quinta-feira, 26 de abril de 2012

O que você tem dado ao Senhor?


O que você tem dado ao Senhor? “Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios que me tem feito” (Salmos 116:12) Diz a palavra de Deus que estando Jesus ensinando no templo, certos espias fariseus vieram a ele fingindo-se de justos e perguntaram-lhe: É nos lícito dar tributo a César ou não? Jesus com sabedoria respondeu a tentativa de prendê-lo em uma grande lição. Disse-lhes Jesus: “Dai, pois a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus” (Lc 20:20-25). Através dessa palavra sobre tributo, surgiu essa mensagem: “O que você tem dado ao Senhor ?” E que tributo a Ele você tem oferecido ? Já dizia o salmista: Dai (tributai) ao Senhor, ó família dos povos, dai ao Senhor, glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao Seu nome;trazei ofertas e entrais nos seus átrios (Sl 96:7-8) Creio que a maior negligência dos cristãos ao Senhor é tributar a Deus a glória devida ao Seu nome. Vemos nos salmos a preocupação que muitos tinham de tributar a Deus com algo valoroso. Davi reconhecia a grandeza de Deus e dizia que não ofereceria algo ao Senhor “que não lhe custasse nada”. (2 Sm 24:24). O livro de Deuteronômio diz que quando as festas judaícas aconteciam (páscoa, pentecostes e tabernáculos) cada participante era incentivado a ir ao santuário e tributar ao Senhor aquilo que o Senhor lhe havia feito. Também diz:”Porém não aparecerá “vazios” perante o Senhor” (Dt 16:16-17). Mãos vazias – Numa outra versão da palavra de Deuterononômio 16 fala-se que não aparecerá de “mãos vazias” perante o Senhor. Infelizmente tem muitas pessoas que vão cultuar ao Senhor de mãos vazias, expectadores de culto,não lhe oferenco nada, nenhum louvor, nem honra, nenhuma oferta espontãnea ao Senhor. Vão apenas para “receber”. Fica então um questionamento: Será que Deus revogou os tributos a Ele? Podemos dizer com toda certeza que fomos nós, Seu povo, que deixamos de tributar a Ele, o que é Dele. Embora muitas das palavras de tributo a Deus tenha partido do AT, da Lei, o Senhor continua aceitando tributos, tributos acima de tudo espirituais. Como disse Jesus: “Dar a Deus o que é de Deus”. A realidade é que o coração de muitos tem esfriado, sendo que para muitos nem frio tem ficado. (Mt 24:12,Ap 3:15). A expressão correta sobre como muitos cultuam a Deus hoje seria essa, INDIFERENÇA. Como já havia dito, muitos estão indo a casa de Deus para “receber” Dele algo, não para dar algo a Ele. E não falta “homem de Deus” para incentivar isso. Como disse Jesus: “Mais bem aventurada coisa é dar do que receber” (At 20:35) O que podemos dar ao Senhor? Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus,pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne,e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa..(Hb 10:19-22). A palavra de Deus diz que sacrifícios para Deus são espírito quebrantado e contrito que Deus não desprezará(Sl 51:17). Primeiro devemos entender que o Senhor é Onisciente e sabe que tipo de oferta estamos dando e com que intenção. Devemos portanto estar rendidos ao Senhor. Render-se ao Senhor é entregar-se plenamente a Ele para ser usado. O salmista Davi entendia que que sua transgressões o afastavam de Deus e que era o Senhor que pode perdoar seus pecados e apagar suas iniquidades.(Sl 51:21-29). Davi sabia que que para estar na presença de Deus, para oferecer algo a Ele, não poderia “oferecer qualquer coisa” a Deus. O Senhor não se grada de sacrificíos sujos e ofertas gordas, ou seja, aquilo que se oferta para Deus para exibir, ostentar ou parecer algo piedoso e certo. O Senhor não se agradar de falsas aparências de exibicionismo religioso. (Mt 6:1-9). Nos tempos do profeta Amós muitas pessoas fazias seus sacrífícios e traziam suas ofertas a Deus, mas isso eram apenas práticas religiosas superficiais. (Am 5:22) A palavra do Senhor diz: “Porque obedecer é melhor que sacrificar” (1 Sm 15:22). O salmista disse: “Porque não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria, tu não te deleitas em holocaustos (Sl 51:16). Outra coisa nós nunca poderemos agradar ao Senhor com nossas atitudes externas , com aparência de bondade, se o nosso coração está corrompido pelo pecado ou se nossa vida não adora a Deus diaramente. O Senhor sonda os corações e sabe qual as intenções do coração (Sl 139: 23). O salmista Davi pedia a Deus para Deus sonda-lo quando dizia: “Vê se há em mim algum caminho mau”. (Sl 139:24). Só através de sua palavra pelo Espírito Santo é que o Senhor nos mostra nossos pecados e iniquidades. Por isso podemos dizer que o primeiro passo para oferecer algo a Deus é reconhecendo nossas falhas em arrependimento a Deus. Não podemos dar algo a Deus sem o verdadeiro arrependimento. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.(Is 59:2) Qual melhor oferta para Deus? 1) A oferta como sacrifício vivo – Diz Paulo: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.(Rm 12:1) Na lei o sacrificio era o sinal de obediência, mas como há foi dito, a ênfase estava na obediência e não no sacrifício. Deus não deseja atos exteriores, mas um coração disposto, voluntário e espontâneo para ofertar a Ele(Ex 35:5). Deus deseja que nos ofereçamos como sacrifício vivo, ou seja, que a nossa vida seja ofertada a Deus. Seja consagrada ao Senhor em entrega total. Quando esquecemos disso, não damos a Ele,o que a Ele é devido. Quando nos entregamos a Ele podemos então ser usados por seu Espírito Santo. Quando deixamos o fogo do Espírito Santo queimar tudo aquilo que é da velha natureza, que é excesso, que é deste mundo, podemos então poder cultuar a Deus como Ele deseja, em sacrifício vivo, santo e agradável. Podemos então prestar um culto agradável a Deus. Podemos então ser usados pelo Senhor, sermos transformados pelo Seu renovo. Quando o Espírito Santo nos renova, podemos entender a vontade de Deus, podemos cultuar a Deus esperando sempre em oferecer algo mais para Ele, do que pedir a Ele. Quando nos apresentamos em sacrifício vivo, o Seu Espírito nos mostra nossas falhas, nos faz chegar ao arrependimento, a liberar o perdão, nos faz lembrar das palavras de Jesus, enfim nos faz pedirmos o que convém a Deus.(Jo 14). Quando nos entregamos a Ele os nossos louvores são diferentes, a adoração sobe como um incenso suave as narinas de Deus. Nada será como que mecânico ou forçado. Não seremos nós que faremos por si, mas Seu Espírito Santo por nós. Quando nos oferemos a Ele parece que o céu desce e a igreja sobe (como dizia uma celha canção). Quando nos ofertamos para Deus as palavra proféticas saem como rios de águas vivas, elas transbordam. Quando nos entregamos a Deus nosso coração exulta ao Senhor, nossa alma se alegra Nele. A vergonha fica para trás, somos intrépidos em sua presença. Enfim, quando nos entregamos a Deus, sua presença se torna tão real e toda nossa altivez e sabedoria se torna tão desprezível e distante. Quando ofertamos nosso ser ao Senhor, o Senhor derrama sua unção sobre nossa vida, e passamos a ser seus imitadores, como filhos amados, andando em amor, em oferta a Ele (Ef 5:1-2). 2) Oferta de gratidão Ofertando o dom que recebe de Deus – “Não aparecerá vazio perante o Senhor, cada qual, conforme o dom da sua mão, conforme a benção que o Senhor,teu Deus,te tiver dado (Dt 16:16-17). Quando somos gratos por alguém costumamos agradecer, costumamos declarar e presentear com algo. Com o Senhor isso não é diferente. Todo dom, quer material ou espiritual pode ser dado ao Senhor. Não que o Senhor precise de algo, de ouro, de prata , de riquezas,de talentos, de dons, pois tudo é Dele e procede Dele, mas devemos ser gratos por tudo aquilo que o Senhor nos tem dado. O salmista reconheceu a necessidade de render graças ao Senhor e cantar louvores ao nome Dele (Sl 92:1). O salmo 100 diz: Celabrai com júbilo ao Senhor, servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a Ele com canto. Entrai pelas portas com gratidão (louvor) e em seus átrios com hinos; louvau e bendizei o seu nome (Sl 100:1-2;4) O salmo 66 diz Aclamai a Deus, toda a terra. Salmodiai a glória do seu nome, dai glória ao seu louvor. Dizei a Deus: Que tremendos são os teus feitos! Pela grandeza do teu poder, a ti se mostram submissos os teus inimigos. Prostra-se toda a terra perante ti, canta salmos a ti; salmodia o teu nome.(Sl 66:1-4) Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.(Sl 9:1-2) 3)Oferta de dons e talentos Paulo escreveu aos Corintos: Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação.(I Cor 14:26) Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo.(I Cor 12:4) Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.(I Cor 12:11). Amado, o que Deus colocar na sua mão, faça !!! 4) Oferta de perdão – Você sabia que é impossível ofertar a Deus, se não tivermos uma oferta de perdão ao nosso semelhante: Pois é, a palavra fala que : Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão.(I Jo 4:20-21) Antes de oferecer algo a Deus devemos nos reconciliar com nosso irmão.(Mt 5:23-24). É preferível sofrer o dano da inustiça deste mundo, do que perder o nosso relacionamento com deus. Se tivermos magoados com alguém, ou queixa, devemos solucionar isso, antes de ofertar algo no altar de Deus. Esta oferta infelizmente tem sido desprezada em muitos lugares devido ao egoísmo, devido a falta de amor fraternal em muitos lugares, devido a “aparência” de falsa santidade que temos em muitas igrejas. Na época de Jesus quando uma pessoa não pudesse pagar uma dívida era lançado na prisão até que o pafamento fosse efetuado. Cristo pagou essa dívida pir nõs, por isso devemos perdoarmos mutuamente em oferta de perdão. Devemos fazer as pazes enquanto existe tempo, para que não soframos pela falta deste tributo. Devemos dar a quem devemos(Rm 13:7). Em tudo dai graças – Devemos dar a Deus graças por tudo que Ele nos tem feito. A palavra de Deus diz : E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Cl 3:15-17;Ef 5:19-20) Diz a palavra que Dele e por Ele são todas as coisas(Jo 1:3;Cl 1:16-17) 5) Ofertando da melhor forma (com excelência) Resumindo, devemos dar a Deus, a excelência do nosso ser, a nossa melhor oferta em louvor e adoração a Deus. devemos dar a honra devida ai Seu nome . Devemos dar nosso tempo a Ele, para que Ele administre. Decemos dar tributos espirituais “agradáveis” a Ele. A palavra diz que quando damos ao Senhor, nos será dado em abundância ; recalcada e sacudida (Lc 6:38-). Uma pergunta: Quem, pois, está disposto a encher a sua mão para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor? (I Cr 29:5)

Rev. Carlos Calvani critica os “autointitulados apóstolos” e afirma: “Dentro de alguns dias teremos também ‘anjos’, ‘arcanjos’, ‘querubins’ e ‘serafins’”


O reverendo Carlos Eduardo B. Calvani publicou artigo em tom de “desabafo” sobre os atuais seminaristas que se matriculam para formarem-se teólogos e posteriormente serem ordenados ao ministério pastoral. Segundo Calvani, a falta de preparo atingiu um nível alarmante: “Tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos”, afirma. O pastor anglicano e professor seminarista afirma que os “vocacionados” chegam aos estudos sem a menor base bíblica: “No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã. Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas”, critica. Calvani relata que “a grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico” e lamenta que tais “modismos” levem jovens a se autointitularem “apóstolos”, e emenda: “Dentro de alguns dias teremos também ‘anjos’, ‘arcanjos’, ‘querubins’ e ‘serafins’. No dia em que inventarem o ministério de ‘semi-deus’ já não precisaremos mais sequer da Bíblia”. O mercado gospel é apontado por Calvani como um dos fatores que modificaram a igreja e sua liturgia: “Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do ‘louvor’ do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência”. O reverendo lamenta o crescimento do mercado gospel aponto de “enriquecer os ‘artistas’ e insuflar seus egos”. Calvani ironiza: “Trata-se da “xuxização” (“todo mundo batendo palma agora… todo mundo tá feliz? tá feliz!”) do mundo evangélico, liderada pelos ‘levitas’ que frequentemente aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra”. O reverendo anglicano alerta para o fato de que a subcultura gospel pode formar pessoas intolerantes social e religiosamente, e teme pela provável maioria evangélica na população brasileira no futuro. “Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as ‘folias de rei’, os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura ‘gospel’ torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de ‘Talibã evangélico’. Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o ‘Cristo Redentor’ estará com os dias contados”. Confira abaixo a íntegra do artigo “Sobre levitas, apóstolos e outros modismos”, do reverendo Carlos Eduardo B. Calvani: Sou um professor de Teologia em crise com a dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica. Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos desde 1991 e, tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos. No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã. Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas. Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação. Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: “não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério”… A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico. Alguns se autodenominam “levitas”. Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem “apóstolos”. Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na Igreja, se autodenomina “levita”. Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de “força policial” para manter a ordem nas celebrações. Porém, hoje em dia, para os “novos levitas” basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos. Outros há, que se auto-intitulam “apóstolos”. Dentro de alguns dias teremos também “anjos”, “arcanjos”, “querubins” e “serafins”. No dia em que inventarem o ministério de “semi-deus” já não precisaremos mais sequer da Bíblia. Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de “progressista”. Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador. Na verdade, “saudosista” ou “nostálgico” seriam expressões melhores. Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto. Atualmente os chamados “momentos de louvor” mais se assemelham a shows ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso. Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes. Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do “louvor” do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência. Percebo que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor. O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os “artistas” e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a “identidade” das igrejas evangélicas. Trata-se da “xuxização” (“todo mundo batendo palma agora… todo mundo tá feliz? tá feliz!”) do mundo evangélico, liderada pelos “levitas” que freqüentemente aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra. O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão – cativos da cultura gospel. Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada “secular”. Amedrontados com as muitas opções que o “mundo” oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas. E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento. Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as “folias de rei”, os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura “gospel” torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de “Talibã evangélico”. Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o “Cristo Redentor” estará com os dias contados. Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vêm nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários. Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos. Em um seminário em que trabalhei, os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários, aptos para o exercício do ministério. A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores? Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: “Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros”. Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino. Talvez até já tenham ouvido falar desses nomes, mas são para eles, como que personagens de um passado sem-importância e sobre o qual não vale a pena ler ou estudar. Talvez por isso eu e outros colegas professores nos sintamos hoje em dia como que “falando para as paredes”. Nem dá gosto mais preparar uma aula decente, pois na maioria das vezes temos sempre que “voltar aos rudimentos da fé” e dar aos vocacionados o leite que não recebem nas Igrejas. Várias vezes me vi tendo que mudar o rumo das aulas preparadas para falar de assuntos que antes discutíamos nas Escolas Dominicais. Não sei se isso acontece em todos os Seminários, mas em muitos lugares, o conteúdo e a profundidade dos temas discutidos pouco difere das aulas que ministrávamos na Escola Dominical para neófitos. Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada com o que eu disse. Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da moda. Rev. Carlos Eduardo B. Calvani é pastor anglicano e coordenador do Centro de Estudos Anglicanos. Fonte: Gospel+

Entidade cristã promove grandes mudanças entre crianças e jovens no Haiti; País sofreu com terremoto em 2010


O Haiti que sofreu com um terremoto catastrófico em janeiro de 2010, ainda trabalha para se recuperar dos enormes danos sofridos. Muitos países responderam com ajuda humanitária durante esses dois anos, mas com o ministério cristão Missão Batista do Haiti (BHM), muitos avanços estão sendo realizados. O ministério criou um acampamento de verão para as crianças haitianas nos últimos anos, e possui uma propriedade em frente ao oceano, a qual uma família missionária reside para executar a instalação e cuidar dos trabalhos. No entanto, desde 20120, o campo tem sido usado para outros fins. “Ao longo dos últimos anos, como tem havido outras prioridades mais altas, certamente com furacões e terremotos, e um monte de coisas que temos lidado como fornecer às pessoas elementos para as necessidades básicas, o nosso programa de acampamento e o ministério que temos feito lá, tem tomado uma espécie de rumo para outras necessidades mais urgentes”, admite Ron Sparks, do BHM. Com a graduada normalização da crise no Haiti, o BHM tem sido capaz de reorientar a atenção sobre o acampamento. Eles formaram relações com grupos de ajuda dos Estados Unidos, que já se deslocaram ao Haiti, entre outros que seguirão para ajudar. Os efeitos sobre os estudantes haitianos nesses retiros são significativos, sobretudo no lugar do trauma que muitos têm sofrido nos últimos anos. Ron Sparks diz que o efeito é realmente similar ao que seria sobre crianças em uma nação de primeiro mundo. “Entrar em um puro ambiente de ministério cristão, é realmente uma grande oportunidade para ver vidas mudando para o Senhor”, observa Ron, que acredita em grandes mudanças nos próximos verões através do ministério rejuvenescido. Fonte: Gospel+

PRECISAMOS DE UM AVIVAMENTO


Preletor: Pastor Ezequias Amâncio Martins O padrão da pregação no mundo moderno é deplorável. Há poucos grandes pregadores Leonard Ravenhil, um avivalista do passado, disse algo forte: “Como estiver a igreja, assim estará o mundo”. E as últimas sentenças do capítulo são: “Quanto a mim eu quero um avivamento, em minha vida, minha igreja e minha nação; ou então prefiro a morte”. 1 Precisamos de um avivamento não de métodos, mas de mente e coração Este é o momento de se fazer um destaque acerca da contextualização bíblica de uma igreja que cresce naturalmente. Na realidade, enquanto o mundo fica preocupado em buscar métodos, Deus está interessado em buscar pessoas. Em outras palavras, o mundo pergunta: “Com que método posso contar?”, enquanto Deus pergunta: “Com que homem eu posso contar?”. A maior força que Deus possui nas mãos para a operação de suas maravilhas em nosso tempo é, sem sombra de dúvida, o homem que se rende completamente a Ele. É fato que o pedido de John Wesley ao Senhor continua relevante: “Dê-me uma centena de pregadores que não receiem nada, senão em pecar, e nada desejem senão a Deus, e eles, não importa se clérigos ou leigos, por si sós abalarão as portas do inferno, estabelecendo o Reino de Deus na terra”. A oração de Wesley foi atendida, e ele vivenciou, junto com outros homens de Deus como George Whitefield, um grande avivamento nos seus dias, no século XVII. É sabido que muitos historiadores seculares concordam que foi o despertamento evangélico de duzentos anos atrás, na época de Whitefield e dos Wesley, que provavelmente salvou a Inglaterra de uma experiência semelhante à Revolução Francesa. A igreja estava tão cheia de vida e de poder que a sociedade inteira foi afetada. Quando leio Atos 1.8 não posso deixar de vê-lo como o “carro chefe” de uma igreja que deseja ter como único estratagema de crescimento o próprio Deus, pois o Senhor é o único motivador de crescimento da igreja. E é uma pena de que em grande parte da literatura do movimento de “crescimento de igrejas” encontra-se bem pouca menção ao método de Deus para a igreja crescer: o próprio Deus! Mas é preciso que creiamos de todo o nosso coração que quando Deus derramar o seu avivamento sobre a igreja, os planos e métodos humanos estarão ruindo como que, em reverência ao Senhor da Igreja, aquele que começa e termina as coisas segundo unicamente a sua visão e o modo de trabalhar. E, como Deus não tem conselheiros, ele sem dúvida alguma cumprirá sempre o que lhe apraz. O grande pregador batista Charles Spurgeon admitiu: “Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada. Somos como veleiros ou carruagens sem cavalos. Como galhos sem seiva, murchamos. Como carvão sem fogo, somos inúteis”. Não podemos prescindir de uma vida de intimidade e total dependência de Deus. São com os joelhos flexionados que recebemos a orientação para o nosso ministério, e não em nossas salas de planejamento. Se Deus não nos encontrar em intimidade não adianta buscar ideias criativas de crescimento e mobilização da comunidade. Tenho para mim que Deus tem considerado carnalidade muito do que se tem sido feito em seu nome nesses dias. Não dá para se perceber Deus agindo em meio a tanto comércio, tanto marketing, tanta badalação personalista. O avivamento que precisamos desmascarará muita gente, e eu peço ao Senhor que comece sua limpeza no seio da igreja, revelando os orgulhosos, soberbos e gente que tem desejado se promover com o título de pastor. Esse não é o avivamento que precisamos! Posso dizer sem sombra de dúvidas, que isso é o grande pesadelo de nossos dias: ver igrejas que mais parecem centros espíritas, com suas superstições, mantras e extravagâncias, e que já não possuem nenhuma coerência em uma busca equilibrada do avivamento bíblico. Avivamento bíblico tem como base João 4.24: “Deus é espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em Espírito e em Verdade”. Existe adoração na igreja que é em espírito e sem verdade, bem como existe também a versão sem espírito e somente em verdade. Isto reflete a meninice da igreja. Preocupo-me com a necessidade de um equilíbrio na nossa adoração a Deus. Em nossos dias o que assistimos são dois extremos: o rigor da forma e a tirania do espontâneo. Esse quadro precisa mudar, pois como diria Aristóteles, “a virtude está no meio”.A mídia popularizou o que antes só estavam cientes aqueles que faziam parte do meio evangélico. Hoje já temos bares gospel com funcionamento vinte e quatro horas, shows com bandas e cantores praticamente todos os meses em um local ou outro, produção de CD’s em grande quantidade de estilos (e alguns até com gravadoras independentes!), o Brasil se tornou um celeiro de novidades musicais gospel já há algum tempo. A igreja local acaba sendo refém desse ambiente pulverizado, onde o conteúdo vale menos que a aparência, o ético não é tão valorizado quanto o estético, e o belo nem sempre é sinal de pureza! Infelizmente a lógica do mercado invadiu a mente dos cristãos, e a começar pelos líderes da adoração da igreja, que regem inclusive o que a igreja canta, pensa e crê! O sociólogo alemão Rudolf Otto afirmou que, embora a verdadeira religião comece com um conhecimento racional de Deus, ela nunca deve parar ali. O final da verdadeira adoração, ele diz, é um sentimento de “espanto místico” na presença de Deus. Aliar “poder e palavra”, “místico e racional”, “espírito e verdade”, torna-se o grande desafio para evitarmos a tragédia de uma adoração desequilibrada. Tenho concordado há muito tempo com o que sentencia Danilo Raphael. Em um dos seus artigos ele diz que, hoje em dia, o liberalismo teológico tem sido responsável por uma visão do cristianismo apenas racional, e não do coração e da fé simples. O liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem. Por isso que tenho que resgatar uma história contada por Martin Lloyd Jones, sobre uma espírita bem conhecida em Londres, que se converteu a Cristo depois de assistir ao culto da Capela de Westminster: “No momento que entrei em sua capela e me sentei entre as pessoas, tive consciência de um poder sobrenatural”, lembrou-se a mulher. “Eu tive consciência da mesma espécie de poder sobrenatural que eu estava acostumada a sentir em nossas reuniões espíritas, mas havia uma grande diferença: eu sentia que o poder na capela era limpo”. Precisamos de um avivamento que renove o poder na pregação O Espírito Santo, quando encontra espaço para a sua atuação, logo produz um amor pela pregação expositiva. É estranho que o movimento de crescimento da igreja tenha tantas reservas com a mensagem expositiva. David Eby, pastor presbiteriano nos Estados Unidos, vem estudando estudos sobre crescimento de igrejas desde 1972, e o que o surpreende é que o assunto “pregação” é muito pouco citado. Essa omissão é preocupante. Por que será que os teóricos de métodos que visam justamente a saúde da igreja local não cuidam de tratar o tema da pregação? 2 Eu tenho um palpite a respeito disso: os teóricos não tratam da pregação porque na raiz do pensamento dos lideres interessados apenas no crescimento numérico não cabe uma ênfase a respeito de temas espinhosos das Escrituras, como depravação total, eleição, graça irresistível, expiação particular e perseverança dos salvos. Eles preferem falar de assuntos amenos como vitória sobre a depressão, a ansiedade, o medo… dentre outros. Ao expor as Escrituras corre-se o risco de encontrar algum assunto que condene essa postura que poderia até ser legítima, mas ao ser tratada como matéria central torna-se materialista e por demais terrena. Michael Green faz um protesto nesse sentido: “O padrão da pregação no mundo moderno é deplorável. Há poucos grandes pregadores. Muitos ministros parecem não mais acreditar nela como uma poderosa forma de proclamar o evangelho e mudar a vida. Esta é a era do sermãozinho: e sermõezinhos fazem cristãozinhos”. A Palavra de Deus traz poder à comunicação do evangelho que visa a libertação de homens e mulheres das amarras do pecado e do domínio do inferno. Não se pode desprezar a verdade de que Deus revelou sua Palavra para ser comunicada em sua plena complexidade, e não escolhendo um versículo ou outro para satisfazer algum capricho ou curiosidade dos fiéis. Fico a pensar que precisamos de um avivamento que faça o povo de Deus mergulhar nas Escrituras sem pré-conceitos, sem ter estabelecido qualquer tipo de pensamento anterior. Trata-se de um mergulho desinteressado, apenas com o fim de buscar comunhão com o próprio Deus. Lutero disse que Deus deixou a sua Palavra em três esferas: criação, encarnação (Jesus) e Escritura (Bíblia). Não podemos desprezar um Deus que se interessou tanto em se comunicar que se exibiu a nós em formas tão esplêndidas e ricas, de um profundo significado. A pregação bíblica precisa retomar o seu lugar de honra entre todas as partes do culto cristão. Eu fui seminarista do falecido pastor Licinio Taylor, que dizia antes de qualquer pregador assumir a palavra: “Vamos agora à parte mais importante do culto”. De inicio eu questionava esta frase, e até mesmo tinha meus argumentos. Mas a pratica me ensinou de que de fato essa frase confere com o ensino bíblico. A pregação do evangelho através da proclamação é o meio de Deus tocar os corações das pessoas. E o conceito fica: temos de ser bíblicos e simples. A grande riqueza de uma equipe de adoração na igreja são pessoas que se dedicam a apresentar ao Senhor um sacrifício de louvor com base na humildade e no espírito de entrega. São ministros de Deus no sentido da palavra grega uperethas, isto é “remadores de terceira categoria”, que não ditam o rumo da igreja, apenas apressam o seu ritmo. Entendo que um avivamento caminha por esta ênfase: uma igreja que não adore apenas com o cérebro, mas também não apenas com o coração, mas sim “em Espírito e em Verdade”, levando a sério um renovado poder pela pregação. Não podemos mais ficar reféns de uma mensagem puramente temática, indo ao encontro das carências de nosso auditório, pura e simplesmente. Ao fazermos isso, seremos escravos daquilo que posso chamar de “mensagem sensível ao incrédulo”. Toda pregação evangélica precisa ter como alvo central alcançar o coração do pecador, crendo que somente o Espírito Santo poderá espedaçá-lo. Os puritanos pensavam nisso quando diziam que quando se começa a aplicação, o sermão começa. Em outras palavras, o clímax da mensagem está no apelo, que pode ser feito por perguntas, ao coração do homem, que deve ser considerado como escravo do pecado – e já de antemão é importante salientar que ele não está confortável nesse papel. Por ele mesmo, não há desejo de mudanças alguma! Com isso, deve haver uma mudança radical no modo como preparamos nossas mensagens, tudo isso, para não focarmos por demais na exposição, pensando em sermos apenas “expositivos”, como se o sermão fosse uma aula de exegese, esquecendo-nos da aplicação, que é o fogo acesso no coração do pregador, que incendeia como fogo em lenho seco o coração do pecador! E, para se ter essa sensibilidade aplicativa, somente com uma vida rendida ao Senhor em oração. Whitefield acordava cedo, as quatro horas da manhã, e dormia às dez horas da noite. Muitas vezes ele se levantava à noite da cama para orar. Portanto, a oração precisa fazer parte da vida de quem se coloca a disposição para falar de Deus. A. W. Tozer já nos aconselhava que não devemos ouvir alguém que antes não tenha ouvido a Deus! Maranatha! Ora vem, Senhor Jesus!

MILAGRE NO REINO UNIDO


Jovem com morte cerebral há 4 dias recebe alta e assusta a medicina Um adolescente se recuperou totalmente após ter morte cerebral diagnosticada por quatro médicos em Coventry, no Reino Unido. Os especialistas consideraram o caso de Steven Thorpe "realmente único". As informações são do site do jornal britânico Daily Mail. O caso ocorreu em 2008 e foi divulgado pelo jornal nesta terça-feira. Thorpe, então com 17 anos, estava com dois amigos em um carro que se envolveu em um acidente. Um dos amigos morreu e o adolescente acabou em coma induzido em um hospital da cidade. Os médicos afirmaram que o jovem teve morte cerebral e chegaram a perguntar aos pais se queriam doar os órgãos. Foi o pai de Thorpe que insistiu para os médicos refazerem os exames porque acreditava que seu filho sobreviveria. Ele chegou a contratar uma neurologista para ter uma nova opinião. Foi somente quando a doutora Julia Piper – aquela contratada pelo pai – examinou o adolescente, que foram descobertos sinais muito fracos do cérebro. Os médicos decidiram retirar o paciente do coma induzido para ver se ele se recuperaria. Cinco semanas depois, Thorpe surpreendeu os médicos e recebeu alta. "Meu pai acreditou que eu ainda estava lá", diz o jovem, que hoje, com 21 anos, é trainee em uma empresa. Thorpe passou por quatro operações para reconstruir sua face. Além disso, fez fisioterapia para melhorar os movimentos do braço esquerdo. O hospital afirma ao jornal que "os ferimentos no cérebro de Steven foram extremamente críticos e diversos exames de tomografia computadorizada indicaram que o dano era praticamente irreversível. Contudo, os times de especialistas continuaram a dar suporte apesar do momento crítico e estamos satisfeitos em ver Steven recuperado e fazendo progresso contra todas as probabilidades. Ele é realmente um caso único." Fonte: NC

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Comissão investiga vazamentos no Vaticano


Documentos confidenciais com acusações de corrupção no Vaticano foram liberados no começo do anoDa AFP noticias@band.com.br
O Papa Bento 16 criou uma comissão de investigação para esclarecer os vazamentos de informações confidenciais desde o começo do ano, anunciou nesta quarta-feira o Vaticano em um comunicado. Esta comissão, composta por três cardeais de mais de 80 anos, já se reuniu para estabelecer o método e um calendário de trabalho. Ao longo do ano, as primeiras páginas dos jornais italianos divulgaram documentos confidenciais que contêm acusações de corrupção na gestão do Vaticano, na aplicação da normativa contra a lavagem de dinheiro de seu banco, o IOR (Instituto para as Obras de Religião), e, por fim, sobre um suposto complô contra o Papa.

CALÇAS COMPRIDAS PARA AS MULHERES À LUZ DE DEUTERONÔMIO


Talvez você já estudou a questão dos judaizantes, mas vale a pena salientar que não estamos mais debaixo da lei e, sim da graça conforme já vimos. Mas ainda encontramos nos dias de hoje certos cristãos usando versículos isolados do Velho Testamento para tirar a liberdades das mulheres. Este é um dos pontos mais difíceis entre alguns pentecostais. Sem ferir ninguém, quero interpretar à luz da Palavra. Os nossos renomados mestres em teologia são unânimes em afirmar que estão superadas as normas de Deuteronômio 22.5. Há igrejas que proíbem terminantemente o uso de calças compridas para mulheres, usando este texto: “A mulher não usará roupa de homens, nem homem vestes peculiar à mulheres; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus” (Dt 22.5). Nem mesmo o cumprimento da lei exaltava realmente a Deus, pois Ele veria as pessoas servindo-O apenas por obrigação, por serem compelidas a fazê-lo. [...] Aqueles que servem a Deus simplesmente porque a letra da lei os obriga fazê-lo, ainda estão sob o regime da Velha Aliança. Não aprenderam a respeito da Nova Aliança. A maioria dos cristãos ainda estão vivendo no regime da Velha Aliança. Até dizem: “Tentei fazer isto e fazer aquilo”. Vivem sob a condenação da lei. Embora cantem louvor a Deus e sejam do povo de Deus, têm dúvidas terríveis e enfrentam problemas e lutas. Fazem boas coisas na igreja, mas quando vão para casa, sabemos os problemas que tem. Estão vivendo pela Velha Aliança” [ORTIZ. P. 163]. Jamais poderíamos usar um versículo para fazer uma doutrina, assim como critica-se os que guardam o sábado, deixando outros mandamentos, que não conseguem cumprir. Tanto é verdade, que o mesmo capítulo, que fala sobre vestes, fala também em matar o filho rebelde, não usar roupa de lã com roupa de linho ao mesmo tempo, fazer franja no cobertor de dormir e outros versículos, por exemplo: o homem não podia cortar o cabelo e nem sequer danificar a barba. Veja o exemplo: “Não cortareis o cabelo em redondo, nem danificareis as extremidades da barba” (Lv 19.27). “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão a sua carne” (Lv 2.5). A barba para os Judeus era símbolo de dignidade, mas era vergonhoso raspada: “Tomou, então, Hanum os servos de Davi, e lhes rapou metade da barba, e lhes cortou metade das vestes até às nádegas, e os despediu. Sabedor disso, enviou Davi mensageiros a encontrá-los, porque estavam sobremaneira envergonhados. Mandou o rei dizer-lhes: Deixai-vos estar em Jericó, até que vos torne a crescer a barba; e, então, vinde” (2º Sm 10-4-5). Somos salvos pela fé não pelas obras. A Bíblia diz em Efésios 2:8-10 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”. Considero o legalismo, ser o maior e o mais grave dos problemas da religiosidade, onde ela bate de frente com o Cristianismo. Em momento algum os praticantes da religiosidade concebem a atuação divina pela categoria da Graça, como doação e auto-doação divina. Para eles só a graça não basta, tudo tem que ser barganhado e negociado. Esta concepção legalista anula a Graça, anula o sacrifício de Cristo, anula a redenção proporcionada pela morte de Jesus na cruz. Neste ponto poderíamos traçar um paralelo (ainda que bastante impreciso) com a ação dos judaizantes na Igreja Primitiva, combatida enfaticamente pelo Apóstolo Paulo, na epístola aos Gálatas: “Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado. Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não. Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor. Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão”. (Gl 2.16-21). O legalismo, como disse, é o maior e o mais grave dos problemas deparados pelo apóstolo Paulo na igreja primitiva e que que igreja cristã ortodoxa ainda enfrenta. Dessa forma, anula-se a fé cristã. Este é o argumento que invalida as considerações de quem avalia a religiosidade como um caminho válido para Deus, legítimo e até melhor do que a fé cristã. O legalismo tira do coração do crente a alegria do Senhor e com essa ausência vai-se também o seu poder para um culto de adoração ao homem. Nada resta senão uma confissão rígida, sombria, tediosa e indiferente. A verdade é traída e o nome glorioso do Senhor torna-se sinônimo de “desmancha prazeres”. Os cristãos sob a lei não passam de uma triste paródia da realidade”. Embora já estamos no século XXI, encontramos grupos de indivíduos “rígidos, sombrios, tediosos e indiferentes, basta visitar algumas das igrejas evangélicas de hoje. É com grande dor no coração e grande desapontamento dizer que as igrejas morrem quando o pastor é legalista, pois são assassinos de almas. Os legalistas, com sua lista inflexível de “faça” e “não faça”, matam o espírito de alegria e espontaneidade daqueles que desejam gozar a sua liberdade em Cristo Jesus. As pessoas estritamente legalistas na liderança tiram toda a vida da igreja, embora afirmem estar prestando um serviço a Deus. Em primeiro lugar não encontramos nenhum versículo que proíba as mulheres a usarem calça comprida no Novo Testamento, porque não existia nem para homens e nem para mulheres. Em segundo lugar, o próprio Jesus diz “Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João Batista” (Mt 11.13). Usar a lei escrita por Moisés para doutrina de usos e costumes é invalidar a graça de Cristo, adulterar o evangelho segundo Jesus segundo o Novo Testamento. É extremamente difícil estabelecer quais eram as diferenças entre as vestes masculinas e femininas nos dias de Moisés. Tanto os homens como mulheres usavam indistintamente capa, cinto, casaco e vestidos longos. Muitas vezes as roupas de um homem e de uma mulher eram exatamente iguais. Distinguia-se uma da outra, unicamente, pela finura do tecido usado para confeccionar as roupas das mulheres a cor. O princípio básico apresentado aqui é de que homens e mulheres devem honrar a dignidade do seu próprio sexo e não tentar adotar aparência ou papel do outro. Esse versículo proíbe claramente o travestismo, que é um desvio do comportamento. Deus reprovou e é abominável a mudança do uso natural do sexo, tanto no Velho como no Novo Testamento. O apóstolo Paulo exortando aos romanos diz: “… porque até as mulheres mudaram o uso natural de suas relações íntimas por outro, contrária a natureza; semelhantemente, os homens também deixaram o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmo, a merecida punição do seu erro” (Rm 1.27-28). Alguns líderes interpretam o “uso natural” como calça comprida ou abrigo. Mas, o ensinamento de Moisés e de Paulo se refere à mudança de sexo, homem com homem ou mulher com mulher. Não tem nada haver com calça comprida. O que uma sociedade estabelece como indumentária masculina e feminina não vale necessariamente para outra região geográfica. Não compete ao Espírito Santo designar quais roupas são masculinas ou femininas. Experimente um homem usar uma bota feminina ou vice-versa. Ou um homem usar uma calça feminina. Não irá servir, porque o estilo masculino e o estilo feminino são diferentes. Isso é convenção cultural, portanto, humana. Deve se observar que as roupas e tradições também variam de geração para geração. A calça comprida era considerada roupa de homens no início do século passado. Como as mulheres começaram a trabalhar fora de casa e necessitavam de roupas fortes que protegessem suas pernas do frio e dos acidentes de trabalho, o uso acabou sendo inevitável. Inicialmente, causava inquietação e gerava muita polêmica. Mas, logo pode contar com o consentimento da sociedade. Note que houve uma mudança social e cultural sem atingir a moralidade das pessoas. Houve uma mudança de tradição. Hoje as calças compridas já nem são mais roupas masculinas, e sim neutras em seu gênero, tanto homens como mulheres podem usar. Como nos tempos de Jesus homens e mulheres usavam vestidões e não havia nenhum pecado, também em nossos dias não há pecado para homens e mulheres usarem calças comprida. Mas, sempre com decência. Há outras vestimentas que também são usados por homens e mulheres e não trazem nenhuma inquietação, como por exemplo: as sandálias havaianas; camisetas de malhas; certos tipos de casacos, usados para nos protegermos do frio; e até mesmo alguns modelos de armação para óculos de grau. Hoje o que designa uma calça masculina ou feminina é o estilo. Sendo assim, quando Deus ordena que a mulher não se vista com roupas de homem, Ele não está escolhendo certo tipo de roupa, mas apenas rechaçando o travestísmo, e a roupa intima de cada ser humano. O ideal de Deus é que os homens queiram ser homens e as mulheres desejem ser mulheres. A mensagem de Deuteronômio 22.5 trata de princípios, e não de uma lei sobre moda. Outro detalhe é que, se fosse pela diferença entre homem e mulher, nós homens teríamos que voltar ao uso de vestido; se é pelo costume do país que usamos a calça, elas também têm o direito de usar o costume do país, sendo que as mulheres brasileiras também usam a calça, mais que a saia e, muitas vezes, como abrigo contra o frio. Entendemos que no Novo Testamento temos apenas uma norma, ou seja, a que fala de vestes decentes, conforme 1ª Tm 2.9, e disso não devemos abrir mão, é claro. Por outro lado, não é porque a mulher, por exemplo, está usando vestido comprido, que está obrigatoriamente decente, pois tudo o que chamar a sensualidade é indecente, é lascívia. Em certas igrejas, para a maioria dos crentes, uma mulher usar calça idêntica a do homem é um pecado mortal, mas não encontramos um texto bíblico que dê sustentação a essa idéia. Ele vem apenas de uma má interpretação e tradição da igreja. Se fosse indecente, nós os homens, estaríamos sendo indecentes ao usarmos a referida calça, pois o nosso corpo tem as mesmas condições de mostrar indecência. Além disso, usamos roupas modernas e caras (ternos e gravatas), contrariando Lc 7.25 e Mt 11.8. Os ministros não poderão comprar ternos atualizados, pois deverão cumprir Êxodo 39, se quiserem exigir que as mulheres cumpram uma má interpretação de Deuteronômio 22.5. Se for para manter a distinção entre homem e mulher, existem diversos itens do vestuário que podem caracterizar a mulher, como calçados, cabelo, blusa, bolsa e outros, vistos que as vestes dos tempos bíblicos eram vestidos idênticos para ambos os sexos e a diferença ficava por conta de outros detalhes, como o comprimento do vestido, a textura do tecido. O homem diferenciava-se pela barba e a mulher pelo véu. Uma mulher com uma calça descente se protege mais do que uma saia, num símbolo de mundanismo como no entendimento de alguns. Se for provado que a coisa material provoca indecência (que é um atributo moral), não se pode afirmar biblicamente que um costume é mau. Usar certas frases e dizer que o cristão não pode andar na moda, primeiro devemos saber o que é realmente moda. Moda é como a gente apresenta-se, para as outras pessoas. Isso inclui roupas (ternos, camisa, calça, gravata, sapatos, chapéus, meia, cinta, fivela…). È, ainda, o jeito como você usa seus óculos, corta, pinta ou penteia seus cabelos. A moda é tudo isso e junta e se compõe em você, em cada um de nós. Ela varia de região para região, de país para país. Por exemplo, na Escócia os homens andam de saia, na África os homens andam de vestidões, no sul os gaúchos andam de bombachas e os políticos e pastores de ternos, etc. Jesus Cristo nunca usou paletó e gravata. Era uma pessoa comum, ou seja, se vestia de modo semelhante aos demais, a ponto de Judas precisar beijá-lo para identificá-lo. Paletó e gravata não podem ser adotados como roupas de santos. Em primeiro lugar, é uma roupa utilizada em solenidade em ocasiões sociais por autoridades e pessoas da sociedade. Em segundo lugar, grande parte dos corruptos que se acompanham nos noticiários usam este tipo de roupa. Portanto, não se pode atribuir paletó e a gravata uma exclusividade, ou um requisito de quem é crente, pois é um traje social, de uso comum de todas as pessoas da sociedade. Se Jesus ou um dos apóstolos participasse de um dos nossos cultos eu acredito que muitos irmãos iriam colocá-los para fora. Por quê? Porque estariam com o vestuário esquisito. Moda dos tempos de Jesus era diferente com as de hoje. Jesus usava vestidões, e nós usamos calças compridas. Ninguém consegue viver neste mundo sem estar na moda, ou seja, seu jeito de vestir. O que realmente precisamos entender é que todos acompanham a moda e a cultura da época. Entretanto, o que for extravagante, principalmente sensual, deve ser corrigido e ensinado pela Palavra de Deus sem usar o radical e o autoritarismo. Certo dia, uma irmã que encontrava-se com problema saiu de seu trabalho e veio até a igreja pedir ajuda e oração, mas um determinado “ministro” quando a viu de uniforme (calça comprida) chamou atenção veemente dizendo: Porque a irmã veio vestida de homem na igreja? Em vez de receber uma palavra de consolo recebeu uma chibatada pelo fariseu. E ela saiu magoada e triste. É isto que os fariseus fazem. Ensinam que a “igreja” tem “regras” (tradições e doutrinas de homens), que foram condenadas por Jesus (Mt 15.1-3, 9) e, sem base bíblica, fecham o reino dos céus para os aflitos e necessitados. Enquanto Jesus tinha compaixão e misericórdia, os fariseus de hoje são petulantes e donos da verdade. Aprendemos em missiologia que devemos respeitar a cultura de cada país, mas estamos esquecendo que estamos na cultura de nosso próprio país, onde, especialmente, na região sul, com temperaturas negativas; além de costume, é uma necessidade e um direito constitucional do cidadão, tendo inclusive, amparo legal na preservação da saúde. O uso da calça para a proteção contra o frio, na época do inverno, é uma necessidade. É redundante dizer que, se a pessoa questionasse seus direitos morais pela advertência em público, a Igreja teria problemas. Nesse particular, existe um grande obstáculo, que tem levado muitas mulheres optarem por outras igrejas que entendem não ser esse um problema de indecência, nem de preceito bíblico, senão apenas de uma tradição, que deveriam ser mantidas se não causassem a perda de muitas almas. Temos visto que muitas igrejas brasileiras assistem a confirmação de Deus ao seu trabalho missionário em outros países, sem a tal exigência, mas continuam proibindo aqui, como se Deus fosse mais exigente para os brasileiros. Porque muitos líderes fazem este tipo de acepção com as mulheres e o Espírito Santo não? Deus não condena uma mulher pela roupa, mas pela sua conduta sem Deus. Muitos líderes evangélicos já entendem que essa tradição traz mais prejuízo que lucro e resolveram abrir mão, mesmo que se diga que liberaram o mundo dentro da igreja, porém, biblicamente, para entrar o mundo na igreja, pelas vestes, precisamos ser, no mínimo indecentes, o que não é o caso da calça, e, sim, de muita saia curta, justa ou transparente e blusa decotada (que é tida como um erro, mas a calça é vista, por muitos, como um horror do inferno). Umas das teorias, a que considero a mais equivocada, é aquela que afirma ser a proibição dessa peça do vestuário um dos motivos da integridade, indispensáveis para a igreja manter a sã doutrina e a santidade. Entendo que a igreja é santa porque não abre mão das doutrinas bíblicas e, ficaria melhor ainda, se dispensasse este item que nada tem a ver com a santidade e nem com a diferença do mundo, pois Jesus em João 13.35 nos diz qual é a única característica que faz a diferença do mundo. O único requisito no vestir é a “decência” que procede do amor. A caridade, que é o próprio amor, não se porta com indecência, conforme 1ª Co 13.5 e nada mais que isso pode ser exigido biblicamente. Quantos pastores ficam envolvidos com a tal proibição, enquanto Satanás vem minando a santidade das igrejas pela mentira, inveja, desonestidade, corrupção, prostituição, adultério, rancor, falta de perdão, enfim, todos os males causados pela falta do amor de Deus nos corações. È o mundo entrando dentro da igreja e não um figurino de vestuário para manter uma característica da igreja, representada apenas pelas mulheres, assim como nos países muçulmanos, cujas mulheres com o corpo coberto, da cabeça aos pés, representam, para o mundo mais desenvolvido, a característica de uma religião atrasada. Este é um exemplo clássico de que manter uma característica, se não tiver fundamento bíblico, só pode representar um atraso, como vem fazendo aquele povo. Com certeza, isso não garante pureza à igreja, nem admiração pelos que deveriam converter-se ao Evangelho. O evangelho que Jesus mandou pregar, não recomenda, uma só vez, tais exigências. A bem da verdade, o que está acontecendo é que uma boa parte dos crentes só sabem aplicar a dureza da lei da aparência exterior, mas não sabem praticar o amor e a misericórdia, vivem como se fossem os números exatos dos escolhidos, não se importando com o resto do mundo, como se fossem os donos da salvação, e quem não pisar na linha de suas exigências, deve ser eliminado. A pergunta que faço: Como será o acerto, um dia, dos que trocaram a graça pela obras e dos que evitam o esclarecimento para não contrariá-los? “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1.18). Se Jesus condenou os fariseus, que aplicavam a lei ao invés do amor, não fará o mesmo com aqueles que mudam a verdade de Deus, ensinando aos descrentes, que a mulher que usar calça, no dia do senhor não poderão entrar no céu? “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci” (Mt 7.22-23). Outro grande prejuízo é que, na medida em que afirmamos ser pecado intolerável o uso dessa peça do vestuário, os crentes em sua maioria dizem-se cumpridores da sã doutrina e não comparecem ao debate, nas reuniões de ensinamento, para descobrirem que Satanás está minando grandemente, de forma sutil, outras áreas da vida, que declaradamente a Bíblia classifica como pecado. Podem conferir: os defensores ferrenhos de usos e costumes, geralmente, não se lembram de exercer o que Deus expressamente exige como doutrina, isto é: amor, perdão, misericórdia, bondade, benignidade, paz, mansidão, humildade, pontualidade, a eficiência no ensino e no trabalho, a transparência, a ética, a verdade a qualquer custo, etc. Dizer que a igreja não precisa disto para crescer seria desprezar o valor das almas, que por este impedimento, deixam de entrar no caminho da salvação. Outro argumento bem conhecido é o de que as igrejas que liberam o tal uso são igrejas frias e mornas. Entendo, no entanto, que o motivo é bem outro, isso é: o que ocorre é que algumas igrejas não se animam a liberar, pensando que sua espiritualidade está nesse detalhe, como a força estava no cabelo de Sansão. Deveriam, antes, conhecer outras igrejas que ensinam a verdade e, no entanto, são portadoras de todas as características bíblicas da salvação em Jesus. Podem conferir que os tais não conseguem mover a igreja com seus sermões, mas quando notam que estão sem a graça divina, mudam seus sermões para usos e costumes mostrando assim mais espiritualidade. Sabemos, também, o argumento de que nas igrejas em que se liberou o uso, desta parte do vestuário, desandou a imoralidade e o mundanismo. A esse argumento gostaria de responder como exemplo do que já ouvimos a respeito da televisão, sendo que certos pastores a proíbem, sob esta legação, porém, a prova aí está, que nas igrejas em que foram mantidos os princípios éticos e morais, nada aconteceu por conta da televisão liberada. Não devemos proibir, mas ensinar ver televisão. Sei de pastores que proibiam nas suas igrejas o uso da televisão dizendo que era a caixinha do diabo, mas hoje eles têm uma caixinha na sua casa e não é mais pecado. É interessante que é pecado enquanto o líder não liberar. Quantas pessoas de valor foram sumariamente excluídas da igreja por possuírem aparelho de televisão, hoje, entretanto, os que cometeram tais injustiças possuem o aparelho, tranqüilamente, em suas casas. Descobriram que era ignorância, pois os males procedem do coração e o mundo ao vivo é muito mais perigoso que a tela da TV. Sabemos que não só as vestes e a televisão usada de forma imoral podem arruinar a igreja, mas todos os demais procedimentos que não estiverem pautados pela decência e moralidade. Se em algum lugar a coisa descambou, foi por falta dessas características e não pelo uso de uma peça de roupa que não pode alterar a integridade de uma pessoa. Portanto, o que preocupa é ter de defender, sem argumentos convincentes, aquilo que não encontra na Bíblia. Ouvimos a explicação: na Bíblia não está escrito, mas deve ser obedecido e, se quiser explicação, fale com o Pastor, porque é o único autorizado a tocar no assunto. Não acredito que pastores apóiem essa idéia, pois se assim fosse, seria o mesmo que admitir que a palavra do pastor esteja acima do preceito bíblico e, por isso mesmo, o assunto não poderia ser discutido; deveria apenas ser cumprido. Interessante que os legalistas dessa exigência com a veste feminina querem cumprir um mandamento da lei e não se importa em cumprir o que está no Novo Testamento (Rm 16.16; 1ª Co 16.20), que manda saudar os irmãos com beijos e (1ª Tm 5.10), que manda lavar os pés uns dos outros. O motivo pelo qual existe rivalidade entre os crentes é que os mais esclarecidos sabem que certos usos são apenas tradições, enquanto que a maioria pensa que é um mandamento, escrito em algum texto da Bíblia. Para quem governa é mais fácil assim; os membros menos esclarecidos pensam que está escrito e, além de cumprirem, exigem dos demais que cumpram também, criando uma pressão psicológica naqueles que entendem a verdade. A Palavra de Deus não admite meia verdade. Se não pudermos esclarecer o que é doutrina e o que é tradição, é porque não estamos preocupados com a divisão e o descontentamento entre os crentes, e sim, preocupados em manter certos usos ou costumes arcaicos através de uma estratégia de desinformação. Quando dizemos que não podemos facilitar o tal uso, porque iria escandalizar a maior parte dos crentes, não devemos esquecer que eles só se escandalizam porque foi o próprio ministério da igreja que sempre ensinou ser um pecado horrível. Não acho válido, também, o argumento de que a igreja tem o poder de estabelecer normas e regras, mesmo sem base bíblica, pois se assim fosse, a Igreja Católica estaria certa em todas as tradições e dogmas que ela criou. Um princípio é válido quando não trouxer prejuízo ao Evangelho, nem discordar da vontade de Deus, pois do contrário, pode se enquadrar nos textos de Dt 4.2; Pv 30.6 e Ap 22.18, que proíbem acrescentar um til às Sagradas Escrituras e automaticamente à doutrina da salvação, em qualquer tempo ou circunstância, Eu, particularmente, não quero assumir esta culpa. Não consigo entender a total tranqüilidade de alguns obreiros, argumentando que não podem perder tempo com descrentes que querem exigir que a igreja se adapte às suas tradições. Dizem que os de fora é que têm de mudar e devem viver de acordo com a Palavra e com nossas regras. Muito bem, mas onde está escrito a tal palavra e onde está escrito as tais regras? Enquanto ficamos brigando e ensinando as regras, as outras igrejas estão enchendo e tua está se esvaziando. E, o mais triste, aqueles que têm o ministério do ensino estão ficando no banco para não ensinarem as verdades bíblicas. Outro aspecto é a repercussão moral: Saia comprida é roupa social, que exige coerência dos pés a cabeça, mas como menos favorecidos não podem acompanhar este estilo, andam por aí, de forma ridícula, criando um péssimo visual; fazendo com que os descrentes tenham a impressão de que somos um povo atrasado. Isso é prejuízo na certa. Daí argumentar que para os salvos pouco importa o que o mundo pense, e que a aparência não vale, é no mínimo desconhecer certos textos bíblicos, por exemplo: 1ª Co 14.23, onde Paulo preocupa-se com a impressão que podemos causar aos descrentes, prejudicando a conversão de almas. Nós que deveríamos estar preocupados com os não crentes e perguntar a nós mesmos se não estamos impedindo a sua entrada; e não nos darmos ao luxo de dizer: se quiserem é assim, ou, então, procurem outra igreja! Pois, assim era o tratamento dos fariseus nos dias de Jesus agiam sem amor e sem misericórdia. Igrejas que recebem todos os dias, pessoas transferidas de outras localidades, não sentem a necessidade do crescimento por conversão, talvez por isso não se importem com o entrave e ainda dizem que a igreja está crescendo, quando, na verdade, as conversões são menores que as exclusões. Considero desonesto da parte de certos líderes, antes de serem consagrados ao cargo, tinham essa interpretação, porém, assim que subiram ao poder, mudaram de opinião e passaram a defender o contrário, para merecerem a simpatia do povo. Que falta de personalidade e seriedade com o santo ministério. É fácil perceber que tudo isso é falta de conhecimento bíblico, que infelizmente herdamos de nossos antepassados e que vem dando enorme prejuízo na conversão de almas. Será que apenas as igrejas que as irmãs não podem usar a calças que irão se salvar? Não deveríamos desconfiar que estamos sozinhos neste modelo atrasado? Pior que isso é dizerem que é uma tradição e um modelo que Deus nos deu e que a igreja vem crescendo desta forma. Como alguém pode provar que foi Deus quem deu? Se não fossem estas regras humanas e ridículas as igrejas poderiam ter crescido muito mais? Só os menos esclarecidos podem aceitar estas regras, pois quem conhece a verdade tem a mente de Cristo. Lamento a ignorância daqueles que, ao invés de abordarem os candidatos ao batismo, perguntado se entenderam bem e estão dispostos a praticar o amor e as doutrinas bíblicas, que contêm a receita completa do caminho estreito, tratam de proibir o uso de certas roupas, jóias e corte de cabelo, etc. Entendo que muitos que se batizam não permanecem porque são edificados na areia e não na rocha. Na primeira luta espiritual, tentação, calúnia ou perseguição, o crente vai cair, pois ele foi ensinado a valorizar um figurino material e não o conhecimento espiritual da salvação. Como seria bom se todas as igrejas deixassem de olhar apenas para o passado baseando-se na tradição, e passassem a praticar um arrependimento diário acompanhado de vigilância constante; tenho certeza de que não seriam atingidas por falsas concepções de cristianismo; improdutivo, apenas nominal e indigente do fervor do Espírito Santo. Pelo contrário haveria um avanço real e sem falsificação. Seriam gerados verdadeiros cristãos dispostos a doar-se em favor do próximo e da causa da verdade. Infelizmente porque o sectarismo torna-se envolvente nas massas humanas poucos param para pensar que placa denominacional não alimenta a alma do ser humano e nem sequer alivia a consciência. Não queremos com isto dizer que organizações religiosas deveriam estudar propostas de unificação, mas sim que cada discípulo em particular seguisse fielmente a unidade de um corpo cuja cabeça é Cristo. Vamos olhar para os grandes homens do passado como Martino Lutero, João Calvino, João Huss e outros que sem medo começaram a denunciar a miséria do proceder humano diante do Seu criador. A explosão monetária pela venda de indulgências e de imagens esculpidas, a corrupção moral, as perseguições empreendidas contra os guardiões da fidelidade e mesmo o sangue inocente daqueles que foram lançados às feras ou decapitados, nada disso podia ficar esquecido na obscuridade. Desta forma o cristianismo estava-se reavivando e as consciências dos homens passavam a ser acordadas, quando o combate da fé empregava não mais a força das armas, nem tribunal de inquisição, mas a Palavra de Deus (Ef 6.10). Considere-se o porte de vida destes grandes pregadores; quais eram as suas mensagens, quais eram seus ideais, a que tipo de povo falava e qual o resultado que colheram e ter-se-á a convicção de que Deus cuidou, cuida e cuidará sempre a sua obra gloriosa. Infelizmente, desde a reforma implantada com eficientes resultados o ápice alcançado pelo cristianismo pouco a pouco foi novamente cedendo a espaço ao avanço rápido de novas filosofias e tradições arranjadas através de conglomerados de idéias que desvirtuaram paulatinamente a verdadeira fé. Introduziu-se na mentalidade humana uma nova “cultura” religiosa e os grupos que haviam sido avivados retornaram as tradições modificadas pela cultura e o humanismo secular, desentoando as verdades bíblicas. Hoje muitos destes têm sido obrigados por força da religiosidade presente confessar o seu desvio e o declínio sofrido. As estatísticas confirmam a constante queda tanto em números como em diligência espiritual de denominações que há bem pouco tempo eram prósperas nas atividades do reino de Deus. Entretanto aquelas igrejas que tem solidificado sua fé nas doutrinas bíblicas continuam firmes e vitoriosas em caminho da cidade santa. Enquanto que outras estão desmoronando-se, pois construíram a base de sua religião (doutrina de homens), na areia e não na rocha. Cristo veio ao mundo com a finalidade de tornar os homens cidadão do Seu reino (Mc 1.14-15). Por conseguinte, o cristão é um cidadão do Reino de Deus (Cl 1.13), onde é diferente (Jo 18.36), principalmente na maneira de pensar (1ª Co 18.36). Logo, o meu modo de ser já não importa. Devemos ver tudo sob a perspectiva do Reino. O Rei dos reis exorta-nos a buscar o Reino de Deus e a sua justiça, a fim de que as demais coisas nos sejam acrescentadas (Mt 6.33). Portanto, o comer, o vestir-se, o ter um teto para abrigar, embora importante á nossa sobrevivência, são pontos em segundo plano. O cristianismo judaizante é remendo novo em vestidos velhos (Mt 9.16). A salvação é pela fé em Jesus (Gl 2.16; Ef 2.2-10; Tt 3.5). O cristianismo é religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras. O verdadeiro cristianismo enfatiza o nosso relacionamento com Cristo ressuscitado (Gl 2.20), e isto é suficiente para crescermos na graça e no conhecimento de Deus. Pr. Elias Ribas Dr. em Teologia

Liberação do aborto de anencefálicos pode abrir caminhos para outros tipos de aborto, avalia a CNBB


PorKeyla Cezini | Correspondente do The Christian Post Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela descriminalização do aborto no caso de fetos com anencefalia, no último dia 12, quinta-feira, várias críticas têm sido feitas à decisão. Mais uma vez, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se posicionou contrária. Durante uma Assembleia Geral da organização, que começou na semana passada e acontece até esta quinta-feira, 26, a CNBB afirmou que a decisão abre caminho para a liberação de todo tipo de aborto e até mesmo da eutanásia e da eugenia (teoria que busca produzir seleção humana a partir de leis genéticas). "A decisão mostra que se alguém incomodar, você pode simplesmente eliminar essa pessoa", afirmou o bispo dom Dimas Lara Barbosa, porta-voz da CNBB. "Amanhã qual será a deficiência que vai impedir uma criança de nascer? A humanidade já experimentou a eugenia, mas parece ter esquecido", completou. Durante o evento também estão sendo discutidas as consequências práticas que a decisão pode acarretar. Dom José Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA), por exemplo, questiona se, após a decisão do STF, médicos que se recusarem a realizar abortos de anencéfalos serão punidos e se a mulher que decidir continuar com a gestação será atendida pelos planos de saúde. Campanha para reverter a decisão O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC/SP) lançou uma campanha para reverter a decisão STF. Curta-nos no Facebook Em texto publicado em seu blog, ele afirma que esta seria “a única forma de sustar estas decisões tomadas pelo STF e que provocam tanto desconforto na sociedade brasileira, que se sente lesada”. O deputado também declara que os membros do STF não representam o povo. “Não votamos em Juízes, votamos para o legislativo e o executivo. Quem representa o pensamento do povo não podem ser onze homens/mulheres e sim os deputados, senadores e a presidente”, escreveu. Com esses argumentos Feliciano convoca os cristãos a enviarem e-mails ao presidente da Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania, Ricardo Berzoini, pedindo que seja colocado em votação o Projeto de Emenda Constitucional, a PEC 143/2012. A emenda altera dispositivos da Constituição Federal e a PEC 03/2011, que propõe a possibilidade de o Legislativo sustar atos do Judiciário que “exorbitem suas funções”. O deputado João Campos (PSDB-GO) também anunciou que a bancada evangélica irá apresentar uma PEC. O projeto seria para alterar o artigo quinto da Constituição. “Vamos apresentar uma PEC que altera o artigo quinto da Constituição, incluindo as palavras ‘desde a concepção’ na frase que determina que o direito a vida é inviolável”, afirmou Campos à imprensa logo após a decisão do STF. Até agora, porém o projeto não foi apresentado.

Engessamento da igreja evangélica: teólogo poeta mostra crise no Cristianismo brasileiro?


PorAndrea Madambashi | Repórter do The Christian Post Os conflitos entre denominações, pastores e líderes evangélicos, entre crentes e entre igrejas, podem estar mostrando crise no Cristianismo no Brasil? evangélicos
(Foto: Reuters) Evangélicos atendentes da igreja Bola de Neve oram, em 29 de Abril de 2007. Recentemente, o pastor e teólogo Ricardo Gondim escreveu um artigo intitulado “Porque parti” explicando os motivos por ter se afastado do movimento evangélico no Brasil. Segundo ele, o sistema religioso que lhe abrigou se “esboroava”, apontando “fadiga como denúncia”, o que alguns o interpretam como fraqueza. “Se era fraqueza, foi proveitosa, pois despertava para uma realidade: o Movimento Evangélico vinha se transformando em cabide de oportunistas; permitindo que incompetentes, desajustados emocionais e – por que não dizer? – vigaristas, se escorassem nele”, diz ele. Gondim alega que recebeu “a fúria dos severos defensores da reta doutrina” apontando traições, inimizades e invejas. “Fui traído. Antigas invejas se fantasiaram de zelo pela verdade, e parceiros se transformaram em inimigos. Senti o escarro do desdém.” Em sua declaração de partida “Tempo de partir”, o teólogo fez também sérias acusações sobre as igrejas pelas quais passou, tais como a igreja presbiteriana, Assembleia de Deus e a igreja Betesda. Curta-nos no Facebook Gondim acusou a igreja presbiteriana de exigir dele que negasse a experiência de falar em línguas estranhas com ameaça de expulsão e excomunhão, quando ele a frequantava na época. Na Assembleia de Deus, ele apontou problemas como “legalismo”, “politicagem interna” e “ânsia de poder temporal”. Muitos teólogos e líderes evangélicos, entretanto, afirmam que Gondim tem carecido de firmeza na graça do Evangelho, pela qual conflitos entre seus irmãos em Cristo e distorções bíblicas transparecem. Mas tal problema vem a mostrar um engessamento da igreja evangélica brasileira? Engessamento da igreja Segundo o apologista Johnny Torralbo Bernardo do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), a igreja evangélica pode estar passando por problemas como legalismo e engessamento, após longos anos de crescimento e expansão. Esses problemas não somente acontecem no Brasil, mas em outros países também como nos Estados Unidos, por exemplo. Segundo ele, a “massa” precisa ser “trabalhada e acompanhada”. “Na ausência de tais requisitos, a massa torna-se crua e sem vida”. O “peso do rancor religioso” citado por Gondim, pode também ser relacionado com a defesa de fé de algumas denominações evangélicas e Bernardo afirma que muitas carecem de parâmetros e basamento bíblico. “Há uma constante suspeita quanto ao desconhecido – cristãos menos abertos ao debate tendem a demonizar tudo que, aparentemente, lhe pareça estranho ou distante. Foi assim quando da chegada da televisão ao Brasil.” Bernardo completa dizendo, “ mesmo ocorre quando do tratamento de questões políticas e da família. Há grupos evangélicos que chegam até mesmo a proibir o uso de preservativos e vasectomia – são poucos, mas existem em nosso meio.” Apesar de todos os problemas, afastar-se do movimento evangélico, não significa necessariamente um afastamento de Deus e de seu Reino, afirma o apologista. “Quando alguém se diz insatisfeito com o movimento (no caso, evangélico), não está, necessariamente, abdicando da Igreja Invisível – seu amor a Cristo e ao Reino de Deus deverá continuar firme e inabalável.”

‘Não quero ser mais frei’, diz religioso flagrado em motel com menor em MT


Frei confessou que era apaixonado por menor, mas tinha medo de escândalo. Ele mudou de Cuiabá e afirmou que vive uma nova fase na sua vida. Kelly MartinsDo G1 MT Frei foi preso após ser flagrado em motel com menor (Foto: Kelly Martins/G1)
Frei foi preso após ser flagrado em motel com menor (Foto: Kelly Martins/G1) O frei de Cuiabá, Erivan Messias da Silva, de 51 anos, que chegou a ser preso após ser flagrado pela polícia saindo de um motel com uma adolescente de 16 anos, declarou ao G1 que não pretende voltar mais para o sacerdócio. Um ano depois do fato, que ocorreu em Várzea Grande, região metropolitana da capital, Erivan contou que mudou de cidade e está em uma nova fase de sua vida. “Achei por bem começar de novo. Vou repaginar minha vida e fiz uma opção de não estar mais na função de frei”, disse. Em entrevista à reportagem, Erivan chegou a declarar que já mantinha um relacionamento amoroso com a menina há alguns meses, mas que escondeu o caso por medo do escândalo. Entretanto, após a prisão, ele também pediu perdão aos fiéis e à Igreja. saiba mais Justiça arquiva inquérito de frei pego em motel com adolescente em MT Ele foi preso no dia 31 de janeiro de 2011 ao sair de um motel em Várzea Grande com a menor. No entanto, a Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar determinou, no mês de março deste ano, o arquivamento do inquérito policial aberto contra o frei para apurar o suposto estupro de vulnerável. O arquivamento foi a pedido do Ministério Público Estadual. “Foi um desgaste muito grande e acho injusto tudo o que fizeram e falaram de mim. Foi muito forte todo esse envolvimento público e me deixou marcas. Ainda bem que a Justiça foi feita. Porém, não quero mais voltar a ser sacerdote na igreja”, pontuou. Erivan Messias contou ainda que a decisão foi tomada “por amor” e pelo fato de gostar de alguém. Questionado sobre o relacionamento amoroso, o frei preferiu não entrar em detalhes e não confirmou se ainda mantém algum tipo de contato com a adolescente. Isso porque, ele disse que mudou-se de Cuiabá e atualmente mora com a mãe em Jaciara, a 148 quilômetros de Cuiabá, e que também vai muito para Rondonópolis. Por outro lado, Erivan relatou que pensa em um dia se casar. "É um desejo, mas não quero pensar nisso no momento", frisou. Conforme Erivan, apesar de ter exercido o ministério religioso por 22 anos, ele informou que atualmente trabalha no setor administrativo de uma indústria. O frei trabalhava em duas paróquias da capital e foi afastado das funções por determinação da Arquidiocese de Cuiabá, no dia 1º de fevereiro de 2011. Arquivamento De acordo com o promotor de Justiça Cláudio Cesar Mateo Cavalcante, o fato praticado é criminalmente atípico e não constitui crime. Além disso, o parecer baseia-se em fundamentações do ponto de vista criminal. “Não há, e nem poderia haver, qualquer análise dos pontos de vista ético, moral ou mesmo religioso”, consta trecho do documento. O promotor argumentou ainda que nos autos não existem elementos para o oferecimento da denúncia.

Presidente sul-sudanês diz que Sudão declarou guerra


O presidente do Sudão do Sul afirmou nesta terça-feira que o Sudão declarou guerra contra o seu país, informa a agência AP. Salva Kiir afirmou que os recentes ataques sudaneses a uma região rica em petróleo no norte do país "representam uma declaração de guerra". "Minha visita acontece em um momento crítico para a República do Sudão do Sul, pois nosso vizinho de Cartum declarou guerra ao nosso país", disse Salva Kiir, durante conversas com o presidente chinês Hu Jintao, em Pequim. Dessa forma, Kiir endossa a manifestação dos militares de seu país que já haviam afirmado na segunda-feira que os bombardeios sudaneses eram uma declaração de guerra. A visita à China de Kiir pode ter um efeito positivo pelos investimentos de Pequim na região, que obrigam as autoridades do gigante asiático a tentar acalmar os ânimos entre Sudão e Sudão do Sul. O líder sul-sudanês chegou ao país na segunda-feira para uma estadia de cinco dias. Na madrugada desta terça-feira, a aviação sudanesa bombardeou várias regiões petroleiras na fronteira com o Sudão do Sul, afirmou Taban Deng, governador do estado sul-sudanês de Unidade. O serviço de inteligência militar do Sudão do Sul afirmou que o Exército de Cartum prepara uma ofensiva contra Bentiu, capital de Unidade, situado a 60 km da fronteira. O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, prometeu seguir sua campanha militar até que o país vizinho remova todas as suas tropas da zona em conflito. A recente onda de violência entre os dois países se intensificou em 10 de abril, quando as tropas sul-sudanesas ocuparam a região. Militares sudaneses afirmaram na segunda-feira que ao menos 1,2 mil soldados do sul morreram nos confrontos. O Sudão do Sul se tornou um país independente do Sudão em julho de 2011. Desde então, os dois países não conseguiram resolver as disputas sobre a divisão das receitas de petróleo e sobre a demarcação da fronteira. As negociações foram interrompidas neste mês. Fonte: www.terra.com.br

Governo sul-sudanês diz que cidade foi bombardeada pelo Sudão


O Exército do Sudão bombardeou nesta segunda-feira a cidade de Bentiu, capital do estado sul-sudanês de Unity, a 200 km da fronteira, denunciou à agência EFE o ministro da Informação do regime de Juba, Barnaba Marial Benjamin.
Em uma conversa telefônica, Benjamin explicou que os bombardeios, que começaram ontem à noite, continuam até agora em Bentiu e em alguns enclaves petroleiros de Unity. Estes ataques acontecem depois que as Forças Armadas do Sudão adentraram ontem à noite nove quilômetros no território sul-sudanês para repelir um ataque do Exército Popular de Libertação do Sudão (EPLS), que constitui o corpo de segurança de estado sulista. "Agora eles entraram em nosso território e temos direito de defender-nos", afirmou Benjamin. As tropas sul-sudanesas, que ocuparam Heglig no último dia 10 de abril, iniciaram no último dia 20 sua retirada dessa região rica em petróleo e em disputa com o Sudão, que proclamou sua vitória. "Os aviões não pararam de bombardear nossas zonas. Por que a comunidade internacional não os detém após nossa retirada de Heglig?", acrescentou. O ministro sul-sudanês destacou que as forças do Sudão estão atacando os civis em Bentiu e há grandes perdas, tanto de vidas humanas como materiais, que ainda não puderam quantificar. Por outro lado, o Exército de Cartum anunciou que ontem à noite repeliu um ataque das forças do sul contra a cidade sudanesa de Taludi, a segunda maior da província fronteiriça de Cordofão do Sul. "As Forças Armadas puderam repelir totalmente o ataque em combates que causaram um grande número de mortos entre o Exército do sul e que ocasionaram também a destruição de vários veículos militares", disse o porta-voz militar Sauarmi Khaled Saad em comunicado. Segundo o porta-voz, as forças de Juba tinham como objetivo entrar em Taludi para recuperar a moral após sua derrota na zona petrolífera de Heglig, que esteve ocupada durante 11 dias pelo EPLS. Nas últimas semanas, ambos países protagonizaram uma escalada bélica por sua intenção manifesta de controlar Heglig e outras áreas fronteiriças pendentes de demarcação. Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, nasceu no último dia 9 de julho após promover um plebiscito entre seus habitantes sob os auspícios da comunidade internacional e após décadas de guerra com o norte. Fonte: www.terra.com.b

Os Sofrimentos da Mulher de Jó


Mulher esquecida e incompreendida pela modernidade, assim defino inicialmente a mulher de Jó. Este patriarca sim, paladino da fé, suportou todas as vicissitudes e flagelos dócil e humildemente. Ele é símbolo de perseverança, paciência e retidão (Jó 1.1,22), mas a mulher desse sofredor…, no mínimo, ainda é chamada de louca ou néscia (Jó 2.10). Mulher anônima, a quem a tradição posterior chamou de Sitis, aparece em Jó 2.9,10 e não é mais mencionada no livro, embora nada sugira sua morte, ou abandono do lar. Ela era uma mulher nobre, respeitada por todos, e considerada afortunada para os mais antigos e de sorte para as donzelas da região. Seu marido era um homem sábio, fiel à sua família, riquíssimo e temente a Deus. O homem mais poderoso do Oriente. Seus filhos, saudáveis e belos. Suas filhas eram mulheres decentes, educadas e belas. Centenas de servas e servos estavam espalhados pela bela casa, fazendas, plantações (Jó 1.3). Sitis era uma mulher riquíssima que ajudava na administração da casa, dos servos domésticos; um elo de unidade familiar (Jó 1.2). Seus sete filhos e três filhas periodicamente reuniam-se ao redor da mesa para desfrutarem de seus conselhos, sapiência e virtudes (Jó 1.2,4). No período patriarcal o número dez era símbolo de completude, de abundância e prosperidade. Era a mulher mais poderosa, afamada e respeitada de todo o Oriente (Jó 1.3). Jó amava-a muitíssimo; suas filhas provavelmente espelhavam-se no zelo, discrição, beleza e sabedoria da mãe. O lar de Sitis era um paraíso cravado no Oriente (Jó 1.10). Essa mulher, “ossos dos ossos” e “carne da carne” de Jó, no entanto, viveu as primeiras calamidades da vida do patriarca. Próximo a Jó ouvira que seus servos foram mortos e os seus rebanhos confiscados pelos sabeus. A notícia era ruim, mas suportável. Note a descrição do versículo 13, que destaca a efusiva alegria da reunião familiar na casa de seus filhos (“comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito”), e a calamidade súbita que toma conta do restante da narrativa. Essa narrativa que antecede e moldura as tragédias de Jó será depois desconstruída no versículo 19. O mensageiro ainda não terminara o anúncio fúnebre quando imediatamente outro mordomo anunciou: “Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu” (v.16). A mulher de Jó fica espantada com a sucessão de tragédias que se sucedem sucessivamente sem cessar. Perde o fôlego, aproxima-se do marido para apoiá-lo… quando então, novamente, outro desastre, dessa vez arquitetado pelos caldeus que, em três bandos, roubam os camelos e ferem os servos (v.17). Mas o pior ainda estava para acontecer. Um servo aproxima-se esbaforido, com ar de cansaço e pesar. Tem receio do que vai dizer. Durante o trajeto ensaiara diversas vezes, até soltar o verbo flamífero: “Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo, eis que um vento muito forte sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram” (Jó 1.18,19). O vento da desventura e sortilégio, gélido como a morte, implacável como a desgraça. Quem é suficiente forte para resistir suas lanças inflamadas? Como reagir diante de tanta calamidade e dor? Sitis chora amargamente a morte de seus filhos. Se isso não bastasse, vê o seu marido rasgar suas vestes, rapar sua cabeça e cumpridas barbas, símbolos de sua posição social superior, e lançar-se em terra adorando a Deus. Apesar da dor que aflige sua alma abatida olha com carinho e respeito o gesto humilde e devoto de seu marido. Somente a fé e a comunhão com Deus dão ao aflito a esperança e a força para vencer as vicissitudes. É nessas ocasiões que a comunhão do crente com Deus faz toda a diferença. A resiliência e o ânimo para continuar a lida depois de uma grande calamidade são resultados de uma vida de fé, comunhão com Deus e relacionamentos corretos. Jó, como os pequenos ribeiros orientais em período de estio, vê a sequidão tomar conta de si, no entanto, estivera durante muito tempo da vida plantado junto a ribeiros de águas; suas folhas não murchariam e os seus frutos viriam na estação própria (Sl 1). Dizia um antigo provérbio oriental que o “justo nunca será abalado” (Pv 10.30). Os dias de luto ainda não estavam completos. Parentes distantes e amigos próximos reuniam-se na casa de Sitis para apoiá-la e ao marido, Jó. Os melhores amigos nascem nos períodos de sequidão e angústia (17.17). Autoridades do Oriente chegavam à casa do infortúnio. Ouvia-se os murmúrios das carpideiras, que se revezavam em seus turnos. Os cancioneiros entoavam suas elegias, e os sábios do Oriente procuravam entender a tragédia humana. Sitis chorava desconsoladamente. A dor e angústia apertavam seu corpo, como se a estivessem comprimindo em um pequeno vaso de cerâmica. Olhava para Jó e se inspirava na fé, piedade e devoção de seu marido. Ele em nenhum momento blasfemou ou se queixou de sua sorte (Jó 1.22). Junto aos sábios do Oriente, ouvia-o dizer: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Todos ouviam, admirados, a fé e perseverança de Jó em Deus. Procuravam algum altar na casa, ou artefatos que materializassem o Deus de Jó, mas nada encontravam. Diferente dos tolos adoradores de ídolos do Oriente, Jó confiava no Deus Invisível, Espírito eterno e imutável em seu ser. Passados os dias de luto, Sitis e Jó procuravam retomar as atividades diárias. Todavia, sentiam dificuldades de recomeçar. Reconstruir a casa que desabara sobre as crianças era uma dúvida latente. Aquele lugar trazia boas recordações. O lugar que as crianças cresceram e a velha árvore com as marcas de suas brincadeiras traziam lembranças tão vívidas como o vento outonal que derrubava as folhas das árvores e pintavam o chão de tons marrons e cinza. Nada diziam um ao outro, apenas apertavam firmemente as mãos. Todas as palavras foram expressas naquele aperto de mãos. Nunca saberemos exatamente o que disseram. Apesar da tristeza, estavam unidos, apoiando um ao outro. Alhures, absorto com os últimos acontecimentos, Sitis percebe que pequenas chagas começam alastrar-se sobre o corpo de seu marido. Imediatamente, os melhores médicos são consultados, especialistas na arte da cura entram e saem da casa do patriarca. Sitis se mantém firme cuidando de Jó; tratando das feridas de seu amado; procurando suavizar a dor com as especiarias, óleos de vários gêneros, alguns importados. A chaga se espalha mais ainda, desde a planta do pé até ao alto da cabeça (Jó 2.7). Longe de Jó ela chora, sente as lágrimas quentes caminharem pelas linhas de sua pele até caírem e se desfazerem lentamente ao chão. “Senhor porque me provas?”, murmurava. “Não basta os meus filhos?” “Agora tu queres o meu marido Jó?”, balbuciava. Os médicos diagnosticaram que a doença era maligna, incurável. Erupções e prurido intenso destilavam do corpo de Jó (2.7,8). Os bichos insaciáveis se alimentavam do corpo putrefato (7.5), e os ossos daquele homem forte se desfaziam como torrão de madeira apodrecida (30.17). A pele de Jó perdera toda elasticidade, suavidade e beleza (30.30). Até no sono era atormentado por pesadelos (7.14). Sitis olhava para todo aquele sofrimento. O cheiro dos florais da primavera paulatinamente foi expulso por uma mistura de pus, sangue e carne putrefata. Nem ela mesma conseguia cuidar de seu marido. A praga alastrara por toda casa. Ela gastara as últimas reservas financeiras no tratamento do marido moribundo. Investira todos os seus recursos para curar a Jó, mas a sentença médica era apenas uma: “Nada podemos fazer, só um milagre”. Sitis sofria, inconsolável… A esperança escapava por entre os seus dedos como as águas ribeirinhas. Lembrava dos momentos em que ela era considerada uma mulher bem-aventurada, rica, com filhos e filhas para lhe consolar, um marido próspero que a amava. Mas agora, tudo lhe havia sido tirado, à uma. O que você faz quando a calamidade bate à sua porta e, sem pedir licença, carrega para sua família toda desventura conhecida? A quem você recorre? Certo dia, Sitis vê o seu marido no meio da cinza com um pedaço de cerâmica raspando as feridas. Olha e um sentimento acre-doce lhe invade a alma aflita. O grande príncipe Jó no monturo da cidade, como um pária. Sitis perde definitivamente a esperança. Aproxima-se do moribundo, sente pena do marido, fecha os olhos, aperta-os e a seguir dispara: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9). Nenhum sofrimento pode ser maior do que a confiança e fidelidade a Deus. O Senhor jamais permitirá que sejamos tentados acima de nossas forças. Sitis achava que já havia chegado ao limite. Assim como os servos de Jó foram preservados da morte para levarem a notícia calamitosa ao patriarca, a esposa parece que fora guardada todo esse tempo para destalingar esse último chicote. Sem o saber, pensando que a morte seria a melhor solução para o marido, Sitis empresta sua boca ao Tentador incitando Jó a se rebelar e amaldiçoar a Deus. O que você faz quando toda a esperança se esgota? Sitis em vez de confiar em Deus acima de todas as coisas; em vez de amar ao Senhor pelo que Ele é, deixou-se levar pelas circunstâncias atrozes, fundamentada em um relacionamento de troca com Deus. Para muitos a morte é a solução para uma vida de infortúnios e desajustes domésticos. Contudo, sempre há uma esperança para aqueles que confiam em Deus. Jó olha para sua esposa, e a fita com ternura e carinho. Sitis sente o tempo congelar por alguns instantes. Embora o tabernáculo terrestre de Jó estivesse se desfazendo, seu edifício eterno estava preparado por Deus (2 Co 5.1). Os olhos de Jó traziam um brilho vivaz, contagiante, embora todo o restante dissesse o contrário. Lembrava muito o olhar de Jesus quando Pedro o negou. Carinhosamente afirma: “Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal?” (Jó 2.10). O sábio Jó afirmara que sua esposa, em seu desespero e dor, falava como uma pessoa sem entendimento; como alguém que ele não conhecia. Sitis fica desconcertada diante da afirmação do marido. Reflete a respeito do assunto. Lembra das muitas orações de Jó feitas em gratidão ao Senhor. E ali mesmo reconsidera… Cala-se e desaparece do cenário até o final do livro de Jó quando Deus restitui-lhe todas as coisas. Embora não seja mencionada no final do livro, não há razões para se duvidar de sua presença. Ela é a esposa incansável que esteve com o marido nos piores momentos e circunstâncias, mas que, em certo momento, perdeu as esperanças, mas a recobrou através da piedade e devoção de seu marido.

Chuck Colson, ex-assessor de Nixon, morre e é lembrado como grande evangelista das prisões


PorAndrea Madambashi | Repórter do The Christian Post Apesar da mídia americana descrever o líder evangélico Chuck Colson como um “mentor de truques sujos”, ex-assessor do presidente Richard Nixon, líderes cristãos lembram-se dele como um grande amigo e testemunha de Cristo. chuck-colson
(Foto: The Christian Post / Phan Katherine T.) fundador Prison Fellowship Ministries, Chuck Colson,fala com Marvin Olasky, reitor do Colégio do Rei, durante uma entrevista na Cidade Universitária do Centro de Pós-Graduação de Nova York, em 03 de dezembro de 2010. Relacionado Hilary Swank e Prison Fellowship União para Combater a Injustiça it-gets-betterCristãos, Celebridades Dizem à Juventude LGBT: "Vai Melhorar" Pray-&-A.C.T.Líderes Conservadores Mobilizam Cristãos para ‘Orarem & AGIREM’ pela América “Estou triste pelo falecimento de Chuck Colson, mas eu me alegro que ele está agora na presença do Senhor que ele ama tanto”, disse Lee Strobel, autor e apologista cristão ao The Christian Post. Chuck Colson faleceu no sábado à tarde, aos 80 anos, depois de complicações decorrentes de uma hemorragia cerebral, segundo informou o ministério Prison Fellowship, em um comunicado. Colson sofria de hemorragia intracerebral em decorrência a uma cirurgia a qual ele se submeteu para remover um coágulo de sangue em seu cérebro. Apesar de seu estado inicial ter sido estável e de melhora, na última terça-feira sua condição piorou e os médicos prepararam sua família para a despedida. A perda do líder deixa marcas depois dele ter sido reconhecido por seu evangelismo na prisão, depois de seu renascimento em Cristo em meio à um escândalo político. O apologista Ravi Zacharias chama Colson de “um profeta para os nossos tempos” retomando sua dramática conversão nos dias do escândalo de Watergate e o compara com o apóstolo Paulo. Curta-nos no Facebook “Sua coragem (…) de compartilhar o Evangelho com clareza e sua profunda preocupação pela sociedade em deterioração foi sempre o cerne de seu pensamento. Verdadeiramente, Chuch foi um testemunho audacioso de nosso Senhor.” Chuck Colson tornou-se Cristão comprometido enquanto sofria acusações no escândalo de Watergates quando era assessor especial do presidente Richard Nixon. Na época, um amigo deu-lhe uma cópia do livro de CS Lewis “Cristianismo Puro e Simples”. Foi quando ele se converteu e confessou sua culpa no escândalo, enquanto um juiz estava considerando descartar o caso contra ele. Colson teve que cumprir pena de 7 meses de uma sentença de uma a três anos. Ele tornou-se então um evangelista nas prisões, dedicando-se a ajudar os prisioneiros a experimentarem uma transformação radical em Cristo. “Quando eu vá para o céu e veja Chuck novamente, eu creio que verei muitas, muitas pessoas lá, cujas vidas foram transformadas por causa da mensagem que ele compartilhou com eles,” disse o evangelista Billy Graham em uma declaração. Colson fundou o ministério de prisão Prison Fellowship Ministries em 1976 que hoje opera em 113 países. Ao longo das quatro últimas décadas de sua vida, o evangelista chegou a visitar pessoalmente 600 prisões nos EUA e 40 em outros países. O ministério tem atualmente programas em cerca de 1300 instalações em todos os 50 estados dos EUA e é parceiro de cerca de 7700 igrejas com 14000 voluntários.