sábado, 14 de maio de 2011

MINISTÉRIO DA MULHER NA BÍBLIA

ANTIGO TESTAMENTO-GOVERNANTES

Coragem, simplicidade, fidelidade, sabedoria e prudência são algumas características das mulheres que exerceram liderança no Antigo Testamento.

Veja a seguir os exemplos de Débora e Ester. A primeira, uma juíza corajosa e ao mesmo tempo uma poetisa. A segunda, uma rainha sábia que soube conciliar firmeza e humildade. Ambas foram instrumentos de Deus para beneficiar o povo de Israel.

AT - DÉBORA, A JUÍZA AUDAZ

Débora (seu nome significa abelha) era casada com um varão de nome Lapidote, cujo significado é archote ou relâmpago; porém quem brilhava era ela.

Foi a única mulher a exercer o alto cargo de juiz em Israel; e isto, em um período muito difícil para o povo que estava sob a opressão dos cananeus, por causa da apostasia. Contudo, ela não temeu o poderio militar do inimigo e concitou o povo à luta e à conseqüente vitória. Esta brilhante mulher provou que as mulheres podem exercer alguns cargos de liderança na obra de Deus, visto que, além de juíza era profetisa [Juízes 4.4]. Vejamos algumas características de Débora: Liderança [Juízes 4.6-8]; Coragem [Juízes 4.9,10]; Fé e decisão [Juízes 4.14].

O capítulo cinco de Juizes evidencia outra qualidade dessa juíza e guerreira de Israel: era poetisa épica, pois cantou o feito do seu povo em honra e glória ao Senhor.

AT - ESTER, A MULHER QUE SALVOU SEU POVO

O povo de Israel estava no exílio. Em Susã, capital do Império Persa, onde viviam alguns cativos judeus, havia um homem temente ao Senhor, cujo nome era Mardoqueu, o qual tinha uma filha de criação, e também sua parente, de nome Hadassa, mais tarde chamada Ester (estrela). Esta jovem, criada no temor de Deus, veio a tornar-se a rainha do Império Persa, cargo que lhe possibilitou, mercê da graça de Deus e do amor a seu povo, conduzir de modo sábio e diplomático a situação crítica na qual se encontravam os judeus, prestes a serem dizimados, vítimas das tramas do perverso Hamã.

Para livrar o seu povo da destruição, Deus poderia ter usado um homem; porém, escolheu uma jovem mulher e a investiu de autoridade no reino da Pérsia para, no tempo aprazado, usá-la como instrumento do seu poder e livrar o povo eleito da destruição completa. Mais uma vez fica claro que Deus não faz acepção de sexo na sua obra. Todavia, torna-se necessário entender que Ele mesmo definiu as atribuições para cada um.

Como governantes (poder civil ou temporal) Ele usou mulheres; como sacerdotes (poder espiritual) não. Neste particular, até mesmo os homens que não descendiam de Arão eram impedidos de exercer o ministério sacerdotal. Deus é soberano e sabe por que decidiu assim. Consideremos algumas características de Ester: beleza e simplicidade [Ester 2.7]; obediência [Ester 2.10,20]; abnegação, fé e destemor [Ester 4.15,16]; sabedoria, prudência e diplomacia [Ester 5.1-8]; coragem [Ester 7.1-6]; patriotismo [Ester 8.3-6].

Ester intercedeu pelo seu povo com coragem, firmeza e humildade diante do marido, soberano do mais poderoso império mundial daqueles dias, e logrou êxito. Por suas virtudes, Ester foi uma mulher vitoriosa.

AT - MINISTÉRIO PROFÉTICO

Em se tratando de liderança feminina, além do cargo de governante exercido por mulheres, como verificamos acima, a Bíblia registra os nomes de várias outras que desempenharam o ministério profético em Israel.

AT - MIRIÃ, PERSPICÁCIA E LOUVOR A DEUS

Desde o nascimento de Moisés, Miriã exerceu papel preponderante na vida de seu irmão mais novo, pois ajudou sua mãe a salvar o recém-nascido que seria o futuro libertador e legislador de Israel. Por que Deus usou esta mulher desde a infância? Porque reunia virtudes capazes de desempenhar a contento a tarefa que o Senhor reservara para ela.

Entre as características da profetisa podemos destacar sua iniciativa e perspicácia ao conduzir o plano de salvar o menino, segundo a vontade de Deus [Êxodo 2.7-9]. Outro tração marcante é que era devota ao Senhor e incentivadora do louvor. Após a travessia do Mar Vermelho, Miriã exultou e glorificou a Deus pelo grande livramento de Israel [Êxodo 15.20,21]. Apesar de a Bíblia não enfatizar seu desempenho como profetisa, sem dúvida, o seu ministério profético foi relevante, visto que foi mencionada como tal.

Lamentavelmente, Miriã deixou-se levar por preconceitos pessoais e, junto com Arão, censurou Moisés por ter tomado como mulher uma não-judia. Insatisfeita, insuflou o povo contra seu irmão, alegando que era tão profeta quanto ele. Noutras palavras, intentou ser a líder do povo, talvez por achar que Moisés era muito pacato [Êxodo 12.1-3]. Este ato de rebeldia valeu-lhe o justo castigo por ter querido assumir um cargo de liderança para o qual o Senhor não a chamara [Números 12.5-15]. Deus não compactua com insubmissão e rebeldia, seja de quem for. Sirva-nos isto de exemplo.

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AT - HULDA, SINCERA E FIEL

Com certeza absoluta, Hulda era uma mulher de grande conceito em Israel [2 Reis 22.14-20]. Seu ministério profético era reconhecido por todos. O próprio sacerdote Hilquias e outros homens importantes do governo foram consultá-la acerca da Palavra do Senhor, face as circunstâncias que envolviam o povo. No livro de 2 Reis 22.15, as Escrituras confirmam seu ministério profético ao deixar claro que ela falava em nome de Deus: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel".

Hulda era uma mulher corajosa, além de concisa e franca. Não usou de subterfúgio para entregar a mensagem de Deus àquelas autoridades. Ao contrário daqueles que temem falar algo da parte do Senhor para pessoas em postos de liderança, principalmente quando se trata de uma exortação. Fiel a Deus e ao ministério no qual estava investida, não modificou, nem escondeu a mensagem, entregou-a na íntegra. Aprendamos com Hulda.

AT - NOADIAS, FALSA PROFETA

Esta profetisa é mencionada por Neemias como sendo cúmplice dos inimigos do povo de Deus, durante a construção do muro de Jerusalém, após o retorno do exílio [Neemias 6.14]. Pelo que relata a Palavra, inferimos que se vendeu aos inimigos de Neemias e, com outros profetas, forjou mensagens mentirosas com o propósito de intimidá-lo e levá-lo a abandonar a obra que Deus lhe confiara. Infelizmente, Noadias deixou muitos sucessores. Há pessoas que procuram confundir ou atemorizar os líderes que o Senhor tem colocado à frente do seu povo. Façamos como Neemias: oremos para que Deus nos guarde dos falsos profetas e nos dê discernimento de espírito.

NOVO TESTAMENTO - MINISTÉRIO PROFÉTICO

O Novo Testamento não enfoca muito o ministério profético, senão o de João Batista e o do próprio Senhor Jesus. Além deles, é dito que na igreja em Jerusalém e Antioquia, da Síria, havia alguns profetas; porém, apenas Ágabo é mencionado pelo nome [Atos 11.27,29; 13.1,2; 21.10,11]. Na carta aos Efésios, Paulo declara que Deus, visando o aperfeiçoamento dos crentes, concedeu à Igreja, entre outros, este ministério [1 Coríntios 12.28; Efésios 4.11,12].

NT - PROFETAS

Aprouve a Deus usar também algumas mulheres como porta-vozes da sua Palavra, mediante o dom de profetizar. Em Lucas 2.36, há o caso da única profetisa mencionada pelo nome no Novo Testamento, Ana, que significa graça. Suas virtudes foram realçadas por Lucas, que a descreveu como uma mulher recatada.

Casara-se ainda jovem e vivera com o marido por sete anos. Após a morte de seu cônjuge, permaneceu viúva, dedicada ao serviço de Deus no templo. Consagrada e fervorosa, tinha uma vida de oração e jejum, apesar de sua idade avançada, contando cerca de 84 anos. E para completar, Ana foi sem dúvida uma evangelista, pois assim que conheceu o recém-nascido Messias de Israel, proclamou as boas novas ao povo que esperava a redenção.

As Escrituras também citam quatro jovens que exerceram o ministério profético no Novo Testamento. As quatro filhas do evangelista Filipe, um dos sete diáconos da igreja em Jerusalém, eram jovens solteiras e tementes a Deus; acompanhavam o pai nas viagens evangelísticas e desempenharam junto dele o ministério que o Senhor lhes dera [Atos 21.8,9].

NT - OBREIRAS NA IGREJA

Servindo ao Senhor, cooperando com os apóstolos e os irmãos em várias igrejas, diversas mulheres são reconhecidas por Paulo como obreiras na causa de Deus, e entre elas está Priscila. Sua grande cooperadora, juntamente com o marido Áquila [Romanos 16.3]. Este casal encaminhou o eloqüente pregador Apolo ao conhecimento de Cristo [Atos 18.1,3,26].

Outro destaque é para Febe, que significa brilhante. Ela servia a Deus na igreja em Cencréia, provavelmente, como diaconisa. Ao que parece, foi a portadora da epístola de Paulo aos crentes da igreja em Roma. O apóstolo recomenda aos irmãos que a recebam bem naquele lugar, pois Febe já havia assistido a muitos em suas necessidades [Romanos 16.1,2]. Sem dúvida prestou relevantes serviços à causa do Mestre na área social.

Mais duas obreiras são citadas: Evódia, que significa perfume ou fragrância e Síntique, que é afortunada [Filipenses 4.2,3]. Ambas também ajudaram ao apóstolo Paulo na obra de Deus. E para concluir, Trífena, Trifosa e Pérsida trabalharam em prol da causa do Senhor na igreja em Roma [Romanos 16.12].

Além destas, outras são também mencionadas como se-guidoras e cooperadoras de Cristo, em seu ministério terreno. são mulheres que acompanharam o Senhor até o último instante da crucificação; não o abandonaram, como alguns dos apóstolos que fugiram com medo de serem presos pelos judeus e romanos. Elas foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus [Mateus 27.55,56; Lucas 8.2,3; 23.55,56; 24.1-10].
FONTE / AUTORIA: Vários artigos publicados no jornal Mensageiro da Paz em 1997. Autoria da irmã Wanda Freire Costa - Presidente da UNEMAD.

NA BÍBLIA: O VALOR DA MULHER
"Mulher virtuosa quem a achará? o seu valor muito excede o de rubins!" [Provérbios 31.10].

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