"Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe. Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus, e disse: Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz. Pois me lançaste no profundo do coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim. Então, eu disse: lançado estou de diante dos teus olhos; tornarei, porventura, a ver o teu santo templo? As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou; e as algas se enrolaram na minha cabeça. Desci até os fundamentos dos montes, desci até a terra, cujos ferrolhos se correram sobre mim, para sempre; contudo, fizeste subir da sepultura a minha vida, ó SENHOR, meu Deus! Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo. Os que se entregam à idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso. Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação! Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra" (Jn 1.17-2.10).
Quando os fariseus e escribas pediram um sinal especial ao Senhor Jesus, que O identificasse como Messias, Ele respondeu: "Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra" (Mt 12.39-40).
Em todos os tempos os indivíduos, a ciência e a medicina fizeram a pergunta: "Como devemos lidar com a morte?" Alguém conseguiu resolver o problema da morte: Jesus Cristo. Ele, que é a própria vida, venceu a morte. Ele diz a toda pessoa: "...porque eu vivo, vós também vivereis" (Jo 14.19).
Uma vista geral da história judaica
Lemos em Jonas 1.17: "Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe." Deus tem a história de Israel em Suas mãos, como outrora cuidou de Jonas. Esse Seu povo da Antiga Aliança não está entregue ao arbítrio do mar das nações e nem está exposto à morte – embora no passado tenham morrido muitos judeus –, pois o Senhor dirige tudo da maneira como havia determinado de antemão em Sua determinação salvadora. Ernst Schrupp escreve a respeito:
A palavra profética conduz a história para o seu termo. Freqüentemente Israel torna-se culpado diante do seu Deus e é julgado por Ele devido a isso, mas continua sendo Seu povo, com o qual Deus continua fazendo história. E assim também é com a Igreja procedente dentre os judeus (Jo 4.22). Aqueles, no entanto, que lutam contra o povo de Deus, em última análise o fazem contra o Deus dele e Seu Ungido, o Messias Jesus Cristo. E eles ficam sob o domínio do adversário de Deus, sucumbem ao engano por meio do falso profeta, seguindo o anti-Messias.
As alianças de Deus com Israel (exceto a aliança do Sinai) são indissolúveis e não dependem de condições especiais:
• A Aliança Abrâmica (Gn 12;13;15;17) é indissolúvel.
• A chamada Aliança Palestina (Dt 30 1-10), as promessas de terra válidas para sempre, são indissolúveis.
• A Aliança Davídica (2 Sm 7; 1 Cr 17): Deus promete a Davi uma geração real que não terá fim, até o grande Rei Jesus Cristo. Esta aliança é indissolúvel.
• Também a "nova aliança" para o Milênio ("Na mente deles imprimirei as minhas leis...", veja Jr 31.31-33), é indissolúvel.
Não se pode exterminar esse povo. A história de Deus com os judeus continua. É o que também vemos no caso do profeta judeu Jonas: apesar de todos os empecilhos, Deus o levou ao ponto onde o queria desde o começo.
Jonas esteve "três dias e três noites no ventre do peixe." Também o povo judeu afundou no mar das nações. Os judeus mal eram percebidos. Por assim dizer, eles afundaram até ao nível da morte. Lembremo-nos apenas da terrível Inquisição, dos inumeráveis "pogroms" e da "solução final da questão judaica" no Holocausto. O povo judeu esteve praticamente morto na sepultura das nações. Apesar de tudo isso, eles foram protegidos de maneira maravilhosa por Deus. Justamente a chamada cristandade sempre lançou Israel ao mar e lhe roubou todas as promessas. Mas a situação tornar-se-á ainda pior!
Quando Jonas esteve no ventre do grande peixe, está escrito: "Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus, e disse: Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz. Pois me lançaste no profundo do coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim. Então, eu disse: lançado estou de diante dos teus olhos; tornarei, porventura, a ver o teu santo templo? As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou; e as algas se enrolaram na minha cabeça. Desci até os fundamentos dos montes, desci até a terra, cujos ferrolhos se correram sobre mim, para sempre" (Jn 2.1-6a). Nessa oração de Jonas já foi descrita a oração de sempre dos judeus na Diáspora (Dispersão), mas que atingirá seu ponto culminante somente "no fim dos dias". Pois, segundo meu entendimento, esses versículos descrevem – além da Diáspora e depois dela – o tempo ainda muito pior que está por vir para o povo judeu, ou seja, a Grande Tribulação ou angústia. O Senhor Jesus profetizou a respeito: "porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados" (Mt 24.21-22). Nessa tribulação o remanescente de Israel orará exatamente da mesma maneira como Jonas outrora: "Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz." Na Grande Tribulação ou angústia eles invocarão o Senhor como Redentor e serão salvos: "Por isso, está longe de nós o juízo, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que há só trevas, pelo resplendor, mas andamos na escuridão. Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos... Porque as nossas transgressões se multiplicam perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniqüidades... Temerão, pois, o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do SENHOR. Virá o Redentor a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o SENHOR" (Is 59.9-10;12;19-20). Depois de ter orado, Jonas experimentou salvação maravilhosa: "fizeste subir da sepultura a minha vida, ó SENHOR, meu Deus!" (Jn 2.6b). Segundo o meu entendimento, aqui é descrito o começo do restabelecimento de Israel, como já o encontramos em nossos dias: o nascimento de uma nova geração em sua própria terra, que Deus o Senhor tirou da sepultura das nações. E isso conduzirá mais tarde também para o restabelecimento espiritual de Israel, para o qual aponta o versículo 10: "Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra." Saindo do ventre da morte, Jonas encontra a nova vida, para servir ao mundo das nações, como já deveria ter feito antes.
Examinemos a seguir as duas fases da renovação do Estado judeu:
1. O restabelecimento nacional de Israel
Em Ezequiel 37.12-13 lemos a respeito: "Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei para a terra de Israel. Sabereis que eu sou o SENHOR quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu."Diante da súplica dos judeus, dos quais foram mortos seis milhões no Holocausto, o Senhor intervirá a Seu tempo de maneira maravilhosa. Isso já nos é mostrado antecipadamente na vida de Jonas:"Quando, dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do SENHOR; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo" (Jn 2.7). Esse atendimento a partir do "santo templo" simboliza a volta de Jesus para a salvação do Seu povo. E Jonas representa essa esperança como figura do remanescente de Israel (v. 4).
Malaquias profetiza: "...de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais. o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos" (Ml 3.1). Jesus sairá do templo celestial de Deus, voltará para o Seu povo e então se assentará no templo em Jerusalém. Em Apocalipse 11.19 está escrito: "Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada." Jesus voltará a fim de concluir a aliança com o Seu povo.
O profeta diz em Jonas 2.8: "Os que se entregam à idolatria vã, abandonam aquele que lhes é misericordioso." Por que Jonas teve que intercalar essas palavras na sua oração? Porque ele era uma figura profética e assim apontou para o antigo povo da aliança de Deus. No tempo da Grande Tribulação os judeus, ou seja, os israelitas reconhecerão o que negligenciaram e por que tiveram que passar por essa angústia. Eles abandonaram a misericórdia, porque colocaram os seus mandamentos humanos e acréscimos (Talmude) acima de Jesus, a quem rejeitaram. Assim eles continuaram presos à lei e perderam a graça. A aliança sinaítica não os pode conduzir à salvação. Samuel teve de dizer ao desobediente rei Saul: "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto aos ídolos do lar" (1 Sm 15.23).
Lemos em Romanos 11.7: "Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos." Isso significa: o remanescente do povo judeu alcançará o que muitos dentre eles perderam ou abandonaram por desobediência ou incredulidade. Nas palavras: "...a eleição o alcançou", é descrita a volta do remanescente. "...e os mais foram endurecidos", refere-se àqueles que buscaram sua ajuda com as nações, em vez de procurá-la com o Deus vivo. Esses líderes judeus estenderão os seus braços para o falso cristo e farão aliança com ele (Is 28.14-16; Dn 9.27). Provavelmente ainda será construído um templo ou algo semelhante, no qual será colocado o "abominável da desolação" [um ídolo] (Dn 9.27; Mt 24.15).
No meu entender essa intercalação (Jn 2.8) está ali para mostrar como na Grande Tribulação muitos de Israel voltarão para o Senhor, mas outros dentre esse povo se afastarão de Deus nessa época (veja Dn 12.1,4,10; Mt 24.9-11). Em relação a esse tempo do fim a Bíblia sempre nos apresenta os dois aspectos. Por um lado, ela diz: "Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira" (Ap 22.15). Por outro lado, ela fala da volta dos pecadores e filhos de Deus desobedientes. Isso transparece profeticamente em Jonas 2.9-10: "Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação! Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra." Assim como Jonas, pelo arrependimento, encontrou o caminho de volta para cumprir a missão que Deus lhe dera, um grande remanescente de Israel encontrará o caminho de volta para o sacrifício verdadeiro, o sacrifício na cruz do Calvário, ao Homem que morreu nela. Eles encontrarão sua salvação no Senhor e O louvarão por isso. Eles encontrarão o caminho de volta à fé dos seus pais e renascerão espiritualmente. Assim eles voltarão para a vocação inicial, de se tornarem uma bênção para as nações.
No segundo capítulo de Jonas a Bíblia nos dá uma visão profética antecipada sobre os dois restabelecimentos de Israel. Aqui vemos o milagre da profecia e dos atos de salvação de Deus. Pois primeiro, quando ainda estava no ventre do peixe, Jonas disse: "...contudo, fizeste subir da sepultura a minha vida. ó Senhor, meu Deus" (Jn 2.6)., o que tornou-se realidade visível somente mais tarde:"Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação! Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra" (vv. 9-10). No versículo 6 é descrito de maneira profética o começo do restabelecimento de Israel (restabelecimento nacional), que presenciamos hoje em dia, e os versículos 9-10 falam do restabelecimento espiritual definitivo de Israel, que veremos a seguir.
2. O restabelecimento espiritual de Israel
Sobre o restabelecimento espiritual que seguirá ao restabelecimento nacional, está escrito: "Sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR" (Ez 37.13-14). Para este restabelecimento final todos os judeus de todas as nações serão trazidos de volta: "...e os tornarei a ajuntar para voltarem à sua terra, e que lá não deixarei a nenhum deles" (Ez 39.28). Somente então, quando o Senhor Jesus tiver voltado em grande poder e glória, cumprir-se-á a palavra de Mateus 24.31: "E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (veja Is 11.11-12; Jr 23.3-8; Ez 39.25-29).
Jonas esteve três dias no ventre do peixe até ser definitivamente restabelecido. É muito interessante que – antes de chegar a louvar a Deus (Jn 2.9-10) – ele já confessou: "...contudo, fizeste subir da sepultura a minha vida, ó SENHOR, meu Deus" (Jn 2.6). Constatamos que o versículo 6 representa a atual situação de Israel, o ser retirado da sepultura das nações, a fim de tornar-se novamente uma nação própria e viva: o restabelecimento nacional; e depois, nos versículos 9-10, o restabelecimento espiritual.
O restabelecimento de Israel ocorreu no fim de "dois dias". Será que o restabelecimento espiritual acontecerá no terceiro dia? De qualquer forma, a palavra profética diz: "Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele. Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra" (Os 6.2-3). Depois de dois dias, Deus o Senhor levou os judeus ao restabelecimento nacional. E no terceiro dia eles viverão diante da Sua face, assim como Jonas saiu das trevas do peixe e voltou novamente à luz diante da face do Senhor.
Aqui devemos deixar bem claro, e na verdade não se pode salientar o suficiente: a volta dos israelitas para a Terra Prometida, que presenciamos em nossos dias, é da maior importância! Por quê? Porque por meio dela se cumpre a primeira fase das promessas de Deus a Israel, e assim é preparado o terreno para a última fase do tempo do fim.
Jesus na história de Jonas
A base ou a condição para a futura salvação de Israel consiste na morte e na ressurreição de Jesus. Cristo é o consumador de tudo para o qual Jonas foi apenas uma fraca imagem.
O próprio Jesus é o "sinal de Jonas", do qual Ele falou: "...mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra" (Mt 12.39-40). O Senhor relacionou Sua morte e Sua ressurreição à história de Jonas. Portanto, não existe nenhuma dúvida de que Jonas 2 fala com profundeza profética sobre Jesus, o Filho de Deus sem pecado. Além disso, a Bíblia Anotada por Scofield diz sobre essa passagem:
O fato de que, nesta passagem-chave em que nosso Senhor usa a experiência de Jonas para predizer o Seu sepultamento, as quatro outras referências – isto é, aos homens de Nínive, à rainha de Sabá, a Salomão e ao próprio Cristo ("maior do que Salomão") – são claramente históricas, confirma a historicidade de Jonas. Pois é altamente improvável que o Senhor incluísse uma figura mitológica, como alguns chamam Jonas, no mesmo contexto com estas quatro referências históricas.
Assim como a primeira vinda de Jesus há 2000 anos e sua morte na cruz dividem a história de Israel – 2000 anos a.C. e 2000 anos d.C. –, Jonas 2 divide a história desse profeta em duas partes. Em Jonas 2.2-6a vemos profeticamente a profunda dor da alma de Jesus na Sua separação do Pai. Ele, o Imortal, entregou-se à morte, foi derramado na garganta da morte por nós. Ele, o Criador, foi devorado pela criatura. Assim também as palavras de Jonas estão cheias de declarações dos Salmos que se referem ao Messias:
• "Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz" (Jn 2.2).
De Jesus está escrito profeticamente no Salmo 22: "Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego. Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. Tu, porém, SENHOR, não te afastes de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me. Salva-me das fauces do leão e dos chifres dos búfalos; sim, tu me respondes. Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro" (vv. 2,11,19,21,24).
• Jonas disse: "Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim" (Jn 2.3).
O Salmo 22.14 diz sobre o Filho de Deus: "Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim." O juízo de Deus que era destinado para nós, derramou-se sobre Jesus; Ele o suportou por amor, por livre vontade.
• "Lançado estou de diante dos teus olhos; tornarei, porventura, a ver o teu santo templo" (Jn 2.4).
Que horas mais terríveis o Senhor Jesus passou, até que afinal clamou em alta voz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Sl 22.1; Mt 27.46). Não obstante, vemos em tudo a confiança de Jesus firme como uma rocha no seu Pai.
• "As águas me cercaram até a alma, o abismo me rodeou; e as algas se enrolaram na minha cabeça" (Jn 2.5).
Paralelamente está escrito no Salmo 22.14: "Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim" (veja também o versículo 21).
• Jonas disse: "Desci até aos fundamentos dos montes, desci até à terra, cujos ferrolhos se correram sobre mim" (Jn 2.6a).
O Salmo 22.15 diz sobre Jesus: "Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte."
• Jonas 2.6b e os versículos 8-10 indicam a ressurreição de Jesus e a Sua vitória: "fizeste subir da sepultura a minha vida, ó SENHOR, meu Deus... Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra" (Jn 2.6b e 10), o que também está expresso profeticamente no Salmo 22.
A sepultura teve que devolver Jesus. Ele ressuscitou! O Salmo 22.22 diz: "A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação." Sobre o sepulcro selado e a ressurreição de Jesus é relatado em Mateus 28.2,5-6: "E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela... Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia." À morte de Jesus seguiu a manhã da Páscoa. A pedra foi arrancada da Sua sepultura. A única coisa que restou aos soldados romanos que estavam guardando o sepulcro foi a impotência. Jesus saiu da sepultura, procurou Seus discípulos e a mensagem se propagou muito rapidamente: "Ele ressuscitou! Ele é o Príncipe da vida, o Vencedor sobre a morte!" E o Novo Testamento diz: "Jesus venceu o poder da morte!"
• Lemos em Jonas 2.8: "Os que se entregam à idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso".
Na morte de Jesus irrompe a graça. Aquele que deixa os ídolos e se volta para Jesus experimenta a graça de Deus. No Salmo 22.26 está escrito: "Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração."
• Jonas disse: "Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação" (Jn 2.9).
Jonas é um maravilhoso tipo de Jesus Cristo, o Enviado de Deus, Aquele que ressuscitou dentre os mortos para trazer a salvação às nações. Tudo isso resultará na gloriosa volta de Jesus, que é aludida no Salmo 22.28: "Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações."
A mensagem de Deus à humanidade
Falamos sobre o restabelecimento de Israel e sobre a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mas sem demora o Senhor virá para o arrebatamento da Sua Igreja. Pois se atualmente vemos o restabelecimento nacional de Israel, sabemos que também o seu restabelecimento espiritual está por acontecer. Antes, porém, o Senhor virá para a Sua Igreja, a fim de levá-la para a casa do Pai.
Deus não nos transmitiu a história de Jonas apenas como uma narrativa bonita. Não, pelo contrário, por meio dela o Senhor dirige de maneira profética uma mensagem inequívoca à humanidade, isto é: Jesus vive! Ele quer nos dizer que a cabeça da serpente foi pisada, o pecado está vencido e foi tirado o poder da morte (2 Tm 1.10).
Jesus Cristo é o sinal de salvação para todo aquele que nEle crê. Eis o sinal de Jonas! Na morte e na ressurreição de Jesus está contida toda a graça de Deus para nós.
Deus manda dizer-nos: afastem-se de tudo que nega a Jesus! Afastem-se dos gurus dos homens, e voltem-se para a graça de Jesus! Os homens sempre nos decepcionarão, mas Jesus jamais! Antes da crucificação, apontando para Ele, Pilatos disse: "Eis o homem!" (Jo 19.5). Mas Jesus foi e é incomparável, Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem ao mesmo tempo.
Por que será que o Senhor fez que ficasse intercalada na oração de Jonas a frase: "Os que se entregam à idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso" Jn 2.9)? Porque Ele quer mostrar o que é graça e o que nos impede de desfrutar a graça. Vamos repetir: a graça está contida única e exclusivamente na morte e na ressurreição de Jesus. Mas o empecilho para o recebimento da salvação consiste em não estar disposto a abandonar tudo e entregar nossa vida totalmente a Ele. Quem não faz isso, fatalmente fracassará. A futilidade deste mundo passa, aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente (veja 1 Jo 2.17).
O que você não quer abandonar? Onde está a sua Nínive? Não existe nada pior do que recusar a graça de Deus oferecida em Jesus Cristo. Isso é pior do que perder um filho ou uma filha. É o que se vê claramente na reação do sumo sacerdote Eli, quando um mensageiro lhe disse: "Israel fugiu de diante dos filisteus, houve grande morticínio entre o povo, e também os teus dois filhos, Hofni e Finéias, foram mortos, e a arca de Deus foi tomada. Ao fazer ele menção da arca de Deus" (= a glória de Israel) "caiu Eli da cadeira para trás, junto ao portão, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu" (1 Sm 4.17-18; veja também os vv. 20-21).
Se é verdade que Jesus vive – então cada um de nós precisa dEle para viver. Portanto, venha à graça, agora!
Uma pessoa antes perdida, que experimentou essa graça de Jesus, escreveu estes versos comoventes:
Eu queria encontrar a paz, procurei-a por toda parte.
Na verdade encontrei muitos pecados,
mas nenhum coração reconciliado.
Então segui em silêncio até o madeiro da cruz.
Ele saciou o meu desejo, o santo Cordeiro de Deus. (tradução literal do alemão)
(Norbert Lieth - www.chamada.com.br)
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