domingo, 28 de janeiro de 2018

JOVENS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO.

Eu vos escrevi, jovens, porque sois forte, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno. (1Jo.2.14). E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef.5.18).   


O grande desafio deste século é ser cheio do Espírito Santo, e se manter cheio. Ser cheio do Espírito Santo implica em esvazia-se de si e das coisas mundanas, e procurar viver para Deus, sem reservas. Para ser cheio do Espírito Santo é preciso primeiro se esvaziar de tudo que é contrário a vontade de Deus. Nem todos que dizem ter o Espírito Santo, são cheios do Espírito Santo. Ser cheio do Espírito Santo, não é simplesmente ser batizado com o Espírito Santo ou falar em línguas estranhas; também não é ter a experiência do novo nascimento ou ter um grande conhecimento teológico; é muito mais que isto. Ser cheio do Espírito Santo é ter a capacidade dada pelo Espírito Santo de viver uma vida integra e fiel a palavra de Deus, mesmo em meio as lutas e adversidades da vida. É viver uma vida frutífera e demonstrar na sua vida diária a manifestação do fruto do Espírito. É ter a graça abundante de Deus em uma dinâmica poderosa para evangelizar, adorar, contribuir, dá testemunho e executar o serviço cristão em geral. Por incrível que pareça, é raro se encontrar em pleno século vinte e um, crentes cheios do Espírito Santo. Mais do que nunca, Deus está procurando pessoas que queiram enfrentar o desafio para serem cheias do Espírito Santo. É preciso coragem, determinação, renuncia e dependência total de Deus para ser cheio (a) do Espírito Santo. Em um mundo onde impera o pecado, trazendo consigo a maldade, a violência, a imoralidade e a falta de amor, é preciso sermos cheios do Espírito Santo para vencermos. A fonte está jorrando, o azeite está sendo derramado é só mergulhar no rio do Espírito e viver uma vida plena na presença de Deus. Amém!

TRÊS QUALIDADES DOS JOVENS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO:

1. SÃO FORTES, EM DEUS.
Eu vos escrevi, jovens, porque sois forte.

2. A PALAVRA DE DEUS HABITA NELES.
a palavra de Deus está em vós.

3. JÁ VENCERAM O MALIGNO.
já vencestes o maligno.

JOVENS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO.

E há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões (Joel, 2.28).
O grande desafio para esta geração atual de jovens é viver uma vida dedicada a Deus e cheia do Espírito Santo. Nunca foi fácil viver cheio do Espírito Santo, porém nunca será impossível.

QUATRO GRANDES DESAFIOS A SEREM VENCIDOS, E SE MANTER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO.

1. O DESAFIO DO AVANÇO DA CIÊNCIA.

E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará. Dn.12.4. 
Estamos vivendo na época da modernidade, onde o conhecimento científico e a tecnologia aumentam cada vez mais, isto vem deixando as pessoas acomodadas, orgulhosas e endeusadas, a ponto de desprezarem a bíblia, que é a palavra de Deus, para ficarem embriagadas com a tecnologia e a ciência. Diante de tudo isso, somos desafiados a fazer diferença. A ciência tem o seu lado positivo e benéfico, dentro de um equilíbrio. A bíblia diz: A ciência incha, mas o amor edifica (1Co.8.1). O crente pode e deve ser moderno. Mas, não deve ser mundano. Mas, todos os jovens crentes, há exemplo do jovem Daniel, devem ser cheios do Espírito Santo.

2. O DESAFIO DA MÍDIA.

Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm.12.1,2. 
A mídia tem o poder de dominar a mente das pessoas, trazendo informações negativas, e comportamentos distorcidos. A nossa mente é um campo de batalha, é preciso firmar a nossa mente em Deus e ter a sua palavra como escudo. O profeta Isaías nos diz: Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; Porque ele confia em ti. Confia no SENHOR perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna (Is.26.3,4). Nesses últimos dias a mídia vem bombardeando as famílias e perturbando as mentes e os corações das pessoas, e mudando o comportamento da sociedade. O que é a mídia? A mídia é o mundo globalizado da informação, da propaganda e do entretenimento; que informa, propaga e diverte as pessoas, através do vídeo, do audio e da escrita. É preciso o crente está cheio do Espírito Santo, firmar suas convicções de fé em Deus e na sua palavra, e vencer o desafio de não ser manipulado pela mídia.

3. O DESAFIO DO SISTEMA MATERIALISTA.

Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. 1Tm.6.6-10.
Vivemos em um mundo materialista onde as pessoas valem o que tem, e não o que são. O império materialista tem dominado o mundo, o capitalismo prega que, a concorrência, a competição e o individualismo é algo salutar e deve crescer cada vez mais. A sede pela prosperidade material, já se tornou uma epidemia descontrolada na vida das pessoas e elas vivem em uma ansiedade desenfreada em busca das coisas materiais. Por conta disso muitas pessoas estão trocando sua herança espiritual, em detrimento das coisas materiais. Não devemos nos deixar levar pelas coisas materiais, que são terrenas e passageiras; e sim darmos prioridades as coisas que são cima, que são de Deus e são eterna.

4. O DESAFIO DE VIVER PELA FÉ E CHEIO DO ESPÍRITO.

Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Hb.10.37,38.
E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito. Ef.5.18.   
Somos desafiados a viver pela fé e cheios do Espírito, em um mundo de pessoas cada vez mais materialistas e vazias de Deus. Estar estabelecido um sistema materialista onde as pessoas crer naquilo que vê e vivem uma fé de interesses nas coisas materiais, e são oscilantes em relação a Deus e a sua palavra. Quando tudo vai bem, tem fé. Quando vem a adversidade, a fé acaba e vem o desespero. São pessoas que estão vivendo um tipo de fé superficial, fundamentada e baseada nos seus próprios conceitos e crença. Porém Jesus disse: Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre (Jo.7.38). É preciso viver uma fé verdadeira, fundamentada na Escritura. Para vencer o desafio de viver pela fé e cheio do Espírito em pleno século 21, se faz necessário andar na contra mão do sistema do mundo.

FINALMENTE: 
Jovem! Você não é qualquer um, você é especial, você é um escolhido, você tem um chamado. O mundo passa e os seus prazeres, mas aquele que faz a vontade de Deus, vai permanecer para sempre. Decida-se definitivamente a entrega-se à Deus sem reservas, seja cheio do Espírito Santo, Deus vai te usar e Ele te exaltará com dupla honra. Amém!     

AS SETE PROVAÇÕES DE JÓ.

Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouviste qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. Tg.5.10,11.

Jó, este nome para muitos é sinônimo de sofrimento e paciência. Jó é um nome hebraico, que significa "pesaroso", ele viveu na época patriarcal (cerca de 2000 a.C). A bíblia nos informa que ele era da terra de Uz (Norte da Arábia), era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal. Jó na sua época era considerado o homem mais rico entre todos os habitantes do Oriente (Jó.3.3). Jó foi alvo de ataques por parte de Satanás, que pondo em dúvidas a sua fidelidade diante de Deus, afirmando que a sua riqueza era a causa da sua fidelidade a Deus. Diante desta falsa afirmação, Deus desafia a Satanás e lhe permite destruir tudo o que ele possui. Daqui por diante a vida de Jó é pontilhada de provações, mas depois da luta vem a vitória, e após um período de grandes provações, Jó é mais uma vez aprovado por Deus, e tem um final feliz. Aleluia!

1. PROVAÇÃO FINANCEIRA.

Jó possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Tinha também muitos servos a seu serviço. Era o homem mais rico entre todos os habitantes do Oriente de sua época. De repente ele começa a receber notícias de que todas as suas riquezas haviam sido dizimadas (roubadas e destruídas). Jó entra numa crise financeira e enfrenta uma das maiores provações que o ser humano pode sofrer. Muitos quando perde tudo e entra em crise financeira, não suportam e chegam ao ponto de tirar a sua própria vida. Mas, na provação Jó expressou a sua fé em Deus, e clamou em oração dizendo: Nu deixei o ventre de minha mãe, e nu partirei da terra. O SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR (Jó.1.21). 

2. PROVAÇÃO FAMILIAR.

Jó era pai de sete filhos e três filhas. Diz a bíblia que certo dia, os filhos e filhas de Jó estavam em um banquete na casa do seu filho mais velho, eles comiam e bebiam vinho, e, de repente, veio um forte vento do deserto e atingiu com fúria os quatro cantos da casa, que desabou sobre eles e morreram todos. Que dia difícil, que tristeza, que dor, que provação terrível; imagine o que é você perder dez filhos e ter que enterra-los no mesmo dia. Foi difícil, mas Jó superou e venceu.

3. PROVAÇÃO NA SAÚDE.

Jó era um homem que gozava de perfeita saúde, ele jamais esperava que de uma hora pra outra ele perderia sua saúde e ficaria quase inutilizado. Quando Satanás viu e ouviu que Jó glorificava a Deus na provação, e continuava sendo fiel, mesmo havendo perdido tudo, ele não se deu por vencido, tornou a incitar o SENHOR, Deus, o Criador, contra Jó. Ele dizia: É porque não tocaste na pele dele! Pele por pele. Tudo quanto o ser humano tem ele dará para salvar a sua vida! Estende a tua mão e toca-lhe nos ossos e na carne, e ele prontamente te amaldiçoará e blasfemará na tua face! E, Deus permitiu que Satanás tocasse na saúde de Jó, mas que lhe poupasse a vida. Diz a bíblia que, Satanás feriu a Jó com feridas terríveis, que iam da sola dos pés até o alto da cabeça. Então Jó lançou mão de um caco de cerâmica e com ele coçava-se, raspando as feridas, sentado sobre as cinzas. Jó ficou em uma situação tão deplorável, que chegou a dizer: Estou reduzido a pele e ossos, e apenas minhas gengivas ainda não estão inflamadas (Jó.19.20). Essa é a pior provação na vida do ser humano, porque sem saúde ficamos impotentes, e não podemos fazer nada. Mas, mesmo na dor, e sendo afligido por tantos males, Jó não blasfemou de Deus.

4. PROVAÇÃO CONJUGAL.

Os filhos de Jó estavam todos mortos, devido a tragédia que lhes aconteceu por permissão de Deus, e uma ação de Satanás. A esposa de Jó não suportava o seu hálito, e os seus irmãos o repugnavam. Está escrito: O meu hálito é intolerável para a minha esposa; sou repugnante para os filhos da minha mãe (Jó.19.17). Jó estava solitário e não havia ninguém que o consolasse, sua esposa, amiga e companheira das horas difíceis não suportando a pressão de tantas provas, chegou ao ponto de desprezar a Deus e dizer para o seu marido: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas a fé de Jó falava mais alto, ele respondeu para ela: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? E em toda essa provação Jó não pecou com os seus lábios.

5. PROVAÇÃO ENTRE SEUS AMIGOS.

Jó por ser o homem mais rico do Oriente ele tinha muitos "amigos", mas esses amigos lhe abandonaram na sua provação. Isto é o que acontece com muitos de nós. Quando estamos bem todos querem estar junto, quando estamos em situações difíceis poucos aparecem, e as vezes ninguém. Quando Jó perdeu seus bens (riquezas), perdeu seus filhos, perdeu sua saúde e provavelmente a sua esposa, todos lhe abandonaram. Jó chegou a dizer: Os meus próprios amigos zombam do meu estado, e os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus (Jó.16.20). Apenas três dos seus amigos vieram para lhe consolar. Diz o texto sagrado: Eles o avistaram à distância, contudo, mal puderam reconhecê-lo e romperam em lamentação e profundo choro ali mesmo. Em desespero cada um deles rasgou seu manto e lançou terra sobre a própria cabeça. E ficaram sentados no chão, na companhia de Jó, durante sete dias e sete noites seguidos; e nenhum deles dizia a Jó qualquer palavra, pois ao contemplar seu grande sofrimento não encontravam forças para dizer nada (Jó.2.12,13). Mesmo estes três amigos consoladores de Jó, não havendo lhe abandonado, Jó ficou muito decepcionado com eles, visto que eles faziam criticas negativas a Jó, e até o acusava de pecados contra Deus. Porém Jó dizia: Contudo, aquele que intercede por mim, defende a minha causa diante da presença de Deus, com a disposição fraterna de um verdadeiro amigo (Jó.16.21.Versão King James atualizada).

6. PROVAÇÃO DO DESPREZO SOCIAL.

O desprezo é uma provação de grande pesar psicológico, pois o desprezo mexe com os nossos sentimentos e abala a nossa estrutura emocional.
Disse Jó: Trema eu perante uma grande multidão, e o desprezo das famílias me apavore, e eu me cale, e não saia da porta (Jó.31.34). Jó era honrado e respeitado por todos, o seu caráter e sua bondade eram notório a todos. As famílias lhes respeitavam, todos lhes cumprimentavam e o tinha em grande estima. Vindo porém as provações e estando Jó em estado de miséria, todos lhes desprezaram e até o rejeitaram. Jó queixando-se do desprezo que estava passando, diz: Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem deveras me estranharam. Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim. Os meus domésticos e as minhas servas me reputaram como um estranho; vim a ser um estrangeiro aos seus olhos. Chamei o meu criado, e ele não me respondeu; cheguei a suplicar com a minha boca. O meu bafo se fez estranho a minha mulher; e a minha súplica, aos filhos do meu corpo. Até os rapazes me desprezaram, e, levantando-me eu, falaram contra mim. Todos os homens do meu secreto conselho me abominaram, e até os que eu amava se tornaram contra mim (Jó.19.13-19). Na sua angústia, Jó dizia: Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou (Jó.19.21). Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu. Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação (Jó.3.25,26). Não foi fácil para Jó, mas ele superou tudo isso e venceu. 

7. PROVAÇÃO DO SILÊNCIO DE DEUS.

A provação do silêncio de Deus, deixou Jó apavorado e com dúvidas em relação a muitos porque na sua vida. Jó não estava sabendo de nada do que estava acontecendo no mundo espiritual, Deus estava provando para Satanás que Jó era fiel a Ele em qualquer circunstância da vida. Mesmo Deus havendo silenciado para Jó, ele não perdeu a fé nem a esperança; diante das criticas feitas a ele pelos seus amigos, do desprezo e da solidão, Jó ainda tem forças, ele se levanta e grita: Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os olhos, e não outros, o verão, e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim (Jó.19.25-27). Deus honra a fé daqueles que lhe honram. Depois da tempestade vem a bonança, depois da noite vem o dia e depois da luta vem a vitória. Após uma grande provação, que segundo os eruditos da bíblia, durou pouco mais que um ano, Jó é surpreendido por Deus, Deus fala com Jó e vira o seu cativeiro. Diz a bíblia: E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía. Então, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram pão com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um presente de ouro. E, assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da primeira, Jemima, e o nome da outra, Quezia, e o nome da terceira, Quéren-Hapuque. E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até a quarta geração. Então, morreu Jó, velho e farto de dias (Jó.42.10-17). Se você estar passando alguma provação, persevere e creia; assim como Deus virou o cativeiro de Jó, Ele vai vira o teu cativeiro, vai mudar a sua história e vai te exaltar com uma grande vitória. Aleluia! Amém!

Conclusão: A figura de Jó, e o conceito “prova­ção” são sinônimos. A provação de Jó explica que toda provação é inexpli­cável. Quando podemos explicar as provações em nossa vida, elas não são mais provações.


AS SETE PROVAÇÕES DE JÓ.

Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouviste qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. Tg.5.10,11.

Jó, este nome para muitos é sinônimo de sofrimento e paciência. Jó é um nome hebraico, que significa "pesaroso", ele viveu na época patriarcal (cerca de 2000 a.C). A bíblia nos informa que ele era da terra de Uz (Norte da Arábia), era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal. Jó na sua época era considerado o homem mais rico entre todos os habitantes do Oriente (Jó.3.3). Jó foi alvo de ataques por parte de Satanás, que pondo em dúvidas a sua fidelidade diante de Deus, afirmando que a sua riqueza era a causa da sua fidelidade a Deus. Diante desta falsa afirmação, Deus desafia a Satanás e lhe permite destruir tudo o que ele possui. Daqui por diante a vida de Jó é pontilhada de provações, mas depois da luta vem a vitória, e após um período de grandes provações, Jó é mais uma vez aprovado por Deus, e tem um final feliz. Aleluia!

1. PROVAÇÃO FINANCEIRA.

Jó possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Tinha também muitos servos a seu serviço. Era o homem mais rico entre todos os habitantes do Oriente de sua época. De repente ele começa a receber notícias de que todas as suas riquezas haviam sido dizimadas (roubadas e destruídas). Jó entra numa crise financeira e enfrenta uma das maiores provações que o ser humano pode sofrer. Muitos quando perde tudo e entra em crise financeira, não suportam e chegam ao ponto de tirar a sua própria vida. Mas, na provação Jó expressou a sua fé em Deus, e clamou em oração dizendo: Nu deixei o ventre de minha mãe, e nu partirei da terra. O SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR (Jó.1.21). 

2. PROVAÇÃO FAMILIAR.

Jó era pai de sete filhos e três filhas. Diz a bíblia que certo dia, os filhos e filhas de Jó estavam em um banquete na casa do seu filho mais velho, eles comiam e bebiam vinho, e, de repente, veio um forte vento do deserto e atingiu com fúria os quatro cantos da casa, que desabou sobre eles e morreram todos. Que dia difícil, que tristeza, que dor, que provação terrível; imagine o que é você perder dez filhos e ter que enterra-los no mesmo dia. Foi difícil, mas Jó superou e venceu.

3. PROVAÇÃO NA SAÚDE.

Jó era um homem que gozava de perfeita saúde, ele jamais esperava que de uma hora pra outra ele perderia sua saúde e ficaria quase inutilizado. Quando Satanás viu e ouviu que Jó glorificava a Deus na provação, e continuava sendo fiel, mesmo havendo perdido tudo, ele não se deu por vencido, tornou a incitar o SENHOR, Deus, o Criador, contra Jó. Ele dizia: É porque não tocaste na pele dele! Pele por pele. Tudo quanto o ser humano tem ele dará para salvar a sua vida! Estende a tua mão e toca-lhe nos ossos e na carne, e ele prontamente te amaldiçoará e blasfemará na tua face! E, Deus permitiu que Satanás tocasse na saúde de Jó, mas que lhe poupasse a vida. Diz a bíblia que, Satanás feriu a Jó com feridas terríveis, que iam da sola dos pés até o alto da cabeça. Então Jó lançou mão de um caco de cerâmica e com ele coçava-se, raspando as feridas, sentado sobre as cinzas. Jó ficou em uma situação tão deplorável, que chegou a dizer: Estou reduzido a pele e ossos, e apenas minhas gengivas ainda não estão inflamadas (Jó.19.20). Essa é a pior provação na vida do ser humano, porque sem saúde ficamos impotentes, e não podemos fazer nada. Mas, mesmo na dor, e sendo afligido por tantos males, Jó não blasfemou de Deus.

4. PROVAÇÃO CONJUGAL.

Os filhos de Jó estavam todos mortos, devido a tragédia que lhes aconteceu por permissão de Deus, e uma ação de Satanás. A esposa de Jó não suportava o seu hálito, e os seus irmãos o repugnavam. Está escrito: O meu hálito é intolerável para a minha esposa; sou repugnante para os filhos da minha mãe (Jó.19.17). Jó estava solitário e não havia ninguém que o consolasse, sua esposa, amiga e companheira das horas difíceis não suportando a pressão de tantas provas, chegou ao ponto de desprezar a Deus e dizer para o seu marido: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas a fé de Jó falava mais alto, ele respondeu para ela: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? E em toda essa provação Jó não pecou com os seus lábios.

5. PROVAÇÃO ENTRE SEUS AMIGOS.

Jó por ser o homem mais rico do Oriente ele tinha muitos "amigos", mas esses amigos lhe abandonaram na sua provação. Isto é o que acontece com muitos de nós. Quando estamos bem todos querem estar junto, quando estamos em situações difíceis poucos aparecem, e as vezes ninguém. Quando Jó perdeu seus bens (riquezas), perdeu seus filhos, perdeu sua saúde e provavelmente a sua esposa, todos lhe abandonaram. Jó chegou a dizer: Os meus próprios amigos zombam do meu estado, e os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus (Jó.16.20). Apenas três dos seus amigos vieram para lhe consolar. Diz o texto sagrado: Eles o avistaram à distância, contudo, mal puderam reconhecê-lo e romperam em lamentação e profundo choro ali mesmo. Em desespero cada um deles rasgou seu manto e lançou terra sobre a própria cabeça. E ficaram sentados no chão, na companhia de Jó, durante sete dias e sete noites seguidos; e nenhum deles dizia a Jó qualquer palavra, pois ao contemplar seu grande sofrimento não encontravam forças para dizer nada (Jó.2.12,13). Mesmo estes três amigos consoladores de Jó, não havendo lhe abandonado, Jó ficou muito decepcionado com eles, visto que eles faziam criticas negativas a Jó, e até o acusava de pecados contra Deus. Porém Jó dizia: Contudo, aquele que intercede por mim, defende a minha causa diante da presença de Deus, com a disposição fraterna de um verdadeiro amigo (Jó.16.21.Versão King James atualizada).

6. PROVAÇÃO DO DESPREZO SOCIAL.

O desprezo é uma provação de grande pesar psicológico, pois o desprezo mexe com os nossos sentimentos e abala a nossa estrutura emocional.
Disse Jó: Trema eu perante uma grande multidão, e o desprezo das famílias me apavore, e eu me cale, e não saia da porta (Jó.31.34). Jó era honrado e respeitado por todos, o seu caráter e sua bondade eram notório a todos. As famílias lhes respeitavam, todos lhes cumprimentavam e o tinha em grande estima. Vindo porém as provações e estando Jó em estado de miséria, todos lhes desprezaram e até o rejeitaram. Jó queixando-se do desprezo que estava passando, diz: Pôs longe de mim a meus irmãos, e os que me conhecem deveras me estranharam. Os meus parentes me deixaram, e os meus conhecidos se esqueceram de mim. Os meus domésticos e as minhas servas me reputaram como um estranho; vim a ser um estrangeiro aos seus olhos. Chamei o meu criado, e ele não me respondeu; cheguei a suplicar com a minha boca. O meu bafo se fez estranho a minha mulher; e a minha súplica, aos filhos do meu corpo. Até os rapazes me desprezaram, e, levantando-me eu, falaram contra mim. Todos os homens do meu secreto conselho me abominaram, e até os que eu amava se tornaram contra mim (Jó.19.13-19). Na sua angústia, Jó dizia: Compadecei-vos de mim, amigos meus, compadecei-vos de mim, porque a mão de Deus me tocou (Jó.19.21). Porque o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu. Nunca estive descansado, nem sosseguei, nem repousei, mas veio sobre mim a perturbação (Jó.3.25,26). Não foi fácil para Jó, mas ele superou tudo isso e venceu. 

7. PROVAÇÃO DO SILÊNCIO DE DEUS.

A provação do silêncio de Deus, deixou Jó apavorado e com dúvidas em relação a muitos porque na sua vida. Jó não estava sabendo de nada do que estava acontecendo no mundo espiritual, Deus estava provando para Satanás que Jó era fiel a Ele em qualquer circunstância da vida. Mesmo Deus havendo silenciado para Jó, ele não perdeu a fé nem a esperança; diante das criticas feitas a ele pelos seus amigos, do desprezo e da solidão, Jó ainda tem forças, ele se levanta e grita: Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os olhos, e não outros, o verão, e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim (Jó.19.25-27). Deus honra a fé daqueles que lhe honram. Depois da tempestade vem a bonança, depois da noite vem o dia e depois da luta vem a vitória. Após uma grande provação, que segundo os eruditos da bíblia, durou pouco mais que um ano, Jó é surpreendido por Deus, Deus fala com Jó e vira o seu cativeiro. Diz a bíblia: E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía. Então, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram pão com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um presente de ouro. E, assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da primeira, Jemima, e o nome da outra, Quezia, e o nome da terceira, Quéren-Hapuque. E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. E, depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até a quarta geração. Então, morreu Jó, velho e farto de dias (Jó.42.10-17). Se você estar passando alguma provação, persevere e creia; assim como Deus virou o cativeiro de Jó, Ele vai vira o teu cativeiro, vai mudar a sua história e vai te exaltar com uma grande vitória. Aleluia! Amém!

Conclusão: A figura de Jó, e o conceito “prova­ção” são sinônimos. A provação de Jó explica que toda provação é inexpli­cável. Quando podemos explicar as provações em nossa vida, elas não são mais provações.

O TEMPO DE CANTAR CHEGOU.

Porque eis que passou o inverno: a chuva cessou e se foi. Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra (Ct.2.11,12).

A palavra de Deus nos diz que tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz (Ec.3.1-8). O sábio Salomão, enumerou vinte e oito tempo que podem suceder na vida do ser humano. Na verdade se fôssemos escolher só escolheríamos os tempos bons, mas não teria nenhum valor, pois o que faz com que valorizemos o tempo bom é exatamente o tempo da adversidade. As calamidades da vida não duram para sempre. Depois de tempestade vem a bonança, depois da noite vem o dia, depois da guerra vem a paz, e depois da luta vem a vitória. Deus é o Senhor do tempo, e quando ele determina, ele diz: Até aqui e não mais adiante. Na sua palavra está escrito: Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás? (Is.14.27). Deus sempre tem o melhor pra nós, quem sabe, se por este tempo Ele já determinou a tua vitória, e o tempo de cantar chegou para você. Acredite, e comece ver pela fé a sua vitória, Deus está trabalhando a seu favor. Amém!

O TEMPO DE CANTAR CHEGOU PARA OS ISRAELITAS.

Os filhos de Israel passaram quatrocentos anos como escravos na terra do Egito, mas quando chegou o tempo de Deus, eles foram livres e libertos do domínio e da escravidão de Faraó. Depois que Deus derrotou os inimigos do seu povo, afogando-os no mar vermelho, tendo os filhos de Israel atravessado a pé enxuto e chegando do outro lado,  já de posse da vitória, Moisés cantou junto com o povo dizendo: Cantarei ao SENHOR, porque grandemente se exaltou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei. O SENHOR é varão de guerra; SENHOR é o seu nome. Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército; e os seus escolhidos príncipes afogaram-se no mar Vermelho. O SENHOR reinará eterna e perpetuamente. Então, Miriam, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamborim na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e dançando. E Miriam lhes respondia: Cantai ao SENHOR, porque grandemente se exaltou e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro. O cântico de Moisés, (Ex.15.1-21).

O TEMPO DE CANTAR CHEGOU PARA ANA.

Ana era a esposa de Elcana, este tinha outra mulher que se chamava Penina; Penina gerava filhos, porém, Ana era estéril. Por ela ser estéril e não poder gerar filhos, ela era desprezada e humilhada, pois naquela época uma mulher que não tivesse filhos, era uma vergonha em Israel, e era vista muitas vezes como maldita. Porém ela perseverou em buscar ao SENHOR, e ele abriu a sua madre, e ela gerou filhos; sendo mãe do profeta e juiz, Samuel. Ela sofreu muito, sendo inclusive até mal entendida pelo sacerdote Eli. Mas, ela alcançou vitória da parte de Deus, e chegou o tempo de ela cantar. Ana cantou dizendo: O arco dos fortes foi quebrado, e os que tropeçaram foram revestidos de força. Os que antes eram fartos se alugaram por pão, mas agora cessaram os que eram famintos; até a estéril teve sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu. O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do SENHOR são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo. O cântico de Ana, (1Sm.2.1-10).

O TEMPO DE CANTAR CHEGOU PARA DÉBORA.

Débora, era profetisa e juíza em Israel. Em sua época os filhos de Israel viviam oprimidos pelo rei de Canaã, cujo nome era Jabim, e Sísera era o capitão do seu exército. Débora que foi a única mulher juíza em Israel, com sua coragem e determinação, enfrentou o exército cananeu e derrotou o comandante Sísera com todos os seus soldados e celebrou o cântico de vitória. Estando de posse de vitória, Débora cantou dizendo: Ouvi, reis; dai ouvidos, príncipes; eu, eu cantarei ao SENHOR; salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel. O meu coração é para os legisladores de Israel, que voluntariamente se ofereceram entre o povo; louvai ao SENHOR. Bendita seja sobre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja sobre as mulheres nas tendas. Água pediu ele, leite lhe deu ela;; em taça de príncipes lhe ofereceu manteiga. À estaca estendeu a sua mão esquerda, e a  marreta dos trabalhadores, a sua direita; e matou a Sísera e rachou-lhe a cabeça, quando lhe pregou e atravessou as fontes. Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que o amam sejam como sol quando sai na sua força. O cântico de Débora, (Jz.5.1-31).

CONCLUSÃO:
Um novo tempo de Deus chegou para ti, não adianta o Diabo se levantar para tentar frustrar ou destruir os planos de Deus na tua vida, ele se levanta para cair. A nossa vitória já está garantida, em Cristo somos mais que vencedores. O deserto da aflição terá o seu fim, a noite da angústia vai passar, Deus vai te tirar do calabouço e virar o teu cativeiro, uma nova história Ele vai escrever, e você vai erguer a bandeira da vitória. Porque o tempo de cantar chegou. Amém!

O ANSEIO DA ALMA (SALMO 42).

Como o cervo anela pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face do meu Deus? (Sl.42.1,2).

Quem escreve este salmo é um dos descendentes de Corá, responsável pela liturgia do culto, no templo. Ao narrar este salmo ele descreve a alma humana anelando pela presença de Deus. Ele faz uma comparação do cervo, este quando perseguido foge a distância para não ser alcançado pelo predador. Estando distante, cansado e sedento, ele brama por água e corre até encontrar uma fonte. Assim como o cervo anela pelas correntes das águas, assim também almeja a alma daquele que sente a necessidade de comunhão com Deus. Estando em opressão e perseguição, distante da Casa de Deus, sentindo falta do culto, do santuário, da comunhão e da adoração, o crente sente sede de Deus e clama por sua presença.

O CERVO.
Segundo o dicionário informal, Cervo é o nome de um animal mamífero, ruminante,
da da família dos Cervídeos, originário das florestas da Europa,
Ásia e nas Américas. Atinge até 1,5 metro de altura e vive
em rebanhos. Apresenta ¨dimorfoismo sexual¨, pois só os machos possuem chifres. 
cervo também é chamado de corço ou veado.

ESTE SALMO DESCREVE ALGUÉM QUE ESTÁ SOFRENDO:

DESPREZO, ANGÚSTIA, OPRESSÃO E AFRONTA.

As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus? Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão à Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava. Direi a Deus, a minha Rocha: Por que te esquecestes de mim? Porque ando angustiado por causa da opressão do inimigo? Como com ferida mortal em meus ossos, me afrontam os meus adversários, quando todo o dia me dizem: Onde está o teu Deus? (Sl.42.3,4,9,10).

DEPOIS DA LUTA VEM A VITÓRIA. A ESPERANÇA É RENOVADA.

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus. Contudo, o SENHOR mandará de dia a sua misericórdia e de noite a sua canção estará comigo; a oração ao Deus da minha vida (Vers.11,8).

SENTINDO SEDE DE DEUS.

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face do meu Deus? (Sl.42.2)
Este salmo expressa a alma que deseja ardentemente a presença de Deus. O salmista diz: A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. O crente devoto e sincero, ele tem sede de Deus. Ter sede de Deus é almejar sempre a sua presença, é buscá-lo em oração, é entregar-se inteiramente a Ele, é buscar na palavra de Deus o seu alimento cotidiano para alimentar a sua alma. Infelizmente, muitos estão perdendo este desejo e esta sede de Deus, estão distraídos com muitos entretenimento e esquecendo-se de buscar ao SENHOR e de valorizar as coisas sagradas. Mais que nunca, é preciso nos aproximarmos mais de Deus, o poeta e músico Asafe, diz no seu salmo: Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no SENHOR Deus, para anunciar todas as tuas obras (Sl.73.28). Amém!

CONCLUSÃO: 
Nesta vida estamos vulneráveis a muitas intempéries, ser abandonado pelos amigos e sentir-se desprezado por Deus, não é fácil. Muitas vezes a angústia bate forte, nos sentimos oprimidos e sem forças diante das circunstâncias, pensamos em desistir e declaramos: É o fim. Mas, é mentira do Diabo, Deus nunca nos despreza e nem nos abandona, Ele sempre está ao nosso lado.

Há uma poesia na canção do cantor Sergio Lopes, que nos diz: 

Quando a gente não esquece o que passou
E não sente forças pra recomeçar
E reclama com o próprio coração
Nem dá tempo dele se recuperar
Bate um desespero com a agonia
De uma coisa que se acaba de perder
E perdemos quase sempre as esperanças
De voltar a ter vontade de viver
Mas existe alguém guardando Tua vida
Preparando um novo plano pra você
Que também se preocupa com Teu coração
Que faz tudo para não te ver sofrer
Tente lembrar
Se alguma vez Jesus te abandonou
Tente lembrar quantas vezes ele já te levantou.

A PORTA FORMOSA DO TEMPLO, A CURA DO PARALÍTICO

Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo chamada formosa, para pedir esmola aos que entravam. Ele, vendo a Pedro e a João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus; e conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro pelo que lhe acontecera (Atos, 3.1-10).

Após a descida do Espírito Santo no dia de pentecostes, os discípulos permaneciam em Jerusalém, a igreja crescia em números e cada dia surgia novos convertidos, porém os apóstolos não se acomodavam, eles procuravam sempre orar. Um certo dia, Pedro e João subiram juntos ao templo em Jerusalém por volta das três horas da tarde, para orar. Havia um homem paralítico, mendigando a entrada da porta chamada formosa, ele era posto ali todos os dias para pedir esmolas aos que ali passassem.
Quando o coxo viu Pedro e João se aproximarem da porta, ele como de costume lhe pediu uma esmola. Estando ele de cabeça baixa em estado de humilhação, Pedro e João fixando os olhos nele diz: Olha para nós. O coxo levantou a cabeça e olhou para eles esperando receber algum dinheiro, foi surpreendido. Ele recebeu algo muito mais valioso do que dinheiro. Pedro disse: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. O coxo de nascença foi curado, ele recebeu saúde.
O homem paralítico não recebeu o que pediu, e sim o que estava precisando.
Muitas vezes é assim, Deus não nos dar o que pedimos, mas o que precisamos.

INFORMAÇÕES SOBRE A PORTA FORMOSA.

A porta era chamada formosa por causa da sua beleza, era toda adornada de bronze especial da cidade de Corintos e tinha um brilho intenso, era larga e bastante alta. Era conhecida também como porta de Nicanor. Pois foi doada por um cidadão corintense chamado Nicanor. 
A porta formosa era uma das nove portas do templo construído pelo rei Herodes. A porta formosa era a principal entrada para o átrio do templo, ela dava acesso ao pátio das mulheres e dos gentios, onde também ficavam os gazofilácios (lugar onde colocavam as ofertas).
Era costume ficarem ali a entrada da porta, mendigos, coxos e necessitados, na esperança de receberem alguma esmola dos que ali passavam.

LIÇÕES DO MILAGRE DA PORTA FORMOSA.

1. O homem que foi curado era coxo de nascença e vivia mendigando. 

Um retrato do mundo.
Os pecadores estão perdidos desde o nascimento e vivem como coxos e mendigos espirituais.

2. Ele estava à porta do templo e vivia sem esperança.

O mundo rejeita entrar pela porta que é Jesus, por isso vive sem esperança.

3. Ele esperava receber alguma coisa dos apóstolos. 


O mundo espera receber alguma coisa da igreja.
 

4. O coxo não recebeu o que pedia e sim o que precisava. 

Pedro usou sua autoridade espiritual: “O que tenho, isso te dou”.
O coxo foi curado pelo poder do nome de Jesus. 
O mundo precisa ser curado da lepra do pecado e a igreja tem autoridade no nome de Jesus para falar do Evangelho que cura o corpo e a alma dos pecadores. 

DEUS MUDOU A HISTÓRIA DO PARALÍTICO QUE MENDIGAVA.

Um homem sem esperança, sem perspectiva de vida e já acostumado com sua rotina cotidiana, era aquele coxo que mendigava a entrada da porta formosa do templo.
Ele era trazido todos os dias para a porta formosa, e ali mendigava. Imagine a humilhação que ele passava, poucas pessoas lhe davam atenção, alguns, vez por outra lhe davam alguma moeda. Ele precisava de compaixão, de um olhar de misericórdia, porém era desprezado e o seu destino era uma vida de miséria.
Mas, já estava na agenda de Deus, que naquele determinado dia, a sua vida iria mudar. Deus teve misericórdia daquele homem, usando os apóstolos Pedro e João para lhe beneficiar através do milagre da cura.
Com você não será diferente, Deus tem seus planos e seus propósitos, Ele age na hora certa, assim como ele levantou e curou o paralítico, fará também na sua vida. O tempo da sua humilhação vai acabar e você vai se levantar em meio a todas as adversidades e vai saltar de alegria e louvar a Deus pela vitória alcançada. Amém!