quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Brasil terá maioria evangélica em 2020, segundo estatísticas


Segundo o último Censo do IBGE, o número de evangélicos no país cresceu 61% em dez anos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO VALOR ECONÔMICO E GACETA CRISTIANA

Havia, em 2010, 42.310.000 evangélicos no Brasil, 22,2% da população. (Foto: Reprodução).
Havia, em 2010, 42.310.000 evangélicos no Brasil, 22,2% da população. (Foto: Reprodução).
O último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - de 2010 - concluiu que a perda de fiéis católicos, que era cerca de 1%, aumentou acentuadamente, enquanto o aumento notável de evangélicos continuou a crescer bastante.
O número de cristãos evangélicos no país cresceu 61% em 10 anos. Havia, em 2010, 42.310.000 evangélicos no Brasil, 22,2% da população.
Até 2020, não haverá um novo censo oficial, embora existam estudos periódicos que servem para mostrar tendências estatísticas. Com base em um desses estudos, José Eustaquio Diniz Alves, demógrafo da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, afirma que essa tendência é mantida e que "é possível que em 10 ou 15 anos o Brasil não tenha mais a maioria da população católica".
A Faculdade de Teologia da PUC-SP, considera que a prática do catolicismo no Brasil é ainda mais escassa do que o número de fiéis e que não atinge 10% dos batizados na Igreja Católica que assiduamente frequentam as missas no Domingo.
Alguns dados de outras investigações recentes também validam o crescimento evangélico, especialmente nas áreas metropolitanas das grandes cidades. Por exemplo, na periferia de São Paulo, haveria 52 evangélicos para cada 100 católicos, enquanto no Rio de Janeiro eles seriam 71 para cada 100.
Mudança
Em 2015, o Pew Institute realizou um estudo do panorama das crenças na América Latina com amostragem em 18 países do continente, incluindo o Brasil. Nesse estudo, 20% dos brasileiros eram católicos, mas haviam deixado a prática. A busca de uma "melhor relação com Deus" foi para 81% da causa da mudança de crenças. Para 69%, era o modo ou o estilo de viver a fé em sua nova igreja e, em 60%, a "ênfase mais apropriada" em questões éticas.
O professor Campos Machado, do Núcleo de Religião, Gênero, Ação Social e Política, da Escola de Serviço Social da UFRJ, estuda o movimento evangélico no país. Segundo ele, "os evangélicos vão para onde o Estado não atende às necessidades básicas daqueles que mais precisam". Além disso, ele acredita que pastores e líderes evangélicos estão mais próximos do povo do que a liderança da Igreja Católica.
O fato é que a liderança das igrejas evangélicas emerge das próprias pessoas é também um índice de suas raízes locais. "Quantos sacerdotes católicos ou bispos negros existem hoje? Muito poucos. Por outro lado, há pastores negros e também bispos", finaliza.

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