gentios” tem um aspecto espiritual destacando a supremacia celestial da Igreja triunfante contra o mal.
II) - ANÁLISE DE ALGUNS CAPÍTULOS DE DANIEL
1- DANIEL CAPÍTULO 2.
Neste capítulo vemos predito o futuro do mundo gentílico na era dos “últimos dias” (2,28). Isto alcança os tempos da vinda de Jesus e o estabelecimento do milênio (2,44). A matéria profética deste capítulo é tão importante que vem repetida no capítulo 7. A diferença é que no capítulo 2 a revelação divina veio por meio de um sonho profético de Nabucodonosor, e no capítulo 7 por meio de uma visão profética.
Nabucodonosor queria que seus magos, encantadores e feiticeiros lhe contassem o que ele sonhara e que não se lembrava mais, como também a sua devida interpretação.
(Dn. 2. 1-5). Depois que Daniel e seus companheiros oraram, Deus deu a ele não somente o sonho como também a sua interpretação. (Dn. 2,31-35; 36-45).
O sonho consistia numa grande estátua de extraordinário esplendor e aparência terrível, e revela o lado político desses impérios mundiais, composta de quatro metais distintos.
2) - A Inferioridade dos Metais e o Declínio dos Impérios Mundiais.
1º - Metal: Ouro
Membro: cabeça
Império: Babilônia (605 – 539 A.C.)
Dominador: Nabucodonosor
2º - Metal: Prata
Membro: Peito e Braços
Império: Coligação Medo-Persa (539 – 331 A.C.).
Dominador: Ciro e Dario
3º - Metal: Cobre ou Bronze
Membro: Ventre
Império: Grécia (331 – 168 A.C.)
Dominador: Alexandre5
4º - Metal: Ferro e Barro
Membro: Duas pernas e Dez dedos
Império: Roma (168 A.C – 476 A.D.)
Dominadores: Césares.
As duas pernas de ferro da estátua (vs. 32-39) são a parte mais longa do corpo, o que indica a extensão do império romano, do qual somos atualmente uma forma. As duas pernas correspondem à divisão do império romano em Ocidente e Oriente, ocorrida em 395 A.D. Os dez dedos nos pés da imagem (vs. 41,42) são dez reis como forma ou expressão final do império romano, nos últimos dias da presente dispensação,
como se vê no versículo 44: “Mas, nos dias destes reis”. Esses dez reis correspondem aos dez chifres do quarto animal de Dn. 7, 24, e aos dez chifres da besta de Ap. 13,1 e 17,3.
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Trata-se de um poder político que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir (“era e não é está para emergir”) Ap. 17.8.
Os pés em parte de ferro e em parte de barro (vs. 33, 41-43), como o ferro e barro não se misturam isto revela que neste tempo do fim não haverá nações unidas.
O ferro é
governo ditatorial, totalitário que hoje cada vez mais aumenta em todos os continentes (vs. 40), o barro é o governo do povo, democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica governo do povo, como se apresenta no regime democrático. Já o ferro é formado por blocos compactos, indicando o poder centralizado. Temos hoje no mundo estas duas formas de governo!
A crescente inferioridade na estátua profética (vs 32-33) revela que o mundo não melhorará nem moral e nem politicamente e irão de mal a pior. I Tm 3,13.
O último reino mundial (vs. 44-45), esse reino é proveniente do Céu e será implantado sem intervenção humana. O versículo 34 diz “uma pedra que foi cortada sem o auxilio de mãos”. Quem é essa pedra? Veja Gn 49,24; Ex. 17,16; ICo. 10,14; Rm. 9,3233; At. 4,11; Ipe 2,4.
Uma montanha nada mais é do que barro sob diferentes formas, e isto fala do Senhor Jesus que nasceria como homem aqui na terra sem a intervenção humana, isto é, sendo gerado pelo Espírito santo e não pelo homem. Algo idêntico ocorrerá quando o reino de Deus for estabelecido na terra brevemente sem auxilio humano. Quanto à expressão sem auxilio de mãos humanas, Dn. 8,25; Lm 4,6.
A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a (vs. 45), quatro vezes é dito que a pedra esmiuçou a imagem (34, 40, 44,45), portanto o mundo não findará convertido pela pregação do evangelho e assim destruído com violência sobrenatural na vinda de Jesus.
Isto ocorrerá no Armagedom, no tempo do domínio mundial das dez nações confederadas sob o domínio do Anticristo (Ap. 17. 11-13 com 19. 11-21).
No versículo 34 vemos que a pedra feriu a estátua nos pés, e em seguida destruída a cabeça, o peito, o ventre e as pernas.
Isso indica que todas as formas de governo representadas por essas partes da estátua, existirão sob o domínio da besta no futuro! Observe que a estátua começou com um colosso grandioso e terminou em pó (vs. 35) e a pedra começou como uma obra diminuta, mas depois encheu o mundo inteiro.6
III)- DANIEL CAPITULO 7
No capítulo dois, os impérios mundiais aparecem como em forma de metais, porém no capítulo sete surgem sob a forma de quatro animais, quatro feras.
O fato é que os capítulos são paralelos e proféticos, e são de alta importância, porque quando Deus repete um ensino, é porque trata-se de fatos altamente relevantes para a humanidade.
Neste capítulo Deus revelou o lado moral e espiritual através das quatro feras.
É significativo, que as nações em geral, escolhem inconscientemente para símbolos nacionais animais ferozes e aves de rapina. Por exemplo, temos: Dragão (China); Leão (Inglaterra); Águia (E.U.A.); Urso (Rússia); Lobo (Itália).
Em relação ao paralelismo da estátua e dos animais temos:
Cabeça •Ouro ↔ Leão com Asas = Babilônia
Peito e Braços •Prata ↔ Urso = Medos e Persas
Ventre •Cobre ↔ Leopardo com 4 asas = Grécia
Pernas •Ferro ↔ Fera Espantosa = Roma
Em relação aos animais verifiquemos as características de cada um deles.
1º animal – Leão com asas de águia = Característica - Ferocidade.
2º animal – Urso = Característica - Voracidade.
3º animal – Leopardo com 4 asas = Característica - Rapidez.
4º animal - Fera Espantosa = Característica - Força.
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O que significa o “mar agitado” em Dn, cap. 7.2? significa as nações gentílicas, a inquietação e perplexidade são características dos tempos. O vento pode ser poderes do mal que incitam e afligem as nações. Is. 17, 12; Ap. 17,15.
Qual o significado dos quatro animais diferentes um do outro em Dn 7.3 e ss?
veja Dn. 7.17.
O significado do primeiro animal que era como Leão, tinha asas de águia Dn 7,4. Leão é Nabucodonosor e as duas asas fala da rapidez de suas conquistas. Confira:
Jr. 4.7; 48,40; 49,16; Ez. 17, 1-5; 12-14; Hc. 1 6-8.
O Leão o rei dos animais e a águia a rainha das alturas. Este leão corresponde à cabeça de ouro da estátua.
O significado do segundo animal que era como um Urso, e tinha três costela na boca em Dn 7, 5. Este Urso é a coligação Medo-Persa, que corresponde ao peito e braços de prata da estátua e que é representada por um carneiro no capítulo 8. (Dn 8. 3,4 – 8,20). O Urso não sendo considerado o rei dos animais, atinge maior estatura e peso do que o leão. Possui 42 dentes formidáveis e grandes garras aguçadas que aliadas ao grande peso, sua coragem e astúcia, faz dele um animal forte terrível, só é vencido após
renhida batalha com o leão. A este animal é dito: “Levanta-te, devora muita carne e assim também os Medos-Persas bem mais fracos em suas conquistas, mais lentos que os babilônios e foram bem mais sanguinários do que estes”.
O Medo-Persas procuravam ganhar as batalhas pela avalanche de suas tropas e as três costelas na boca falam da conquista de Babilônia, Lídia e Egito.
A expressão “o qual se levantou de um lado”, também tem significativa importância, pois representa igualmente o carneiro que tinha dois chifres altos e um que era mais alto do que o outro, e o ais alto subiu por último. (Dn. 8,3).7
O significado do terceiro animal que era como Leopardo, com quatro asas de ave e quatro cabeças, Dn. 7,6. Este Leopardo é a Grécia (Macedônia), que corresponde ao ventre de bronze da estátua e, que volta aparecer no capítulo oito, sob a figura de um bode (Dn. 8.5). Em 331 AC Alexandre Magno, soberano da Grécia, arrebatou o domínio das mãos dos Medos-Persas. Observe que o Leopardo por si só já é muito ágil
e as quatro asas dão mais agilidade ainda. Alexandre percorreu com seus exércitos, em menos de oito meses, uns 8.200 km. Em dez anos ele dominou todo o mundo civilizado de seu tempo. Seu exercito era altamente treinado e utilizava o principio da guerra relâmpago, isto é, surpresa e rapidez nos ataques. Ele estava às portas de qualquer cidade para conquistá-la, antes mesmo de alguém saber que ele tinha saído do seu palácio. As quatro asas e quatro cabeças representam os seus quatro generais.
O significado do Quarto animal que era terrível, espantoso, muito forte, dentes de ferro, devorava e fazia em pedaços e era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres e subiu um chifre pequeno diante do qual, três chifres foram arrancados e neste chifre havia olhos, como olhos de homem, (Dn 7,7 e 8). A visão do quarto animal com seus detalhes foi tão impressionante que Daniel
concentrou sua atenção sobre ele, querendo saber a que se referia. (Dn. 7. 19, 22-25).
Compare com Dn. 2.41,44; Ap. 13,1; 17,12. Este quarto animal simboliza o império que sucedeu ao Grego, que foi Roma durante seu período de glória e ainda em sua última forma de expressão por ocasião de sua vinda e também a confederação de dez reis sob o comando do Anticristo nos últimos dias. Neste quarto animal podemos observar dez características, sendo que as cinco primeiras se cumpriram em Roma e as cinco últimas se cumprirão no Anticristo.
ROMA → 1-Terrível ANTICRISTO→1-Unhas de bronze
2- Espantoso 2-Dez chifres
3- Muito Forte 3-Chifre pequeno
4- Grandes dentes de ferro 4-Três chifres tirados
5- Devora e faz em pedaços 5-Chifre peq. c/olhos
Não há dúvidas de que o chifre pequeno (Dn. 7,8), representa o anticristo. Ele ao emergir dentre os dez reis, abaterá três, veja Ap.17, 3, 7, 12, 13, 17. Os “olhos e a boca que falava com insolência”, em Dn. 7, 8, 20, fala sobre como o anticristo será inteligente e, será também um grande orador inflamado (eloqüente) e magnetizador das massas. Ap. 13 5-6; II Ts. 2,4; Dn. 7,25; Ap. 12,14; Ap. 11,2; 13,5; 11,3; 12,6.
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Analisemos ainda neste capítulo sete, a visão do ancião de dias e do filho do homem. Após Daniel ter visto as visões sobre os quatro animais ele continuou olhando, e eis que se assentou um ancião de dias, e o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo de sua cabeça, como a lã puríssima, e o seu trono como chamas de fogo e as rodas dele como fogo ardente. O trono é apresentado com rodas, porque além de ser um
trono também é um carro de batalha. Compare esta visão de Dn. 7. 9-13, com Mt. 25.
31-46 e Ap. 19,11 a 14 e ainda Dn. 7,14 com Ap. 11, 15; Dn 7, 27 e 28.
IV)- DANIEL CAPITULO 8
Este capítulo vem completar o que vimos estudando até agora. Neste capitulo vamos ver detalhadas predições sobre o império Persa e Grego.8
Cronologicamente este capitulo vem antes do capitulo 5. O capitulo 8 tem lugar no terceiro reinado de Belsazar (v.1), ao passo que o capitulo 5, marcou o final do governo de Belsazar. Quem é o carneiro com dois chifres, no v. 3? Veja v.20. O que quer dizer “Todos os dois chifres eram altos” – “um era mais alto do que o outro” – “E o mais alto subiu por último”. Aqui entra a importância do conhecimento de Historia Geral.
Ciro, expandindo a sua influencia Persa, capturou em 549 a.C. ECBANA, capital da Média e assim ficou unido ao rei da Media (Dario).
Porém em 539 a.C. o general Gobrias (do exercito Persa), desviou o curso do rio Eufrates e tomou a cidade sem disparar uma só flecha. (Dn. 5,30-31). Enquanto Ciro terminava a submissão de algumas regiões rebeldes. Neste ínterim, Dario ficou como governador da Babilônia, sendo assim Ciro, o chifre mais alto, que subiu por último, pois ele só veio a tomar posse posteriormente. Inclusive o império começa com o nome Medo-Persa (Jr. 51, 11,28), e por razões políticas mais tarde fica invertido para Persas e
Medos (Et. 1,19).
Em Dn. 8, 4, é visto um bode que vinha com grande fúria e ele era peludo e tinha um chifre notável entre os olhos, como podemos entender a figura deste bode peludo e seu chifre notável? Veja Dn. 8,21.
Veja a guerra entre o bode peludo e o carneiro em Dn. 8. 5-7 o que significa ter sido quebrado e no seu lugar ter nascido quatro outros chifres, conforme Dn 8,8? Dn 8,22. Outra vez consultamos a historia e podemos compreender que o “chifre notável”, que estando muito forte “foi quebrado”, levantando em seu lugar “quatro chifres também notáveis”, se refere a morte de Alexandre, o Grande, aos 33 anos de idade, após estar num prolongado banquete com muita bebida, ser acometido de uma súbita e intensa febre, vindo a morrer e deixado o império nas mãos de seus quatro generais.
Veja que a profecia dada através do anjo Gabriel fala que são quatro reis que se levantarão de uma mesma nação e de fato o reino foi dividido entre quatro dinastias:
1ª Casándro ficou com a Macedônia;
2ª Lisímaco ficou com a Ásia Menor;
3ª Selêuco ficou com a Síria;
4ª Ptolomeu ficou com o Egito.
Dessas quatro dinastias, mais tarde se reduzem a duas, que são tratadas pelo capítulo 11, como Reino do Sul; Ptolomeu e Reino do Norte; Selêuco. Observe ainda, que de um dos chifres saiu um “chifre pequeno”, Dn. 8,9. Este chifre pequeno trata-se do rei Selêucida, Antíoco Epifânio, conhecido como Epimanes (maluco), que foi opressor de Israel, procedente da Síria.
O termo Selêucida, deriva do general Selêuco Nicator, ao qual como já vimos antes, na partilha do império de Alexandre coube a Síria.
Antíoco Epifânio ou Antíoco Epifanes é conhecido como o Anticristo do Antigo Testamento, tal a perseguição que infligiu ao povo Judeu durante o século III a.C. durante o período inter-bíblico (de Malaquias à Mateus-400 anos de silêncio profético).
Antíoco reinou de 175 à 167 AC e decidiu exterminar com o povo judeu e sua religião.
Chegou a proibir oculto a JEOVÁ. Recorreu a todo tipo de torturas para forçá-los a renunciar a sua Fé e isto então deu lugar aos revoltosos “MACABEUS”, uma das páginas mais heróicas da história dos judeus.
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Ainda é dito que esse chifre pequeno se engrandece até ao exército do céu, lança por terra algumas Estrelas desse exército e se engrandece até o Príncipe desse exército, tirando o holocausto contínuo e deitando abaixo o lugar do santuário e lançou a verdade por terra e fez o que era do seu agrado. Dn. 8, 9-12.
Entendemos que esse exército do céu juntamente com “algumas estrelas”, significa os levitas e os sacerdotes judeus.9
Depois disso Daniel ouviu um santo que dizia a outro santo: “Até quando durará a visão do holocausto contínuo, por causa da transgressão assoladora, e a entrega do santuário e do exercito, para serem pisados”? Ele respondeu: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado”. Entendemos que se referem a dias normais e não proféticos, como entendemos em outras partes.
Os sacrifícios eram oferecidos duas vezes ao dia, às nove da manhã e às três horas da tarde, nos dias de Antíoco, houve um período em que o culto a Deus, como vimos acima, foi substituído pelos ritos pagãos, chegando a se oferecer até mesmo uma porca no santuário do templo, isso em 171 ac e no ano 168 ac, proibiu o sacrifício no templo.
Entendemos então que essas 2.300 tardes e manhãs se referem a 2.300 dias normais, que totalizam mais ou menos 6 anos, período em que justamente ocorreram as perseguições movidas por Antíoco Epifânio (171 à 165 ac).
Certo escritor afirmou que a Besta d Ap. 19, 20, o chifre pequeno em Dn. 8,9 e a ponta pequena em Dn. 7, 8, são uma coisa só. Porém convém entender que no capitulo 7 Daniel trata de todos os reinos gentílicos, enquanto no capítulo 8, ele se ocupa apenas do segundo e terceiro reinos, ou seja: Medo-Persa e Grego.
Note que a ponta mui pequena que cresceu muito para o Sul, para o Oriente e para a terra formosa (Judá) e se engrandeceu até o exército do céu (sacerdotes judeus) não saiu do quarto reino (Roma) e sim de uma das pontas do terceiro (Grécia). Portanto esta ponta não é a mesma do capítulo 7, que trata da pessoa do Anticristo.
O Urso do capítulo 7 e o carneiro do capítulo 8, de fato representam uma coisa só: A Medo-Pérsia. O Leopardo do capítulo 7 e o Bode peludo do capítulo 8, também representam a mesma coisa a Grécia.
V)- DANIEL CAPÍTULO 11
O capítulo 11 inicia assim: “Eu, pois, no primeiro ano de Dario, o Medo,levantei-me para o animar e fortalecer. E agora te declararei a verdade: Eis que ainda se levantará, três reis na Pérsia, e o quatro será muito mais rico do que todos; e tendo se tornado forte por meio de suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia”. Dn. 11,
1,2.
O que está profetizado neste capitulo, foi predito no terceiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia. Dn. 10,1.
Declarar a verdade que o anjo está se referindo é dar a interpretação divina dos símbolos da visão. Veja Dn. 7, 16,19; 10,21.
Da mesma forma para se entender melhor este capítulo, recorramos aos arquivos da história.
5.1)
SEQUÊNCIA DOS REIS PERSAS
1º Rei - CIRO (539-529), Deus o chamou pelo nome 150 anos antes de seu nascimento (Is. 45,1). Conquistou a Babilônia em 539 e decretou a volta dos judeus para novamente se organizarem como nação. Veja Ed. 5,11-13; 1.1-4.
Dario, o Medo, também chamado de Dário I e Dario, filho de Assuero (Dn 9,1), mas não o mesmo Assuero de Et. 1,1. Esse Dario representa o chifre menor, que subiu por último em relação ao grande (Ciro). Dario, o Medo se constituiu rei, interino sobre a Caldeia e Daniel prosperou em ambos os reinos.
Dn 5, 50,31; 6,28.10
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2º Rei - ASSUERO (529-522), Esse rei é mencionado em Ed. 7, 11, e ainda não é o Assuero do livro de Ester. A história o chama de Cambises II, conhecido também por Xerxes I, não chega a ser soberano e sim co-regente com seu pai Ciro.
-Smardis (? - 521). Teve somente sete meses de reinado. É chamado de pseudoSmerdis, portanto não foi nem considerado como propriamente dito, rei da Pérsia.
-Smardis (? - 521). Teve um falso Smardis é de considerar-se que teve um verdadeiro. Reinou meses também. É também conhecido como Artaxerxes I (Ed. 4,7).
Determinou a suspensão das obras do templo (Ed. 4, 21-24; 6,14).
3º Rei - Dario II (521– 485). É filho de Artaxerxes I, é conhecido como Histapes.
Ordenou a conclusão do templo, (Ed. 4,5; 6,1). Participou da batalha de Maratona (490-AC).
4º Rei – Assuero (485-465). Este é o esposo de Ester, (Et. 1,1), a historia chama-o de Xerxes II, derrotado pela esquadra Grega na batalha de Salamina, em 480 AC. Este 4º rei é mencionado em Dn, 11, 2, que será o mais rico de todos. E podemos ver que de fato foi assim, pois nos seus dias promoveu uma grande festa, ostentando as riquezas do seu glorioso reino com duração de 180 dias e deu mais uma festa de 7 dias, para todo o povo da capital (Et. 1 1-8). Esse rico rei agitou assim todos contra o reino da Grécia, ou
seja, contra Alexandre, o Grande e foi derrotado.
5º Rei – Artaxerxes Longanimus ou Artaxerxes I (465-424), Ne 2,1; 13, 6, este foi o filho de Assuero, enteado de Ester, um ministro seu Neemias, recebeu autorização para reedificar a cidade de Jerusalém.
6º Rei – Sodgiano (424-423) / 7º Rei – Dario II (423-404)/
8º Rei – Cocomano ou Artaxerxes II (404 – 358). 9º Rei – Artaxerxes III (358 – 330)
Foi vencido na batalha de Arbela, Assíria em 331, quando caiu o grande império Macedônico. 10º Rei – Xerxes II (242 -?).
Em Dn 11, 3-4, diz que depois de ter passado os reinos da Pérsia, levantará um rei poderoso que reinara com grande domínio, mas estando ele de pé, será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu; Porém não para os seus descendentes, nem tampouco segundo o poder que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará a outros fora dos seus descendentes.
Esta profecia é a mesma profecia que já estudamos em Dn 8.8,22; porém aqui são acrescentado detalhes importantes como: será repartido para os quatro ventos do céu, porém não para os seus descendentes e também não será com o mesmo poder com que reinou. Para que se entenda melhor o capitulo onze, deve ser estudado da seguinte forma ao seus versículos:
1. Do 05 ao 20: Conflitos entre os Reis do Norte (Síria) e os Reis do Sul (Egito), e seus descendentes. O chifre notável é Alexandre, o Grande que foi quebrado (morto) e os seus quatro generais. Porém esses quatro se reduzem em dois reinos (Norte e Sul) e desses dois ficará apenas um, e isto após muitos conflitos. (Dn 10,1).
2. Do 21 ao 35: Trata-se do último reino do norte (Síria), através de seu último governador Selêucida, Antíoco Epifânio que é tratado em Dn. 8.9-14, 23-25.11
3. Do 36 ao 45: Predições referentes ao Anticristo. Talvez o leitor não entenda, porque o estudo foi iniciado no capítulo 2, depois passamos para o 7, 8 e em seguida para 11, e a seguir, mais à frente o capítulo 9. A verdade é que se torna difícil introduzir todos os detalhes ligados a profecia sem destruir a seqüência da
narrativa bíblica. Porém duas coisas devemos entender:
a) – A Bíblia interpreta a si mesma.
b) – A revelação bíblica é progressiva, ou seja, Deus não diz tudo de uma vez só, e nem uma vez por todas.
Daniel recebeu revelações a respeito do futuro político do mundo em quatro ocasiões, nenhuma dessas visões é completa em si mesma, todas elas omitem detalhes importantes, que são fornecidas pelas outras.
- Como já vimos a estátua do capítulo 2, mostra o lado político dos últimos impérios mundiais.
- No capítulo 7, através dos animais é mostrado o lado moral e espiritual, através do caráter feroz e destrutivo dos animais.
- Observe que os animais levam um grande vantagem em relação a estátua, pelo fato de poder expressar ação.
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VI) - DANIEL CAPITULO 9
Daniel revela que no primeiro ano do reinado de Dario, ele entende pelos livros (dos profetas), mais precisamente pelo livro do profeta Jeremias, que havia de acabar as assolações de Jerusalém por já ter se passado setenta anos (Dn. 9.1,2).
Daniel estudava a bíblia e a considerava de uma forma prática; entãoaceitou a profecia como a voz de Deus chamando-o para agir. Tinha chegado o dia do cumprimento de Jr. 25. 11,12 e 29,10. Tinha chegado o tempo de findar o exílio de Judá; entretanto não havia qualquer indicação de que tal coisa iria suceder, não havia qualquer edito, neste sentido.
Nós também estamos em tempo de grande crise, conforme as profecias e Deus quer que seus filhos considerem a profecia como coisa prática (Lc 24, 25; II Pe 1,19), que se humilhem até o pó e façam intercessão dia e noite.
E o anjo saiu para fazer Daniel entender o sentido (Dn. 9 21,22), até mesmo Daniel, profeta e também com a palavra clara da bíblia estava intercedendo com muita falta de luz. Notemos que essa “luz” está aumentando capitulo após capítulo.
Isto é o que a bíblia chama de revelação progressiva.
Deus revelara, no capitulo 2, que o tempo dos gentios na sua primazia seria aniquilado para sempre, pela chegada do reino da Pedra, o reino eterno dos céus.
A visão dos quatro animais (cap. 7) revela que os santos de Israel serão honrados nesse reino como o povo predileto da terra; porque o seu Rei, o filho do Altíssimo, será servido e adorado por todos os governos que houver na terra.
A visão do carneiro e do bode (cap. 8) revela uma nuvem negra de tribulação sem igual a ser travada pelas nações: Medo-Persas e Grécia.
A visão das 70 semanas de Daniel (Cap. 9) resplandece como uma luz intensa e para se entender esta profecia, temos que entender o motivo porque Israel, precisamente o reino do sul (Judá), foi para o cativeiro babilônico.
- Deus havia dado a terra a seus servos (Israel) e esperava que eles fossem mordomos fiéis. Enquanto Israel confiasse em Deus, podia contar com a promessa divina de boas colheitas, para que houvesse bastante suprimento para o sétimo ano, no qual não podia haver sega (Lv). 25. 20-22, e isto implicava em exercer fé. De uma forma também ajudava a manter a fertilidade do solo, permitindo que ficasse sem ser lavrado em certas épocas.
- Deus havia estabelecido: “Observai os meus estatutos, guardai os meus juízos e cumpri-os, assim habitareis seguros na terra”. Porém isto permaneceu como ideal raramente cumprido (Lv. 25.18; Jr. 34, 13,14). Portanto uma das causas do cativeiro babilônico foi a inobservância desse mandamento. (Jr. 25. 10 e 29,10). Dessa forma Israel no cativeiro fez descansar a terra obrigatoriamente. (II Cr. 36,21).
Analisando o texto d Dn 9. 24-27, devido a sua importância, note cuidadosamente e lembre-se:
1- A profecia inteira trata do “povo” de Daniel e de sua cidade, isto é: A nação de Israel e da cidade de Jerusalém. (v. 24).
2- Dois príncipes diferentes são mencionados, que não se deve confundir: Oprimeiro é o Messias, O Príncipe (v.25) e o segundo se descreve como o príncipe que há de vir. (v. 26).
3- Todo período envolvido é precisamente especificado como setenta semanas, (v.24), e estas setenta semanas são divididas em três períodos menores: (vv, 25,27).
a) – Sete Semanas;
b) – Sessenta e duas Semanas;
c) – Uma semana.
4- O início do período total, ou seja, das setenta semanas é definitivamente fixado:
“Desde a ordem para restaurar a para edificar Jerusalém”. (v. 25).
5- O fim das sete semanas e sessenta e duas semanas é (= 69 semanas) marcado pela apresentação do Messias, o Príncipe, como o “Príncipe de Israel”.
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6- Depois das sessenta e duas semanas, que seguem as primeiras sete semanas, (isto é 69 semanas), o Messias, O Príncipe será morto e Jerusalém será destruída em algum tempo no futuro, pelo povo do outro príncipe. (v.26).
7- Após estes dois eventos importantes chegamos a última ou a Septuagésima
Semana, cujo inicio será claramente indicado pelo estabelecimento duma firme
aliança ou tratado entre o príncipe vindouro e a nação de Israel, pelo período de uma
semana. (v. 27).
8- No meio da semana, ou da septuagésima semana, após ter violado o seu tratado, o príncipe vindouro fará cessar o sacrifício judaico subitamente e fará cair sobre o povo um tempo de ira e desolação que durará até o fim da semana. (v.27).13
9- Ao findar o período total das setenta semanas será inaugurado um tempo de grandes Bênçãos, como nunca houve para Israel. (v, 24).
Qual a medida de tempo indicada pelas semanas desta profecia?
Que tipo de semanas são essas?
Para o leitor da língua portuguesa a palavra semana significa só uma coisa, isto é, um período de sete dias. Entretanto è importante saber que no calendário judaico, inspirado divinamente, os judeus tinham um SETE de ANOS, tanto quanto um SETE de DIAS. E esta semana bíblica era tão familiar para os judeus quanto a semana de anos.
Veja Lv. 25,8; Gn 29, 18, 27,28.
VII) AS SETENTA SEMANAS E SEUS PERIODOS
1º - sete semanas, ou quarenta e nove anos.
Marca o 1º período das setenta semanas e com um fato notável da história: “Sabe e entende, desde a ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao messias, sete semanas e sessenta e duas semanas”. Dn 9,25.
O primeiro período começa então, com o reinado de Artaxerxes em 445 aC.
Esta ordem é identificada, por muitos comentaristas, como os decretos elaborados por Ciro, Dario e Artaxerxes, registrados no livro de Esdras, (Ed. 6,14). Mas estes decretos, sem nenhuma exceção, são acerca da “reconstrução do Templo”, e não da cidade. Leia cuidadosamente, Ed. 1. 1,2; 4.1-5; 11,24; 6. 1-5 14,15; 7.11. 20, 27, e note que a referencia ao decreto, fala da “casa do Senhor”. Mas não há autorização para
a reconstrução da cidade. A reconstrução do templo foi interrompida, por certo tempo, devido as acusações dos inimigos dos judeus de que estavam tentando reconstruir também a cidade sem a devida autorização do Rei. (Ed. 1-24).
Existe somente um decreto na história do Antigo Testamento, fora de todas as manipulações de interpretações, que tem a possibilidade de ser identificado como a referida “Ordem” da profecia de Daniel.
Este decreto se acha no livro de Neemias. Leia cuidadosamente Ne 1,4 e 2.1-8, notando alguns fatos.
Primeiro, foi a noticia da condição ruinosa do “muro” e dos “portões” da cidade que despertou profunda preocupação em Neemias, o copeiro do rei Artaxerxes.
“ Segundo, foi que, após a oração, ele “ousou” pedir ao rei:” Peço-te que me envieis a Judá, à cidade dos sepulcros de meus Pais, para que eu a reedifique”. Ne 2,5.
Terceiro, é que seu pedido ousado, lhe foi concedido pela graça de Deus: “E o rei, mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo”, Ne 2,8.
O mais importante, entretanto, é notar como Neemias registra cuidadosamente, sob inspiração divina, a data exata desse decreto: “No mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes”, Ne. 2,1.14
Quarto este 1º período, vai de 14 de março de 445 aC, com o decreto do Rei autorizando a reconstrução de Jerusalém até o ano de 396 aC, tempo que durou a reconstrução, (49 anos).
Interessante que até mesmo a mais recente edição da enciclopédia britânica, certamente sem preconceito favorável à profecia, marca a data da ascensão de Artaxerxes, como 465 aC, assim seu vigésimo ano vem a ser exatamente 445 aC.
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2ª – Sessenta e duas Semanas, ou Quatrocentos e trinta e quatro anos.
Somando os 49 anos do 1º período mais esses 434 do segundo período, formam exatamente 483 anos.
Por meio de cálculos cuidadosos, os eruditos têm encontrado o seguinte:
Que essas 62 semanas (ou 434 anos), termina com a entrada triunfal do Senhor em Jerusalém e também, que essas 62 semanas, somadas as sete semanas (49 anos), marca a data certa da primeira vinda de Cristo e determina o período do reinado do Anticristo.
Para encontrar o final das sessenta e nove semanas, temos que reduzi-las hádias. Desde que a 69 semanas de 7 anos cada uma, e cada ano tenham 360 dias, a equação a qual chegamos é 69 x 7 x 360 = 173.880 dias.
Começando a contagem a partir do dia 14 de março (dia da preparação para a Páscoa) de 445 aC, este total nos leva até 6 de abril de 32 aD.
Para comprovar que os 173.880 dias são exatamente iguais ao período acima descrito, é necessário calcular este período da seguinte forma:
445 aC até 32 aD = 445 + 32 = 476 (aC 1 até 1 aD = 1 ano (o ano lunar judeu que tem apenas 360 dias)
476 anos x 360 dias = 173.740 dias
Aumento dos anos bissextos + 119 = 476 anos/ 4 anos = 119 – 3 =116 anos bissextos.
Obs. (Há uma diferença de 1/128 avos a maior no calendário Juliano para o calendário solar que é igual a 3).
Portanto em 476 anos temos 116 anos bissextos.
14 de março a 6 de abril = 24 dias, onde temos: 173.880 Dias, ou seja, 173.740
+ 116
24
173.880
Portanto se somar 173.880 dias a partir de 14 de março de 445 aC, dará exatamente em 06 de abril de 32 aD. (Zc 9,9; Lc. 29-40)15
3ª Semana ou seja sete anos
Este é o terceiro e último período das Setenta semanas. Completa desta forma setenta semanas e como são semanas de anos, quatrocentos e noventa anos.
É natural pensar que esses sete anos ou seja esta última semana, seguir-se-á logo após as sessenta e duas semanas, porém esta última semana se torna separada por um grande intervalo de tempo.
Por que Daniel então não menciona o intervalo imenso que há entre a 69ª
(sexagésima nona) semana e a 70ª septuagésima). Porque as setenta semanas tratam somente do Plano Divino com Israel e, assim, não lhe inclui o intervalo, a época da Igreja. Podemos dizer a “Dispensação da igreja”.
Devemos lembrar que o livro do profeta Daniel é, antes de tudo, para os judeus.
Foi um mistério não revelado no antigo testamento, que Deus quis formar depois da primeira vinda de Cristo a antes da segunda vinda, um outro povo escolhido e composto de judeus e gentios. O profeta avistou de longe dois cumes da cordilheira de eventos, sem considerar os muitos picos menores que sempre existiram entre os dois. (Ef. 3.3-6; 5.32; I Pe. 1 10-12).
Existe um grupo que segue e defende o argumento da interpretação contínua.
Segundo este argumento o período inteiro das setenta semanas é contínuo e sem interrupção, ou seja a septuagésima semana segue a sexagésima nona sem nenhum intervalo de tempo.
- Evidentemente, se esta teoria fosse certa, a septuagésima semana já teria passado, tendo terminado na primeira parte do livro de Atos.
- Os defensores desta teoria não concordam entre si em todos os detalhes, mas o grupo mais importante acredita que Cristo morreu no meio da septuagésima semana, e, portanto, que esta última deveria ter findado três anos e meio depois da cruz.
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Quando lemos no versículo 24: “Setenta semanas estão determinadas”, imediatamente concluímos que todas as semanas (setenta), são contínuas, e, então poderá se arrastar esta interpretação errada através do restante da profecia.
Porem, no versículo 25, encontramos um período de 69 semanas terminando com um acontecimento histórico definido, o aparecimento do Messias, o Príncipe. Então depois destas 69 semanas, vem dois outros eventos: A more do Messias e a destruição da cidade. Se seguirmos a ordem do texto, a morte do Messias e a destruição de Jerusalém se encontram entre as semanas sexagésima nona e a septuagésima da
profecia.
Um intervalo de tempo entre as semanas sexagésima nona e a septuagésima é exigido pelo cumprimento histórico dos dois eventos preditos no versículo 26. Estes eventos foram: a morte do Messias e a destruição de Jerusalém e ambos são colocados depois e não dentro da 69ª semanas.
É conhecido na história que no ano 70 aD, o General Romano Tito, destruiu Jerusalém e seu santuário num dos cercos mais poderosos de todos os tempos.
Sendo certo que as primeiras sessenta e nove semanas terminaram depois de 32 AD, a destruição da cidade ocorreu quase quarenta anos depois do fim das sessenta e nove semanas. Mas na narrativa da profecia a destruição da cidade é colocada antes da última semana. Portanto o cumprimento histórico deste detalhe da profecia, sobre o qual quase todos concordam, exige um intervalo de mais ou menos 38 anos e assim fornece evidência infalível ao problema que tem confundido tantos comentaristas. Porque mesmo que um ano só seja admitido entre as últimas duas semanas, o princípio da 16 interpretação do intervalo fica admitido. E se pode haver 38 anos, não há nenhuma razão a priori, para negar que possa haver vinte séculos.
Pode se observar também que os cumprimentos dos acontecimentos, tremendos do versículo 24, não se acham em lugar algum da história, logicamente por serem futuros, e estão aguardando a realização da septuagésima semana:
1º - Extinguir a transgressão;
2º - Dar fim aos pecados;
3º - Expiar a iniqüidade;
4º - Trazer a justiça eterna;
5º - Selar a visão e a profecia;
6º - ungir o Santo dos Santos.
Por outro lado podemos argumentar que um intervalo imprevisto no tempo profético não é fenômeno raro nas profecias do antigo testamento (Is. 9.6; Zc. 9.9,10; Is. 61. 1,2).
Sabe-se que muitas vezes há pouca ou nenhuma perspectiva de tempo nas visões do profeta do antigo testamento. Ele via junto no panorama da profecia, eventos que no seu cumprimento ficaram separados por séculos. Esta característica curiosa, tão estranha ao modo de pensar ocidental, era perfeitamente compatível, com o modo oriental, que pouco se preocupa com a cronologia contínua.
O Dr. M.G. Kyle, dizia aos seus alunos, o oriental se interessa pelo próximo evento importante e não pelo tempo do seu cumprimento. A bíblia é um livro oriental, humanamente falando. Contudo, vemos que mesmo os profetas se confundiam pela falta de perspectiva de tempo. Pedro relata que depois de terem escrito, os profetas procuravam o significado do que haviam dito: Investigando atentamente qual ocasião ou
quais circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo que estava neles, ao dar de antemão, testemunho sobre sofrimentos referentes à Cristo, e sobre as “Glórias que o seguiriam” I Pe. 1,11.
Evidentemente, os profetas viam claramente tantos os sofrimentos quanto a glorias do Messias. Ainda mais, sabiam da ordem cronológica, ou seja: Primeiro os sofrimentos e depois as glórias. Porém uma coisa era obscura para eles: O tempo. “Qual ocasião ou qual circunstância”.
Isto é precisamente o problema das profecias das setenta semanas. Daniel viu claramente os sofrimentos de Cristo – O Messias seria “exterminado”, depois da sexagésima nona semana, mas antes da septuagésima. É igualmente certo que Daniel viu glórias de Cristo que viriam ao fim da septuagésima semana (Dn. 9.24). Mas parece evidente que o problema do tempo intercalado ficou além do seu entendimento, porque este problema foi discutido pelos mensageiros angélicos. (Dn. 12. 6,7).
Daniel confessa: “Ouvi, porém não entendi”, (Dn. 12,8). Esta falta de entendimento, não foi falta de compreensão espiritual; mas sim por parte do plano soberano de Deus; vemos o versículo 9: “Vai-te Daniel; pois as palavras estão encerradas e seladas até o tempo do fim”.
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Este dito não se refere a todo o livro de
Daniel, mas somente ao tempo implicado na septuagésima semana da profecia.
O tempo do fim chegará com o início da septuagésima semana, e então a cronologia profética ficará tão clara que só os ímpios é que não poderão entendê-las.
(Dn. 12,10).17
VIII) – DANIEL CAPÍTULO 12.
Versículo 1º. Este versículo trata de um período de angustia, qual nunca houve.
Este período nada mais é do que a Grande tribulação e que o livro de Apocalipse trata em sua maior parte.
Versículo 2º. Aqui fala que haverá dois tipos de ressurreições.
Versículo 3º. E a ciência se multiplicará... Para que possamos avaliar o cumprimento desta profecia, vejamos algumas das invenções em ordem cronológica.
Gás de iluminação →1978 Prelo a vapor →1803
Navio a vapor →1807 Tear →1808
Locomotiva →1814 Fósforo →1820
Ceifadeira →1834 Eletrotipia →1837
Telegrafo →1837 Maquina de costura →1846
Maquina de escrever →1867 Telefone →1876
Fonógrafo →1877 Luz elétrica →1878
Turbina a vapor →1883 Linotipo →1886
Bonde elétrico →1889 Automóvel →1893
Raio X →1895 Cinema →1895
Telegrafo s/fio →1896 Avião →1906
Telefone s/fio →1915 Radio →1921
Televisão →1928 Propulsão a jato →1941
Energia atômica →1942
Versículo 10º. Neste versículo esta registrado que os ímpios procederão impiamente e nenhum deles entenderá (os mistérios do Senhor, a sua palavra), mas os sábios entenderão.
Versículo 11º. O que é esta abominação desoladora? veja Dn. 9,27; Mt. 24,15; II ;Ts 2,4 – O Anticristo fará um pacto com o povo de Israel e isto por “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. Dn. 12,7.
Um tempo................................................. 1 ano
Dois tempos.............................................. 2 anos
Metade de um tempo................................ 1/2 ano
Observe que é dito que o príncipe (o Anticristo) fará uma aliança por uma semana (sete anos) e na metade da semana (três anos e meio), quebrará este pacto e sobre a asa das abominações virá o assolador. E estabelecida à assolação haverá 1290 (mil duzentos e noventa dias), e o quer dizer estes dias?
1290 são (1260 + 30), observe Ap. 11,3; 12,6. Esses trinta dias poderá ser o tempo gasto para realizar o julgamento das nações.
Versículo 12º. É dito aqui que “Bem aventurados os que esperam e chegam aos mil trezentos e trinta e cinco dias”, o que poderia ser esses dias?
1335 é (1260 + 30 + 45), provavelmente deve ser o tempo para os preparativos do estabelecimento do Milênio, veja as referencias: Ap. 16,18; 19,17-21; Ez. 39,17-22.
Logo após a Grande tribulação, isto é, no seu finalzinho deverá acontecer a batalha do Armagedom e o morticínio será muito grande.18
Para se ter uma idéia, na batalha que o grupo do bloco comunista realizará contra Israel, no início da Grande Tribulação, em Ez. 38 e 39 é onde muita gente confunde com a batalha do Armagedom, o povo de Israel levará sete meses para enterrar os mortos. EZ. 39.11-13.
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IX) TEXTOS PARALELOS AO LIVRO DE DANIEL E APOCALIPSE
Dn. 2.44 ↔ Ap. 11.15; 12.10 ↔ O Reino de Deus.
Dn. 5.4,23 ↔ Ap. 9.20 ↔ Descrição da idolatria
Dn. 7.9 ↔ Ap. 20.4 ↔ Tronos
Dn. 7.9 ↔ Ap. 1.8 ↔ Ancião de dias
Dn. 7.10 ↔ Ap. 5.11 ↔ Milhares que serviam
Dn. 7.13 ↔ Ap. 1.7; 14.14 ↔ Advento final
Dn. 7.22 ↔ Ap. 20.4 ↔ Juízo dado aos santos
Dn. 7.25; 12.7 ↔ Ap. 12.14 ↔ Um tempo, tempos......
Dn. 8.10 ↔ Ap. 12.4 ↔ Queda das estrelas
Dn. 8.26; 12.4 ↔ Ap. 10.4; 22.10 ↔ Visão para ser selada.
Dn. 10.5,6; 7.9 ↔ Ap. 2.18; 19.12 ↔ O homem
Dn. 10.13,21 ↔ Ap. 12.7 ↔ O Arcanjo Miguel
Dn. 12.1 ↔ Ap. 17.14 ↔ A Grande tribulação
Dn. 12.1 ↔ Ap. 20.15; 21.27 ↔ O Livro da Vida.
X) QUE GERAÇÃO É ESTA DECLARADA POR JESUS?
“Não Passará esta geração” – “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam”.
Sendo a duração da vida humana, “geração” serve para expressar o tempo como segue: os tempos passados (At. 14.16; 15.21), o tempo do castigo de Deus, que atinge até a quarta geração (Ex. 20.5; Dt. 5.9), o tempo da sua misericórdia, infinitamente maior que sua cólera (Ex. 20.6; Dt. 5.10; Icr. 16.15; Sl. 108.8). “De geração em geração”, que também se traduz conforme o sentido do pensamento: “de idade em
idade” – significa para sempre, em perpetuidade, e se relaciona com fidelidade de Deus a seu reino, a seu amor e ss (Ex. 3.15; Sl. 33.11; 90.1; Is. 60.15; Dn 4.3; Lc. 1.50).
a) por outro lado, “geração” significa os homens de uma época (Ex. 1.6; Nm. 32.13; Ec. 1.4), os homens do passado (Jó 8.8), os homens do futuro (Dt. 29.22; Jó. 18.20; Sl. 22.21; 48.14; 78. 4,6; Lc. 1.48), os contemporâneos (Is. 53.8; Lc. 16.8).
Neste sentido “geração” é o objeto dos julgamentos severos que os profetas trazem sobre seus contemporâneos e, sobre todo o povo de Israel: “... geração perversa” (Dt. 32.5); “... geração pecadora” (Is. 1.4); “... semente adulterina” (Is. 57.3); “... semente da falsidade” (57.4, etc.).
O Senhor Jesus retoma estes julgamentos proféticos e os aplica a seus contemporâneos em vários de seus elementos doutrinários:
“... geração má e adúltera” (Mt. 12.39); “... geração adúltera e pecadora” (Mc. 8.38); “... geração incrédula!” (Mc. 9.19); “... geração incrédula e perversa” (Mt. 17.17), etc.
b) “... esta geração”. A palavra “geração” na presente passagem tem um sentido escatológico. É a palavra grega “genea”, segundo o Dr. C.I. Scofield,ela traz em si a idéia de “raça, família, espécie, etc”. É certo que a palavra se emprega apenas como uma geração familiar (como um filho sucedendo ao pai), não se coaduna com a tese 19 principal, porque nenhuma destas “coisas”, a saber, a pregação do evangelho do Reino em todo o mundo; a volta de Jesus em glória; o ajuntamento dos escolhidos pelos anjos, não aconteceu antes da destruição de Jerusalém, que todos sabem, deu-se no ano 70 dC.
A promessa é, portanto que a Geração – a Nação de Israel ou família israelita – será conservada até o fim como nação: Ninguém a destruirá.
c) O sentido aqui invocado deve ser o mesmo de “raça”, “espécie”, “família”.
Tal expressão de Jesus assegura a continuidade de Israel, como nação, até a volta de Cristo com poder e grande glória, mas sua identidade como raça e como nação continuará até aquele acontecimento. Paulo declara exatamente isso em Rm. 11.25 e ss.
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Outros, porém, tem em mente que Jesus ao se referir a “esta geração”, queria dizer “esta geração de homens”, e assim, segundo este critério de interpretação, aquela “geração”, tria durado exatamente 40 anos, pois no ano 70 dC. Todos que ouviram isto, exceto os discípulos pereceram.
d) Acima, neste tópico, falamos que em certo sentido “geração” se aplica também aos homens de uma época ou a um grupo específico em qualquer tempo ou época, tais como:
1) Os Gentios. “Depois disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração” (Gn. 7.1). Os gentios, quanto à sua origem, vieram de Adão e a sua liderança natural esta nele. Quanto ao seu estado no período de Adão à Cristo, ficaram sob a multiforme acusação: “... estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo”. (Ef. 2.2b). Portanto os Gentios eram uma “geração”
sem Deus e sem esperança.
2) Os Judeus. “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam” (Mt. 24.34). Com a chamada de Abraão e tudo o que o Senhor operou nele, deu-se início a uma nova raça ou nova geração, a qual sob alianças e promessas divinas inalteráveis continuará para sempre. Portanto Israel é uma geração a parte dos demais povos ou nações. Isto é, trata-se de um povo escolhido como alvo das promessas e conceitos de Deus até a consumação.
3) Os Cristãos. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa...” (IPe. 2.9ª). Um grande conjunto das Escrituras declara direta ou indiretamente que a atual disposição foi predita e intercalada, e nela uma nova humanidade aparece sobre a terra como a cerca de 2000 a.C. aparece na nova ordem do tempo a nação de Israel, tendo como ponto de partida o patriarca Abraão. (Gn 12.1 e ss);
- Os Gentios partindo de Adão, formavam uma nova “geração”, pois Deus havia também criado outros seres racionais (os anjos) no Universo.
- Os Judeus, partindo de Abraão, davam agora início a uma nova “geração” que, foi denominada por Deus como sendo “Santa” (Ex. 19.6).
- Os Cristãos partindo de Cristo, formam agora a “nação santa” (I Pe. 2.9etc).
XI) O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS
O futuro se tem feito fator de preocupação e averiguação do homem em todos os tempos e em todos os lugares. Seja cristão, um ateu ou um pagão, o homem vive 20 permanentemente à procura da verdade concernente ao seu futuro e ao destino final do Universo no qual habita. Enquanto o homem racional indaga: “Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” Indagam tantos outros: Como podemos estar certos acerca da vida futura, relacionada com a existência do presente?
Para dar respostas a estas insistentes indagações do homem, a Escatologia Bíblica, abre a cortina do porvir, para revelar o Deus da História armando o palco onde se desenrolarão os grandes eventos preditos pelos profetas, pelo Senhor Jesus Cristo, e mostrados a João na sua visão na ilha de Patmos. Há, pois, grande conforto no estudo da doutrina das últimas coisas.
a) Onde Estão os Mortos?
Pela primeira vez encontramos em Gn. 2.17, a origem de uma palavra que percorrerá toda a história da humanidade até o Juízo Final: “A MORTE”! Ali, ela estava oculta (certamente morrerás) e na seção seguinte, já “revelada”. A morte é apresentada na Bíblia de várias maneiras. Em algumas passagens refere-se apenas a um estado, em outras porém, ela aparece como sendo “um ser personificado” (Jó. 28,22; I Co. 16,26; Ap. 6,8; 20,14). Na passagem de Ap. 6,8, a Morte e o Inferno são vistos personificados como os guardiões respectivamente dos corpos e das almas dos homens sem Deus, entre a morte e a ressurreição, Ap. 20,13.
A morte se tem feito tema de discussão e preocupação de todos os povos, independentemente da cultura e da religião que tenham. A partida de um ente querido para o Além, não apenas fere corações queridos, também levanta indagações dos que aqui ficam quanto ao futuro eterno do ente querido que partiu.
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Neste caso a Bíblia é de inestimável valor, uma vez que ela fala, não apenas da vida presente, mas também fala da morte, do estado intermediário dos mortos e do que lhe aguarda no porvir.
Esta questão preocupa praticamente todas as religiões surgidas ao longo de toda a história da humanidade em todo o mundo.
Os antigos Gregos acreditavam que os mortos iam para as “Ilhas dos bemaventurados” onde ficavam aguardando o julgamento por três representantes do mundo subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante a vida, e os juízes estabelecessem a sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos, um tipo de paraíso. Ali de acordo com a mitologia grega, os mortos estariam em uma terra de música e luz, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam ali para sempre, entre as alegrias simples de flores e campinas verdejantes.
Outras religiões do mundo viam a habitação final dos mortos de maneira diferente, dentre as quais se destacam: O Islamismo, o Budismo, o Hinduismo e o Espiritismo. Os romanos, por exemplo, imaginavam a eternidade como o espelho desta vida. Para os muçulmanos, a morte traz recompensa e punição. Já os hindus e os budistas dizem que as almas voltam a este mundo várias vezes até que encontram as bem-aventuranças eternas. Supõem que essa purificação acontece através da transmigração das almas, isto é, depois da morte a alma volta a reencarnar no corpo de um animal inferior ou de outro ser humano. A grande semelhança entre essa crença é aquela definida pelos espíritas, a reencarnação.
Neste mundo de tantas religiões e de tanta confusão em matéria de fé, pergunta-se: “Com quem está a verdade, finalmente?” A resposta é simples: A verdade está revelada na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, e isso não deixa lugar para especulações, seja para quem for. A palavra de Deus afirma enfaticamente que uma das razões porque Jesus veio a este mundo, foi para nos mostrar não apenas como termos 21
vida abundante aqui, mas também vida eterna no Além. A Bíblia diz: “Segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos”.
A imortalidade sempre foi um fato inconteste nas Escrituras, mas foi necessário que Cristo a trouxesse à luz para que soubéssemos o que ela é e podemos obtê-la.
b) Para Onde Vão os Mortos?
As bênçãos resultantes da vinda do Senhor Jesus a este mundo são incontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos diz respeito aos filhos de Deus que dormem ou vierem a dormir no Senhor. Na Glória celestial ser-nos-ão reveladas e usufruídas inumeráveis outras bênçãos derivadas da vinda de Jesus Cristo aqui. Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.
Para compreender os ensinos bíblicos sobre o lugar para onde se destinam os mortos é necessário observar no texto original do antigo testamento e também no novo testamento, algumas palavras descritivas para o inferno.
Apalavra inferno na Bíblia tem significados que variam de acordo com o texto em que é citado.
Há basicamente quatro palavras, na edição revista e atualizada, que são traduzidas por inferno.
1- SHEOL – A palavra Sheol, no Antigo Testamento, equivale em sentido a Hades, no Novo. (Dt 32.22; Sl 9.17 e 16.10). Ambos os termos designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo Testamento, eram levados todos os mortos: justos e injustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos uma divisão para justos e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível. Entende-se que Efésios 4.8-
10, indica a ocasião da mudança: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”.
Acrescenta-se imediatamente que Ele (Cristo), tinha primeiro “descido às partes mais baixas da terra”; Isto é, a parte do Sheol que era o Paraíso. Algumas versões da Bíblia equiparam Sheol, (O mundo invisível) com queber (sepultura). As Escrituras, porém, vão mais além e revelam ser Sheol, não apenas um lugar, mas sobretudo, um lugar de pena (2 Sm 22.6; Sl. 18.5; 116.3). onde os iníquos são lançados (Sl. 9,17) e onde estão conscientes (Is. 14.9-17); (Ez. 32.21), e especialmente Jonas 2.2, onde o “interior” dogrande peixe era para Jonas o que o Sheol é para os que estão nele. Assim Sheol do Antigo Testamento e o Hades do Novo são necessariamente idênticos. Para os ímpios mortos não houve qualquer alteração quanto ao seu estado. Continuam descendo ao Hades, o império da morte, onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo Final, após o Milênio, onde serão julgados, condenados e sentenciados ao Inferno eterno.
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Sendo assim qualquer fantasma ou alma do outro mundo que porventura aparecer por aqui, é coisa diabólica, porque do Hades não sai NINGUÈM.
2- HADES – É a forma grega da palavra hebraica Sheol e significa igualmente lugar de habitação das almas que partiram deste mundo. (Mt. 11.23; 16.18;Lc. 10.15; Ap 1.8 e 6.8).22
3- GEENA - Termo usado para designar um lugar de suplício eterno (Mt 5.22,29, 30; Lc. 12.5). A palavra “Geena” é composta por duas palavras hebraicas: “ge”, que significa “um abismo” e “hinnom”. Ambas as expressões juntas significam “O Abismo ou Vale do Filho de Hinnom”. Literalmente falando, refere-se a uma depressão profunda situada ao sul de Jerusalém (Rs. 18.16). O expressivo “Geena” é originado deuma raiz aramaica obsoleta que significa “lamentação” (2 Re. 23.10). Era o lugar de culto a Moloque, a quem os reis Acaz e Manassés sacrificaram seus filhos (2 Cr.28.3; 33.6). Josias o rei eformador, declarou ser este lugar imundo (2 Re 23.10), onde era queimado lixo e lançados os cadáveres (Is. 66.24; Jr. 31.40). Por isso, “Geena” é nome grego para o Vale do Filho de Hinnom. Esse era lugar de fogo, morte e aflição, local aonde era queimado os cadáveres de criminosos e animais. Ali havia fogo aceso
continuamente, servindo assim de uso figurado para o lago de fogo. Vê-se as palavras Sheol ou Hades sendo traduzidas indevidamente por inferno. Mas o inferno propriamente dito é o Geena que é o lago de fogo. O Hades ou Sheol é apenas um inferno-prisão, onde os ímpios permanecem entre a morte e a ressurreição deles. O lago de Fogo (Ap. 20.14) e seu equivalente da “Segunda Morte” devem ser tomados como
sinônimos de “Geena”. É este o lugar onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga.
O Senhor Jesus empregou o termo “Geena” 11 vezes, sempre no sentido literal. Ali sempre havia fogo aceso, servindo desta maneira para figurar o Lago de Fogo que arde eternamente. A palavra encontra-se em Mt. 5.22,29,30; 10.28.29; 23.15,33; Mc. 9.43, 45,47; Lc 12.5; Tg. 3.6. Em cada caso, com exceção do último, a palavra sai dos lábios do Senhor Jesus em solene aviso das conseqüências do pecado. Ali era lugar
onde era jogado o lixo. Isso corresponde a um lugar com mau cheiro, fumaça e odores de putrefação que se encontra fora das cidades. O significado do pensamento combina com as palavras de Jesus, quando descreve esse lugar (“onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga”).
4- TÁRTARO – O mais profundo dos abismos no Hades, e significa “encerrar em suplício eterno” e encontramos este termo apenas em II Pe 2.4. O Tartarus dos romanos e o Tártaros dos gregos, são vistos como a Casa intermediária, a caminho do Juízo Final. (Jd. v.6). Nos escritos paralelos ao Apocalipse, “tártaro” é a designação usada para o lugar de punição dos Anjos caídos. Algumas das referencias a esse lugar, na literatura grega, parecem indicar q1ue se imaginava ser esse lugar inferior ao “Hades”, bem como um lugar especial de ira divina. Somente em II Pedro 2.4 é que encontramos o vocábulo “tartaroã”, traduzido em nossa versão como “precipitando no inferno”, e em outras versões “lançados nas regiões mais baixas”,. Os textos gregos e contextos aqui representados, levam-nos a depreender que o “Sheol” representa para os perdidos até a ressurreição final e o “Paraíso” para os santos até o arrebatamento; o que, o “Tártaro”, representa para os Anjos caídos, isto é, um lugar de espera intermediária até uma solução final. É esta a nossa solene convicção.
Queber – No Hebraico quer dizer sepultura, túmulo, cova, embora haja muita diferença entre as palavras queber e sheol certas versões tem feito confusão sobre o sentido das mesmas. Como já vimos a palavra hebraica para sepultura é Queber e a palavra grega é mnemeion. (Gn 50.5).
A fim de esclarecer o verdadeiro sentido, faremos uma comparação do uso dos vocábulos Queber e Sheol.
Queber é usada na forma plural e Sheol na forma singular. Existe um só Sheol, mas há muitos Queberes. Queber abriga e recebe cadáveres, (I Rs 13.30) enquanto que o Sheol jamais recebe cadáver (com exceção no caso de Coré).23
Queber é localizado sobre a superfície da terra, enquanto que o sheol é localizado nas regiões inferiores da terra. O homem pode escavar o queber, mas jamais chegará ao sheol. A morte é a separação da alma do corpo, pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência descreve-se como o “dormir” (Lc 11.11,14; Dt 31.16). A morte é o primeiro efeito externo ou manifestação visível do
pecado e será o último efeito do pecado, do qual seremos salvos (Rm 5.12; I Co 15.26).
O corpo do homem descreve-se como depositado na sepultura (Queber) enquanto a alma ia para o lugar denominado sheol, a morada dos espíritos mortos.
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Prova-se que o sheol não era o céu pelo fato de ser descrito como estando em baixo (Pv 15. 24), “terra mais baixa” (Ez 32. 18) que não era um lugar de felicidade suprema pelas seguintes descrições:
Um lugar sem lembrança de Deus (Sl. 6. 5).
Um lugar de crueldade (Ct. 8. 6).
Lugar de dor (Jó. 24. 19).
Lugar de tristeza (Sl. 18. 5).
Lugar que aparentemente ninguém voltava (Jó. 7.8).
O sheol era habitado tanto pelos justos (Jó 14.13; Sl. 88.3; Gn. 37.34,35) como também pelos ímpios (Pv 5.3-5; 7.27; Jó 24.19; Sl 31.17).
Pela narrativa do rico e o Lázaro (que muitos afirmam que é uma parábola, más parábolas não contém nomes) concluímos que havia duas seções no sheol;
1 – um lugar de sofrimento para os ímpios (Lc 16.23-24).
2 – e um outro lugar para os justos, lugar de descanso e de conforto (Lc 16.25).
c) O Abismo
Assim como na terra e no mar, existe também no mundo invisível a “região abissal”. Este “abyssos” é realmente um adjetivo, com significado de “sem fundo” = “insondável”. Empregado isoladamente com o substantivo “gê” (terra) subentendendo, significa “Lugar sem fundo”, e, portanto um abismo. Em o Novo Testamento, esta expressão é equivalente a “Hades”, “Sheol” e outros termos que são traduzidos dentro do mesmo conceito. São palavras usadas tanto pelos escritores do AT como do Novo.
Não só há alusão ao “Abismo”. Mas de um modo singular e específico, há também alusão ao “Poço do Abismo” (Ap. 9.2). Alguns estudiosos traduzem a presente expressão por “Fenda do Abismo”, isto é, porque o termo grego (“phear”) tem este sentido. Já entre os gregos o Abismo ou Abyssus (grego) ou Poço do Abismo, ou Tártaro é a escuridão, onde está localizada a prisão dos espíritos maus (Jd.v.6). A
passagem de apocalipse 9.2, não se refere apenas ao Abismo, mas ao Poço do Abismo, isto é, o mais interior da cova (cf. Ez. 32.23); “ali, pois, por expressa ordem de Deus, estão aprisionados os poderosos que zombaram de Deus na terra dos viventes”.
Ezequiel diz que sete nações desceram ali e que “... seus sepulcros foram postos no mais interior da cova”. (Ez. 32.18,21 e ss). Nas epistolas de Pedro e Judas encontramos anjos ali aprisionados (2 Pe. 2.4 e Jd v 6). No conceito teológico, bíblico, esse é o lugar chamado de “região tenebrosa e melancólica, onde se passa uma existência consciente, porém triste e inativa”24
d) Após a Ressurreição do Senhor Jesus
Antes de morrer por nós Jesus prometeu que: as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja (Mt 16.18) isto mostra que os fiéis de Deus a partir dos dias de Jesus, não mais desceriam ao hades, isto é, a divisão reservada aos justos.
Porém, entre a sua morte e sua ressurreição ocorreu uma mudança, pois ele disse ao ladrão da cruz, arrependido: ”Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23.
43). Paulo diz em Ef 4.8-9: “Quando ele (Jesus) subiu as alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens”. Ora, que quer dizer subiu senão que também havia descido até as regiões inferiores da terra? Confira Mt 12.40.
Entende-se, pois, que Jesus ao ressuscitar levou para o céu os crentes do antigo testamento que estavam no “seio de Abraão”, como ele prometera em Mt 16.18.
muito desses crentes, Jesus os ressuscitou por ocasião de sua morte, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na festa das primícias (Lv 23.9-11) que profeticamente falavam da ressurreição de Jesus (I Co 15.20-23). Nesta festa profética havia pluralidade, o texto bíblico fala de “molho” ou “feixe”. Logo o seu cumprimento deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos Mt 27.52-53.
A obra do senhor Jesus no calvário não afetou só os vivos, más também os mortos que dormiam no senhor.
O apóstolo Paulo foi ao paraíso, no qual está o terceiro céu (II Co 12.1-4).
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Portanto, o paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não em baixo como dantes. A mesma coisa vê-se em Ap 6.9-10, onde as almas dos mortos da grande tribulação permanecem no céu, “debaixo do altar de Deus”, aguardando o fim da grande tribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenial de Cristo.
Portanto, os crentes que agora dormem no Senhor, estão no Céu, pois o Paraíso esta agora ali, como um dos resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo. No momento do arrebatamento da Igreja, porém, seus espíritos virão com Cristo, unir-se-ão a seus corpos ressurretos, e subirão com Jesus, já glorificados.
Depois que Cristo subiu para o Céu, a Bíblia nunca mais se refere ao Paraíso como estando “em baixo”. Desse ponto em diante todas as referências no Novo Testamento sobre o assunto, falam da localização do Paraíso como estando “em cima”
ou “no alto”.
e) A presente Situação dos Ímpios Mortos
Para os mortos ímpios não houve qualquer alteração quanto ao seu estado.
Continuam descendo ao hades, “o império da morte”, onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo do Grande trono branco, após o Milênio quando ressuscitarão para serem julgados e postos no inferno eterno. Portanto qualquer fantasma ou alma de outro mundo que aparecer aqui é coisa diabólica, porque do hades não sai ninguém. É uma prisão e a chave está com Jesus. Almas do outro mundo não vêm à terra, pois os salvos estão com Jesus, e os perdidos que morreram estão encerrados para o grande dia do Juízo Final. O Diabo, sim, por enquanto está solto vivo e ativo no planeta terra. (Ap 1.18).
f) O Estado dos justos falecidos
Na morte a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se. A partir daí o espírito ou alma humana entra num estado consciente de existência. Vamos analisar então a natureza desse estado particularmente com respeito aos justos.25
1- Os justos estão com Jesus. A declaração Ec 12.7, de que o espírito volta a Deus que o deu, acha-se repetida em passagens no novo testamento. Em Fl 1.23 Paulo falou de partir e está com Cristo.
2- Os justos estão vivos e conscientes. Os justos desincorporados estãovivos e conscientes. Ainda que o novo testamento ensine que haja um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma deixa transparecer a idéia de que este estado seja de inconsciência. Em Mt 22.32 Jesus declarou que Deus é o Deus dos vivos. Sua declaração foi feita em referência as palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó”.
Jesus interpretou essa declaração com o significado de que Deus estava dizendo: “Abraão, Isaque, e Jacó morreram há muito tempo, porém, eles para mim continuam vivos.”.
3- Os justos estão no paraíso. Conforme Ap 2.7 aquele que vencer, o senhor Jesus Cristo, lhe concederá que coma da “árvore da vida” que está no paraíso de Deus. Ainda que Ap 22.1-2 o termo “Paraíso” não seja usado, é provável que a idéia seja a mesma. Nessa passagem, a árvore da vida aparece ao lado do rio da vida, o quadro total é um paraíso no jardim de bem-aventurança.
4- Os justos estão em descanso. Os justos desincorporados estão emDescanso. Esta declaração se baseia nas palavras de Ap 14.13.
g) O Estado dos Ímpios Falecidos
As passagens no novo testamento que tratam dos maus ou injustos desincorporados são em numero menor do que as que se referem a justos. Porém as poucas que se relacionam com este tópico nos conduzem a várias conclusões:
1 – Os ímpios falecidos estão separados de Deus Lc. 16.23
2 - Os ímpios falecidos estão em lugar fixo Lc. 16.23
3 – Os ímpios falecidos estão em estado consciente Lc. 16.27-28
4 – Os ímpios falecidos estão aguardando o castigo eterno I Pe 2.9
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XII) O CÉU E O INFERNO
Há não poucos equívocos e concepções errôneas com respeito a céu e ao inferno. Grande parte desses erros se tem originado nas especulações, nas conjecturas e nas esperanças ou no desespero daqueles que perderam entes queridos, e que em sua tristeza, tem permitido idéias a respeito que não suportariam se examinadas a luz das escrituras. Entretanto, muitos informes existem nas escrituras acerca do céu e do
inferno.
a) Como Será o Céu?
Diversos vocábulos são traduzidos por “céu”, pelos eruditos, no que diz respeito ao céu (singular), e aos “céus” (plural), porém, os únicos que realmente são mais importantes são o hebraico “shãmayim” e o grego “ouranos”. Estes vocábulos eram e são frequentemente usados para representar o Universo (Gn. 1.1; 14.19; 24.3; Jr. 23.24; Mt. 5.18). Os hebreus empregavam a frase céu dos céus (Dt. 10.14; I Re 8.27;
Sl. 115.16), para representar os céus na sua vastíssima extensão.
O termo “ouranos” que frequentemente é mais usado no singular teve sua origem no grego de Homero, com o significado de “abóbada Celestial”, ou 26“firmamento”. Para os escritores sagrados, especialmente aqueles relacionados com a poesia, o céu era retratado da seguinte maneira:
1º - Com janelas (Gn. 7.11; II Rs. 7.2);
2º - Descansando sobre pilares (Jó 26.11);
3º - Repousando sobre alicerces (II Sm. 22.8);
4º - Uma tenda armada (Sl. 104.2; Is. 40.22; 44.24);
5º - É como um rolo desenrolado (Is. 34.4) e pode ser rasgado (Is. 64.1, etc).
a) O sentido geral. No AT (LXX = septuaginta), o termo “ouranos” ocorre por 667 vezes sempre como tradução de “shã, ayim” forma plural que ocorre por 51 vezes. Já em o NT, “ouranos” ocorre 272 vezes, com maiorfreqüência em MT, (82 vezes), especialmente na frase “basileia tõn ouranos”
(o reino dos céus).
b) Os judeus dos últimos tempos costumavam dividir os céus em sete regiões diferentes. Mas isso trouxe intensa discussão em torno dessa questão.
Principalmente porque, no cristianismo primitivo, esse conceito não foi aceito pelos principais Pais da igreja. Num consenso geral, tanto cristãos como judeus ortodoxos aceitam a existência de três céus.
c) No principio, portanto, esses céus foram criados por Deus (Gn. 1.1).
No conceito original hebraico a palavra céus (plural) é “shamayim”. A terminação “in” indica o plural. Isso pretende mostrar que há mais do que somente um céu. Na Bíblia distinguem-se pelo menos três céus.
Primeiro: O Céu inferior (ouranos);
Segundo: O Céu intermediário (Mesoranios);
Terceiro: O Céu superior (eporanios).
1) Céu Inferior: Por céu inferior entendemos o céu atmosférico, isto é o “alto”: onde sobrevoam as aves e os aviões (atual), passam as nuvens, desce a chuva, e se processam os trovões e relâmpagos. Deus o chamou de “... a face da expansão dos céus” (Gn. 1.20) e Jesus, de “... extremidade inferior do céu” (Lc. 17.24).
2) Céu Intermediário: Por céu intermediário entendemos o céu estelar ou planetário, chamado também o céu astronômico. A Bíblia o chamou de a “altura”.
3) Céu Superior: Esse é chamado de as “alturas” em várias conexões das Escrituras Sagradas (Sl. 93.4; At. 1.9; Hb. 1.3). É declarado em 2 Coríntios 12.2, como sendo “... o terceiro céu”, = “O Paraíso”. Podemos chamá-lo de “o espiritual”, e de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne. 9.6; Jo 3.13).
Foram criados por Deus. Deus criou os céus pelo supremo poder da Palavra (I Cr. 16.26; Jó 26.13; Sl. 8.3; 33.6; 96.5; 136.5; Pv. 8.27) Foram criados em seis dias, são sustentados pelo poder da sua Palavra.
1 – O céu é um lugar real, literal. Lendo Jo 14.2-3 vemos que por duas vezes Jesus chama o céu de lugar. Realmente o céu é um lugar real, literal, físico. É um lugar na presença de Deus, um lugar que através da morte de Cristo foi preparado para nós.27
2 – O céu é um lugar espaçoso (Ap 7.9)
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3 – O céu fica em cima. (At 1.9; II Rs 2.11; II Co 12.2-4)
b) Quanto ao Inferno é Importante Saber:
1 – O inferno é antítese do céu Mt 11.23
2 – No inferno há vida consciente e sofrimento eterno Lc 16.23
3 – Só Deus tem poder de matar o corpo e lançar a alma no inferno Mt 10.28.
4 – A indisciplina de nossos membros pode ser a causa da condenação do corpo ao inferno Mt 5.29.
5 – Não há escape do inferno para um impenitente Mt 23.3
6 – O inferno será um lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do salvador Mt 13.42,49, 50; 25.4.
7 – Em inúmeras passagens o fogo do inferno está ligado ao enxofre Gn 19.24; Is 30.33; Ez 38.22;
Ap 19.20; 20.10; 20.14-15; 21.8. O fogo resseca e queima, e o enxofre apega à pele arrancando pedaços inteiros; além de exalar um cheiro horrível.
c)
Termos que descrevem a Punição Eterna;
1 – Fogo eterno Mt 25.41;
2 – Trevas exteriores Mt 8.12;
3 – Tormentos Ap 14.10-11;
4 – Castigo eterno Mt 25.46;
5 – Ira de Deus Rm 2.5; Jo 3.36;
6 – Segunda morte Ap 21.8; 20.14;
7 – Eterna destruição II Ts 1.9;
8 – Pecado eterno Mc 3.29;
O inferno é a penitenciária do universo;
O inferno é o hospital oficial para os incuráveis;
O inferno é o cemitério universal dos mortos espiritualmente.28
XIII) A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
A segunda vinda de Cristo será o mais momentoso evento que o mundo jamais testemunhou. Conforme descrita nas Escrituras, a segunda vinda de Cristo será precedida por uma série de sinais, e se desdobrará em duas fases distintas:
1º) O arrebatamento da Igreja composta de santos mortos que ressuscitarão, e de santos vivos que serão transformados;
2º) A manifestação triunfal, pessoal e visível de Jesus Cristo, acompanhado dos seus santos e anjos. A doutrina da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, se reveste de grande importância quando buscamos compreender aquilo que Deus estará fazendo no futuro. Para melhor compreendê-la, estudemo-la levando em consideração os seguintes pontos:
a) Sua proeminência nas Escrituras;
b) É uma chave para compreensão das Escrituras;
c) É a esperança da Igreja;
d) É incentivo para o viver Cristão;
XIV) SINAIS DA VINDA DE CRISTO
Apesar de o Senhor Jesus Cristo não haver revelado com exatidão o dia de sua volta, evento este que conduzirá à plenitude do Seu Reino sobre a terra. Ele fez questão de deixar algumas “coordenadas”, através das quais podemos concluir estar longe ou perto esse auspicioso dia.
Aos seus discípulos que, em particular, lhe pediram: “diz-nos quando nos sucederão estas coisas, e que sinal haverá da sua vinda e da consumação do século?”, “disse o Senhor Jesus Cristo:” Vede que ninguém vos engane.
Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.
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E certamente ouvirão falar de guerras e rumores de guerra; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mais ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isso é o princípio das dores. Então sereis atribulados, e vos matarão. E sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo muitos hão de escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos”.
Notemos, portanto, que a simples presença no mundo dos sete tipos de eventos vaticinados por Jesus, não eram sinais a serem observados. Só quando esses eventos, essas “dores de parto” se tornassem mais freqüentes e intensas, saberíamos que os últimos dias do sofrimento da Igreja e o nascimento duma nova era se aproximava. E sabemos que essa era se aproxima de forma apressada, pela intensidade e freqüência com que se manifestam os seguintes sinais preditos pelo Senhor Jesus Cristo:
a) Proliferação de seitas falsas
b) Surgimento de falsos messias
c) O renascimento e avanço generalizado do ocultismo
d) Sinais naturais e físicos, como seja: guerras, rumores de guerras, fomes, terremotos, pestes, etc, em vários lugares.
Não estes sinais em si mesmos, mas a freqüência com que eles ocorrem, é que nos mostram que Cristo já não tarda a voltar. E não há como negar que esses sinais anunciados por Jesus como indicador da sua eminente vinda, se repetem com freqüência cada vez maior.29
XV) O ARREBATAMENTO DA IGREJA
ARGUMENTO PRÉ-TRIBULACIONISTA
A igreja será tirada antes. Esta interpretação é hoje a mais aceita, e é a que esta mais fundamentada no contexto profético da Bíblia Sagrada. O Justo é levado antes do mal. (Is. 57.11 lc 21.36).
Não podemos saber o dia e à hora em que tão extraordinário e esperado evento ocorrerá. Mas podemos conhecer a sua época. Quando Jesus disse: “Mas, à meia noite ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro” (Mt. 25.6), Ele estava se referindo ao final do dia da Graça, que ocorre à meia noite. Essa “meia noite”, pode significar também a noite do materialismo, da apostasia e da era nuclear, quando o
poderio acumulado é capaz de destruir toda a humanidade 27 vezes.
O arrebatamento da Igreja compreende a primeira fase da segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. Como um acontecimento profético-histórico o arrebatamento tem como centro de atenção a Igreja triunfante que velando aguarda o Salvador.
A discussão e estudo da doutrina do arrebatamento ou rapto da igreja, nos conduz, inevitavelmente à consideração dos seguintes eventos a ele pertinente:
a) A ressurreição dos mortos em Cristo
O arrebatamento da igreja será precedido pelo soar, no céu, do brado de Jesus, a voz do arcanjo de Deus. Será o suave soar desta orquestra celeste que propiciará a ressurreição dos mortos em Cristo. Quanto a isto escreveu o apostolo Paulo:
“ Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele... Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitaram primeiro”.
Dessa ressurreição farão parte todos os crentes, desde Abel, até o ultimo a morrer antes do arrebatamento. Uma vez que todos quantos dormem em Cristo, estão no Paraíso, é de se compreender que as suas almas desencarnadas, por ordem expressa de Jesus, descerão aos seus sepulcros onde os seus corpos jazem desintegrados no pó, daí ressurgindo um corpo glorioso e glorificado. É o que é corruptível se revestindo da incorruptibilidade. Quanto àqueles que morreram no seu pecado, sem o conhecimento
do Cristo prometido ou manifesto, não reviverão senão no final do governo milenial de Jesus Cristo, para comparecerem perante Grande Trono do Juízo Final.
As Escrituras nos apresentam vários graus de morte ou aspectos em que é descrita.
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Estes aspectos negativos foram ocasionados pela influência do pecado. A Bíblia diz: “... pelo pecado a morte” (Rm 5.12); mas devemos destacar pelo menos Quatro aspectos ou formas de Morte na existência:
1) A Morte Física. A Morte no sentido amplo, ou melhor no mais universal possível, significa “cessação do processo vital em um organismo vivo”.
Biologicamente: É a dissolução da estruturação molecular necessária para o fenômeno da vida.
Filosoficamente e Bíblicamente. É a separação da alma e do corpo.30
A morte absoluta é a separação definitiva da alma e do corpo. Este gênero de morte foi contraído por meio do pecado de Adão; e Abel seu segundo filho torna-se a primeira vitima. Se faz necessário lembrar que, antes da morte de um ser humano houve uma outra vitima (Gn 3.21).
2) A Morte Moral. Este gênero de morte está estritamente ligado ao mundo moral. E dela temos noticia de vitimas em ambos os testamentos. Temos Deus repreendendo o rei Abimeleque em sonhos: “...Eis que morto é por causa da mulher que tomastes...” (Gn 20.3). (I Tm. 5.5,6) (Ap. 3.1).
3) A Morte Espiritual. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” (Ef.2.1; 2.5ª);
(Jo. 5,24b).
4) A Morte Eterna. Este gênero de morte é teologicamente conhecido como segunda morte (Ap. 2.11; 20.6). Esta morte é aquela que primariamente costumamos dizer: “É uma eterna separação de Deus”.
b) A Ressurreição
Na Bíblia, especialmente no NT, empregam-se dois grupos de palavras para descrever três gêneros de ressurreição:
O primeiro ligado com “anhistêmi”.
O segundo: com “egeiró”. Estes dois substantivos contém os seguintes sentidos: “levantar, levantar-se, voltar à vida, ficar de pé, revoltar, começar, aparecer, prontidão erguer-se”. No NT o verbo mais freqüente (egeiró) apresenta as ressurreições de Jesus e dos mortos, principalmente como ato do poder de Deus; enquanto que o outro verbo (anhistêmi), literalmente significa: “levantar-se, erguer-se” e se apresenta mais
como vitória da vida sobre a morte.
A Doutrina da ressurreição dos mortos ou do corpo é expressa na revelação bíblica. Significa, de modo geral, e em linguagem popular, a união da alma e espírito ao seu corpo, após a morte física. Esta união é vista em dois ângulos, de acordo com os ensinamentos da Bíblia.
Primeiro: Para os santos, esta união dar-se-á por ocasião do arrebatamento da igreja (I Co. 15.51,52; I Ts. 4.13,17).
Segundo: Para os ímpios, esta união dar-se-á por ocasião da ressurreição final diante do Trono Branco (Dom 12.2; Ap. 20.5,12).
A ressurreição, biblicamente entendida, é do corpo humano, e não da alma, que não pode morrer nem ser aniquilada. Esta crença na ressurreição de tal modo foi vislumbrada desde muito cedo pelo povo de Deus, o povo hebreu, a principio como matéria de grande esperança. O fato de ser Deus o Deus dos seus Pais ou patriarcas (Ex. 3,6; Mt. 22.31,32), reforçou categoricamente a esperança do povo da aliança.
Mas, a Doutrina do fato da ressurreição dos mortos, ou seja da pessoa humana, corpo, alma e espírito sendo incorporados no arrebatamento da igreja para o Juízo Universal, só teve o seu ponto mais alto com o ensino de Cristo e de seus apóstolos inspirados.31
c) A Classificação dos termos
No inicio deste argumento procuramos definir cada significado do pensamento, no que diz respeito à Morte e á Ressurreição. Por exemplo, os termos “anhistêmi” e “egeiró”, eram usados no grego antigo como “anástasis” e égersis” que, em si traziam a idéia de “levantar”, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra”. Já o termo latino “ressurrectio” indica o ato de ressurgir, voltar à vida,
reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo como o mesmo que ressurgir dos mortos (Mt. 22.28,30). A expressão ressurreição do corpo ou da carne não se encontra graficamente nas Escrituras que usam pelo menos três fórmulas de expressões para denotar o sentido do argumento.
1) A Ressurreição “DE” Mortos. Esta ressurreição compreende a seguinte ordem:
-O filho da viúva de Sarepta (I Rs. 17.21,22);
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-O filho de Sunamita (II Rs. 3.34,35);
-O homem que tocou os ossos do profeta Eliseu (II Rs. 13.43,44);
-O filho da viúva de Naim (Lc. 7.11,17);
-A filha de Jairo (Lc. 8. 54,55);
-Lázaro de Betânia (Jo 11.43,44);
-A Jovem Tabita (At. 9.40,41);
- O jovem Êutico (At. 20.9,12). Este gênero de ressurreição é denominado de
ressurreição natural, voltar à vida normal.
2) A Ressurreição “DENTRE” os Mortos. Esta ressurreição segundo se depreende, compreende a seguinte ordem: como diz Paulo “...cada um por sua ordem “ (I Co. 15,23): -Primeiro: Cristo, as primícias I Co. 15.20,23
-Segundo: Os que ressuscitaram por ocasião da ressurreição de Jesus (Mt. 27. 52,53), isto é, o grupo de santos visto por Mateus, foram incluídos na palavra “primícias”, dita a respeito da ressurreição de Cristo: “Cristo, as primícias”, isto não pode ser “um só” (singular) e sim “um feixe” (plural), conforme passagens de Levítico 23.10; I Sm 25,29 a outros. A passagem de Mt. 27.51,52, diz claramente que aqueles
santos só saíram de suas sepulturas “depois” da ressurreição de Jesus, e, portanto, tem de seguir a ordem da ressurreição de Jesus, ,pois na ordem de colheita, Ele foi o primeiro exemplar;
-Terceiro: Os que são de Cristo, na sua vinda I Co. 15.23,24;
-Quarto: As duas testemunhas escatológicas Ap. 11.11,12;
-Quinto: Os mártires da Grande tribulação Ap. 20.4, podemos denominar as duas ultimas como: ressurreição em regime especial;.
3) A Ressurreição “DOS” Mortos. Esta ressurreição compreende todos os seres humanos que morreram em seus delitos e pecados. Ela é geral e abrangente (Dn. 12.2; Jo 5.28,29; Ap. 20.5). Dar-se-á por ocasião do Juízo Final.
O expressivo: Todos ali “postos em pé” na passagem do Apocalipse 20.12.
Fica assim subentendida “a segunda ressurreição”.
d) A transformação dos santos vivos
Diz o apóstolo Paulo; “ Eis que vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de 32 olhos, ante a ultima trombeta... nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista de imortalidade”. Prossegue o apóstolo Paulo dizendo: “Dizemo-vos, pois, isto pela
palavra do Senhor: que nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles ( os santos ressuscitados)nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.
Conclui-se, pois, à luz das escrituras que:
1) Existirão crentes vivos na terra na ocasião do arrebatamento da igreja.
2) Os santos vivos que aguardam a Cristo serão transformados à semelhança do corpo de Cristo repentinamente, “num abrir e fechar de olhos “, no momento do
arrebatamento. 3) Os santos vivos transformados, juntamente com os santos ressuscitados, formarão
uma mesma grei e se encontrarão com Jesus nos ares, “ e assim estaremos sempre com o Senhor”. A mente humana, por mais iluminada que seja, é incapaz de imaginar a grandeza e a miraculosidade desse momento, quando os nossos corpos corruptíveis, sujeitos a todo tipo de enfermidades e moléstias, assumirem a semelhança do corpo incorruptível do Salvador. É o poder energizante do Deus vivo removendo todas as
nossas limitações físicas, e comunicando aos nossos corpos a mesma substância do corpo do seu filho ressurrectio. Cumprir-se-ão, então, esse momento as esperanças proféticas do apóstolo João: “... sabendo que, quando ele (Jesus) se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. Enfim, é o mortal se revestindo da imortalidade.
e) A rapidez desse evento
Paulo diz: “Num momento, num abrir e fechar de olhos ante a ultima trombeta, porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados “. Alguém disse que um piscar de olhos é de cerca de um milionésimo de segundo. Apalavra grega para designar a rapidez desse momento é átomos, da qual extraímos a palavra átomo.
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Significa algo que não pode ser dividido. Dessa forma, o
arrebatamento da igreja será tão veloz e súbito, que a duração de tempo em que ocorrer não pode ser dividido.
Imagine isto: numa fração de segundo, todos os crentes vivos da terra serão daqui tirados. De repente, sem nenhum aviso, somente os ímpios povoando o planeta terra!
Será um quadro de inimaginável horror!
f) Argumento do Arrebatamento Parcial
Esse Argumento afirma: “Como parte da Igreja não está preparada para o arrebatamento, e que subirão com Cristo apenas os crentes ressuscitados e os que estiverem realmente prontos. Os outros terão de passar pela tribulação, a fim de serem provados e purificados mediante grandes sofrimentos”.
Este ensino parece ter sido influenciado pela doutrina católica do purgatório, segundo a qual o sofrimento pode purgar pecados. A Bíblia, porém, afirma que só Cristo remove pecados: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 3.29). “E jamais me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades” (Hb 10.17).
O argumento do arrebatamento parcial, também perde força, quando consideramos a igreja como o corpo de Cristo. A Bíblia afirma em I Co 12.13,20: “Pois 33 todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só espírito. Pois há muitos membros, mas um só corpo”. O mesmo apostolo Paulo afirma em Efésios 5.27, que Jesus vai apresentar a igreja a si mesmo como uma “Igreja Gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. A figura de uma noiva perfeita rejeita a hipótese de um rapto parcial. Que noivo gostaria de receber uma noiva incompleta?
g) O Argumento Pós-Tribulacionista.
1) Esse argumento está baseado nas palavras de Jesus em João 15.18,19: Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. “Mas como não sois do mundo, antes, dele vos escolhi, é por isso que o mundo vos odeia”, e também em João 16.33: “Disse-vos estas coisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo!
Eu venci o mundo”.
Outras passagens, citadas pelos que defendem essa hipótese, são: Apocalipse 7.14: “Respondi-lhe: Senhor tu sabes. Disse-me Ele: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” e I Coríntios 15.52: “ Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a última trombeta,.Pois a trombeta soará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos
transformados”. A BÍBLIA NÃO APÓIA ESSE PONTO DE VISTA. A palavra tribulação é usada em dois sentidos na Bíblia: como provação, aflição, pelo fato do crente estar no mundo, conforme Rm 5.3. A palavra “tribulações” é sinônima de sofrimentos, como, aliás, aparece na versão NIV (New International Version).
O sofrimento resultante da fúria satânica contra nós dentro dos limites da permissão divina, só pode fortalecer a nossa fé e nos levar a maturidade espiritual, pois “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito” (Rm 8.28). É nesse sentido que o apóstolo Paulo afirma mais adiante na mesma carta aos Romanos, “que somos mais do que vencedores em todas estas coisas: tribulação angustia, perseguição, fome nudez, perigo, espada” (Rm 8.35-37).
2) O outro sentido em que a palavra tribulação é usada na Bíblia é que se refere de fato a um período de castigo, quando a ira divina será derramada sobre a Terra. Os salvos não estão debaixo da IRA DIVINA.
Todos os que creram em Cristo e estão firmados nEle, estão debaixo da Graça e não da Ira, pois essa ira Divina, Cristo recebeu em NOSSO lugar, na Cruz. É por isso que a Bíblia afirma: “Portanto nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1).
Deus purifica os crentes, não através do fogo da sua ira, mas através do sangue de Jesus, como afirma a palavra de Deus em I Jo 1.7,9.
XVI) O TRIBUNAL DE CRISTO
O que é Tribunal? Nos antigos estádios gregos, a assembléia se reunia defronte de uma “plataforma” chamada BÊMA de onde as questões oficiais eram conduzidas. Esse vocábulo “Bêma” originalmente significava apenas um “degrau”; desta idéia passou a indicar uma “plataforma” elevada, como aquela usada pelos oradores, pelos juízes das competições esportivas, ou mesmo pelos magistrados 34
romanos em seus julgamentos formais. Porém já o apóstolo Paulo toma o vocábulo “Bêma”, para denotar o “Tribunal de Cristo”.
Essa expressão “tribunal” é empregada por onze vezes no Novo Testamento, e nas passagens onde ela figura esta sempre ligada a julgamento especial. (Mt. 27.19; At. 12.21; Jo. 19.13; At. 18.12,13; At. 25.6; 2 Co
5.10; Rm. 14.10, etc)
Após o arrebatamento da Igreja os mortos ressuscitados e transformados os santos vivos, formarão um só corpo, e após se encontrarem com Cristo nos ares, esse corpo uno e indivisível, dará entrada nas regiões celestiais. Ali haverá uma “reunião com Ele” num lugar chamado “tribunal”. Paulo fala disso em vários de seus ensinos mas, especificamente, em três referências exclusivas.
Primeira: “Mas tu, por julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão?
Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo” (Rm 14.10).
Segunda: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5.10).
Terceira: “A obra de cada um se manifestará: na verdade, porque pelo fogo o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um”. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo “fogo” (1 Co 3.13-15).
O julgamento a ter lugar no Tribunal de Cristo não terá o mérito de determinar quem será e quem não será salvo, serão reprovadas as obras e não os obreiros. Só os salvos comparecerão ali. Se antes, nenhuma condenação havia para os que estão em Cristo Jesus, tampouco ali será lugar de condenação. Como pecador, o crente já foi julgado em Cristo na Cruz e absolvido pela graça e misericórdia de Deus.
Como filho, foi julgado durante a sua peregrinação aqui na terra. Perante o Tribunal de Cristo o crente será julgado como servo, para aquisição de galardão, Jesus explicou isto na parábola dos trabalhadores da vinha, quando disse: “E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros até os primeiro”.
Diante do tribunal de Cristo serão manifestas não só as nossas obras, mas também a fonte de suas motivações. Quanto a isto devemos atentar para o que a Bíblia diz:: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia o declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um...”.
XVII) AS BODAS DO CORDEIRO
a) Após a avaliação de Cristo das obras de seus servos diante do Tribunal, Ele, então, conduzirá sua Noiva para o Palácio real, onde se encontra “a sala do banquete” (Ct. 2.4), quando então terão início as Bodas do Cordeiro. Cristo e a Igreja se
tornarão o centro das atenções de todos os seres celestiais. Naquele dia memorável, cumprir-se-á, finalmente o anseio de Jesus, expresso na sua oração sacerdotal: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do 35mundo”. Durante as Bodas do Cordeiro, a Igreja será vista no seu aspecto universal. Ali estarão juntos todos.
As Bodas do Cordeiro são uma preciosa revelação para os corações de todos os filhos de Deus., Os anjos, e os santos do Antigo Pacto ali estarão a cantar:
“Regozijemo-nos e alegremo-nos e demos-lhe glória, porque vindas são as Bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap. 19.7).
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As Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, utilizam-se do casamento, ou mesmo de outra ocasião festiva para simbolizar a glória espiritual final e a alegria dos fiéis servos de Deus. As Escrituras são proféticas e combinam entre si em cada detalhe! Somente depois que o Senhor julgar a grande prostituta, Babilônia, que vem descrita mística e literalmente nos capítulos 17 e 18 do Apocalipse, é que o Senhor apresenta sua esposa, uma virgem pura (2 Co 11.2). Isso simboliza, especialmente no
Apocalipse, que a Noiva do Cordeiro não deve ser confundida, por uma mulher poliandra. (prostituta).
O Apocalipse descreve o tempo em que a “Noiva se aprontou”. Seu vestido é todo bordado e branqueado no sangue do Cordeiro (Sl. 45.14; Ap. 22.14), pois ninguém pode entrar naquela festa com “vestidura estranha” (Sf. 1.8; Mt. 22.11).
Todos os crentes do Oriente e do Ocidente tomarão assento à sua mesa. “O que é mais importante, Cristo mesmo servirá aos seus, numa eterna demonstração de amor e serviço àqueles que na terra foram comprados pelo seu sangue e poder eterno.
b) Características da Noiva do Cordeiro
1) Virgem (fidelidade de Israel ao seu Marido) (2 Co. 11.2);
2) Gloriosa (A Igreja o Templo do Espírito Santo) (Ef. 1.23; 5.27);
3) Receptiva (Recebe presentes do Noivo) (Gn. 24.53; I Co 12.4);
4) Recebe uma Ama (Espírito santo) (Jo 14.16-18);
5) Fica à Destra de Deus (Sl 45.9);
6) Esquece da Casa do Pai (Sl 45.10);
c) A Ceia das Bodas
A Ceia das Bodas do Cordeiro, serão para cumprimento das palavras de nosso Senhor quando se encontrava no “cenáculo mobiliado e preparado”. Numa expressão e gesto de quem estava dando um “Até breve” a seus discípulos, Ele disse:
“...até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” (Mt. 26.29).
Esta celebração da Ceia terá lugar somente no final das bodas (sete anos depois do arrebatamento). Esta ceia será para lembrar a morte de Cristo! Ela deve ser lembrada aqui e na eternidade. Ela (a ceia) teve lugar “num cenáculo mobiliado preparado”. Seu início marcou a última noite do ministério terreno do Filho de Deus (Mt. 26.28.29). Ao encerrar a Santa Ceia naquele cenáculo, nosso senhor falou de uma outra com caráter escatológico, quando disse: “digo-vos que, desde agora, não bebereis deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai”. (Mt. 26.29).
“Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap. 19.9).
A Ceia do cenáculo marcou o término da missão terrena de Jesus, ou seja, na esfera deste planeta, e deu início à sua missão celestial (Jo 17.4,11, 13). Após a celebração daquela ceia, Jesus “desceu” para o sombrio vale da batalha; de igual modo, 36 também, após a celebração da ceia das Bodas, Ele “descerá” para o sombrio vale do Armagedom (Ap. 19.11) e ss), a fim de terminar com aquela grande guerra e a seguir, estabelecer seu reino milenar. Por isso se faz necessário que esta “Bem Aventurança”, recaia sobre aqueles que levaram o vitupério de Cristo em qualquer tempo e lugar.
XVIII) A INVASÃO DO NORTE
As Escrituras predizem que no tempo do fim, a exemplo do passado, quatro grandes poderes se levantarão sobre a terra. Os quatro poderes que Daniel presenciou (Dn 7.1 e ss), levantando-se do mar (Babilônia, Medo-Persa, Greco-Mecedônio e Roma Imperial), serão revividos novamente no fim dos tempos. Estas potências, porém, trarão outros nomes tais como: O poder do Norte (EZ 38,39); O poder do Sul (Dn 11.40); O poder do Oriente (Dn 11.44, e Ap. 16.12); E o poder do Ocidente - o Império Romano
(Ap. 13.1 e ss). Um destes poderes, que estudaremos a luz do contexto, é Gogue – o poder do Norte.
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a) “A próxima guerra não será com os árabes, mas com os russos”, declarou em 1968 o General de Israel Moshe Dayan.
Em Ezequiel capítulos 3 e 39, fala-se de Gogue, Magogue, Mezeque e Tubal. Mezeque e Tubal são nomes associados e eram tribos da Ásia Menor, conhecidas pelas suas inscrições cuneiformes (forma de cunha) e pela História de Herótodo, onde aparecem juntas como Moscoi e Tibarenói. O Dr. C.I. Scofield, diz que “Gogue é o príncipe e Magogue a sua terra”. É a panela a ferver, cuja face está para a banda do
Norte – norte de Israel (Jr 1.13).
b) Herótodo, historiador grego do século V a.C., mencionou Mezeque e Tubal, identificando-os com os povos chamados muschovitas, que viviam naquela época na antiga província do Ponto, no norte da Ásia Menor (cf. 2 Rs 17.24),. Segundo seus escritos, Mezeque e Tubal ficavam, provavelmente, a leste da Ásia Menor, usualmente identificados como sendo Frigia e Capadócia.
c) Flávio Josefo, historiador judeu do século I d.C., afirma que estas regiões ocupadas por essas tribos, correspondem aos antigos citas e tártaros, que são os russos.
Mezeque converteu-se em Moskva (Moscou), como diz em russo, e Tubal é o moderno nome de Tobolsk.
O profeta Ezequiel parece ter bastante conhecimento e intimidade com esse povo e descreve Gogue como sendo o “... príncipe e chefe de Mezeque e de Tubal” (Ez 38.3). A palavra “chefe”. É o vocábulo hebraico “rõ’s, que traduzido quer dizer “Pico” ou “Cabeça” de alguma coisa.
a) Uma Invasão sem Motivo
Alguns eruditos acham que a profética invasão à Terra de Israel, por forças do Norte deve preceder “o arrebatamento da Igreja”. Já outros, porém, acham que não.
Algum interprete e comentaristas são de opinião que ela se dará um pouco antes do arrebatamento da Igreja; já outros, porém opinam que não, e sim, se dará “depois”. Os rabinos judeus na sua maioria são de opinião que a invasão de Gogue à Terra Prometida terá lugar na parte final da Grande Tribulação e invocam (além d outras citações) a passagem de Dn. 11.44, quando as forças do Norte seguirão em direção a Israel procurando se alojar sobre o “Monte Sião” (Dn 11.45).
Várias vezes na profecia em foco ela é ao “fim dos anos” (Ez 38.8) e aos “fins dos dias” (Ez 38.16). São expressões definidas que denotam a época que precede os acontecimentos que marcarão o retorno de Cristo à Terra com poder e grande Glória (sua Parousia) para estabelecer seu Reino Milenar.37
Esta predição encontra-se num contexto que dá uma seqüência cronológica definida dos acontecimentos. Os capítulos 36 e 37, que antecipam os capítulos 38 e 39, falam da restauração final dos judeus à terra da palestina, restaurados para não mais serem dispersos. Os capítulos 40 e 48, que sucedem aos capítulos 38 e 39, falam da introdução e do decorrer da Era Milenar..
b) O Reflexo do Argumento
Na descrição geral da potência ao ato, mostra que Gogue ainda que poderoso, não poderá destruir a herança do Senhor, pois a exemplo de Faraó que numa outra profecia descreve-se como sendo um “grande Dragão” (Ez 29.3), ele entrará na Terra Santa já “arpoado por Deus” e como um grande peixe voraz, começa a “voltearse”, (cf. Ez 39.2 e ss). Em Ezequiel 38.7, diz que Gogue é um “guarda”. A palavra
“guarda” nesta enfoque significa “ditador”. Veja como as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe! Gogue é um “príncipe” (Ez 38.2), mas ainda não é rei. Talvez o seu intento, seja após esta conquista da Terra do Senhor, proclamar-se rei.
Finalmente tudo terminará com um intervenção divina. Deus ordenará as forças selvagens da natureza e estas sepultarão Gogue e suas tropas ali mesmo – num vale a leste do mar Morto (EZ 38.20; 39.11). porém, como admoestação para o futuro, alguns corpos tombados jazerão ao relento e, serão devorados pelas aves de rapina (Ez 39.17). Enquanto que seus restos mortais “... a casa de Israel os enterrará por sete meses,, para purificar a terra” (Ez 39.12). Mas na destruição de suas armas gastarão um tempo mais longo que durará “sete anos” (Ez 39.9).
1) Gogue metaforicamente. Na passagem de Apocalipse 20.7,8, lemos que : “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão. E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo numero é como a areia do mar, para ajuntar em batalha”. O novo aparecimento de Gogue e Magogue na passagem em foco não deve ser entendida como sendo o mesmo por ocasião da invasão da Terra de Israel. Um será distante do outro, pelo menos, mil anos.
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2) Os Nomes “Gogue e Magogue”. Em Ezequiel capítulos 38 e39, referem-se como já comentamos, aos poderes do Norte chefiados pela Rússia. E, portanto, deve ser antes do Milênio. A de apocalipse 20.8, porém os nomes “Gogue e Magogue” são empregados metaforicamente para representar “...as nações que estão sobre os quatro cantos da terra”. E, portanto, só ocorrerá depois do Milênio.
XIX) A GRANDE TRIBULAÇÃO
O PERÍODO DE DOR
“Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o
principio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá” (Mc 13.19).
Será o tempo da manifestação da Ira de Deus; (Is 26.20; Jo 3.36; Ef. 2,3; Ef
5.6; Its 1.10; Ap 6.16-17; Ap 14.10; Ap 15. ss; Sl 2.5; Mq 5.15; Is 34.2);
Será o dia da vingança de Deus; (Is 34.8; 35.4; 65.2);
Será um dia de angustia para Jacó; (Jr 30.7; Dn 12.1; Os 6.1; Is 30.26);
Será um dia de trevas e de tristeza; (Jl 2.2; I Ts 5.4-7; Sf 1.14-18);
Será um dia de grande aflição; (Ml 4.1; Mt 24.21; Ap 3.10; Ap 7.14);38
Será o tempo de destruição para os destroem a terra; (Ap 11.18)
Será um tempo em que o Anticristo fará guerra aos santos; (Ap 13.17)
Ao mesmo tempo, isto é paralelamente, em que o céu esta em festa decorrente da chegada triunfal de todos os remidos de todas as épocas, a terra estará a sofrer uma tribulação sem precedentes na sua história. A esse período de trevas pelo qual os habitantes da terra passarão, a Bíblia chama de “A Grande Tribulação”. Será um período de cerca de sete anos, durante os quais o Anticristo, a Besta e o Falso
Profeta (uma espécie de trindade satânica), assumirão o governo do mundo, e quando as taças da ira de Deus estão sendo derramadas sobre os que habitam na terra. Será um período de indescritível horror. A Igreja, porém, estará em gozo no monte da salvação de Deus.
O vocábulo “tribulação” ocorre por dezenas de vezes, em ambos os testamentos. Mas é precisamente em o novo testamento, que encontramos maior luz projetada sobre o problema do sofrimento e da tristeza do homem. O termo grego, que traz em si a idéia de pressão, como se houvesse uma grande carga posta sobre o espírito, é “thilipsis”, que noutras passagens do NT, também é traduzida como Aflição, Angustia etc. O termo português se deriva do latim “trubulum”, ou instrumento de destorroar o restolho, mediante o qual o lavrador separava o “trigo de sua palha”.
a) A “Angustia de Jacó”
Este sombrio tempo de angustia é ocasionado concomitantemente com referencias escatológicas, como são vistos nas referências acima descritas como em muitas outras. Os acontecimentos que se relacionarão durante esta angustia sem precedentes na historia humana, são narrados nos capítulos 6 a 19 de Apocalipse.
Podemos notar no livro mudanças de local, da terra para o céu e do céu para a terra. Há três divisões no livro de Apocalipse que devem ser conhecidas, registradas no capitulo 1.19.
1º - As Coisas que Vistes – Passadas, (isto é a visão em Patmos Ap. 1.1,2) ;
2º - As Coisas que São- Presente (as Igrejas existentes Ap 2.1-3-22);
3º - As coisas que hão de suceder – Futuro (Os acontecimentos depois da dispensação da igreja, Ap 4.1-22; 5). Sua duração de “sete anos” é calculada pelo estudo da passagem de Daniel 9.24-27 e de outras passagens similares. Todos esses acontecimentos (que agora estão ocultos e ali revelados), terão lugar, logo “após” o
arrebatamento da Igreja por nosso senhor Jesus Cristo.
b) A Grande tribulação será o Sétimo castigo para Israel
“Se andardes contrariamente para comigo, e não me quiserdes ouvir, multiplicarei as vossas aflições sete vezes mais, segundo os vossos pecados ...então eu vos serei contrario em furor, e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados”. ( Lv 26.21,28).
Por mais que a expressão “sete vez mais” possa parecer apenas uma figura de intensidade do castigo de Deus sobre o povo israelita, a historia nos permite interpretá-la literalmente.
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Ao longo de sua historia, Israel, como povo e como nação, correu o risco de ser exterminado pelo menos seis vezes: 39
1ª – Por ocasião do cativeiro assírio, em 721 a.C., quando o reino do norte, das dez
tribos desapareceu sob o império assírio;
2ª- O cativeiro babilônico, 605 a.C., quando Judá ficou sujeita ao império de babilônia;
3ª – A opressão sob Antíoco Epifânio, de 168 a 165 a.C. quando de novo a pequena nação de Judá foi ameaçada de ser exterminada;
4ª – Por ocasião da destruição de Jerusalém e do templo, em 70 d.C. Cerca de dois milhões de judeus pereceram nessa guerra contra os romanos. Somente no cerco de Jerusalém, pereceram quase um milhão de judeus;
5ª – A opressão sob Adriano, de 132 a 135 d.C., quando Roma tomou todas as medidas no sentido de fazer que a nação e o povo de Israel desaparecessem;
6ª – Finalmente, o recente holocausto sob o nazismo, de 1939 a 1945 d.C., quando seis milhões de judeus pereceram. “A operação “denominada “ A solução final do problema judeu”, dos nazistas, visava o extermínio de todos os judeus.
c) O Anticristo
1) As palavras “Anticristo” e “Pseudocristo” se acham pela primeira vez na segunda metade do século I a.C. O prefixo anti, originalmente significa “no lugar de” e depois, “contra”. Já a literatura greco-helenista falava desta figura sombria no passado.
Mas usando esta significação tanto no passado como no NT, achamos a expressão “antitheós, anti-Deus, (originalmente “como os deuses” na Ilíada de Homero)”. A pessoa do Anticristo foi retratada por Jesus, como sendo o último conquistador militar que invadiria Jerusalém e Terra Santa, procurando aniquilar o povo judeu. A pessoa aqui citada compreende também seu reino ou governo. E o apóstolo
João contempla agora esta grande visão, cerca de 651 anos depois da visão de Daniel 7.
Porém, há aqui e ali uma ordem invertida na posição do tempo e da visão. Em Daniel 7 a ordem é inversa. Daniel olha para o futuro dos séculos e vê o que está no porvir: Leão, Urso, Leopardo e Fera Terrível. João olha para o passado dos séculos e vê: Besta, Leopardo, Urso e Leão. Esta figura sombria da iniqüidade procurará substituir a Cristo, estabelecendo-se como se fora o Filho de Deus. Também fará oposição a Cristo, e fará do mal, e não do bem, o seu principio normativo.
2) O Anticristo será um gentio que se levantará dentre as nações. Com o apoio dos governantes do mundo da época, exercerá domínio sobre todos os povos, com a proposta de restabelecer a ordem em meio à desordem a a confusão causadas no mundo, em face do inexplicável desaparecimento de milhões de pessoas decorrente do arrebatamento da Igreja.
Será um homem, de carne e osso, personificando o Diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus. Resumidamente, sobre a ação do Anticristo nessa época da história, escreve o profeta Daniel: “Este rei (o Anticristo) fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará coisas incríveis, e será próspero, até que se cumpra à indignação, por aquilo que
está determinado será feito”.
O Anticristo será um personagem detentor duma habilidade e capacidade de operar o mal até então desconhecidas. Sua capacidade de operar o mal e afligir as pessoas só pode ser comparada à maldade do próprio Diabo, seu mentor e inspirador.
Quando comparados com o Anticristo, ditadores tais como Nero, Stalin, Hitler e Mussolini, são comparados a inofensivos bebês de colo.
De acordo com a narrativa de Daniel, o Anticristo: 40
a) - “Fará segundo a sua vontade”, não se submeterá a nenhuma autoridade, da terra ou
do Céu.
b) - “Se levantará e se engrandecerá sobre todos os deuses”, abolirá toda e qualquer forma de culto e adoração, até então existente, atribuindo a si mesmo o valor de divindade.
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c) - “Se levantará e se engrandecerá... contra o Deus dos deuses”, aqui jaz o cúmulo da maldade desse “filho da desobediência”.
d) - “Falará coisas incríveis”, será um orador inflamado e duma oratória jamais assemelhada por homem algum.
e) - “Será próspero”, o seu governo gozará duma prosperidade repentina, prosperidade que será transformada num verdadeiro caos com a manifestação de Cristo em Glória.
3) Nos primeiros três anos e meio, seguindo-se uma seqüência que inclui os capítulos 38 e 39 de Ezequiel, teríamos então, no início desse período de sete anos, primeiramente a invasão de Israel por parte da Rússia e de seus aliados, aproveitando-se do caos em que ficará o mundo em virtude do desaparecimento de milhões de pessoas.
Em seguida, haverá um rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o senhor.
“Enviarei um fogo sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e saberão que eu sou o Senhor” (Ez 39.6). O fogo, aqui, é figura muito apropriada para as armas nucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas podem ser os continentes desconhecidos do profeta, do ocidente. Finalmente, o caos mundial e o gênio da besta.
A Bíblia descreve a pessoa do Anticristo como sendo um homem muito inteligente. (Dn 7.8). Olhos de homem significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória” significa uma tremenda capacidade oratória. Embora todo o período de tribulação tenha a duração de sete anos, será mais acentuada nos últimos três anos e meio.
O Anticristo firmará uma aliança com muitos por uma semana: “Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador, até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador”. (Dn 9.27)
Esta aliança não será com todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento de que terá chegado o tempo de Deus tratar de novo com eles, como fazia durante a vigência da Lei. A voz do Arcanjo relacionada com o arrebatamento da igreja é um sinal para os israelitas. Diz a Bíblia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram
em Cristo ressurgirão primeiro”. (I Ts 4.16) e (Jd v 9; Dn 10.13,21; Dn 12.1; Ap 12.7).
Deus nunca ficou sem um remanescente fiel. Um bom exemplo está em: I Rs 19.14,18; Is 4.3; 11.16; Rm 9.27; 11.15.
d) ANTICRISTO
SINAL – NOME – NUMERO
Três coisa notáveis, (além de muitas outras) o antagonista de Cristo, na tentativa de se parecer com Cristo, lhe ajudarão na sua vida marcada pelo engano.
1) O sinal – Apocalipse 13.6: “E faz que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes sejam posto um sinal...” O Apocalipse em sua magnitude é um livro de selo e assinalação. Em muitas de suas passagens (13.16,17; 14.9; 16.2; 19.20; 22.4), vemos todo o exercito da Besta assinalado em suas testas, como também como estavam assinalados com seu Sinal e Nome, “... todos pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos...”. O sinal sempre descreve. 41
O sinal sempre teve e tem conotação com o mundo religioso. O profeta Ezequiel, profeta do cativeiro, 606 a.C., no capitulo 9 de seu livro, descreve também uma companhia de homens assinalados (v4 e ss). – O sinal, (“Oth – marca distintiva”) posto pelo homem vestido de linho sobre eles, protegia dos juízos de Deus sobre a rebelde cidade (v 6). Para o leitor hebreu, isto significava um sinal usado como
assinatura. Garantia e autenticidade (cf. Jó 31.35).
O trecho de Isaias 44.5, menciona a inscrição do nome de Deus sobre as mãos dos fiéis, para identificá-los como pertencentes a Ele.
O Anticristo sabe que para Israel o aceitar como seu falso Messias, exige primeiro um sinal, assim sendo, ele procurará imitar a Cristo até na religião.
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2) O Nome – Apocalipse 13.17: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da Besta...” Em toda a extensão da Bíblia o nome exprime a realidade profunda do ser que o carrega.
Por isso a criação só está completa no momento em que a coisa trazida à existência recebe NOME, o que ocorrerá após o arrebatamento da igreja.
Assim, o Anticristo, o homem do pecado, sem dúvida alguma terá um nome político que lhe servirá como ponto de observação (cf. Gn 11.4). Pois também o nome, expressa fama e reputação (Gn 6.4; 11.4; Nm 16.2; Dt 32.3, etc).
Em tudo, esse cristo-impostor deseja imitar a pessoa de Cristo, O Ungido do Senhor. Jesus é Justo, ele será o iníquo, Jesus, ao entrar no mundo disse: “eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9); do Anticristo esta escrito que ele fará conforme a sua vontade (Dn 11.36). O Senhor Jesus é o filho de Deus; ele será “... o filho da perdição” (2 Ts 2.3), certamente é de grande importância que, em tudo, ele contraste com o Filho de Deus.
O numero do Nome JESUS tem no Grego o valor numérico 888 e semelhantemente, cada um dos seus “oito nomes”, como são utilizados no NT, tem significado especial.
a) – (“Jesus” - “Senhor”- “Cristo” – “Senhor Jesus” –“Jesus Cristo” – “Cristo Jesus” – Cristo, o Senhor” – “Senhor Jesus Cristo”). Além disso, Jesus tem consigo outros nomes e títulos: “ Advogado; Bispo da vossas almas; Cristo; Deus Forte; Emanuel; Deus Conosco; Filho de deus; Governador; Homem; Imagem de Deus; Jesus; Leão da Tribo de Judá; Maravilhoso; Nazareno; ômega; Príncipe da Paz; Querido do Pai; Rei;
Salvador; Tudo; Verbo de Deus; na ordem alfabética o X é substituído pelo AMÉM.
b) - O Anticristo, como a antítese do verdadeiro Cristo, também se apresentará com seus nomes e títulos: “O homem violento” (Is 16.4); o homem do pecado (2 Ts 2.3); o príncipe que há de vir (Dn 9.26); o rei do Norte (Dn 11.40); o angustiador (Is 51.13); o filho da perdição (2 Ts 2.3); o iníquo (2 Ts 2.8); o mentiroso (I Jo 2.22); Pai da mentira (Jo 8.44); o enganador ( 2 Jo v 7); o anticristo (I Jo 2.18,22; 4.3); a Besta (Ap. 11.7; 13.1 e ss), Além destes nomes e títulos já mencionados ele terá judicialmente seu próprio nome (Jo 5.43).
3) O Número - Apocalipse 13.17: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da Besta, ou o número do seu nome”.
Os fundadores da Roma Imperial foram dois gêmeos: Rômulo e Remo, segundo a lenda do Capitólio, e
o Império foi assim chamado em homenagem ao nome do primeiro. Seu nome, nome de um homem e também do reino, e cada cidadão do reino é um romano, outra palavranome associada ao fundador.42
Apocalipse 13 v. 18 diz: “Aqui há sabedoria, aquele que tem entendimento calcule o número da Besta, porque é o número de homem, e o número é “666”“.
Nas línguas orientais da Bíblia (hebraico e grego), o nome Rômulo totaliza exatamente 666.
Em hebraico, Rômulo é “Rumith” que soma 666.
R=200; U=6; M=50; I=10; TH=400 somados é igual a ↔ 666.
Em grego, Rômulo é “Lateinos” que também soma 666.
L=30; A=1; T=300; E=5; I=10; N=50; O=70 e S=200 ↔ 666
“Lateinos” significa “Homem Latino” ou “Homem do Lácio”, cidade da qual os romanos receberam sua origem e língua.
A Bíblia nos manda fazer o cálculo, o numero 666, esta estampado, na cadeira do PAPA. Ali na cadeira, e na faixa que ele põem envolta do pescoço para celebrar as cerimônias, esta escrito a frase: Vicarius – Filli – Dei = Vigário Filho de Deus. Somados em Algarismos Romanos
V= 5; I=1; G=100; A; R; I=1; U=5; S = 112
F; I=1; L=50; L=1; I=1 = 53
D=500; E; I=1 = 501
666
O numero “666” ocorre graficamente por três vezes na Bíblia.
A primeira esta registrada em 2 Cr 9.13
A segunda está em Ed 2.13
A terceira está em Ap. 13.18.
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De acordo com a numerologia pitagoriana (480-411 a.C.), o numero “666” é o chamado numero triangular, sendo a soma dos números de 1 a 36, inclusive, além disso, o 36 é em si mesmo, a soma dos números de 1 a 8. Portanto, 666 se reduz ao 8, e esse é o numero significativo em apocalipse 17.11 “... É ela (a Besta) também o oitavo”.
É mais do que coincidente que tanto o nome grego quanto o hebraico desse fundador do Império romano, Rômulo, seja exatamente 666. Mas a palavra divina diz que “...muitos anticristos” e o “espírito do Anticristo (I Jo 2.18,22)”. Assim, não apenas Rômulo, mas também, muitos outros reis e governantes romanos estão também estigmatizados pelo número 666.
e) O Numero da Besta
Segundo o texto de Apocalipse 13.18, o numero da besta é o numero de um homem, mas precisamos considerar também, dentre uma infinidade inumerável de especulações, de que este numero “666”, pode de acordo com a Filosofia da Nova Era de Aquarius, tão popular e difundida em nossos dias que este numero 666, poderá ter outra face, sabendo-se que muitos se tem feito anticristo, com certeza trabalham na preparação do caminho para a chegada deste instrumento do mal, a serviço do Diabo.
O Dr. Van Impe, um dos mais conhecidos estudiosos das profecias bíblicas nos E.U.A., relaciona mais de trinta grandes empresas e outras importantes 43 organizações que usam abertamente o numero 666 com propósito de melhorar os seus negócios.
1) Dentro do ocultismo em geral, e principalmente na filosofia da Nova Era e na Cabala hebraica, o numero Seis é equivalente ao Nove, por ser inverso deste e viceversa. O equivalente ao Nove, por sua vez, é considerado um numero de mistério, como representante do aspecto espiritual da vida, e também como um símbolo da fé cristã pelo fato de ser o número de Netuno, na astrologia, que vem a ser o regente de Peixes,
símbolo do cristianismo. O numero Nove, ao contrario do sete, representa a vida material em toda a terra, razão por que é considerado imperecível e fim de todas as coisas.
2) Há muitas razões estranhas que levam os ocultistas da nova era a adotarem esse número como o símbolo da vida terrena: um grande ano sideral dura 25.920 anos =
2+5+9+2+0= 18 (1+8=9): o ritmo normal de respiração é de 18 vezes por minuto, que termina em 9; o ritmo cardíaco normal é de 72 batidas por minuto, que termina em 9, ou de 4.320 batidas por hora, que termina em 9.
O numero ZERO, pelo fato de tornar mais poderoso qualquer número a que se agregue, é considerado o numero do poder, por ser o numero mais poderoso de todos os planetas, e de plutão, que rege escorpião. O zero é também considerado o numero da eternidade.
O Número UM representa o Deus Criador, como a causa primeira. Se juntarmos ao número do Criador o numero da eternidade, até chegarmos a casa de milhão (1.000.000), e dividirmos pelo numero espiritual, SETE, encontramos o numero 142.857, que é conhecido desde a antiguidade como o numero sagrado, pelo fato de somados entre si, resultam em 27 (1+4+2+8+5+7=27), que por sua vez corresponde ao nove (2+7=9), que representa no ocultismo o numero da vida material neste mundo.
Partindo do principio de que o NOVE é indestrutível, pelo fato de resultar sempre em NOVE qualquer que seja o número por ele multiplicado, a soma do resultado obtido sempre será NOVE. (9x3=27 etc, e também porque a soma de todos os números do nosso sistema numérico (1+2+3+4+5+6+7+8+9=45=9), resulta sempre em NOVE, concluem os adeptos da Nova Era que a vida material é indestrutível por si mesmo, o que significa que não precisamos necessariamente morrer.
3) Aplicando essa Gematria ao 666 de Apocalipse, encontramos 18 (6+6+6=18), que por sua vez nos leva ao mesmo NOVE (1+8=9), como o número sagrado da eternidade, dentro da filosofia da Nova Era. Assim, há uma íntima relação da Nova Era com o Anticristo da Bíblia.
O numero 6, repetido três vezes em relação a Besta, fala da suprema exaltação do homem, cujo número da numerologia Bíblica é 6. O 6 três vezes pode significar o homem exaltando-se a si mesmo como se fosse Deus, a exemplo do que fez Lúcifer no princípio.
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Na Bíblia, o sete é numero-chave, que indica perfeição espiritual e corresponde a uma espécie de marca registrada da inspiração divina nas escrituras. A filosofia da Nova Era, entretanto, enaltece, não o numero Sete, mas o Nove, que é também, o numero de Marte, o planeta da guerra, regente de Áries. Adolf Hitler, por sinal, era ariano, e tem sido chamado pelos ocultistas como o Senhor da Grande Guerra.
É flagrante a associação do número Nove com práticas ocultistas e pagãs. O catolicismo romano tem o seu Novenário, com os seus Nove dias de rezas. A maçonaria que se baseia na astrologia, possui a ordem dos Nove cavaleiros, em cujo funcionamento se usa Nove rosas, Nove Luzes e Nove golpes. A Alquimia identificava com o numero Nove ao Dragão vermelho, e este, na Bíblia, simboliza o próprio Satanás (Ap 12.3; 13.2; 44 ;16.13; 20.2). Concluindo, fica claro que o numero Nove é íntimo do Seis, e ambos
apontam para o homem e para o Anticristo.
4) Quanto à Besta ter numero, convém notar que as nações mais adiantadas projetaram pôr em prática um sistema de números permanentes para todos os cidadãos, a partir do nascimento ou da naturalização de alguém, visando o controle total e absoluto da população. Os computadores já estão fazendo isso, controlando animais e mercadorias. Entramos na era em que tudo será controlado à base de números. Em todos os países já há muita coisa controlada à base de números permanentes.
f) O Falso Profeta
1) O falso profeta, principal associado do Anticristo durante a Grande Tribulação, é identificado pelo apóstolo João, nas seguintes palavras: “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”. Ele tudo fará para imitar as realizações da Terceira Pessoa da Trindade, na qualidade de antiespirito. Orlando Boyer registrou que, assim como o espírito Santo não trata de exaltar a si mesmo, mas sim a Cristo, assim o falso profeta faz com que o mundo adore
a primeira besta.
2) O Falso profeta será uma espécie de “ministro de cultos” do governo do Anticristo enquanto durar a Grande Tribulação. Ele promoverá um grande avivamento religioso mundial, juntando todas as seitas e credos religiosos existentes na época, formando uma super igreja mundial. Ele “também opera grandes sinais de maneira que até fogo do céu fará descer à terra, diante dos homens”. Evidentemente será prodígios
de mentira, operados segundo a eficácia de Satanás.
Assim como o Espírito Santo tem poder para dar a vida, o falso profeta dá vida à imagem da Besta. Assim como o Espírito Santo sela os crentes para o dia da redenção (Ef 1.13,14), da mesma forma o falso profeta sela seus seguidores para o dia da perdição (Ap 13.16; 14. 9-11).
3) Após o arrebatamento da igreja, o Falso Profeta será a última cabeça do sistema eclesiástico, uma espécie de “Papa da Igreja mundial, cujas bases estão sendo lançadas pelos espúrios movimentos ecumênicos. Enquanto isso, a primeira besta representará a última cabeça do sistema civil,, o último premier, o último César.
4) Esses dois homens estarão reunidos a partir da metade da septuagésima semana de Daniel, no
propósito diabólico de perseguir o povo de Israel.
Embora alguns estudiosos da Escatologia, Bíblica entendam que o falso profeta representa o anticristo, parece claro que a função da segunda besta é servir a primeira, como subordinada a esta. O fato de o falso profeta possuir dois chifres – e chifre na Bíblia significa poder – mostra que sua autoridade será bem inferior à da primeira Besta, que possui dez (Ap 13.1). Nenhuma das duas bestas, entretanto, poderá destruir os poderes deste mundo, pois Deus Pai tem reservado este ato para o Senhor Jesus Cristo, o único que possui sete pontas (Ap 5.6), a plenitude do poder político.
Quando tudo parecer perdido para a humanidade: quando o governo humano mais uma vez mostrar-se incapaz e quando a destruição do próprio planeta parecer inevitável, Jesus aparecerá nas nuvens com poder e grande gloria, acompanhado também da sua igreja glorificada. Ele virá como Rei dos Reis e senhor dos Senhores, como juiz para destruir aqueles que “destroem a terra” (Ap 11.18). Ele intervirá nos
destinos do mundo para evitar que a raça humana seja totalmente extinta pela loucura 45dos homens. Finalmente Ele virá como aquela pedra da visão de Nabucodonosor, que foi cortada sem auxilio de mão. (Dn 2.34,35, 44).
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g) A Duração da Grande Tribulação
1) A Grande Tribulação abrangerá um período de sete anos, dos quais os piores serão os últimos três anos e meio. Quanto a este período, diz\ a Escritura que o Anticristo “proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a Lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu a sua
boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu” (Dn 7.25; Ap 13).
2) O sofrimento nesse tempo será de tal monta que se durasse mais tempo, ninguém escaparia com vida. Note o que disse Jesus sobre essa época da história da humanidade: “Porque haverá então tão grande aflição, como nunca houve desde o principio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados
aqueles dias”. (Mt 24.21,22).
h) A Pior Fase da Grande Tribulação
A pior fase da Grande tribulação será quando o Anticristo romper sua aliança feita com os judeus, e começar a persegui-los. Tal fato ocorrerá quando exigir adoração e os judeus se recusarem a prestá-la. Os santos perseguidos pela Besta, referidos em Daniel 7.21,25 e Apocalipse 13.7, são em primeiro plano os judeus, e secundariamente os gentios crentes, os quais sofrerão o martírio por causa do Nome de Jesus, por se negarem a receber o sinal da Besta.
Rompida a sua aliança com os judeus, o Anticristo romperá com a igreja apóstata que lhe deu sustentação religiosa até então, e a destruirá. Havendo destruído a igreja falsa, o Anticristo implantará o sistema de adoração de si mesmo.
Apesar de a Grande Tribulação visar em primeiro lugar os judeus, o mundo inteiro sofrerá os seus efeitos. Porém só os judeus se arrependerão dos seus pecados e se converterão a Deus como resultado desse período de tribulação indescritível.
Será nesse tempo de justiça Divina quando as sete piores pragas, sob as taças de juízo, serão derramadas na terra, como registram as capítulos 15 e 16 do livro de Apocalipse. Nesse tempo, as forças da natureza que operam nos céus entrarão em convulsão.
i) A Salvação Durante a Grande tribulação
De que haverá salvação durante a Grande tribulação, dão provas os seguintes textos das escrituras: Jl 2.32 e Ap 6.9-11; 7.9-11,14; 12.17; 15.2 e 20.4. Certamente que as condições espirituais prevalecentes durante a Grande Tribulação não serão tão favoráveis quanto hoje. Tremendas trevas espirituais envolverão o mundo e o terror do inferno atormentará o coração dos homens. Apesar de todo esse quadro adverso na sua visão de Patmos, João viu uma grande multidão formada de judeus e gentios, salva durante o reinado do Anticristo. No meio dessa multidão inumerável estarão aqueles crentes que não subiram no arrebatamento da Igreja, que, despertados por tal fato, decidirão por permanecer fiéis a Jesus, a despeito de toda e qualquer prova de 46sofrimento. Deste modo não pairam dúvidas, de que haverá conversões durante a
Grande tribulação.
j) Israel e Sua Fuga Durante a Grande Tribulação
No seu intento de destruir os judeus, o Anticristo conduzirá seus exércitos contra a cidade de Jerusalém. Quanto a isto diz o senhor: “E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem com ela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as nações... Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro,
mas o resto do povo não será expulso da cidade” (Mt 24.20; Is 16.1-5; Ez 20.35-38; Os2. 14; Dn 11.40,41; Zc 12.2,3; Sl 60.9; Ap 12.13,14). Acossados pelas forças que estarão sob o comando do Anticristo, parte de Israel buscará e encontrará refúgio nos montes e abrigos naturais nos territórios de Edom, Moabe e Amon. “E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus...” (Ap 12.6ª). Este “deserto” conforme designa o termo, é o “... lugar preparado por Deus” durante a grande tribulação.
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No ano 70 d.C. deus preparou a cidade de Pela uma das cidades de Decápolis, como “refúgio” para os crentes. Semelhantemente, Deus usará novamente este método de proteção; só que desta vez, será Petra, no monte Seir, na terra de Moabe (Sela ou Petra, a cidade da rocha, a sudeste do Mar Morto), como possível esconderijo.
Pode acomodar até 250 mil pessoas. E para lá, Deus enviara o Israel Fiel (a mulher), para que seja preservada da vista da serpente (Ec 3.15; Ap 12.14).
Em razão disto, estas três províncias serão poupadas do juízo divino durante a investida
arrasadora do Anticristo contra Israel. (Dn 11.41; Is 52.8).
l) A Manifestação de Cristo em Glória
Quando Jerusalém estiver cercada pelos exércitos do Anticristo, e aos judeus não restar escape, então eles clamarão angustiados em busca de auxílio de Deus.
“Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos distintamente vêem o retorno do Senhor a Sião”. Em resposta ao aflitivo clamor dos filhos de Israel, “aparecerá no céu o sinal do filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória”, “Ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis, e
senhor dos senhores”. (Mt 24.20; Ap 1.7; Zc 14.4,5; Ap 19.11-16; I Ts 4.16,17).
Porá seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que se fenderá em dois.
Todos verão a sobre excelente Glória do senhor.
m) Distinção Entre Arrebatamento da igreja e a
Manifestação de Cristo em Glória ou PAROUSIA
Cremos já não haver nenhuma dúvida quanto à afirmação anteriormente feita, de que a segunda vinda de Cristo se dará em duas fases: Arrebatamento da igreja, e manifestação pessoal de Cristo em Glória.
Na primeira fase, o Arrebatamento da Igreja, Cristo virá para os seus. Não tocará os seus pés na terra, tampouco será visível ao mundo. Ele virá até as nuvens, onde receberá a sua Igreja triunfante para que com Ele adentre às mansões celestiais.47
Já na segunda Fase, a manifestação propriamente dita, sete anos após a primeira, Cristo virá com os seus. Nesse momento, sim, todo olho o verá, não como um Cristo abatido e humilhado, mas exaltado e triunfante. Paulo se refere à primeira fase da vinda de Cristo, para os seus, nos seguintes termos: “... nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor” (I Ts 4.17). Já o profeta Zacarias, referindo-se a segunda fase da vinda de Jesus, profeticamente vislumbra o seguinte quadro: “Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte da Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio...”. (Zc 14. 3,4). Jesus Cristo na sua Volta VIRÁ:
Primeiro como o Ladrão e depois como o Relâmpago;
Primeiro como Estrela da Manhã e depois como o Sol da Justiça;
Primeiro como Noivo e depois como Rei;
Primeiro para as Bodas e depois para o Trono;
Primeiro Antes das Bodas e depois Após as Bodas;
Primeiro virá Para sua Noiva e depois Com a sua Noiva;
Primeiro Até aos ares e depois ao Monte das Oliveiras;
Primeiro receberá a noiva, depois é recebido por Israel;
Primeiro para unir-se com a Igreja e depois para Revelar-se ao Mundo;
Primeiro como a nossa Bendita Esperança depois como um glorioso Aparecimento.
n) A batalha do Armagedom
Armagedom, no sentido geográfico, significa “montanha de Megido”.
Designa o local onde se ferirá a batalha “... naquele grande dia do Deus Todo-poderoso”
(Ap 16.16).
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1) “JESREEL” - Esta planície tem um formato de triângulo isóscele, é o mais amplo vale de Israel, sua base é de 30 Km e seus lados de 22 Km aproximadamente, é famoso por sua fertilidade e conhecido como “O celeiro de Israel”. Devido a sua posição estratégica e fertilidade, foi palco de inúmeras lutas e combates na antiguidade, hebreus; filisteus; cananeus; sírios; egípcios; assírios; babilônicos; gregos; midianitas; romanos; árabes; cruzados; turcos e, finalmente os ingleses, comandados por Allendy, durante a
1ª guerra mundial, lutaram em seu solo.
2) “MEGIDO”- Está localizado no local Sul do Vale de Jesreel, onde o “caminho do mar” (Vila Maris) deixa a planície e passa através de um longo e estreito desfiladeiro, continuando na direção da planície Sharon, pelo litoral.
3) “ARMAGEDOM”- No sentido profético, Armagedom ou megido, como a palavra descreve, era também o nome da cidade, hoje Allejjun, e é o vale que os judeus chamam atualmente de Planície de Jezreel, que vai do Monte Tabor até junto do Monte Carmelo.
O Vale do Megido ou Asdraelom é também interpretado como “lugar de tropas” ou “lugar de multidões”.
O profeta Zacarias descreve o palco da grande batalha do Armagedom nos seguintes termos: “...contra ela (Jerusalém) se ajuntarão todas as nações da terra...Naquele dia (diz o Senhor) procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém...Então sairá o senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha”. (Zc 14.4; 12.3,9; 14.2). Neste amplo e espaçoso lugar, os exércitos do
anticristo estarão congregados para aquilo que poderia ser o ataque decisivo e definitivo contra a cidade de Jerusalém. Será neste momento de aperto excessivo dos judeus, que se dará a manifestação de Jesus, revestido com poder e glória, pronto a pelejar pelo seu 48povo. A batalha anteriormente analisada como um confronto de proporções puramente humana, assume feições duma guerra entre Jesus Cristo e Satanás.
O triunfo de Jesus sobre os exércitos do anticristo em armagedom será esmagador. Destruídos os exércitos hostis a Israel,o triunfo final de Cristo será coroado com o confinamento do Anticristo e do falso Profeta no Lago de Fogo e Enxofre, que é o inferno final.
o) O Aprisionamento de Satanás
A Grande tribulação, como já dissemos anteriormente, que se prolongará por sete anos, terá sua parte mais cruel na segunda metade (três anos e meio), da sua parte final, da semana profética de Daniel (Dn 9 .24-27; Mt 24. 15,21). Seu ponto marcante dar-se-á com a brilhante vitória do arcanjo Miguel sobre os exércitos sombrios de Satanás (Dn 12.1; Ap 12.7 e ss), e terminará com a ressurreição corporal dos santos mártires da Grande Tribulação (Ap 20.4).
Na sua visão em Patmos, dentre tantas coisas que lhe foram reveladas, João teve a seguinte visão: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois
importa que seja solto por um pouco de tempo”. Por enquanto satanás não será ainda lançado no Lago de Fogo e Enxofre, mas é posto uma prisão, de onde não poderá sair para perturbar as nações, enquanto durar o governo Milenial de Cristo.( Ap 19.20)
O aprisionamento de satanás, como bem disse o apocalipsista Armando Chaves Cohen, “não significa que o povo se tornará tão esclarecido ao ponto que satanás, ainda que deixado livre, não podo mais enganar, e assim está virtualmente amarrado. Não se trata de prevenção contra Satanás, significa, realmente, que ele foi amarrado e lançado na prisão pelo período de mil anos”.
p) O Julgamento das Nações Vivas
O Vale de Josafá – “Movam-se as nações, e subam ao vale de Josafá;
porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor” (Jl 3.12).
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O sermão Profético - “E, quando o filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”. (Mt 25. 31,32).
1) Após os sete anos de angustia, Cristo descerá para terminar com a guerra do Armagedom e, após aprisionar o anticristo e seu falso profeta, jogando-os no ardente Lago de Fogo, nosso senhor seguirá direto para o “vale de Josafá”, onde segundo nos é dito, terá início o julgamento daquelas nações que sobreviveram àquelas catástrofes já mencionadas. Este julgamento não é o julgamento do Grande trono Branco, e sim daqueles que restaram de todas as nações que vieram contra Jerusalém, (Zc 14.16); mas
que, sem dúvida, incluirá também aquelas nações que durante séculos reconheceram Israel como nação do senhor (Sl 122.6).
2) Onde Será? Alguns estudiosos declaram ser incerta ou não saberem onde se dará este evento. Mas cremos, que este julgamento das nações vivas se dará no “Vale de 49 Josafá” (Jl 3.2 e ss), que profeticamente é também chamado de “O Vale da Decisão –decisão do Senhor” ( Jl 3.14).
“O Vale de Josafá”, encontra-se hoje literalmente guarnecido de túmulos de judeus e maometanos. Está transformado assim, no mais antigo e maior cemitério judeu do mundo. Muitos Judeus chegam a Jerusalém para nela morrer e serem sepultados perto do Vale de Josafá onde, acredita-se, terão lugar a Ressurreição e o Juízo Final (Jl 3 1,2). Cristãos e Muçulmanos compartilham da mesma crença e seus túmulos estão situados no lado ocidental do Vale.
Seu nome atual é Wady Siti Miriam. É formado pelo Ribeiro de Cedrom (Jo 18.1) do lado oriental da cidade de Jerusalém.
3) Embora o período final deste tempo de angustia tenha a duração de apenas 1260 dias (três anos e meio), menciona-se um período adicional de mais 35 dias para a purificação e restauração do Templo (Dn 12.11). E ainda outro período de 45 dias antes que seja experimentada a plena benção do Reino Milenar (Dn 12.12).
Primeiro: Um período de 1260 dias (três anos e meio), até a destruição e prisão da besta e seu consorte (Dn 12.7,11; Ap 19.19,20).
Segundo: Um período de 1290 dias (Dn 12.12), acrescentando-se 30 dias.
Terceiro: Um período de 1335 dias> Está escrito em Mt 24.22, que se “...se aqueles dias (1335) não fossem abreviados (para 1260 dias), nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos (os judeus), serão abreviados aqueles dias”. Devemos ter em mente o significado da frase “abreviados” e deduzir o sentido do argumento.
Tomando-se o inicio da metade da semana profética de Daniel 9, a grande tribulação terminará no final dos 1260 dias (parte final dos sete anos).
Durante 30 dias que se seguem, se dará exatamente o Juízo da Nações Vivas, conforme temos aqui nesta seção.
No período dos 45 dias restantes, a terra passará por uma purificação, uma espécie de preparação, para dar-se lugar ao início do Reino Milenar de Cristo.
4) Quem será julgado ali? Diante deste tribunal, três classes estarão presentes: (Mt 25), as ovelhas (v.33); os bodes (v.33b); e os irmãos (v.40).
As Ovelhas – “... As ovelhas” (os justos) ficarão ao lado direito do REI.
Os Bodes - “... Os Bodes” (os ímpios) ficarão ao lado esquerda do REI.
Os Irmãos -“... Os Irmãos (os judeus) ficarão diante do REI.
Este julgamento, diz respeito aos vivos e não aos mortos. Será feito tendo em vista o tratamento que as nações deram a Israel na presente era. Isto é sem dúvida, uma espécie de seleção para o Milênio, a fim de que não se inicie essa nova junção dos séculos com pessoas de mau caráter.
Este julgamento é como um tribunal intermediário, pois sem dúvida, muitos destes passarão ainda pelo julgamento do Grande Trono Branco. Isso se dará como se vê em Apocalipse 20.8 e ss. Com os que convertidos no milênio, aderirão Pa revolta de Satanás.50
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XX) O MILÊNIO
Ao aprisionamento de Satanás seguir-se-ão Mil Anos de paz e de governo perfeito sob o reinado de Sua Majestade, o Senhor Jesus Cristo, assinalando o começo duma nova dispensação, a Dispensação da “PLENITUDE DOS TEMPOS’. Este período de mil anos de governo de Jesus Cristo ainda não é o principio de um mundo novo, mas tão somente o fim de um mundo antigo. O que o sábado judaico é para a semana, assim será o Milênio para a era presente. Haverá um governo perfeito durante o reino milenial de Cristo e seus santos; mas não haverá um mundo perfeito. No seu aspecto mais abrangente, o Milênio terá os seguintes propósitos:
1) – Fazer convergir em Cristo todas as coisas, isto é. Toda a criação;
2) – Estabelecer a justiça e a paz na terra, eliminando toda rebelião contra Deus;
3) – Fazer convergir nele (milênio), todas as alianças da Bíblia;
4) – Fazer Israel ocupar toda a terra que lhe pertence e fazê-lo cabeça das nações;
5) – Cumprir as profecias a respeito do Messias;
6) – Satisfazer os anseios dos filhos de Deus que estão continuamente orando “venha o
teu reino”.
O Milênio será, de acordo com as escrituras, um tempo de restauração para todas as coisas. Nessa época Jerusalém será o centro de adoração para todos os povos e a capital religiosa do mundo (Jr 3.17; Zc 14.14-21), Assim o Reino do Messias será universal. Ao invés do pecado, a justiça enchera toda a terra; satanás terá sido amarrado (Ap 20. 1-3), o Anticristo e o falso profeta terão sido lançados no ardente lago de fogo.
Por conseguinte, a injustiça cederá lugar a justiça que esteve de luto durante o tempo sombrio da Grande Tribulação; a violência a quietude, o ódio e a inimizade ao amor e à doce amizade e o mundo ficará em descanso. O próprio Senhor Jesus dirá: “não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9). Será verdadeiramente a “Idade Áurea da Terra”.
O Milênio será a última prova e não o descanso do homem (Hb 4.3); é prova nas melhores circunstâncias possíveis: a justiça reinando, o curso do mundo transformado, o céu aberto, Cristo na terra, e a terra por sua vez cheia da plenitude de Deus, a recordação de juízos passados para admoestar sobre o futuro. É portanto um tempo de maravilhoso.
O Senhor Jesus Cristo veio, a fim de estabelecer o reino prometido aos judeus crentes, porquanto nasceu “como Rei dos judeus” (Mt 2.2). declarou que o reino estava entre eles = o reino de Deus está dentro de vós. O Reino dos Céus é completamente apresentado no início da pregação de João Batista e segue até a rejeição de Jesus como Rei: suspenso aqui e reiniciado no “inicio do Milênio”. Já o Reino de
Deus, tem em si mesmo um caráter mais abrangente e desde que foi implantado nos corações (Rm 14.17) seguirá seu curso até a eternidade. O Reino de Deus é universal, incluindo todas as criaturas voluntariamente sujeitas à sua vontade. Todas as dispensações da historia humana podem ser propriamente chamadas dispensações do Reino de Deus. Enquanto que o Reino dos Céus é messiânico, mediatorial e davídico, e tem por alvo o estabelecimento do Reino de Deus Sobre a terra. Visto isto podemos afirmar que, o Reino dos Céus é a esfera terrestre do Reino Universal de Deus.51
a) Quem participará do Milênio
Dois grupos de povos distintos tomarão parte no Milênio: Os crenteglorificados, consistindo dos santos do Antigo e do Novo Testamento, da Igreja triunfante, dos santos oriundos da Grande tribulação, e os povos naturais, em estado físico normal vivendo na terra, a saber: Judeus salvos saídos da Grande tribulação, gentios poupados no julgamento das nações, e o povo nascido durante o Milênio.
No estado Glorificado, os salvos não estarão limitados à terra. Seus corpos ressurretos não estarão sujeitos as limitações do tempo e do espaço. Pelo contrário, serão como os anjos, dotados de corpos espirituais, não sujeitos às limitações da matéria.
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b) O Milênio e Israel
Uma vez que um grande e majestoso templo será construído em Jerusalém, é admissível que alguns dos sacrifícios do antigo Testamento venham a ser oferecidos a Deus ai. A diferença básica entre esses sacrifício a serem oferecidos nos dias do AT, é que esses apontavam para o que Jesus haveria de fazer, enquanto que aqueles são um memorial do que Jesus já fez. Além da restauração e revigoramento do culto a Deus, em Jerusalém, Israel alcançará muitas outras bênçãos no Milênio, dentre as quais se destacam a plena posse da terra prometida, e o privilégio da nação vir a ser uma benção para todo o mundo da época. Jerusalém será a sede do governo milenial e mundial de Cristo.(Is 22; Mq 4.2) De Jerusalém sairão tanto as diretrizes religiosas como as leis civis para o mundo. Os grandes centros de decisões políticas do mundo atual, caso ainda existam no milênio, cederão ao poder a ao esplendor imanentes de Jerusalém. Pois, diz a
Bíblia que tanto a “Lei” como “a Palavra do Senhor” sairão de Jerusalém, (Is 2.3; Zc8. 20-23).
c) O Milênio em Relação à Igreja
No Milênio a igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém celeste. A igreja exercerá a co-regência com Cristo durante esse período áureo da história da humanidade. Revestidos de um corpo glorioso, os salvos estarão acima das limitações do tempo e do espaço sujeitos quando ainda em seus corpos mortais. Terão um corpo como o de Cristo ressurreto, que se locomove sem obstáculos e sem barreiras.
Assim como na transfiguração de Cristo, Moisés e Elias não estavam sujeitos às limitações físicas, de igual modo os componentes da igreja, no Milênio não estarão sujeitos a essas limitações. Em todas as passagens que aludem à igreja no Milênio, os salvos são sempre designados como em glória, glorificados e em lugares sublimes com o senhor. Evidentemente tudo quanto imaginarmos e dissermos acerca da glória futura da igreja, está mui aquém do que isso realmente significa.
d) O Milênio e o Mundo em Geral
1) Durante o Milênio o mundo será saturado do conhecimento de deus.
Caravanas procedentes das mais diferentes nações irão a Jerusalém buscar a Lei do senhor. Certamente que o pecado não será de todo erradicado da terra. Não. A natureza humana continuará a mesma, porém, devido ao aprisionamento de Satanás e às bênçãos do reinado e da presença pessoal de Cristo, ninguém estará impossibilitado de se 52submeter ao senhorio de Cristo. Serão tantas as facilidades e condições e obediência a cristo, que ninguém poderá se desculpar em não lhe obedecer (Ez 39.29; 36.27At 3.21).
Quanto à maneira como os habitantes da terra nesse tempo serão visitados pelo senhor, diz o próprio Deus: “já não esconderei deles o meu rosto, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus... Porei dentro de vós o meu Espírito, e fareis que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”
(Is 2.3,4;).
2) Durante o Milênio, o antagonismo será removido de entre os homens. A ciência e o progresso atingirão o seu apogeu e alcançarão o fim a que se propuseram.
Fronteiras já não existirão como obstáculos à penetração de estrangeiros. As casas já não precisarão de fechaduras e cadeados. Moléstias tais como o câncer, a lepra e a AIDS, já não ceifarão as vidas na proporção que conhecemos hoje (Is 33.24ª; 35.5,6; 65.23; Zc 13.1). Não haverá mortandade entre as crianças. As nações já não necessitarão de exércitos armados para guarnecerem suas fronteiras, pois “este
converterão as sua espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra”. (Rm 8.19-22).
3) No Milênio, a própria terra, como habitat do homem, passará por transformações que alterarão sensivelmente, para melhor, o seu clima e a sua produtividade. Das palavras do Criador em Gn 3.17, fica evidenciado que o pecado trouxe sobre a terra uma maldição: “... maldita é a terra”. Essa maldição É A
SEGUNDA, causada pelo pecado, pois em Gn 3.14 já havia sido pronunciada a PRIMEIRA que recaiu sobre a serpente e toda a fauna: “... maldita serás mais que toda a besta, e mais que todos os animais do campo”. Toda maldição será removida, até a profundidade dos rios serão alteradas (30.25). O Senhor criará o “Rio Milenar” (Ez 47.1-12; Zc 14.8). Sua foz será debaixo da casa do senhor, “O Templo Milenar”. (Zc
14.4 e ss Is 5.7; 41.18; 55.13).
4) De igual modo os animais sofrerão mudanças na sua natureza durante essa época áurea. A ferocidade deles será removida para dar lugar à docilidade.
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Não mais atacarão, nem representarão qualquer tipo de ameaça para o homem. Toda a criação, afetada que foi pela queda do homem, de igual modo participará das bênçãos decorrentes do governo milenar de cristo. (Is 65. 17-25; Zc 8. 4,5; Ap 20.7).
5) No Cosmo haverá também mudanças profundas no sistema planetário e, mesmo as região atmosférica a intervenção divina estará também presente. O senhor Jesus será contra os terríveis vendavais e furacões que tanto tem devastado a humanidade (Is 32.20) O céu estará mais claro de dia, as noites serão menos escuras. “E será a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete
dias, no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo, e curar a chaga da sua ferida” (Is 30.26). Eis uma das razões por que devemos orar; “Venha o teu reino!” (Mt 6.10).
XXI) OS EVENTOS FINAIS
XXII)
Terminado o Milênio, Satanás que fora preso antes, será novamente solto por um breve espaço de tempo. Essa soltura momentânea de satanás, servirá para o seguinte: 1) Provar aquelas pessoas que nasceram durante o Milênio; 2) Revelar que o coração do homem não convertido, permanece inalterado, mesmo no reino pessoal do Filho de deus; 3) Demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza humana, e 53 que o homem por si mesmo jamais se salvará, mesmo sob as melhores condições; 4)
Demonstrar que Satanás é completamente incorrigível.
a) A Última Revolta de Satanás
b)
“E, acabando-se o mil anos, Satanás será solto de sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha”. (Ap 20. 7,10).
Gogue e Magogue em Apocalipse 20.8 são as nações rebeladas contra Deus, instigadas por satanás, e conduzindo um furioso ataque contra os santos. Segundo análise do professor Antonio Gilberto, não se trata absolutamente de Gogue e Magogue de Ezequiel 38 e 39, conforme o seguinte argumento:
Gogue e Magogue Em Ezequiel 38-39.
Gogue é um bloco de nações.
Gogue vem do norte.
Gogue age por ato Divino.
Gogue é destruído por espada.
Gogue é sepultado em Israel.
Gogue vem antes do milênio.
Gogue e Magogue em Apocalipse 20.
Gogue é todas as nações.
Gogue envolve toda a terra.
Gogue é movido pelo Diabo.
Gogue é destruído por fogo do céu.
Gogue é totalmente destruído pelo fogo.
Gogue vem após o Milênio.
A sorte de satanás e desses povos que por ele se deixaram iludir está selada nas seguintes palavras: “... mas desceu fogo do céu, e os devorou. E o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. (Ap 20.11,12)
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XXII) O JUIZO FINAL
Em seguida ao aprisionamento de Satanás, e o seu conseqüente encerramento no Lago de Fogo e Enxofre, será estabelecido o Juízo do Grande trono Branco, O Juízo Final. É nessa época que os ímpios mortos em todos os tempos experimentarão uma ressurreição própria para, diante do trono de Deus, ouvir a sentença final condizente com as suas obras. Os salvos por Cristo não passarão pelo vexame
desse julgamento, uma vez que já estão glorificados por Cristo. Mais do que isto, os santos vencedores estão assentados em tronos como assistentes de Cristo neste julgamento final. E conforme o Salmo 147. vv. 6-11; I Co 6.2,3, os santos hão de julgar, além de todos aqueles que tinham poder sobre seus respectivos países, e domínio sobre o comercio e políticas internacionais, dentre outras, todos não salvos, inclusive os
Anjos, isto, nos coloca em uma posição Privilegiada no Grande Tribunal, do Juízo 54Final, sentados em tronos como assistentes do Senhor Juiz dos Juízes.
Contrariando a opinião de muitos teólogos, a Igreja não será alvo desse julgamento, o seu Privilégio é
que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. (Rm 8.1).
a) Entre os muitos julgamentos ou juízos especiais, a Bíblia menciona SETE, que têm significado especial:
1. O julgamento dos pecados do crente na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 13.31). Ele foi ai justificado porque Cristo, havendo levado os seus pecados sobre a cruz, foi feito por Deus Justiça (I Co .30).
2. O crente julgando-se a si mesmo, para não ser julgado com o mundo (I Co 11.31).
3. O julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de Cristo, logo após o traslado da igreja (Rm 14.10; I Co 3.12; 2 Co 5.10).
4. O julgamento das nações vivas por ocasião da “Parousia” de Cristo (Mt 25.32 e ss).
5. O julgamento de Israel, na Volta de Cristo, como “amadurecimento da nação”, para ingressar no Reino Milenar (Ez 20.33 e ss; Mt 19.28).
6. O julgamento descrito por Paulo em 2 Timóteo 4.1, que se dará na “sua vinda (de Cristo) e no seu reino”.
7. O julgamento do “Grande trono Branco” aqui mencionado nesta seção (Ap 20.11-15).
b) Ninguém será suficientemente esperto para fugir do Juízo Final. “NÃO HÁ FORMA, JEITO, OU DESCULPA ALGUMA, que possa mudar a situação de alguém diante do Trono do Juízo Final. O trono é Branco! Resplandeceu de Pureza e Santidade, o que exige Justiça! Castigo! Julgamento! Purificação! Retribuição! Tudo isso descreve uma cena fora da história humana! É O JUIZO FINAL. Diante do Trono
Branco do Juízo, com relação ao próprio Branco que caracteriza esse trono, significa que o Juiz julgará baseado em sua Justiça, Pureza e Santidade. Todavia o Juiz que irá exercer o juízo NÃO é o Pai, mas o Filho. (Jo 5.22-27; At 17.31). Estarão ali “grandes e pequenos”. Não significam adultos e crianças, mas senhores e servos sábios e indoutos, ricos e pobres. Refere-se à classe social e não a faixa etária. Os mortos salvos durante o Milênio certamente ressuscitarão nessa ocasião para serem também recompensados com a vida eterna. (Dn 7. 9,10; 12.2). Só assim se explica a presença do livro da vida nesse julgamento e outros livros, conforme acreditam muitos estudiosos das Escrituras, tais como:
1. O Livro da Consciência (Romanos 2. 15; 9,1).
2. O Livro da Natureza (Jó 12.7-9; Romanos 1.20).
3. O Livro da Lei (Romanos 2.12; 3.20).
4. O Livro do Evangelho (Romanos 2.16; João 12.48).
5. O Livro da Memória (Lucas 16.25).
6. O Livro dos Atos(obras) Humanos (Apocalipse 20.12).
7. O Livro da Vida (Daniel 12.1).
Por que o Livro da Vida estará presente em um julgamento que não tem outra finalidade senão condenar? A presença deste Livro servirá para provar que os nomes dos perdidos estão riscados dele. Percebe-se, uma leitura cuidadosa da Bíblia, que cada pessoa que nasce neste mundo tem o seu nome escrito no Livro da Vida. Porém, à55medida que a pessoa chega à idade da razão e escolhe, conscientemente, ou afastar-se de Deus ou aproximar-se Dele, o seu nome é riscado desse Livro ou mantido nEle.
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Muitas pessoas, por viverem uma vida supostamente cristã e até mesmo realizarem milagres e profetizarem no nome do Senhor, ficarão chocadas ao perceber que os seus nomes já não estão escritos nos céus, como Jesus advertiu. (Mt 7.21-23).
c) A Renovação dos Céus e da Terra
Escreve o Apostolo Pedro: “Mas os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios... Mas o dia do Senhor virá como ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e aterra e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois de perecer todas as estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3. 10-13).
Uma vez que não só a terra, mas todo o espaço sideral também está contaminado pelo pecado e pela ação deletéria do Diabo, não apenas a terra, mas também os céus sofrerão a ação purificadora de Deus na consumação dos séculos.
Será a desordem do homem, do pecado e do Diabo, sendo abolida, para dar lugar à ordem e à
harmonia de Deus.
d) O Eterno e Perfeito Estado
Consumado todo o plano de Deus para o final dos séculos, haverá perfeita harmonia entre o Céu e a Terra. O autor da carta aos Hebreus (11.10), afirma que os santos do AT esperavam, pela fé, a “cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor. O apostolo João viu essa cidade santa, que de Deus descia do Céu, ataviada como uma noive para o seu noivo. Ela brilhava com a glória de Deus, e o
seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como o jaspe cristalino. A Nova Jerusalém descerá do céu como João viu Ataviada como uma noiva para o seu noivo. Essa gloriosa cidade ficará nos ares, como um satélite resplandecente, a jorrar a sua luz a terra. As nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra” (Ap 21.7,11, 23,24). Neste lugar, os santos as igreja se unirão aos santos do
Milênio, que serão ressuscitados, e farão ali a sua residência nesse tempo.
Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei, como bem diz o poeta sacro. Sim, porque o muro de separação (o pecado) foi totalmente desfeito.
Tudo quanto é santo, perfeito e belo, se associa ao eterno e perfeito estado quando a ordem divina abolir e substituir o caos hoje dominante no reino dos homens.
A esse estado por vir, se associam:
1. Santidade perfeita. (Ap 22.3)
2. Governo perfeito. (Ap 22.3)
3. Serviço perfeito. (Ap 22.3)
4. Visão perfeita. (Ap 22.4)
5. Identificação perfeita. (Ap 22.4)
6. Iluminação perfeita. (Ap 22.5)
7. Interação perfeita. (I Co 15.28)
Começam aqui as eras eternas, quando Deus é tudo em todas as coisas.56
SINAIS DOS TEMPOS FINDOS
As dores de parto estão se amiudando, ficando mais intensas, mais fortes, mais preocupantes. A violência explode em todo o mundo. Violência no trânsito; violência sexual; violência contra a vida; contra a mulher; contra crianças. Para completar o quadro, a violência dos abortos provocados: 238.874 curetagens pós-parto foram realizadas no Brasil, em 1997, 22% em jovens de 10 a 19 anos.
Órgão de Educação Teológica da Igreja Pentecostal da Salvação Cristo Vive
Milhões de homens, mulheres e crianças obrigados a um exílio forçado pelas circunstâncias, em várias partes do mundo. Tribos em guerra fratricida. Milhares fugindo de ditaduras, de perseguições. Fugindo dos próprios compatriotas, da terra natal, de suas origens. Fugindo sem destino certo, sem rumo. Nas maiores cidades do Brasil as autoridades se declaram incompetentes diante das atrocidades de gangues.
"Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas SÃO O PRINCÏPIO DAS DORES... muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E por se multiplicar a iniquidade o amor a muitos esfriará... olhai, não vos assustei, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim" (Mateus 24.1-14). Terremotos e furacões se sucedem, cada vez mais fortes. Água potável, indispensável à vida humana, escasseia em várias partes do mundo, como é exemplo o nordeste brasileiro. A UNESCO declarou que a "próxima guerra mundial será deflagrada pela disputa de água potável".
As estatísticas da fome mundial é assustadora. Trezentos milhões de miseráveis na Índia. A malária nunca foi erradicada do planeta e continua matando milhões. Câncer e AIDS, outro tanto. O sexo entre não casados tornou-se uma prática normal em nossa sociedade depravada, não apenas no Brasil. É o aumento da iniquidade, da depravação e do desrespeito à Palavra de Deus. O produto disso são divórcios que geram famílias desestruturadas e filhos sem esperança. O adultério, a traição entre cônjuges, são uma rotina em nosso meio. "Nenhum fornicador, ou impuro... tem herança no Reino de Cristo e de Deus"(Efésios 5.5). "Não adulterarás"(Êxodo 20.14).
As drogas estão ceifando vidas jovens, alcançam adolescentes e penetram nas escolas: em 45% das escolas públicas do Brasil há tráfico de drogas. Pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas do Rio (Nepad) concluiu que 27 mil estudantes de escolas públicas do Rio usam drogas com freqüência. "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem impuros... nem bêbados herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6.9-10).
Satélites da Nasa detectaram que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica se estende agora por 27 milhões de quilômetros quadrados, cinco por cento maior que o tamanho máximo alcançado em 1996. "A temperatura global poderá aumentar cerca de 3,5 graus centígrados até o ano 2.100, a maior mudança climática em dez mil anos", concluiu a Quarta Reunião da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática. A verdade é que em muitas partes do mundo o calor está aumentando. Enormes blocos de gelo se deslocam das regiões polares. Reflitamos:
"E os homens foram abrasados com grandes calores... e não se arrependeram" (Apocalipse 16.9; Malaquias 4.1).
Não é por menos que as queimadas em várias partes da Terra estão devorando as matas. Dez por cento da floresta amazônica - o pulmão do mundo - foram devastados nos últimos 50 anos, em decorrência da ação predatória do homem. É bom que façamos uma reflexão para o que o Apóstolo Paulo disse:
"Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com DORES DE PARTO até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo"(Romanos 8.22-23).
Os homens estão cada vez mais ansiosos e deprimidos, ora porque não conseguem superar as dificuldades economico-financeiras, ora porque não conseguem acompanhar o ritmo do progresso, ora porque se sentem excluídos da sociedade organizada e elitizada. O século XXI será das doenças do cérebro, como resultado do esforço do homem para acompanhar a rápida evolução social. Esta a declaração do diretor de Saúde mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Jorge Alberto Costa e Silva.
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Vinte e cinco por cento da população mundial sofrem de ansiedade. Reflitamos:
"Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus"(Filipenses 4.6).
A ansiedade e oconseqüente medo do povo brasileiro, por exemplo, produzem uma corrida alucinada aos jogos de azar. Ali, no jogo, depositam suas esperanças jovens, velhos e até crianças. E o Brasil que até há pouco tempo colocava barreiras à instalação de cassinos, tornou-se num grande cassino ao permitir toda sorte de jogatina. "Os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e perdição" (1 Timóteo 6.9).
A par de todos esses desvios, em que os valores éticos, morais e cristãos são desprezados, a prática do espiritismo e do satanismo cresce a olhos vistos.
Os búzios, os tarôs, os baralhos ciganos; numerologia, mapa astral, cristalomancia, e outras práticas esotéricas de adivinhação e feitiçaria são procuradas por milhões de desesperançados brasileiros - ovelhas sem pastor - como náufragos à procura de uma tábua de salvação. Confiam mais na palavra do pai-de-santo, do Dr. Fritz; mais na palavra dos demônios (orixás, caboclos, espíritos guias) do que na Palavra de Deus. Para reflexão:
"Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (1 Timóteo 4.1).
"Quando vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; não recorrerá um povo ao seu Deus? A FAVOR DOS VIVOS INTERROGAR-SE-ÃO OS MORTOS?" (Isaías 8.19)
"Não vos voltareis para MÉDIUNS, nem para FEITICEIROS, a fim de vos contaminardes com eles. Eu sou o Senhor vosso Deus"(Levíticos 19.31).
"Não haja no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem ADIVINHADOR, nem prognosticador, nem agoureiro, nem FEITICEIRO, nem encantador, nem NECROMANTE ,nem mágico, nem QUEM CONSULTE OS MORTOS. O Senhor abomina todo aquele que faz essas coisas" (Deuteronômio 18.9-12).
"Mas quanto aos feiticeiros...a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte" (Apocalipse 21.8).
Desnecessário continuarmos expondo as feridas da humanidade. Muitos reconhecem que a situação não é nada boa. O sistema mundial, quer seja gerido ou conduzido pelo Comunismo ou pelo Capitalismo, por governos democráticos ou ditatoriais, faliu. O fosso entre ricos e pobres aumenta. Os dois bilhões de miseráveis deste planeta são o retrato falado da incompetência, da prepotência, do desamor e da depravação do homem. Porém, Deus não está de braços cruzados. Assim como nos tempos de Noé e de Ló, Ele sabe o dia e a hora e até os segundos em que o seu grande dia - o Dia do Senhor - terá início. Nos dias de Noé, Deus vendo que "a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente", e que "a terra estava cheia de violência", exterminou todos os seres viventes através do dilúvio. Pela mesma razão as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas com seus habitantes, por se multiplicarem a violência, a imoralidade e a injustiça.
Em nossos dias, a promiscuidade sexual e a maldade dos homens alcançaram níveis insuportáveis. O sistema mundial está falido, e não podia ser de outra maneira porque "o mundo jaz no maligno"(1 João 5.19). Satanás é o deus deste mundo, e na sua ação devastadora ele deseja "matar, roubar e destruir". Satanás é o maior inimigo do homem porque o homem é a obra-prima de Deus. Quando os homens se rebelam contra Deus, ficam automaticamente sob o domínio do Maligno e, nessa condição, os desejos carnais predominam: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, iras, pelejas, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias (Gálatas 5.19-21).
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Os que amam as coisas deste mundo, ou seja, os que fazem parte do processo mundano; os que estão se sentindo muito bem na prática do adultério, das drogas, da mentira, da idolatria, da consulta aos mortos, esses não estão vendo nada de anormal à sua volta. A razão é porque estão cegos: "Se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2 Coríntios 4.4) . Quem está morto não sente o peso do pecado, porque defunto não sente dor. Quem nasce e vive em trevas não sente muita necessidade de luz. Quem está atolado em excremento até o pescoço não sente a fedentina ao seu redor. Mas quem está fora do processo, como gotinhas reluzentes de óleo pairando sobre águas turvas, enxerga, sente e geme diante da situação caótica do mundo. Os gemidos dos filhos de Deus são no sentido de apressar a vinda do Senhor Jesus, pela pregação do Evangelho. "E ESTE EVANGELHO DO REINO SERÁ PREGADO EM TODO O MUNDO, EM TESTEMUNHO A TODAS AS GENTES, E ENTÃO VIRÁ O FIM" (Mateus 24.14).
A Bíblia nos diz que Cristo voltará, mas ninguém sabe em que dia e hora Ele voltará. O próprio Jesus declarou que o fim viria somente depois que todos os povos tomassem conhecimento da Verdade evangélica. A meu ver, isso não elide a possibilidade de estarmos no "princípio das dores".
666 - Você tem medo do diabo?
Esta data, 21/12/2012, está mexendo com a cabeça de muita gente. Já lançaram até um louvor violento para combater as forças do mal. Há um alvoroço no ar. Os espirituais estão em alerta máximo. Algo fantástico poderá acontecer neste dia em que o número da besta – “666” - está bem definido. Forças malignas poderão fechar igrejas, matar crentes, derrubar ministros.
O título desta matéria poderia ser “você tem medo de gato preto?”. Tem medo de sexta-feira, dia 13?
Deixamos para trás as superstições do Egito, adentramos no reino da Luz e temos autoridade sobre o diabo e seus anjos. É ele, o diabo, que tem de fugir de nós. É ele que se treme espavorido ao ouvir o poderoso e insuperável nome do Senhor Jesus: “Sujeitai-vos, pois a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Não invertamos os valores. Não coloquemos os carros na frente dos bois. Se o diabo tivesse poder para acabar com a raça de crentes, já teria feito de há muito. Já teria acabado com a Igreja. Os satanistas não trabalham apenas em dias determinados. Todos os dias, dia e noite, estão tramando um meio de impedir o avanço da Igreja. Deixemos que façam suas macumbas e tramóias, seus feitiços e despachos. Nada, nada mesmo poderá atingir os nascidos de Deus, que não vivem no pecado (1 Jo 5.18).
Pelo que tenho lido, parece que muita gente está com medo de um ataque infernal neste dia seis de junho. O que aconteceu de fantástico no mundo espiritual no dia seis de junho de 66, ou no ano 666 antes e depois de Cristo? Nada. O diabo e seus demônios já estão derrotados. Há um inferno novinho preparado para eles (Mt 25.41). Sabemos que o Maligno age de formas sutil e ardilosa, mas estamos gastando muita munição e fazendo muito alarido com pouca coisa.
Conta-se que certo homem de Deus foi informado que uma pessoa estava na sala de sua casa e queria falar-lhe. Ao chegar à sala, verificou que era o diabo. Então lhe disse: - Ah, é você? Pensei que fosse outra pessoa. Depois, retornou tranqüilamente aos seus aposentos, e foi dormir.
É vergonhoso o temor de alguns diante de uma simples conjectura em torno de uma data. É vergonhoso ver a Igreja gloriosa tremendo diante de um supersticioso vinte e hum de dezembro como se o Senhor da Glória estivesse de braços cruzados, impassível, assistindo aos desmandos das hostes malignas. Vivemos em permanente batalha espiritual, não apenas nos dias, meses e anos terminados em seis. Você está com a armadura de Deus? Se você estiver com sua vida no altar, firme na Rocha, não tema. Você é mais do que vitorioso.
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BIBLIOGRAFIA
1. Bíblia de Estudos Pentecostal – CPAD
2. Novo Dicionário da Bíblia.
3. Bíblia de Estudo Vida Nova- Ed. Vida
4. Dicionário Aurélio B. Holanda.
5. Comentários Bíblico- Mattew Henry-CPAD
6. Escatologia, Doutrina das Últimas Coisas-severino P. da Silva
7. Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia- Joel L. de Melo-CPAD
8. As grande Doutrinas da Bíblia- Raimundo de Oliveira-CPAD
9. Manual da Profecia Bíblica- Abraão de Almeida-CPAD.
10. A Pessoa de Cristo no Tabernáculo- P. Floyd Lee Gilbert-Ed. Fiel
11. Escritos de: Joseph Seymour.
12. Apostila Seminário Bíblico-Ebenezer- CONAMAD
13. À Luz da Palavra-Escatologia(Apostila)- Pr.J. Alessandro N. Aquino.
“Espero, ter contribuído para o enlevo da alma dos amados em Cristo Jesus ,bem como, para o seu crescimento espiritual, ajudando no conhecimento da boa ,perfeita e agradável vontade de Deus ,e na interpretação das profecias vaticinadas pelos santos de Deus outrora. O fim de todas as coisas está às portas, por isso faz-se necessário a compreensão da Escatologia Bíblica de uma forma simples, objetiva e direta. Mas que tudo isto seja para o louvor e para a glória do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,a Ele toda honra, e adoração, amém”.
Sem nada mais, Graça e Paz da Parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Diretor Geral.: Pr.Clodoaldo Pereira – Igreja Pentecostal da Salvação Cristo Vive
E-mail: clodoaldopereira@globomail.com
Igreja Pentecostal da Salvação Cristo Vive
Sede Nacional:Rua Estevão Fernandes,223-Jd.das Flores, CEP 04913-140-São Paulo/SP
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