I. O QUE É A VOLTA DE CRISTO EM GLÓRIA
À volta de Jesus se dará em duas fases conforme já vimos. Na primeira, Ele vira para arrebatar a Sua noiva (Igreja), e na segunda, com a Sua Igreja em glória, manifestando-se visivelmente aos olhos do mundo (Ap 1.7). È o glorioso retorno de Cristo que, juntamente com Sua Igreja, virá instaurar, neste mundo, o Reino de Deus, de conformidade com as predições proféticas, os apóstolos e o próprio Cristo (Is 9.6; Dn 7.13; Mt 6.10).
II. QUANDO SE DARÁ À VOLTA DE CRISTO EM GLÓRIA
Depois da Grande Tribulação, haverá o juízo divino sobre os ímpios. Caso essas nações não se arrependam enquanto é tempo, em breve defrontar-se-ão com um Guerreiro mais forte que elas – O Senhor Jesus! Enquanto estivermos nos céus, participando das bodas do Cordeiro e, de Suas mãos, recebendo os galardões a quem farão jus os trabalhados que realizamos em prol do Reino de Deus, estará a terra vivendo a septuagésima Semana de Daniel que, profeticamente, terá a duração de sete anos, e após os sete anos, Cristo virá com Sua Igreja em Glória para estabelecer um Reino Eterno.
III. COMO SE DARÁ O RETORNO TRIUNFAL DE CRISTO
Conforme já vimos o Senhor voltará com Sua Igreja. O segundo advento de Cristo não será o tranqüilo cenário da manjedoura. Será, sim, o acontecimento mais dramático e estarrecedor de toda a história do Universo. Sua Vinda em Poder e Glória captará a atenção do mundo inteiro. Milhões de pessoas já terão morrido em combates e calamidades anteriores. A descrição mais detalhada deste momento glorioso está vividamente registrada em Ap 19.11-21. Conforme se revelou em algumas passagens das Escrituras, os céus hão de estar escuros pelos juízos de Deus, mas naquele momento uma luz brilhante e sobrenatural se propagará pelos céus, assombrando a terra inteira. Esse espetáculo, sem dúvida, será aterrador, milhões de homens e anjos refletindo a glória de Deus e sendo liderados por Cristo montado num cavalo branco, símbolo de um conquistador. No início, o mundo se encolherá de pavor ante esse espetáculo e os exércitos em conflito no Amargedom, logo esquecerão suas divergências; procurarão unir-se e lutar contra os exércitos dos céus. Essa rebelião, inspirada e organizada por Satanás, será um esforço inútil e suicida de tentar resistir a Deus. Esta batalha que parecia um confronto de proporções meramente humanas, assume feições duma guerra entre Cristo e Satanás. Jesus virá em Glória para revelar-se com os seus santos. A revelação será pública (Ap 1.7). Cristo virá em poder e glória para julgar os seus inimigos. A besta, o falso profeta e os exércitos que deram apoio aos adversários de Deus sofrerão o justo castigo do Juiz. Jesus, o Rei dos reis, triunfará maravilhosamente nesse momento crítico da história da humanidade; e os líderes das hostes ímpias serão lançados no lago de fogo (Ap 19.19-21). Sendo vencedor, o Senhor Jesus estabelece o julgamento das nações (Mt 25.31-46) e estabelecerá o milênio neste mundo. Durante o milênio, Satanás estará amarrado e inativo, antes de sua eventual libertação e o seu encarceramento eterno no lago de fogo (Ap 20.1-3).
1. João vê O Grande Cavaleiro. “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Ap 19.11).
Aqui João vê o céu aberto. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo a terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Ele vem do céu como Messias- Vencedor (2ª Ts 1.7-8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgara as nações e aniquilara mal (Jo 5.30). É chegado o momento que todo universo aguarda (Mt 24.30-31). Antes de Ele aparecer, todo globo verá o sinal da sua vinda. O cavaleiro deste cavalo branco não deve ser confundido com o mesmo de Ap 6.2, o cavaleiro do primeiro selo. A volta de Cristo nesta secção, vencendo os inimigos, não será um ato de vingança própria ou de manifestação arbitrária. Será sim um ato de justiça, refletindo a fidelidade de Deus. O cavalo branco é a expressão de honra real, de juízo sobre os seguidores da besta.
2. O seu cavaleiro é “Fiel e Verdadeiro”. Ninguém na terra tem alcançado este nome, porque em todos os homens habita a fraqueza e o engano (Rm 3.4). Como fiel, ou seja, plenamente confiável, como aquele que não decepciona aos que confiam nele,.e que cumpre Suas promessas com a máxima exatidão. Como verdadeiro, pois Ele é a verdade (Jo 8.32; Jo 14.6).
3. As Suas Vestes salpicadas de sangue.
“E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Ap 20.13). Não significa aqui o sangue vertido na cruz. É o sangue dos inimigos no dia da vingança do nosso Deus (Is 34.8; Is 63.1-6). O que é visto também nos versículos 17-21. Somente o apostolo João é que aplica este titulo a Cristo, o verbo, a palavra (Jo 1.1; 1ª Jo 1.1; 5.7).
4. O nome do Messias. “E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo” (Ap19.12). O nome misterioso de Cristo, provavelmente tem algo a ver com a sua soberania e autoridade suprema. Foram dados na terra muitos nomes e títulos para o Messias, porém quando Ele se manifestar em gloria para reinar, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, terá um nome que fala da sua vitória e da eminência do seu poder.
5. Jesus vem com a Igreja. O Senhor voltará montado em um cavalo branco e a Igreja também, o céu se encherá de Gloria, o mundo e as nações se lamentarão, ao ver o Senhor vindo com grande poder e grande Glória.
“E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro” (Ap 19.14). Veja o que diz Paulo em Cl 3.4: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”. Aqui está o cumprimento deste versículo.
Estes exércitos celestiais que voltam com Cristo incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato (Ap 19.8). Judas também descreve este momento sublime dizendo: “Eis que é vindo o Senhor com milhares se seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que os ímpios pecadores disseram contra Ele” (Jd v. 14-15).
Enoque profetizou também que o Cristo manifesto e glorioso punirá a todos os ímpios e blasfemos. Não escaparão, portanto, aqueles que se introduzem em nossas festas e confraternizações a si mesmo e mercadejar com a simplicidade dos santos. Os tais são inimigos declarados de Cristo, pois o insultam com “duras palavras”. O que isso significa? Eles pecam não por ignorância, mas sabendo perfeitamente a quem estão insultando.
O dia da vingança de Nosso Senhor não tardará. Assim como a geração de Noé foi surpreendida com o dilúvio, a nossa o será pelo dia do Senhor. Só há um meio de se escapar à ira do Cordeiro: humilhar-se diante dele, aceitando-o como Salvador e Senhor.
Sintetizando de forma maravilhosa a manifestação de Nosso Senhor juntamente com a Sua Igreja. Estes exércitos não são compostos de anjos, mas dos santos que constituem a “esposa do cordeiro” e dos amigos do esposo (Jo 3.29).
Uma das cousas que difere a vinda de Jesus em primeira e segunda fase é, que na primeira ele vem para livrar Seus santos (a Igreja) da ira vindoura (1ª Ts 1.10); na Sua vinda Ele virá para derramar à ira (Ap 19.15). A vinda de Jesus em glória com os santos (Cl 3.4; Zc 14.50; Jd 14; Ap 19.14; Mt 24.31 (reunidos nos céus). A primeira fase será no ar (1ª Ts 4.15-17); a segunda, Ele pisará na terra, no monte das oliveiras (Zc 14.4), no mesmo lugar onde subiu ao céu (At 1.9-11). Após a manifestação de Cristo em glória, acontecerá a grande Batalha do Armagedom (Ap 16.14-16); o julgamento das nações (Mt 25.31-46); a prisão de Satanás (Ap 20.1); e iniciará o milênio na terra (dispensação do reino – Ap 20.4-6). Ainda haverá outros acontecimentos, e só depois virá à eternidade na nova terra.
6. Jesus vem para destruir o Anticristo. Nesta fase o messias lutará sozinho por Israel, destruirá o Anticristo e os que se levantarem contra e perseguiram Israel. O Anticristo será morto no Vale de Josafá (Hc 3.13; 2ª Ts 2.8). Jesus combaterá e destruirá, pelo seu poder, as forças do Anticristo. (Jl 3.12-13; Zc 14.12-15; Ap 14.19-20) O Senhor os vencerá com o assopro de sua boca (2ª Ts 2.8; Is 11.4). O Anticristo e o falso profeta são presos (Ap 19.20). Satanás também será preso (Ap 20.1-3). O grande exército de todas as nações que lutaram com o Anticristo contra o Senhor Jesus, todos morrerão naquele dia, será a maior mortandade jamais conhecida na história (Ap 19.21; Jr 25-29-33). Os demônios que estiverem soltos também serão presos (Is 24.21-22). Israel se converterá logo em seguida (Rm 11.26; Ml 3.6; Ml 4.1-3).
“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso” (Ap 19.15).
A única arma existente neste exercito é a espada que saía da sua boca (Is 11.4). Não se refere, portanto a nenhuma arma carnal, mas a sua palavra viva e poderosa (Is 49.2; Hb. 4.12). A palavra que atuara nos seus inimigos é a mesma que atuou no Jardim do Getsêmane (Jo 18.5-6).
7. Um anjo chama as aves dos céus para um banquete. “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes” (Ap 19.17-18).
No versículo nove há uma proclamação aos bem-aventurados, “aqueles que são chamados à ceia das bodas do cordeiro. Mas aqui é um convite intensivo feito por um anjo as aves. “Vinde à ceia do grande Deus”. Não é uma celebração no céu, mas na terra. Consiste de carne dos muitos homens, de todas as categorias que caem sob o poderoso golpe do Rei dos reis.
Esse texto descreve os momentos subsequentes à volta de Cristo, quando o mesmo derrotará os exércitos do anticristo no Armagedom e revela a sorte que terão os corpos dos exércitos derrotados.
A juntamente com os dez reis sob o seu domínio, que congrega o maior exército jamais visto em todo mundo, após a convocação astuta e bem preparada por Satanás, pelo trabalho dos três espíritos imundos (16.13-14) encontram-se reunidos para enfrentar o Senhor, quando se manifestar em gloria.
É o final, a pedra cai (Dn 2.34-36) e de um só golpe põe fim ao domínio dos gentios (Lc 21.24).
IV. OBJETIVOS DA VOLTA TRIUNFAL DE CRISTO
1. Punir os ímpios. “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos os ímpios, por todas as duras palavras que disseram contra Ele” (Jd 14-15).
2. Socorrer Israel: O primeiro objetivo de Satanás é destruir Israel, para destruir todos os planos de Deus em referencia a terra, pois desses planos dependem todos os concertos divinos para o governo do mundo e para a redenção da humanidade. (Sl 83.4,13; Dn 2.35). Zacarias, antevendo a angústia de Israel durante a grande Tribulação, mostra de que forma o Senhor intervirá em favor de seu povo. “Eis que vem o Dia do Senhor, em que os teus despojos se partirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, as mulheres, forçadas; e a metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. E o Senhor sairá e pelejará contra as nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul” (Zc 14.1-4).
3. Levar Israel a Conversão Nacional: No exato momento em que o Senhor Jesus estiver intervindo em favor dos israelitas, estes de imediato, haverão de reconhecê-lo como o seu Messias. É o que profetizou Zacarias: “E o SENHOR primeiramente salvará as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não sejam exaltados acima de Judá. Naquele dia o Senhor amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles tropeçar, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. E acontecerá, naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por unigênito; e chorarão amargamente pelo primogênito” (Zc 12.7-10). Trata-se, como vemos aqui, de uma operação do Espírito Santo.
V. DERROTAR AS FORÇAS DO ANTICRISTO E IMPLANTAR O MILÊNIO:
O que estará acontecendo na terra na volta Triunfal de Cristo?
§ É a Sua revelação ou manifestação pessoal em glória, majestade e poder, ás nações da terra (Mt 24.29-31; Ap 1.7; Zc 14.3-12; At 1.11).
§ Será procedida de cataclismos e morticínios sobrenaturais (Zc 11.4-5; Ap 16. 17-21; Is 24.20).
§ Quando Cristo retornar com Sua Esposa, a Igreja, haverá um grande eclipse solar e estrelas que virão de fundo para que se mostre o SINAL DO FILHO DO HOMEM (Zc 14.6-7; Is 13.10).
§ A Natureza será abalada e os homens desmaiarão de terror (Lc 21.25-26). É chegada a hora do colapso das nações impenitentes, hoje atrevidas e arrogantes e irreverentes com relação a Deus.
§ Em meio à escuridão, aparecerá o Sinal de Cristo no céu, e irá se cumprir o que está escrito em Malaquias 4.2. Israel nessa hora irá invocar ao Senhor e será salvo (Jl 2.31-32).
§ Então virão o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória (Lc 21.27).
§ Jesus descerá visivelmente sobre o Monte das Oliveiras, ao oriente de Jerusalém (Zc 14.4; At 1.11).
§ Com a manifestação em glória de Cristo dar-se-á o livramento sobrenatural e instantâneo dos judeus, em escala nacional, aceitarão arrependidos o Jesus como Messias. O Senhor abrirá um caminho para Israel fugir ante ao ataque do Anticristo (Zc 14.4-9).Aqui se trata dos remanescentes que escapar da Grande Tribulação (Zc 12.10-14; 13.1, 8, 9; Mt 23.39; Mt 23.39; Is 4.3; 10.22; 59.20-21; Os 3.5; Rm 11.25-27; 9.27).
§ A população da terra estará dizimadas nessa ocasião, em conseqüência dos tremendos juízos divinos ocorridos, como está registrado em Apocalipse (Mt 24.22; Zc 14.4-5, 12, 15; 12.9; Is 66.16; Ap 6.8; 9.15, 18).
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