Olá, meu nome é Daniel Dantas, tenho 27 anos, sou missionário da AMME Evangelizar há seis anos, porém, há dois anos também pastoreio uma pequena igreja em um bairro de classe média baixa em Santo André, que está próximo à favela do Parque João Ramalho. Uma comunidade com muitos desafios e oportunidades e que nós temos aprendido a amar.
O que vou dizer a seguir aconteceu essa semana e, para mim, teve muita importância; creio que pode te ajudar no dia-a-dia da igreja ou para motivar seu coração a se envolver com a obra missionária.
Deus tem feito arder a chama por missões em nossos corações e tenho visto um derramar de confirmações para que nossa igreja se envolva mais em missões, tanto em nosso próprio bairro, como no Brasil e no mundo.
Como pastor, tenho visto um desaquecimento muito grande da igreja local no investimento em missões, principalmente as igrejas em meu bairro. Tenho muitos amigos pastores de igrejas em nosso bairro e, conversando com eles, não percebo interesse muito grande no que diz respeito a missões, preparo e envio de missionários, tanto para o próprio bairro como para outra parte do mundo.
Nossa igreja, durante os dois anos em que estou na direção, não comentou, entre a liderança ou mesmo entre os membros, a possibilidade de termos missionários trabalhando em nosso próprio bairro e muito menos serem enviados para um outro estado ou país. Isso me assustava porque, por mais que sejamos pequenos, sempre podemos fazer por missões e, não só podemos como devemos, pois é uma ordem do Senhor. O não envolvimento com missões mostra uma igreja fraca e egoísta; era esse o sentimento que tinha até agora avaliando nossas ações.
Este ano estou vendo Deus trabalhando firmemente no despertamento de um grande movimento missionário, que deve começar para nunca mais parar em nossa igreja (esse é o meu sentimento).
Logo no começo do ano, um jovem me procurou e disse que queria dedicar sua vida neste ano para o trabalho da igreja local e que ensinar a Bíblia e pregar o Evangelho seriam as coisas mais importantes que ele poderia fazer. Isso acendeu uma chama de esperança de que Deus estava começando a nos abrir as portas para cumprir plenamente nossa função como igreja em nosso bairro. O que eu não sabia era que Deus estava exigindo de nós algo muito maior. Deus queria que fôssemos além!
Acredito que o lançamento da Escola Superior de Missões da AMME Evangelizar foi a grande alavanca para nos envolvermos em missões. Foi então que, em uma conversa informal, fiz a proposta para que o jovem investisse sua vida na igreja local por um período e também se preparar para ir para as nações como missionário de nossa igreja. Ele pensou e depois de alguns dias me deu o sim, dizendo que estava disposto. Falei com a liderança da igreja e com a igreja congregada, nos reunimos nessa terça-feira e foi algo inesquecível, um marco na história de nossa igreja.
Em meio às explicações e sonhos todos concordaram fortemente que precisávamos fazer isso: investir em missões. Algo que me marcou muito foi uma frase de um de nossos líderes, o que está responsável pela administração geral da igreja, dizendo: “a partir de agora, não gostaria que o dinheiro da igreja fosse destinado a coisas, mas sim a pessoas, no preparo e investimento delas para o crescimento do reino”. Naquele momento, senti uma alegria muito grande, mesmo sabendo dos desafios que estão pela frente, seguro de que estávamos juntos como igreja. É como se agora tivéssemos um motivo real para irmos aos cultos aos domingos: missões, vidas, investir na salvação das pessoas - esse é o grande motivo pelo qual estamos vivendo. Vamos enviar um missionário para se preparar durante dois anos na Escola Superior de Missões da AMME Evangelizar que será enviado para um projeto missonário em outra nação e, nesses dois anos, servirá como missionário em nossa região - essa foi nossa decisão!
Depois de muitos sonhos e projetos que surgiram a esse respeito, tínhamos um assunto meio complicado para resolver. Nossa igreja, já há muitos anos, tem bancos de madeira, esses já estão bem velhos e muitos estão quebrados e outros em processo degenerativo avançado. Foi feita a proposta de comprarmos cadeiras novas para facilitar nossas reuniões e etc, todos concordaram rapidamente, mas o valor das cadeiras escolhidas era muito alto e quase impossível de ser adquirido pela igreja sem uma grande campanha de levantamento de ofertas. Enfim, dividimos as tarefas e cada um ficou com sua parte para resolver desse projeto das cadeiras, para comunicarmos a igreja e viabilizarmos a compra das mesmas (nesse momento até passou pela minha cabeça em não ter cadeiras na igreja).
No dia seguinte à reunião, uma de nossas líderes me liga para compartilhar o que, em meio ao processo de pesquisa de preços e negociação, acontecera. ‘Ganhamos a metade!’ -disse ela. Tinhamos ganhado metade das cadeiras que estava em nosso objetivo de aquisição. Que bênção!
Senti fortemente que era uma confirmação da parte de Deus de que estávamos no caminho que Ele queria que trilhássemos, era como se eu pudesse escutar Deus dizendo: ‘Missões está em meu coração! Invista no preparo e envio de missionários!’ Sem contar a motivação dos líderes em continuar a trabalhar, todos voluntários, e na mudança que temos visto nos cultos e nas reuniões mesmo antes de tomar essa decisão.
Estimulo você, que é pastor ou você que tem sentido um chamado do Senhor, a se envolver; envie um aluno para a Escola Superior de Missões ou fale sobre seu chamado ao seu pastor.
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