terça-feira, 25 de agosto de 2015

ESCATOLOGIA - Doutrina das últimas coisas.

ESCATOLOGIA - Doutrina das últimas coisas.
Em relação à volta do Senhor Jesus, a única unanimidade que há entre os teólogos é que ela acontecerá. Nos demais aspectos, são várias correntes defendidas. Cada um com sua teoria e opinião.
É praticamente impossível definir como será a volta do Senhor e os demais acontecimentos dos últimos dias. São os mistérios do Senhor!
A seguir, transcrevo as principais correntes defendidas pelos teólogos.
Os assuntos são:

I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
II- O ARREBATAMENTO DA IGREJA
III- A TRIBULAÇÃO
IV- O MILÊNIO
V- OS JUÍZOS FUTUROS
VI- AS RESSURREIÇÕES
I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTOA. Posição Pós-milenista.
 

1- Significado:
A segunda vinda de Cristo se dará depois do milênio.
2- Ordem dos acontecimentos: A parte final da Era da Igreja (i.e.. Os seus últimos mil anos) é o Milênio, que será uma época de paz e abundância promovida pelos esforços da igreja. Depois disso, Cristo virá. Seguir-se-á então uma ressurreição generalizada, e depois desta um juízo geral e a eternidade.
3- Método de interpretação: A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada no que tange a profecia. Apocalipse 20, todavia, será cumprido num reino terreno, estabelecido pelos esforços da igreja.
 
B. Posição Amilenista

1- Significado: A Segunda vinda de Cristo se dará no fim da época da igreja e não existe um Milênio na Terra. Estritamente falando, os amilenistas crêem que a presente condição dos justos no céu é o Milênio, e que não há ou haverá um Milênio terrestre. Alguns amilenistas tratam a soberania de Cristo sobre os corações dos crentes como se fosse o Milênio.
2- Ordem dos acontecimentos: A Era da Igreja terminará num tempo de convulsão, Cristo voltará, haverá ressurreição e juízo gerais e, depois, a eternidade.
3- Método de interpretação: A interpretação amilenista espiritualiza as promessas feitas a Israel como nação, dizendo que são cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse 20 descreve a cena das almas nos céus durante o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.
C. Posição Pré-milenista.
 

1- Significado: A segunda vinda de Cristo acontecerá antes do Milênio.
2- Ordem dos acontecimentos: A Era da Igreja termina no tempo da Tribulação, Cristo volta à Terra, estabelece e dirige seu reino por 1.000 anos, ocorrem a ressurreição e o juízo dos não-salvos, e depois vem a eternidade.
3- Método de interpretação: O pré-milenismo segue o método de interpretação normal, literal, histórico-gramatical. Apocalipse 20 é entendido literalmente.
4- A questão do arrebatamento: Entre os pré-milenistas não há unanimidade quanto ao tempo em que vai ocorrer o arrebatamento.
 

II. O ARREBATAMENTOA- A Ocasião do Arrebatamento:Pós-milenistas e amilenistas vêem o arrebatamento da igreja no final desta era e simultâneo com a segunda vinda de Cristo. Entre os pré-milenistas, há vários pontos de vista.

1. Arrebatamento pré-tribulacional:

A- Significado
:

O arrebatamento da Igreja (i.e., a vinda do Senhor nos ares para os Seus santos) ocorrerá antes que comece o período de sete anos da tribulação. Por isso, a Igreja não passará pela Tribulação, segundo este ponto de vista.

B- Provas citadas:
-A promessa de ser guardada (fora) da hora da provação. (Ap 3.10)
-A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a remoção dos crentes. (2Ts 2)
-A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja já está isenta. (Ap 6.17, cf. 1Ts 1.10; 5.9)
-O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional.    (1Ts 5.6)
2. Arrebatamento mesotribulacional:

A- Significado:
 
O arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da tribulação.

B- Provas citadas:
-A última trombeta de 1Co 15.52 é a sétima trombeta de Apocalipse 11.15, que soa na metade da tribulação.
-A Grande Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e meio da septuagésima semana da profecia de Daniel 9.24-27, e a promessa de libertação da Igreja só se aplica a esse período. (Ap 11.2; 12.6)
-A ressurreição das duas testemunhas retrata o arrebatamento da Igreja, e sua ressurreição ocorre na metade da tribulação. (Ap 11.3,11)
3. Arrebatamento pós-tribulacional:

A- Significado:
 
O arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. O arrebatamento é distinto da segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A igreja permanecerá na terra durante todo o período da tribulação.

B- Provas citadas:
-O arrebatamento e a segunda vinda são descritos pelas mesmas palavras.
-Preservação da ira significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação, não libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas, mas protegido de seus efeitos).
-Há santos na terra durante a tribulação. (Mt 24.22)
4. Arrebatamento parcial:

A- Significado:
 Somente os crentes considerados dignos serão arrebatados antes de a ira de Deus ser derramada sobre a terra; os que não tiverem sido fiéis permanecerão na terra durante a tribulação.

B- Provas citadas:
-Versículos como Hebreus 9.28, que exigem vigilância e preparo.
B- A Descrição do Arrebatamento:
 
1- Os textos:
1Ts 4.13-18; 1Co 15.51-57; Jo 14.1-3

2- Os acontecimentos:

-Descida de Cristo.-A Ressurreição dos mortos em Cristo.-A Transformação de corpos mortais para imortais dos crentes vivos na ocasião.
-O encontro com Cristo nos ares para a subida ao céu.III. A TRIBULAÇÃO
 

A- Sua Duração: 
É a 70ª semana de Daniel e, portanto, durará sete anos (Dn 9.27). A metade desse período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap 11.2,3)
B- Sua Distinção:
 
(Mt 24.21; Ap 6.15-17)
C- Sua Descrição:

-Julgamento sobre o mundo. As três séries de juízos descrevem esse julgamento (selos, Ap 6; trombeta, Ap 8-9; taças, Ap 16)-Perseguição contra Israel. (Mt 24.9,22; Ap 12.17)-Salvação de multidões (ap 7).-Ascensão e domínio do anticristo (2Ts 2; Ap 13).
D- Seu Desfecho: 
A tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom e com o retorno de Cristo à terra (Ap 19).
IV. O MILÊNIO:
 

A- Definição: 
O Milênio é o período de 1000 anos em que Cristo reinará sobre a terra, dando cumprimento às alianças abraâmica e davídica, bem como à nova aliança.
B- Suas Designações:
 
O Milênio é chamado de “reino dos céus” (Mt 6.10), “reino de Deus”      (Lc 19.11), “reino de Cristo” (Ap 11.15), a “regeneração” (Mt 19.28), “tempos de refrigério”        (At 3.19) e o “mundo por vir” (Hb 2.5).
C- Seu Governo:
-Seu cabeça será Cristo (Ap 19.16)
-Seu caráter. Um reino espiritual que produzirá paz, equidade, justiça, prosperidade e glória (Is 11.2-5).
-Sua capital será Jerusalém (2.3).
D- Sua Relação com satanás: Durante este período satanás estará acorrentado, sendo liberto ao seu final, para liderar uma revolta final contra Cristo (Ap 20). Satanás será derrotado e lançado definitivamente no lago de fogo.

V. OS JUÍZOS FUTUROS
 
A- O Julgamento das Obras dos Crentes:
Tempo: Depois do arrebatamento da Igreja.
Lugar: No céu.
Juiz: Cristo.
Participantes: Todos os membros do Corpo de Cristo.
Base: Obras posteriores à salvação.
Resultado: Galardões ou perda de galardões.
Textos: 1Co 3.11-15; 2Co 15.10
B- O Julgamento das Nações (ou gentios):
Tempo: Na segunda vinda de Cristo.
Lugar: Vale de Josafá.
Juiz: Cristo.
Participantes: Os gentios vivos na época da volta de Cristo.
Base: Tratamento dos “irmãos” de Cristo, i.e., Israel.
Resultado: Os salvos entram no reino; os perdidos são lançados no lago de fogo.
Textos: Mt 25.31-46; Jl 3.2
C- O Julgamento de Israel:
Tempo: Na segunda vinda de Cristo.
Lugar: Na terra, no “deserto dos povos” (Ez 20.35).
Juiz: Cristo.
Participantes: Judeus vivos ao tempo da segunda vinda de Cristo.
Base: Aceitação do Messias.
Resultado: Os salvos entrarão no reino; os perdidos serão lançados no lago de fogo.
Textos: Ez 20.33-38
D- O Julgamento dos Anjos Caídos:
Tempo: Provavelmente depois do milênio.
Lugar: Não especificado.
Juiz: Cristo e os crentes.
Participantes: Anjos caídos.
Base: Desobediência a Deus ao seguirem a satanás em sua revolta.
Resultado: Lançados no lago de fogo.
Textos: Jd 6; 1Co 6.3
E- O Julgamento dos Mortos Não-Redimidos:
Tempo: Depois do Milênio.
Lugar: Perante o Grande Trono Branco.
Juiz: Cristo.
Participantes: Todos os não-salvos desde o principio da humanidade.
Base: O que faz serem julgados é a rejeição da salvação em Cristo, mas o fogo do juízo é a demonstração de que pelas próprias más obras merecem a punição eterna.
Resultados: O lago de fogo.
Textos: Ap 20.11-15
VI. AS RESSURREIÇÕES
A- A Ressurreição dos Justos: (Lc 14.14; Jo 5.28,29)
-Inclui os mortos em Cristo, que são ressuscitados no arrebatamento da igreja (1Ts 4.16).
-Inclui os salvos durante os período da tribulação (Ap 20.4).
-Inclui os santos do A. T. (Dn 12.2 - Alguns crêem que serão ressuscitados no arrebatamento; outros pensam que isso se dará na segunda vinda). Todos estes são incluídos na primeira ressurreição.


B- A Ressurreição dos Ímpios: 
Todos os não-salvos serão ressuscitados depois do milênio para comparecerem perante o Grande Trono Branco e serem julgados (Ap 20.11-15). Esta segunda ressurreição resulta na segunda morte para todos os envolvidos.

Extraído de “A Bíblia Anotada” Pg 1642-1644
 

domingo, 23 de agosto de 2015

A VOLTA TRIUNFAL DE JESUS CRISTO!

  I.             O QUE É A VOLTA DE CRISTO EM GLÓRIA

À volta de Jesus se dará em duas fases conforme já vimos. Na primeira, Ele vira para arrebatar a Sua noiva (Igreja), e na segunda, com a Sua Igreja em glória, manifestando-se visivelmente aos olhos do mundo (Ap 1.7). È o glorioso retorno de Cristo que, juntamente com Sua Igreja, virá instaurar, neste mundo, o Reino de Deus, de conformidade com as predições proféticas, os apóstolos e o próprio Cristo (Is 9.6; Dn 7.13; Mt 6.10).

                 II.             QUANDO SE DARÁ À VOLTA DE CRISTO EM GLÓRIA

Depois da Grande Tribulação, haverá o juízo divino sobre os ímpios. Caso essas nações não se arrependam enquanto é tempo, em breve defrontar-se-ão com um Guerreiro mais forte que elas – O Senhor Jesus! Enquanto estivermos nos céus, participando das bodas do Cordeiro e, de Suas mãos, recebendo os galardões a quem farão jus os trabalhados que realizamos em prol do Reino de Deus, estará a terra vivendo a septuagésima Semana de Daniel que, profeticamente, terá a duração de sete anos, e após os sete anos, Cristo virá com Sua Igreja em Glória para estabelecer um Reino Eterno.

              III.             COMO SE DARÁ O RETORNO TRIUNFAL DE CRISTO

Conforme já vimos o Senhor voltará com Sua Igreja. O segundo advento de Cristo não será o tranqüilo cenário da manjedoura. Será, sim, o acontecimento mais dramático e estarrecedor de toda a história do Universo. Sua Vinda em Poder e Glória captará a atenção do mundo inteiro. Milhões de pessoas já terão morrido em combates e calamidades anteriores. A descrição mais detalhada deste momento glorioso está vividamente registrada em Ap 19.11-21. Conforme se revelou em algumas passagens das Escrituras, os céus hão de estar escuros pelos juízos de Deus, mas naquele momento uma luz brilhante e sobrenatural se propagará pelos céus, assombrando a terra inteira. Esse espetáculo, sem dúvida, será aterrador, milhões de homens e anjos refletindo a glória de Deus e sendo liderados por Cristo montado num cavalo branco, símbolo de um conquistador. No início, o mundo se encolherá de pavor ante esse espetáculo e os exércitos em conflito no Amargedom, logo esquecerão suas divergências; procurarão unir-se e lutar contra os exércitos dos céus. Essa rebelião, inspirada e organizada por Satanás, será um esforço inútil e suicida de tentar resistir a Deus. Esta batalha que parecia um confronto de proporções meramente humanas, assume feições duma guerra entre Cristo e Satanás. Jesus virá em Glória para revelar-se com os seus santos. A revelação será pública (Ap 1.7). Cristo virá em poder e glória para julgar os seus inimigos. A besta, o falso profeta e os exércitos que deram apoio aos adversários de Deus sofrerão o justo castigo do Juiz. Jesus, o Rei dos reis, triunfará maravilhosamente nesse momento crítico da história da humanidade; e os líderes das hostes ímpias serão lançados no lago de fogo (Ap 19.19-21). Sendo vencedor, o Senhor Jesus estabelece o julgamento das nações (Mt 25.31-46) e estabelecerá o milênio neste mundo. Durante o milênio, Satanás estará amarrado e inativo, antes de sua eventual libertação e o seu encarceramento eterno no lago de fogo (Ap 20.1-3).

1. João vê O Grande Cavaleiro. “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Ap 19.11).


Aqui João vê o céu aberto. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo a terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Ele vem do céu como Messias- Vencedor (2ª Ts 1.7-8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgara as nações e aniquilara mal (Jo 5.30). É chegado o momento que todo universo aguarda (Mt 24.30-31). Antes de Ele aparecer, todo globo verá o sinal da sua vinda. O cavaleiro deste cavalo branco não deve ser confundido com o mesmo de Ap 6.2, o cavaleiro do primeiro selo. A volta de Cristo nesta secção, vencendo os inimigos, não será um ato de vingança própria ou de manifestação arbitrária. Será sim um ato de justiça, refletindo a fidelidade de Deus. O cavalo branco é a expressão de honra real, de juízo sobre os seguidores da besta.

2. O seu cavaleiro é “Fiel e Verdadeiro”. Ninguém na terra tem alcançado este nome, porque em todos os homens habita a fraqueza e o engano (Rm 3.4). Como fiel, ou seja, plenamente confiável, como aquele que não decepciona aos que confiam nele,.e que cumpre Suas promessas com a máxima exatidão. Como verdadeiro, pois Ele é a verdade (Jo 8.32; Jo 14.6).

3. As Suas Vestes salpicadas de sangue. 

“E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Ap 20.13). Não significa aqui o sangue vertido na cruz. É o sangue dos inimigos no dia da vingança do nosso Deus (Is 34.8; Is 63.1-6). O que é visto também nos versículos 17-21. Somente o apostolo João é que aplica este titulo a Cristo, o verbo, a palavra (Jo 1.1; 1ª Jo 1.1; 5.7).

4. O nome do Messias. “E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo” (Ap19.12). O nome misterioso de Cristo, provavelmente tem algo a ver com a sua soberania e autoridade suprema. Foram dados na terra muitos nomes e títulos para o Messias, porém quando Ele se manifestar em gloria para reinar, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, terá um nome que fala da sua vitória e da eminência do seu poder.

5. Jesus vem com a Igreja. O Senhor voltará montado em um cavalo branco e a Igreja também, o céu se encherá de Gloria, o mundo e as nações se lamentarão, ao ver o Senhor vindo com grande poder e grande Glória.

“E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro” (Ap 19.14). Veja o que diz Paulo em Cl 3.4: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”. Aqui está o cumprimento deste versículo.

Estes exércitos celestiais que voltam com Cristo incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato (Ap 19.8). Judas também descreve este momento sublime dizendo: “Eis que é vindo o Senhor com milhares se seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram e por todas as duras palavras que os ímpios pecadores disseram contra Ele” (Jd v. 14-15).
Enoque profetizou também que o Cristo manifesto e glorioso punirá a todos os ímpios e blasfemos. Não escaparão, portanto, aqueles que se introduzem em nossas festas e confraternizações a si mesmo e mercadejar com a simplicidade dos santos. Os tais são inimigos declarados de Cristo, pois o insultam com “duras palavras”. O que isso significa? Eles pecam não por ignorância, mas sabendo perfeitamente a quem estão insultando.

O dia da vingança de Nosso Senhor não tardará. Assim como a geração de Noé foi surpreendida com o dilúvio, a nossa o será pelo dia do Senhor. Só há um meio de se escapar à ira do Cordeiro: humilhar-se diante dele, aceitando-o como Salvador e Senhor.

Sintetizando de forma maravilhosa a manifestação de Nosso Senhor juntamente com a Sua Igreja. Estes exércitos não são compostos de anjos, mas dos santos que constituem a “esposa do cordeiro” e dos amigos do esposo (Jo 3.29).

Uma das cousas que difere a vinda de Jesus em primeira e segunda fase é, que na primeira ele vem para livrar Seus santos (a Igreja) da ira vindoura (1ª Ts 1.10); na Sua vinda Ele virá para derramar à ira (Ap 19.15). A vinda de Jesus em glória com os santos (Cl 3.4; Zc 14.50; Jd 14; Ap 19.14; Mt 24.31 (reunidos nos céus). A primeira fase será no ar (1ª Ts 4.15-17); a segunda, Ele pisará na terra, no monte das oliveiras (Zc 14.4), no mesmo lugar onde subiu ao céu (At 1.9-11). Após a manifestação de Cristo em glória, acontecerá a grande Batalha do Armagedom (Ap 16.14-16); o julgamento das nações (Mt 25.31-46); a prisão de Satanás (Ap 20.1); e iniciará o milênio na terra (dispensação do reino – Ap 20.4-6). Ainda haverá outros acontecimentos, e só depois virá à eternidade na nova terra.

6. Jesus vem para destruir o Anticristo. Nesta fase o messias lutará sozinho por Israel, destruirá o Anticristo e os que se levantarem contra e perseguiram Israel. O Anticristo será morto no Vale de Josafá (Hc 3.13; 2ª Ts 2.8). Jesus combaterá e destruirá, pelo seu poder, as forças do Anticristo. (Jl 3.12-13; Zc 14.12-15; Ap 14.19-20) O Senhor os vencerá com o assopro de sua boca (2ª Ts 2.8; Is 11.4). O Anticristo e o falso profeta são presos (Ap 19.20). Satanás também será preso (Ap 20.1-3). O grande exército de todas as nações que lutaram com o Anticristo contra o Senhor Jesus, todos morrerão naquele dia, será a maior mortandade jamais conhecida na história (Ap 19.21; Jr 25-29-33). Os demônios que estiverem soltos também serão presos (Is 24.21-22). Israel se converterá logo em seguida (Rm 11.26; Ml 3.6; Ml 4.1-3).


“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso” (Ap 19.15).
A única arma existente neste exercito é a espada que saía da sua boca (Is 11.4). Não se refere, portanto a nenhuma arma carnal, mas a sua palavra viva e poderosa (Is 49.2; Hb. 4.12). A palavra que atuara nos seus inimigos é a mesma que atuou no Jardim do Getsêmane (Jo 18.5-6).

7. Um anjo chama as aves dos céus para um banquete. “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes” (Ap 19.17-18).

No versículo nove há uma proclamação aos bem-aventurados, “aqueles que são chamados à ceia das bodas do cordeiro. Mas aqui é um convite intensivo feito por um anjo as aves. “Vinde à ceia do grande Deus”. Não é uma celebração no céu, mas na terra. Consiste de carne dos muitos homens, de todas as categorias que caem sob o poderoso golpe do Rei dos reis.

Esse texto descreve os momentos subsequentes à volta de Cristo, quando o mesmo derrotará os exércitos do anticristo no Armagedom e revela a sorte que terão os corpos dos exércitos derrotados.

8. A derrota final da besta. “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentados sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes (Ap 19.19-21).

A juntamente com os dez reis sob o seu domínio, que congrega o maior exército jamais visto em todo mundo, após a convocação astuta e bem preparada por Satanás, pelo trabalho dos três espíritos imundos (16.13-14) encontram-se reunidos para enfrentar o Senhor, quando se manifestar em gloria.
É o final, a pedra cai (Dn 2.34-36) e de um só golpe põe fim ao domínio dos gentios (Lc 21.24).

                               IV.      OBJETIVOS DA VOLTA TRIUNFAL DE CRISTO

1.      Punir os ímpios. “Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos os ímpios, por todas as duras palavras que disseram contra Ele” (Jd 14-15).

2.      Socorrer Israel: O primeiro objetivo de Satanás é destruir Israel, para destruir todos os planos de Deus em referencia a terra, pois desses planos dependem todos os concertos divinos para o governo do mundo e para a redenção da humanidade. (Sl 83.4,13; Dn 2.35). Zacarias, antevendo a angústia de Israel durante a grande Tribulação, mostra de que forma o Senhor intervirá em favor de seu povo. “Eis que vem o Dia do Senhor, em que os teus despojos se partirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, as mulheres, forçadas; e a metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. E o Senhor sairá e pelejará contra as nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul” (Zc 14.1-4).

3.      Levar Israel a Conversão Nacional: No exato momento em que o Senhor Jesus estiver intervindo em favor dos israelitas, estes de imediato, haverão de reconhecê-lo como o seu Messias. É o que profetizou Zacarias: “E o SENHOR primeiramente salvará as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não sejam exaltados acima de Judá. Naquele dia o Senhor amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles tropeçar, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. E acontecerá, naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por unigênito; e chorarão amargamente pelo primogênito” (Zc 12.7-10). Trata-se, como vemos aqui, de uma operação do Espírito Santo.

                                  V.      DERROTAR AS FORÇAS DO ANTICRISTO E IMPLANTAR O MILÊNIO:

O que estará acontecendo na terra na volta Triunfal de Cristo?
§  É a Sua revelação ou manifestação pessoal em glória, majestade e poder, ás nações da terra (Mt 24.29-31; Ap 1.7; Zc 14.3-12; At 1.11).
§   Será procedida de cataclismos e morticínios sobrenaturais (Zc 11.4-5; Ap 16. 17-21; Is 24.20).
§  Quando Cristo retornar com Sua Esposa, a Igreja, haverá um grande eclipse solar e estrelas que virão de fundo para que se mostre o SINAL DO FILHO DO HOMEM (Zc 14.6-7; Is 13.10).
§  A Natureza será abalada e os homens desmaiarão de terror (Lc 21.25-26). É chegada a hora do colapso das nações impenitentes, hoje atrevidas e arrogantes e irreverentes com relação a Deus.
§  Em meio à escuridão, aparecerá o Sinal de Cristo no céu, e irá se cumprir o que está escrito em Malaquias 4.2. Israel nessa hora irá invocar ao Senhor e será salvo (Jl 2.31-32).
§  Então virão o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória (Lc 21.27).
§  Jesus descerá visivelmente sobre o Monte das Oliveiras, ao oriente de Jerusalém (Zc 14.4; At 1.11).
§  Com a manifestação em glória de Cristo dar-se-á o livramento sobrenatural e instantâneo dos judeus, em escala nacional, aceitarão arrependidos o Jesus como Messias. O Senhor abrirá um caminho para Israel fugir ante ao ataque do Anticristo (Zc 14.4-9).Aqui se trata dos remanescentes que escapar da Grande Tribulação (Zc 12.10-14; 13.1, 8, 9; Mt 23.39; Mt 23.39; Is 4.3; 10.22; 59.20-21; Os 3.5; Rm 11.25-27; 9.27).
§  A população da terra estará dizimadas nessa ocasião, em conseqüência dos tremendos juízos divinos ocorridos, como está registrado em Apocalipse (Mt 24.22; Zc 14.4-5, 12, 15; 12.9; Is 66.16; Ap 6.8; 9.15, 18).