O caso dos missionários brasileiros presos no Senegal, sob a acusação de aliciarem crianças para o narcotráfico completou dois meses.
Os missionários José Dilson Alves da Silva e Zeneide Moreira Novais, que desempenhavam um projeto social chamado Obadias, que abriga e fornece comida e ensino a 17 crianças e jovens de rua.
O imbróglio começou quando o pai de um dos meninos atendidos pelo Projeto Obadias procurou as autoridades para relatar que seu filho havia se recusado a recitar uma oração islâmica e apresentava comportamento cristão.
Em seu depoimento, o pai afirmou que os missionários estavam trabalhando na conversão das crianças muçulmanas ao cristianismo. A partir daí, a prisão ocorreu com outras duas acusações adicionais: sequestro e tráfico de menores.
A investigação está sendo feita a partir de Dakar, capital do país, onde Silva e Zeneide, que trabalhavam juntos, estão presos.
A missão Portas Abertas relata que por ser diabético e estar com um dente quebrado e uma inflamação no ouvido, o missionário Silva foi autorizado a receber comida preparada por seus colegas de missão que não foram presos. Ainda segundo a missão, Zeneide tem ensinado artesanato para as demais presas e dividido o alimento que recebe dos demais missinoários.
Ainda em novembro, o senador Magno Malta visitou os missionários juntamente com uma comitiva para acompanhar o caso, e afirmou que “com absoluta certeza, a questão religiosa é o motivo principal da prisão, já que a denúncia foi feita por um pai mulçumano”.
A constituição senegalesa prevê a liberdade religiosa, porém, o caso tem sido tratado como crime de sequestro e tráfico.
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