sábado, 26 de janeiro de 2013

O período Interbíblico (os 400 anos de silêncio profético)


Ao lermos o último de livro do Antigo Testamento (Malaquias) e iniciarmos a leitura do primeiro livro do Novo Testamento (Mateus), não imaginamos que entre esses dois livros há um período muito importante a ser estudado, porém pouco conhecido e ensinado nas igrejas.
Um período de 400 anos marcado pelo silêncio da era profética e por essa razão apelidado “O Período Negro”.

Esse mesmo período merece total atenção, pois se quisermos compreender melhor o Novo Testamento e as mudanças que ocorreram no mundo entre os anos 397 - 6 a.C teremos que nos voltar a ele e observar os fatos e acontecimentos ali presentes, além de suas contribuições para o desenvolvimento do cristianismo.

Chamamos esse período de “Período Interbíblico ou Intertestamentário”

1. Definição

A palavra intertestamentária significa “entre testamentos”. O Período Intertestamentário ou Interbíblico, para uma melhor compreensão, trata-se do período que se estendeu por 400 anos entre livro de Malaquias e o evangelho de Mateus.
Durante esse período a promessa do Messias já havia sido profetizada, porém não concretizada. Agora todos experimentam o silêncio de Deus, não há ninguém inspirado pelo Senhor que fala em seu nome.
Ao observarmos o mundo nesse período, podemos notar transformações significativas quanto as civilizações que se levantavam para exercer seu domínio, sem falar ainda na vida do povo de Deus (os judeus), que aguardavam o advento do Messias com o propósito de restaurar a Israel, que viveram sob o domínio da Pérsia, Grécia e Roma.

2. Os apócrifos

A impressão que temos, quanto ao povo escolhido por Deus, é que depois de Malaquias nenhuma obra literária fora produzida até a época dos apóstolos. Essa impressão é equivocada. Concordamos que nenhuma obra inspirada por Deus fora produzida, somente obras de cunho humano visando suprir a escassez da revelação divina com o propósito de consolar o povo e manter a unidade entre eles diante da dispersão desde Nabucodonossor.
Foi no decorrer do Período Interbíblico que a literatura apócrifa surgiu. Esses livros foram incluídos no cânon da Septuaginta e Vulgata Católica Romana e constituem o que hoje chamamos de Apócrifos, que significa “livros ocultos, escondidos” não reconhecidos pelos cristãos como sendo inspirados ou legítimos por Deus.
Temos ainda, em adição aos apócrifos, os escritos judaicos extrabíblicos escritos sob um suposto nome e conhecidos como “Pseudoepigráficos”. Eram obras escritas com os nomes de líderes do passado (Enoque, Baruque, Esdras, etc).

Lista dos apócrifos do Antigo Testamento

Podemos dividir os apócrifos em três grupos:
1. Históricos - Livro dos jubileus, Vida de Adão e Eva, Ascensão de Isaías, 3Esdras, 3Macabeus, O testamento de Moisés, Eldade e Medade, História de João Hircano.
2. Didáticos – Testamento dos doze patriarcas, Salmos de Salomão, Ode de Salomão, Oração de Manassés e 4Macabeus.
3. Apocalípticos – Livro de Enoque, Ascensão de Moisés, 4Esdras, Apocalipse de Baruque, Apocalipse de Elias, Apocalipse de Ezequiel e Oráculos Sibilinos.

3. O período Persa (450-333 a.C)

A ascensão do Império Persa se deu nas mãos do guerreiro, conquistador e libertador Ciro, O Grande rei da Pérsia de 559 a 530 a.C. Ciro conquistou a Lídia, a Síria, a Babilônia e outras nações que fizeram parte de seu império além de ter conseguido incorporar a Média. Ciro na Bíblia é conhecido como aquele que libertou os judeus cativos após ter invadido a Babilônia. (2Cr 36.22-23; Ed.1.1-4). Esse ato ocorreu em conformidade com aquilo que o profeta Isaias havia profetizado (Is. 44.26.28; Is. 45.1).
Além de Ciro podemos destacar, também, seus sucessores: Assuero (Xerxes) (486-465 a.C), protagonista de uma das mais belas histórias da Bíblia, no Antigo Testamento, juntamente com Ester. Essa união favoreceu a nação judaica, onde através de um decreto se defenderam das perseguições de seus inimigos; Artaxerxes (465-425 a.C), permitiu que os judeus voltassem para sua nação após decreto de Ciro, embora muitos resolveram ficar na Babilônia e outros foram para o Egito.
Durante o tempo em que os judeus permaneceram na Babilônia, alguns se destacaram e exerceram sua influência para o governo, como é o caso de Daniel, Neemias e Ester. A volta à Jerusalém ocorrera em etapas, sendo a primeira com a Zorobabel e Josué. Essa primeira comitiva deveria começar a reconstruir o Templo do Senhor que fora destruído pelos caldeus, porém oposições se levantaram e novamente o Senhor interviu na história com seus profetas Ageu e Zacarias profetizando a favor da nação judaica. Em 516 a.C, o Templo do Senhor fora reconstruído. Logo em seguida, em 458, milhares de judeus retornaram a sua terra com o escriba Esdras, esse por sua vez, foi responsável em restaurar o culto ao Senhor e reensinar a Lei a nação. Por fim, em 445, Neemias conduz a terceira comitiva judia rumo a Terra Santa, onde ali se tornou construtor e governador.
Vale ressaltar que após o final do cativeiro, os judeus deixaram de lado a idolatria, principal motivo que moveu o coração Deus a exercer sua justiça sobre os judeus. Além desse ponto, puderam se auto avaliar quanto a Lei do Senhor e perceber que estavam distantes antes do cativeiro. O mesmo cativeiro serviu, também, para um despertar quanto à promessa do Messias e construção das sinagogas, local onde se ensinava a Lei ensinada e a adoração era prestada a Deus.


4. O período Grego (333-323 a.C)

Robert H. Gundry, afirma em seu livro Panorama do Novo Testamento: “A história do Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro que a Assíria impôs ao reino do norte, Israel, com o subseqüente cativeiro babilônico do reino do sul, Judá, e com o regresso, à Palestina, de parte dos exilados, quando da hegemonia persa, nos séculos VI e V a.C. Os quatro séculos entre o final da história do Antigo Testamento e os primórdios da historio do Novo Testamento compreendem o período intertestamentário. (ocasionalmente chamados “os quatrocentos anos de silêncio”, devido ao hiato, nos registros bíblicos, e ao silenciamento da voz profética). Durante esse hiato é que Alexandre o Grande se tornou senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir sucessivas derrotas aos persas, quando das batalhas de Granico.”
Após a conquista dos medos-persas, a cultura grega (helenismo) se expandiu pelo mundo, ocorreu avanço da ciência e a língua grega tornou-se a língua mais usada e falada nas ruas, graças a Alexandre o Grande.
Aos vinte anos de idade Alexandre Magno assumiu o governo. Educado por Aristóteles, se tornou talentoso e preparado para conquistar o mundo através da cultura grega.
Com a morte de Alexandre Magno, seu império fora dividido em quatro partes. Duas dessas partes são objeto direto de nosso estudo, a dos Ptolomeus e a dos Selêucidas. O império Ptolomeus centralizava-se no Egito, tendo por capital Alexandria; já o império dos Selêucidas centralizava-se na Síria, com capital em Antioquia.
Reprimida entre o Egito e a Síria, a Palestina tornou-se vítima das rivalidades entre os Ptolomeus e os Selêucidas.

A Judéia dos Ptolomeus (323-198 a.C)

Depois da morte de Alexandre (323 a.C.), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Logo a seguir, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito), apelidado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém. Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria conhecida como a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível.

A Judéia dos Selêucidas (198-166 a.C)

Após 120 anos sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande) da Síria conquistou a Síria e a Palestina (198 a.C.). Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).
Nos primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com as suas leis, todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de Josué para Jasom, esse por sua vez estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por um rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando os partidários de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antíoco IV marchou contra Jerusalém (170 a.C). Novamente os judeus são perseguidos, esses tiveram sua cidade queimada; suas casas saqueadas; seu templo profanado (uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a consciência religiosa dos judeus); sua religião perseguida e muitos foram mortos ao fio da espada. Enéas Tognini, afirma em seu livro O Período Interbíblico, quanto ao governo de Epífanio: “O seu atroz governo gera a revolta dos Macabeus.”

5. Os Macabeus e o início do império romano (166-63 a.C)

Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e um oficial sírio que presidia a cerimônia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora o velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto das mãos da síria, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, apelidado “o Macabeu”, assumiu a liderança depois da morte de seu pai (Matatias). Por volta de 164 a.C. Judas havia reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Após a morte de Antíoco na Pérsia. as lutas contra os reis selêucidas continuaram por quase vinte anos.
Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater, o idumeu (que por vinte anos governou Judéia) assumiu o partido de Hircano (etnarca da Judéia), através de um golpe político. Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do templo.
O império Romano já vinha em ascensão por algum tempo. Eles dominaram o Egito, Síria e todo oriente, logo após a Grécia ter sido subjugada. Cada país tinha seu representante de Roma (governador, procônsul ou juiz) e publicanos, que arrecadavam impostos.
Herodes, filho de Antipater, fora nomeado ainda adolescente governador da Galiléia. Seu governo é marcado por crueldade, desrespeito a Lei judaica, matança aos judeus e idolatria. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus. Já às vésperas de Herodes morrer, a Judéia é visitada por três personagens vindos do Oriente para adorar um menino que havia nascido rei dos judeus.



Por Pr Elder Cunha


Bibliografia

DANA, H.E. O mundo do Novo Testamento: um estudo do ambiente histórico e cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1977.
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1987.
MESQUITA, Antônio Neves de. Povos e nações do mundo antigo: uma história do Velho Testamento. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e
Publicações, 1983.
TOGNINI, Enéas. O Período Interbíblico: 400 anos de silêncio profético. São Paulo: Hagnos, 2009.

Onde estão os mortos agora?

Queridos leitores, uma pergunta que muitas pessoas fazem é: "Onde estão os mortos?"
Ao longo de todas as eras, as pessoas têm ansiado por descobrir a resposta e em torno disso surgiram uma série de doutrinas que se distorcem da Bíblia Sagrada. Já tive a oportunidade de ministrar sobre esse assunto e agora gostaria de deixar registrado para vossa edificação e conhecimento.

Nenhum outro a não ser Jesus Cristo já deu uma resposta digna de crédito a essa questão.

Nos 39 livros do Antigo Testamento, o mundo dos mortos é chamado de "Sheol", essa palavra pode ser traduzida como "sepultura", "inferno" ou "abismo", pois ele é o lugar de todos aqueles que partiram da vida.
A palavra no Novo Testamento para o mundo dos mortos é "Hades". É importante saber que Sheol e Hades não são o mesmo que inferno (propriamente dito) . Essas duas palavras se referem à um lugar temporário, enquanto que o inferno é uma habitação permanente de punição.

"Tártaro", uma palavra que aparece somente uma vez em toda Bíblia (2 Pedro 2.4), é definida como o "mais profundo abismo do Hades".
"Gehenna" é a palavra no Novo testamento para o lugar permanente dos mortos, usada pelo próprio Jesus Cristo 11 vezes. Derivada das palavras hebraicas valley e Hinnom, Gehenna se refere ao Vale de Hinnom, fora da cidade de Jerusalém, onde o lixo da cidade era descarregado. Uma característica desse vale era que o fogo ardia continuamente ali. Muitos vêem nisso uma perfeita ilustração do inferno (propriamente dito) - um lugar onde o fogo não se apaga (Marcos 9.48), conhecido como Lago de Fogo (Apocalipse 20.14).

A DESCRIÇÃO DO SHEOL-HADES
Provérbios 9.18 - um lugar onde existem mortos
Salmos 86.13 - um lugar para alma
Gen 44.29 - Jacó esperava ir para lá
Samos 88.3 - Davi esperava ir para lá
Salmos 89.48 - todos os homens esperavam ir para lá

Assim parece que o Sheol-Hades é um lugar para onde ambos, justos e ímpios, irão imediatamente após a morte. Trata-se de um lugar específico e que aparentemente é o lugar de habitação das almas.
A descrição mais completa de Sheol-Hades vem de Jesus em Lucas 16.19-31, onde lemos o relato sobre os dois homens que morreram e foram para o hades. Tanta Lázaro quanto o homem rico foram para o Hades, mas não para a mesma parte.

TRÊS COMPARTIMENTOS NO HADES
Baseado em Lucas 16.19-31 podemos deduzir que o Hades é composto de três compartiemtnos: O Seio de Abrãao (Paraíso), o Grande Abismo (Tártato) e o lugar de Tormento (inferno propriamente dito)

LIBERTAÇÃO DO SHEOL-HADES
Uma das vitórias alcançadas por meio da morte e ressurreição de Jesus é que os crentes da era da igreja não têm mais que ir ao Sheol-Hades após sua morte.
Em Efésios 4.8.10 revela que o Paraíso não está mais localizado no Hades, mas foi levado por Cristo para o céu. Isso indica que o crente fiel agora vai para o céu após sua morte, onde se reúne com os santos do Antigo e Novo Testamento. Isso significa que o compartimento Paraíso, do Hades, agora está vazio.
Isso nos leva ainda a outra questão: Por que os santos do Antigo Testamento foram primeiramente enviados ao Hades (Daniel, Davi, Abrãao) ao invés de irem diretamente para o céu ?
A resposta é encontrada na insuficiência da expiação de pecados. Quando o Senhor clamou na cruz: "Está consumado" (João 19.30). Ele afirmou que o sacrifício final pelos pecados do homem estava pago(TETELESTAI - em grego).
Jesus Cristo desceu ao Hades e levou o cativo até o céu e ali pregou, proclamou a sua vitória.

As portas do inferno (Hades) não prevalecerá contra a minha Igreja (Jesus Cristo)

Apocalipse: Os julgamentos



Olá leitores e amigos.
Resolvi, hoje, esclarecer a dúvida de um irmão e amigo - Angelo Maciel. Recebi sua mensagem com a seguinte pergunta:

"Gostaria de saber se o senhor acha se quando morrermos nós seremos Jugados naquele instante? E se fosse assim como seria a questão do Julgamento final? Não teria ou seríamos Julgados duas vezes? Estive lendo o que o senhor escreveu em seu Blog cujo o tema é "Onde estão os mortos agora" e fique em dúvida. Gostaria que me falasse o que a senhor pensa sobre o assunto. Desde já agradeço. Um abraço e que Deus lhe abençoe sempre em nome de Jesus. Ângelo"
Primeiramente, essa dúvida é comum entre muitas pessoas e há uma série de pensamentos a cerca desse tema, porém não vou falar o que penso e sim o que a Bíblia Sagrada nos evidencia.

Antes de entrarmos no assunto, propriamente dito, temos que pincelar sobre a questão do arrebatamento da igreja. Então, sugiro, que você tenha em mãos sua Bíblia e acompanhe comigo esse estudo.
  • O Arrebatamento da Igreja
Desde que o nosso Senhor Jesus nos prometeu que Ele retornaria à Casa de seu Pai para nos preparar lugar e que voltaria e nos receberia para Si mesmo, para que onde Ele estivesse, estivessemos nós também (joão 14.3), temos aguardado ansiosamente sermos arrebatados ou transladados ao invés de vermos a morte.

Síntese dos eventos do arrebatamento 
1) Ouviremos o toque da trombeta de Deus ( 1 Tess.4.16)
2) Os mortos em Cristo, ao som da trombeta, ressuscitarão primeiro (somente aqueles que morreram em Cristo Jesus terão os restos corruptíveis de seus corpos, transformados em incorruptíveis ( 1 Cor 15.51-58)
3) Em seguida os que estiverem vivos serão transformados (feitos incorruptíveis) 1 Cor 15.51. Somente aqueles que foram fiel ao Senhor e andaram em Santidade
4) Ambos, serão levados para as nuvens. Seremos arrebatados (apanhados por Cristo Jesus)
Cabe enfatizar, que o arrebatamento do Senhor ocorrerá antes do período conhecido por "Tribulação".Aqueles que permanecerem fiéis a Palavra de Deus, sejam mortos ou vivos, terão vossos corpos transformados e serão arrebatados por Cristo e não passarão pela Tribulação. 
E depois, desse glorioso evento, o que nos espera?
  • O Tribunal de Cristo
Imediatamente após o arrebatamento, todos os cristão arrebatados deverão, comparecer perante Cristo para serem julgados por Ele. Esse julgamento não tem nada a ver com a salvação, porque apenas os salvos estarão ali. 2 Cor 5.10 / Rom 14.10

Cristo julgará os cristãos por SUAS OBRAS.

As Boas Obras
Cristo julgará tudo aquilo que fizemos na terra em prol do Seu Reino, ou seja, as boas obras.
Uma vez que as boas obras receberão galardões, precisamos saber o que constitui uma boa obra. As Escrituras descrevem algumas:
1) Nosso testemunho de vida
2) Adoração
3) Generosidade
4) Pregar, ensinar a Palavra
5) Evangelizar
Jesus deixou claro que nada é tão pequeno que não possa ser considerado uma boa obra. Em Mateus 10.42, Ele disse: "E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão". Assim tudo que é feito para Cristo, com atitude e motivação certas, receberá um galardão. Em 1 Cor. 3.12, essas boas obras são descritas como ouro, prata e pedras preciosas.

Obras com motivação errada
Por outro lado, Jesus nos diz que obras feitas com intenção de impressionar aos homens são indignas a seus olhos. Em Mateus 6.2, Ele declara que qualquer que faz obras para receber o louvor dos outros, não receberá a recompensa de Deus.

Após esse evento, os cristãos arrebatados estarão com Cristo Jesus para sempre. No entanto, algo terrível estará prestes a ocorrer na terra com aqueles que não foram fiéis ao Senhor (incrédulos, falsos profetas, pecadores, pessoas que se diziam cristãs, idolatras). Chegou o momento de Deus manifestar a sua ira contra tudo isso, o período "Tribulação" se inicia após o arrebatamento dos fiéis. (vou deixar esse assunto para uma postagem especial)

Após a tribulação, após a Batalha do Armagedom e a 2ª vinda de Cristo se inicia um período conhecido como o Milênio. Em Apoc 20.1-7 diz que Cristo estabelecerá Seu Reino e reinará por 1.000 anos. Jesus será o foco da história, Ele reinará fisicamente sobre o mundo inteiro, com poder e grande glória.(publicarei uma postagem sobre esse assunto)

Para entrarmos no assunto do Julgamento Final, se faz necessário pincelar sobre o Glorioso Retorno de Cristo. O evento mais esperado da história humana, a 2ª Vinda de Cristo. Cristo volta para estabelecer Seu Reino que vai durar 1.000 anos.
  • Glorioso Retorno
1) Cristo retorna a terra após o período da Tribulação Mt 24.29
2) O sinal do Filho do Homem no céu será visto por todos Mt 24.20. (ou seja a Globo e a CNN estará cobrindo esse evento)
3) Os céus se abrirão e Cristo aparecerá montado num cavalo branco, acompanhado de seu exército (Apoc 19.11-14), preparado para julgar os ímpios
4) Cristo estará sobre o Monte das Oliveiras (Zac 14.3-5)
5) Os ímpios irão lamentar, pois não estarão preparados (Mt 24.30)
6) A besta (anticristo) e seus exércitos se confrontarão com Cristo (Apoc 19.19)
7) Cristo lançará a besta e o falso profeta no Lago de Fogo (Apoc 19.20)
8) Aqueles que rejeitaram a Cristo serão mortos (Apoc 19.21)
9) Satanás será lançado no abismo profundo por 1.000 anos (Apoc 20.1-3)
Após todo esse episódio se inicia o Milênio (deixemos para uma postagem em especial).
Após o Milênio ocorre o Grande Julgamento Final
  • O julgamento do Grande Trono Branco
Leia Apoc 20.11-15
Quem será julgado?
Apoc 20.12 identifica aqueles que serão julgados: "Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono". É interessante notar que esses são "os mortos" - mortos em transgressões e pecados por causa de sua rejeição a Jesus Cristo e, agora, ressuscitados para se apresentar nesse julgamento. Esses mortos são aqueles que não foram arrebatados, são os pecadores. São aqueles que morreram no passado. E quanto aos vivos, são aqueles que permaneceram na tribulação negando a Cristo.
Deus julgará aos ímpios e os lançará de uma vez por todas no lago de fogo juntamente com Satanás e por fim SUBIREMOS COM CRISTO JESUS à nossa morada celestial.

Ao vencedor dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono....Jesus Cristo

7 Sinais da volta de Cristo


Olá meus amigos e leitores a cerca de 2 anos atrás tive a oportunidade de participar de um curso sobre a matéria Escatologia (estudo dos últimos tempos) e desde então tenho meditado nesse assunto. Afirmo, de passagem, que é um dos estudos mais fantásticos da Bíblia Sagrada, pois a cada dia descobrimos que Jesus está voltando.

Não sabemos a hora e o dia que Ele voltará, somente Deus. Entretanto ao longo das eras podemos presenciar alguns sinais de Seu retorno registrados na Palavra de Deus. Certa vez os discípulos de Jesus perguntaram: "Que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?" (Mt 24.3)

Israel: O Grande Sinal - o primeiro e mais importante sinal, o reajuntamento dos judeus em Israel depois de aproximadamente 2000 anos de peregrinação pelo mundo. Nenhuma nação na história pôde manter sua identidade nacional depois de ter sido expulsa de sua pátria por cerca de 500 anos. Israel é a única. Ele prometeu tantas vezes reunir novamente essa nação em sua terra nacional, que se falhasse em fazê-lo, Ele teria destruído a fidelidade de Sua Palavra profética (Veja Ezequiel 36 e 37). Em 14 de Maio de 1948 fora fundado o moderno Estado de Israel.

Conflitos de Capital e Trabalho - O maior medo dos banqueiros e corretores de ações é um colapso financeiro que seria uma repetição da Grande Depressão dos anos 1930. A razão com que as pessoas se vêem tão amedrontadas com a atual crise financeira é por causa da dependência das posses materiais, onde deveriam aprender depender de Deus. Esse problema baseado na ganância virá a tona nos últimos dias, demonstrando um grande conflito entre as classes sociais. Tudo isso que assistimos hoje, é o cumprimento da profecia para os últimos dias. (Veja Tiago 5.1-6)

Aumento do Conhecimento - Em Daniel 12.4 temos "Muitos o esquadrinharão e o saber se multiplicará". A maioria dos estudiosos de profecias relaciona isso ao óbvio - um aumento de conhecimento no final das eras. Nunca na história da humanidade houve tantos meios de comunicação, meios de tecnologia, aumento do saber no setor da medicina e demais áreas.

Sistema Único de Governo Mundial - Em muitas ocasiões, vários lideres mundiais têm argumentado que um sistema único de governo seria a única maneira de garantir a paz mundial. Temos visto tais expressões na tentativa de organizar a Liga das Nações em 1919, logo após a Primeira Guerra Mundial, e na fundação da Organização das Nações Unidas em 1947. Hoje tal organização está tentando assegurar mais poder de governo sobre a soberania das nações independentes. Embora não saibamos exatamente quais eventos nos levarão ao sistema único de governo predito na Bíblia, sabemos que nos últimos dias haverá um governo munidal (Daniel 2.40-43; 7.23-24)

Temos outros sinais que a Bíblia nos evidencia tais como: Apostasia da fé em 2 Timóteo 4.1-4; Aumento do ocultismo 2 Timóteo 4.3-4; Aumento dos escarnecedores em 2 Timóteo 3.1-5. Alguns estudiosos das profecias sugerem que hoje, há mais de 20 sinais e como já afirmado anteriormente não sabemos se Cristo virá nesta geração, mas uma coisa é certa Ele está voltando.

Mateus 24.27 "Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem"

por Elder Cunha

As dispensações


Olá amigos e leitores estamos de volta e hoje postando mais uma matéria sobre escatologia.

Um assunto de certa importância e para maior compreensão da Bíblia Sagrada chama-se: as Dispensações.

O dispensacionalismo vê o mundo e a história como uma casa dirigida por Deus. Neste mundo Deus está conduzindo ou administrando os negócios de acordo com Sua vontade e em várias fases de revelação. Essas fases são conhecidas como as dispensações. É importante destacar desde logo que as dispensações não têm nada a ver com o modo como as pessoas são salvas de seus pecados.

De acordo com a perspectiva bíblica, o que são as dispensações ou eras da história? Há sete dispensações que podem ser deduzidas da Palavra de Deus, sendo elas:
  • Inocência (Gen 1.28-3.6): esta foi aparentemente a mais curta das dispensações e terminou com a queda de Adão e Eva.
  • Consciência (Gen 3.7-8.14): a palavra consciência usada para descrever esta dispensação é encontrada em Rom 2.15, que descreve o tempo entre a queda e o Dilúvio.
  • Governo Humano (Gen 8.15) Depois do dilúvio, Deus disse que não julgaria diretamente o homem até a segunda vinda de Cristo. Dessa maneira, uma agência humana conhecida como governo civil foi divinamente estabelecida para mediar e tentar refrear o mal dos homens.
  • Promessa (Gen11.10 - Ex.18.27) Este período é determinado pelo chamado de Abraão e pela promessa feita a ele e aos seus descendentes, físicos e espirituais.
  • Lei/Israel (Ex 19- João 14.30): Israel não foi e nunca seria salvo por guardar a Lei. Pelo contrário, a lei estipulava como eles deveriam viver. Ela deveria governar cada aspecto de suas vidas. Mas a lei era temporária até se cumprir em Cristo, por ocasião de sua vinda.
  • Graça/Igreja (Atos 2.1 - Apocalipse 19.21): A lei da vida para a igreja é a graça, e através de Jesus, a graça de Deus se estende a todos, por todo o mundo, por meio do evangelho.
  • Reino (Apocalipse 20.1-15): Durante o reino milenar do Messias, em Jerusalém, as promessas que Deus fez a Israel como nação serão cumpridas. A igreja também reinará e governará com Cristo como Sua noiva, os gentios também colherão grandes bênçãos.

A teoria da dispensação capacita-nos a compreender corretamente o horário profético de Deus para a história. A era atual enfoca a igreja, e não Israel, como instrumento por meio do qual Deus agora opera. Em breve essa igreja será arrebatada da terra e Deus começará a cumprir tudo o que prometeu a Israel, ou seja, o fim está mais próximo do que você imagina.

"Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as cousas nela escritas, pois o tempo está próximo" (Apoc. 1.3)

Por Elder Sacal Cunha

Apóstolos na modernidade?


Queridos leitores, é curioso observar como algumas igrejas evangélicas têm facilidade em aceitar novidades. É triste verificar a falta de empenho dos cristãos em observar as Escrituras e analisá-las com cuidado. Triste também é saber que poucas são as igrejas que motivam seus membros ao estudo sistemático da Bíblia, ao aprofundamento teológico, a formação de grupos de estudo e discussão sobre as doutrinas cristãs e que verifiquem na Bíblia se as coisas realmente são como é pregado. Aliás, não é pecado analisar se os ensinos e a pregação estão em conformidade com as Sagradas Escrituras (Atos 17.10-11), pois os bereanos faziam isso e foram considerados Nobres por Lucas.

Dentro de tantas "revelações" e novidades que temos observado, é importante expressar-se sobre o caráter das revelações: 1) as revelações nunca deverão ser colocadas acima da Bíblia. A Bíblia é a Palavra final e autoridade máxima, já que se trata da inerrante Palavra de Deus; 2) Se a revelação está em desconformidade com a Bíblia, descarte imediatamente tal revelação. Deus não é Deus de confusão (1 Coríntios 14.33) As experiências pessoais não podem ser colocadas acima das Escrituras Sagradas, pois estas já contêm a revelação do propósito de Deus ao homem. 3) E jamais se esqueça que todas as revelações a cerca da doutrina de Cristo cessaram Nesse. O Espírito Santo nos auxilia quanto aos mistérios das revelações contidas na Sã Doutrina e não quanto as "Novas Revalações doutrinárias". Tenho visto e convivido com pessoas que acreditam em "Novas Doutrinas", ou seja, um Novo Evangelho de Cristo.

Nestes tempos de tantas novidades, algo chama atenção de maneira muito preocupante na história recente da igreja: trata-se do Apostolado Contemporâneo, ou Restauração Apostólica. Muitos têm se levantado como apóstolos nestes dias. Apóstolos ungindo apóstolos e criando uma hierarquia apostólica. Alguns pastores que, talvez por se sentirem menores que seus colegas de ministério que foram ungidos como apóstolos, ungem-se a si mesmos e se auto-proclamam apóstolos. Não há fundamento para o chamado ministério apostólico contemporâneo pelo simples fato do mesmo não possuir respaldo bíblico.

O termoSegundo o Dicionário Bíblico Universal, o termo apóstolo “significa mais do que um 'mensageiro': a sua significação literal é a de 'enviado', dando a idéia de ser representada a pessoa que manda. A Bíblia de Estudo de Genebra também aplica esta descrição, dizendo que apóstolo “significa 'emissário', 'representante', alguém enviado com a autoridade daquele que o enviou”
A frágil sustentação
Aqueles que defendem esta frágil posição, têm se sustentado principalmente na má interpretação do texto de Efésios 4.11 para o uso do ministério apostólico para nossos dias. O texto de Efésios 4.11 diz: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”.A refutação
As regras mais simples de hermenêutica nos ensinam que os textos sagrados nunca devem ser tirados de seu contexto. E no contexto da epístola de Paulo aos Efésios, temos no capitulo 2 o texto que prova que este ministério não mais existe. Antes de citar o texto, é importante refletir: quando um prédio é construído, o que é feito primeiro? As paredes ou a fundação da obra? É obvio que todo alicerce, toda fundação é feita em primeiro lugar. Não é possível construir as paredes e no meio das paredes fazer a fundação.

Efésios 2.19-20 diz: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”.
Cristo é a pedra angular e os fundamentos foram postos pelos apóstolos e profetas. Os evangelistas, pastores e mestres são os responsáveis pela construção das paredes desta obra. Os membros que formam a igreja estão edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas. Uma vez que o alicerce está pronto, ele não é jamais construído novamente. Constrói-se sobre ele. As Escrituras descrevem o trabalho dos apóstolos e dos profetas, quanto à sua natureza, como um trabalho de base.

Existiam duas exigências fundamentais para que um apóstolo fosse reconhecido para tal função:
1) Ser testemunha ocular da ressurreição de Jesus Cristo (Atos 1:21-22; Atos 1.2-3 cf. 4.33; 1 Coríntios 9.1; 15.7-8);
2) Ser comissionado por Cristo a pregar o Evangelho e estabelecer a igreja (Mateus 10.1-2; Atos 1.26).

Assim como Matias, que passou a integrar o corpo apostólico por ser uma testemunha, Paulo, que se considerava o menor, por ser o último dos apóstolos, contemplou a Cristo no caminho de Damasco (Atos 9.1-9; 26.15-18), onde ocorreu o início de sua conversão. Ou seja, ambos preenchem os pré-requisitos para tal função. No entanto, os que se intitulam apóstolos em nossos dias não se encaixam nos padrões bíblicos que validam o apostolado.

É interessante que, enquanto o Ap. Paulo refere-se a si mesmo como “o menor dos apóstolos” (1 Coríntios 15.9), os atuais apóstolos tem por característica a fama e a ostentação do título. Tudo é apostólico! A unção é apostólica! Os eventos são apostólicos! As músicas são apostólicas! Nem de longe se assemelham com a humildade dos apóstolos bíblicos. Eventos, cultos e seminários se tornam mais interessantes quando a presença do Apóstolo Fulano é confirmada. É um chamariz: “venha e receba a unção apostólica diretamente do Apóstolo Beltrano”. Tais apóstolos têm se colocado como super-crentes, uma nova e especial classe da igreja, a elite cristã dos tempos modernos. Hoje existe de tudo um pouco neste balcão mercantil da fé: Apóstolo do Brasil, Apóstolo da Santidade, Apóstolo do Avivamento e até mesmo o mais popular apóstolo brasileiro, chamado por muitos por “Paipóstolo”.

É equivocado aplicar o termo “apóstolo” para ministros contemporâneos. A Bíblia de Estudo de Genebra concluí que “Não há apóstolos hoje, ainda que alguns cristãos realizem ministérios que, de modo particular, são apostólicos em estilo. Nenhuma nova revelação canônica está sendo dada; a autoridade do ensino apostólico reside nas escrituras canônicas”
Esta Restauração Apostólica não encontra subsídio bíblico ou histórico, portanto, levando em conta este contexto, e considerando principalmente que Paulo foi o último apóstolo, conclui-se que não existem apóstolos em nossos dias. Cabe a igreja de nossos dias, exercer suas funções sem invencionices e modismos, seguindo o puro e verdadeiro Evangelho.

...e eu que estou, apenas, tentando ser um verdadeiro adorador...

Referências:
Dicionário Bíblico Universal. Editora Vida
Bíblia de Estudo de Genebra. Editora Cultura Cristã
AGIR – Agência de Informações Religiosas – http://www.agirbrasil.com/

O Jejum na Bíblia


Caros leitores,
Tendo observado as mais variadas esquizitices e práticas nada biblicas, quanto a questão do Jejum, resolvi postar esse artigo.

De fato, há de se concordar que o Jejum caiu em descrédito e desuso de uma forma geral. Quanto aos adeptos, infelizmente, grande parte se baseam em textos nada biblicos;  forçam a prática de tal disciplina; e visam, exclusivamente, alcançar  a resolução de um problema, de uma crise, de uma vitória,  de revestimento de poder, etc... Valem-se todas as maneiras  para alcançar o resultado, não importando os meios. (pragmatismo e neognosticismo)

Vamos nos atentar, em primeiro, lugar que nas Escrituras o jejum sempre se refere à abstenção de comida por motivos espirituais. É distindo de greve de fome e distinto da dieta por motivo de saúde.  O jejum na Bíblia, SEMPRE, tem no centro algum propósito espiritual.

Na Bíblia, nossa única regra de fé e prática, a maneira normal de jejuar é abster-se de todo o tipo de comida por 24 horas, sólida ou líquida, mas não de água. No jejum de 40 dias que Jesus fez, Ele nada comeu de comida, mas bebeu água (Lc 4.2). Do ponto de vista físico, é isso que em geral constitui o jejum.

A Bíblia, também descreve, as vezes, o jejum parcial, ou seja, a dieta é restrita, mas a abstenção não é completa. Em Daniel, houve um período de 3 semanas no qual ele declara: "Não comi nada saboroso: carne e vinho nem provei e não usei nenhuma essência aromática (Dn 10.3). Não sabemos a causa desse jejum.

Há outros exemplos na Bíblia de jejum, temos o jejum absoluto, ou seja, total abstenção de comida e água. Parece ser uma medida DESESPERADA para sanar uma emergência. Exemplo: o Jejum de ESTER (Ester 4.16); PAULO  (Atos 9.9). Vale lembrar que o corpo humano não aguanta ficar, sem água, muito mais que 03 dias.

Na maioria das vezes o jejum é particular (ocorre entre indivíduo e DEUS), mas há jejuns comunitários (Lv.23.27; Joel 2.15,16; 2 Cro 20.1-4). Esse jejum (coletivo) pode ser uma experiência maravilhosa e poderosa, desde que TODOS estejam preparados e tenham o mesmo pensamento nessa questão. É possível, por meio da oração e do jejum feitos por um grupo, resolver grandes problemas na igreja ou em outros grupos, além de restabelecer relacionamentos.

Jejum não é um mandamento, porém Jesus ensina que o jejum está imerso no contexto do ensino sobre doações e oração. OU seja, orar, ser generoso e jejuar fazem parte da devoção cristã. Assim, não teriamos como excluir o jejum dos ensinamentos de Jesus.

Jesus, também, afirma: "Quando jejuarem.." (mt 6.16). Ele parece pressupor que seus seguidores jejujem, por isso os instrui a faze-lo corretamente. 
Martinho Lutero afirma: "Cristo não tinha a intenção de rejeitar nem de desprezar o jejum, sua intenção era restaurar o jejum correto"

As palavras de Jesus não constitui uma ordem, Ele instrui seus discipulos sobre a maneira apropriada de levar a efeito uma prática comum em seus dias. Jesus não espera que seus seguidores jejuem, mas Jesus entende que essa prática dev ser comum entre seus seguidores.

Eu acredito e tenho pregado que estamos vivendo e nos acostumamos  com uma GRAÇA BARATA, ou seja,  GRAÇA sem discipulado, sem discplinas espirituais.
O propósito do jejum não é para uso próprio, ou seja, conseguir que DEUS FAÇA aquilo que desejamos. O jejum não foca as bençãos, e tão pouco faz que DEUS venha comer em nossas mãos;  ou que  se sinta obrigado a nos prestar favor. Não é isso! O jejum deve possuir como centro DEUS.  veja ANA adorava jejuando (Lc 2.37). O jejum precisa começar em DEus, ser ordenado por DEUS e terminar em Deus.
Se o jejum não for para DEUS, PRIMEIRAMENTE, então fracassamos (Zc 7.5). Beneficios fisicos, sucesso, revestimento de poder, percepções espirituais - essas coisas jamais devem tomar o lugar de DEUS como o centro de nosso jejum. O jejuar deve ser feito para o SENHOR com os olhos fixos NELE - Glorificar o PAI.

Assim que o propósito principal do jejum estiver estabelecido no coração, ficamos livres para compreender que também há outros propósitos. Mais que qualquer outra disciplina, o jejum REVELA AS COISAS que nos controlam. Esse é o beneficio do JEJUM. Acobertamos o que vai dentro de nós com comida e outras coisas boas, mas o jejum traz a tona o que há em nosso interior. Se o orgulho nos controla (Salmos 69.10); raiva, amargura, inveja, medo - tudo que é negativo será trazido a superficie durante o jejum correto.

O JEJUM NOS LEMBRA DE QUE SOMOS SUSTENTADOS POR TODA PALAVRA QUE PROCEDE DE DEUS. (MT 4.4). A comida não nos sustenta, DEUS nos sustenta. Em Cristo tudo subsiste (Col 1.17). O JEJUM É MAIS UM BANQUETE COM  A PALAVRA DE DEUS QUE A  ABSTINENCIA DE COMIDA. JEJUAR E BANQUETEAR-SE! Jesus disse:" A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou (João 4.32,34)"

O JEJUM ROMPE LIMITES NA ESFERA ESPIRITUAL . CURTA ESSE PERÍODO E SAIBA QUE JEJUAMOS PARA DEUS MUDAR NOSSO CARÁTER E NOS REVISTIR DO SEU CARÁTER, não jejuamos para mudar sentenças, coisas, situações...JEJUAMOS PARA DEUS NOS MUDAR! 

Por Elder Cunha
Bibliografia:
- Bíblia Sagrada; 
- FOSTER, R. Celebração da disciplina  - 2ª ed - São Paulo: Editora Vida, 2007.

Neemias e a restauração do Muro.

Muralha de Jerusalém

No livro de Neemias 1:3encontramos uma passagem que me chama muito a atenção:


"E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo."


Vemos que Neemias chora ao ouvir sobre a situação do povo, mais precisamente sobre o muro de Jerusalém.

Mas por que choraria Neemias muito mais pelo muro e por suas portas do que pelo povo que estava numa situação miserável? Neemias era conhecedor da palavra e sabia qual era a função do muro e o que sua ausência causava.

O profeta Ezequiel nos dá uma clara definição do motivo de existir um muro em volta da cidade


"Mediu pelos quatro lados; e havia um muro em redor, de quinhentas canas de comprimento, e quinhentas de largura, para fazer separação entre o santo e o profano." Ezequiel 42:20.


O sábio Salomão também descreveu o que acontece com aquele que passa pelos limites do muro.


"Quem abrir uma cova, nela cairá, e quem romper um muro, uma cobra o morderá." Eclesiastes 10:8.


Neemias ficou triste ao perceber que não havia mais separação entre o povo de Deus e os gentios. Ele ficou triste porque sabia que não havia proteção contra as investidas do inimigo.


Será que nos, como Jerusalém de Deus estamos cercados ou nosso muro está derrubado? Existe mesmo uma separação entre nós e as demais pessoas que não seguem a Cristo?


Jesus e sua doutrina é o nosso muro. Com ele nos diferenciamos neste mundo e nos tornamos sal da terra e luz do mundo.

Deus é.....?


Ao observar a bíblia sagrada percebi que Deus nunca se apresentou ao homem por um nome. A única vez que Ele se nomeou, foi quando Moisés no monte Horebe pergunta "...qual é o seu nome?... Ex 3:13.

O que é interessante é que Deus não diz um nome, mas Ele diz uma de suas características: EU SOU.

Mas como que existem diversos nomes pelo qual Deus é conhecido? Quem deu esses nomes ao Todo-Poderoso?

Como a bíblia interpreta a si mesma vamos analisá-la.

Era costuma dos povos antigos colocarem nomes nas pessoas de acordo com alguma característica física ou por alguma atitude realizada costumeiramente ou esporádica. Como exemplo temos Jacó e Esaú. Jacó quer dizer enganador, trapaceiro; ele ganhou esse nome por tentar tomar a primogenitura do seu irmão ainda no ventre de sua mãe ao nascer agarrado ao seu calcanhar. Já Esaú teve esse nome por ter o corpo coberto de pêlos (algo que hoje a ciência chama de síndrome de Werewolf ou lobisomem em português), logicamente seu nome significa homem peludo.

O mesmo Jacó ao passar por uma experiencia que marcou sua vida o próprio Deus (em forma teofânica) mudou seu nome para Israel.

A mesma coisa ocorre quando alguém coloca um nome em Deus. Colocar nome em Deus, isso soa meio estranho não?! É, mas é isso que ocorre.

Um grande exemplo disso é Abrão que ao subir o monte Moriá para imolar seu filho, recebe de Deus a providencia, um cordeiro, para o holocausto. Após isso Abraão chamou aquele lugar de Jeová Jire (O Senhor proverá). Dependendo da sua fonte de pesquisa ou tradução você vai encontrar uma infinidade de significado tipo: Jeová proverá, o Senhor que nos provê, etc.

Outro exemplo é Agar que após ver e falar com Deus no deserto, o chama de Deus da vista (Laai-Roi).

Enfim, faltaria espaço para expor os exemplos da bíblia acerca deste assunto. Mas o que eu quero dar a entender é que logo após uma grande experiencia com Deus os homens e mulheres que passaram este momento tinha em mente uma definição de Deus, o que resulta num nome, pois a experiencia mostrou-lhes algo característico de Deus e como visto anteriormente os nomes são resultados de características físicas ou do caráter.

Quero concluir dizendo que é através da provação que você vai conhecer a Deus. Ele se revela a você através das dificuldades que Ele permite em sua vida. Muitos preletores dizem que a prova é pra Deus conhecer você melhor, etc. Mas isso não se encaixa na Onisciência de Deus como o próprio salmista descreve quenão havendo ainda palavra alguma na minha lingua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces. Sl 139:4.

A provação tem, entre outros objetivos (dos quais falarei em outra postagem), nos fazer conhecer a Deus.

Nós ouvimos falar os nomes de Deus, mas será que conhecemos realmente as suas características?

Amém.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Número de evangélicos aumenta 61% em 10 anos, aponta IBGE



Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e 2010, segundo o Censo.
Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas.

Do G1, em São Paulo
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O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, segundo dados do Censo Demográfico divulgado  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, cerca de 26,2 milhões se disseram evangélicos, ou 15,4% da população. Em 2010, eles passaram a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros. Em 1991, o percentual de evangélicos era de 9% e, em 1980, de 6,6%.
Mesmo com o crescimento de evangélicos, o país ainda segue com maioria católica. Segundo o IBGE, o número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de 64,6% da população. No levantamento feito em 2000, eles eram 124,9 milhões, ou 73,6% dos brasileiros. A queda foi de 1,3%.
Número de brasileiros em cada religião/Censo 2010
ReligiãoPopulação
Católica apostólica romana123.280.172
Evangélicas42.275.440
Espírita3.848.876
Umbanda, candomblé e religiões afrobrasileiras588.797
Outras religiões5.185.065
Sem religião15.335.510
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
A queda do percentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto. Até 1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos percentuais: o número de católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e passou a 91,8% em 1970.
O Nordeste ainda mantém o maior percentual de católicos, com 72,2% em 2010. Apesar de ser a região do país com maior concentração do grupo religioso, a população nordestina católica sofreu queda. Em 2000, o percentual era de 79,9%. No Sul, o IBGE também identificou redução do percentual de católicos, saindo de 77,4% para 70,1% nos censos de 2000 e de 2010, respectivamente.
A maior redução foi registrada pelo instituto no Norte, passando de 71,3% da população em 2000 para 60,6% em 2010.
Brasileiros, por sexo, em cada religião/Censo 2010
ReligiãoHomensMulheres
Católica apostólica romana61.180.31662.099.856
Evangélicas18.782.83123.492.609
Espírita1.581.7012.267.176
Umbanda, candomblé e religiões afrobrasileiras269.488319.310
Outras religiões2.364.6961.122.524
Sem religião9.082.5076.253.004
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)
O IBGE registrou que, ao mesmo tempo em que o número de católicos caiu no Norte e no Nordeste, o número de evangélicos cresceu com maior volume nas duas regiões. A representatividade no Norte saiu de 19,8% (2000) para 28,5% (2010). No Nordeste, o aumento de evangélicos foi menor, saindo de 10,3% para 16,4%, se comparados os Censos de 2000 e de 2010, respectivamente.
No estado do Rio de Janeiro, o percentual de católicos é 45,8% da população em 2010, o menor do país, segundo o IBGE. No estado também foi registrada a maior concentração de espíritas com 4%; seguido de São Paulo, com 3,3%; Minas Gerais, com 2,1%; e Espírito Santo, com 1%.
No Piauí, o percentual de católicos foi o maior, com 85,1% da população do estado. A proporção de evangélicos foi maior em Rondônia, com 33,8%. A menor foi registrada no Piauí, com 9,7%.
O IBGE registrou que 15 milhões de pessoas se declararam sem religião no Censo de 2010, o que representa 8% dos brasileiros. Em 2000 eram 12,5 milhões, o equivalente a 7,3% da população.
O Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo, apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental incompleto. Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.
Os católicos têm 6,8% das pessoas sem instrução e 39,8% com ensino fundamental incompleto. No grupo dos que se declaram sem religião o percentual de pessoas sem instrução é de 6,7% e outros 39,2% têm ensino fundamental incompleto. Entre os evangélicos o percentual chega a 6,2% (sem instrução) e a 42,3% (com ensino fundamental incompleto).