terça-feira, 8 de abril de 2014

A BÊNÇÃO DE EFRAIM E MANASSÉS


Deus é o Deus da família, Ele abençoa pelos pais os filhos e tem misericórdia até mil gerações dos que O amam e guardam Seus mandamentos. O Deus de Abraão, também fez aliança com seu filho Isaque e depois dele, com Jacó, filho de Isaque e pelos séculos dos séculos o povo judeu invoca o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.

Mesmo mudando o nome de Jacó para Israel, Deus continuou sendo invocado como o Deus de Jacó, isso porque a aliança foi feita ainda quando Israel se chamava Jacó, o patriarca de uma numerosa família.

A família de Jacó teve seus problemas, comuns a todas as famílias e problemas incomuns também, assim como teve vitórias e conquistas, tudo igualzinho a todas as famílias da terra. O que não faltou a Jacó foi fortes emoções, grandes dores, muito trabalho e um grande amor, mas o ponto forte de sua história pessoal foi, sem dúvida alguma, sua aliança com o Deus de seu pai, que ele só conhecia de ouvir falar, mas que se revelou a ele no pior momento de sua vida.

O Egito foi a salvação da lavoura para a família de Jacó, quando houve uma grande seca por sobre a face da terra e José, seu filho, foi o salvador de toda a nação israelita ao acolhê-los nas terras de faraó. Por lá Jacó ficou com toda a sua casa, mas os dias foram passando e Jacó envelheceu e estava gravemente enfermo.

Assim que José soube da gravidade do estado de Jacó, tomou consigo seus dois filhos, Manassés, o primogênito e Efraim, o mais jovem e foi visitar seu pai. Ao saber que seu filho José tinha ido visitá-lo, Jacó se esforçou e se sentou na cama para recebê-lo.

Jacó lembrou a José sua história, a forma como Deus apareceu a ele em Betel e o abençoou e prometeu a ele multiplicar sua descendência e dar aquela terra para ele em possessão perpétua. E aí Jacó fez uma coisa absolutamente surpreendente, veja o que ele disse a José: “Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus: Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão; mas a tua geração, que gerarás depois deles, será tua; segundo o nome de seus irmãos serão chamados na sua herança.” (Gênesis 48:5-6).

O bom e velho Jacó disse que Manassés e Efraim, os dois filhos de José, que ele teve no Egito, seriam dele (Jacó), tanto quanto Rubén e Simeão, os irmãos mais velhos de José. O detalhe é que Manassés era o primogênito, porém Jacó se referiu primeiro a Efraim, o mais novo.

Jacó pediu que José levasse até ele seus filhos para que fossem abençoados. Jacó já não estava enxergando bem por causa da idade avançada e não podia ver os filhos de José, mas quando eles se aproximaram do avô, ele os beijou e abraçou.

José se inclinou diante da face de seu pai, em sinal de profundo respeito e em seguida, tornou a aproximar os garotos dele, de forma que Manassés estava do lado direito de Jacó e Efraim do lado esquerdo.

Aquela seria a forma como Jacó deveria abençoá-los. O mais velho receberia a bênção da mão direita do avô e o caçula, da sua mão esquerda. Surpreendentemente, Jacó cruzou as mãos e pôs a mão direita sobre a cabeça de Efraim e a esquerda sobre Manassés e começou a bênção, primeiro por José.

Em sequência abençoou Jacó Efraim e Manassés e disse: “O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra.” (Gênesis 48:16).

José percebeu as mãos trocadas entre seus filhos e interrompeu seu pai, porque pareceu mal aos seus olhos o mais novo receber a principal bênção e ele tomou a mão direita de Jacó para colocá-la na cabeça de Manassés e disse a seu pai: “Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça.”(Gênesis 48:18).

Jacó estava velho, doente, quase totalmente cego, mas sabia o que estava fazendo, ele não cruzou as mãos sem querer e se recusou a trocá-las, então ele respondeu a José:“Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações.” (Gênesis 48:19). E Jacó terminou sua bênção sobre os filhos de José dizendo: “Em ti abençoará Israel, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés.” (Gênesis 48:20). E pôs a Efraim na frente de Manassés.

Efraim e Manassés foram contados com os filhos de Jacó. José não formou uma tribo em Israel, seu nome não é citado como patriarca, mas seus dois filhos foram os patriarcas de duas tribos de Israel: a tribo de Efraim e a tribo de Manassés.

Aquela bênção não dependia apenas de Jacó, naquele momento Jacó era um profeta de Deus e ele não cruzou os braços na hora de abençoar os garotos por vontade própria, mas porque esta era a vontade de Deus. Fazer do segundo filho de José o primogênito não foi uma decisão de Jacó, não foi reflexo de um trauma dos tempos em que ele próprio disputou a bênção da primogenitura com seu irmão gêmeo. A bênção era dada pelo patriarca, mas sua boca era apenas instrumento de Deus. A decisão foi de Deus.

Na vida de Seus servos quem manda é o Senhor e a ordem dos fatores humanos não faz a menor diferença para Ele. Nem sempre o mais provável, o comum, o natural são usados por Deus para abençoar a vida do Seu povo. Algumas vezes Deus usa coisas surpreendentes para nos abençoar, ou para fazer chegar às nossas mãos Suas promessas.

Deus é Deus e pode fazer o que quiser, não existem “impossíveis” para Ele e nem coisa difícil demais. Talvez você esteja neste momento com um problema de impossível solução, mas não se esqueça de que para Deus TUDO É POSSÍVEL.  Então, erga sua cabeça e lute. Comece a semana fazendo sua parte e espere em Deus, tudo vai dar certo.

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