quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ainda que a Figueira não Floresça...

Habacuque 3.16-19

Onde está Deus? Onde está o juízo contra o mal? Onde está Deus no mundo confuso e cheio de pecado?

Podemos comparar o universo a um tapete, sendo tecido por Deus. Nós seres humanos só conseguimos ver o avesso--um pouco confuso, às vezes, feio. Mas quando Deus terminar Seu trabalho, será algo maravilhoso.

Certamente todos nós passamos por crises de fé, em que ficamos decepcionados com o próprio Deus. Às vezes a nossa decepção nos leva a questionar e duvidar da bondade, santidade, e soberania de Deus. Observem bem: Deus nunca critica a expressão de dúvidas honestas, especialmente quando são expressas com o intuito de resolvê-las com humildade, esperança e fé (Hq 2:1,20). "O sempre presente "porque" é melhor respondido com o eterno "Quem"! (Ron Blue)

Não devemos viver nossa vida tentando advinhar os propósitos de Deus neste mundo, mas descansando no Seu caráter já provado. Deus É bom. Ele É santo. Ele É justo, e soberano, e Ele mostra Seu amor-fiel. Baseado nisso, podemos viver uma vida de fé e fidelidade. Podemos viver acima das circunstâncias, sem ter todas as respostas, porque Deus é suficiente para nós. Podemos descansar sabendo que Deus acerterá todas as injustiças.

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide...todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação (Hq 3.17,18). Certamente, o justo viverá pela fé (Hq 2.4)

Autor: Pr. Davi Merkh

"SOB NOSSOS PÉS"

“Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado” (Js 1:3)


Depois de uma caminhada cansativa pelo deserto, que durou quarenta anos, os filhos de Israel estavam chegando no limiar da terra prometida por Deus, perto das margens do rio Jordão. Moisés havia morrido e agora que os dirigia era Josué, conforme ordem recebida de Deus: “tu introduzirás os filhos de Israel na terra que, sob juramento lhes prometi; e eu serei contigo” (Dt 31:23).
Podemos imaginar a ansiedade que tomara conta dele. Quantos pensamentos devem ter passado por sua mente: que grande responsabilidade era a sua! Deus lhe disse: “passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. (Js 1:2,3)
Não havia o que temer. Aonde quer que eles fossem deveriam tomar posse da terra. Foi o que eles fizeram? Não, não foi. Contentaram-se em possuir as terras que estavam mais próximas deles. Desistiram de ir avante e conquistar tudo o que o Senhor lhes prometera.
Por que existem cristãos que crescem espiritualmente e vão de vitória em vitória, enquanto outros não crescem? Porque estes atravessaram o Jordão, puseram a planta dos seus pés em alguns metros do terreno e ali ficaram, contentando-se com aquele pouco que haviam conseguido. Não se esforçaram para conquistar outras terras à sua frente. Acomodaram-se e não cresceram.
Deus nos promete infinitamente mais. Devemos lembrar-nos de Suas promessas porque Ele já nos deu tudo. Não podemos e não devemos nos contentar com pouco. Devemos entrar ousadamente nas terras prometidas por Deus e prosseguirmos avante, indo conquistando a cada dia mais e mais.
Há muitos territórios de promessas que ainda não foram conquistados por sermos demasiadamente comodistas e nos contentarmos com o pouco que temos, quando existem riquezas infinitas de Deus para tomarmos posse.
Essas terras que Deus nos fala para tomarmos posse se referem a uma vida cheia de Sua graça – paz, alegria, domínio próprio, mansidão, fé, sabedoria, bondade, discernimento e muitas outras.
É necessário colocarmos nossos pés nessas terras e, depois de possuí-las, continuarmos caminhando para a frente e irmos tomando posse de outras que estiverem à frente, esperando ser conquistadas. Os israelitas nunca percorreram mais do que um terço das terras que Deus lhes havia dado. Possuíram exatamente o que mediram, nada mais. Se tivessem feito o que Deus lhes dissera, teriam conquistado toda aquela região, e muito mais.
Não devemos nos esquecer das palavras do Senhor contidas em 2 Pedro 1:2,4. “Vocês desejam cada vez mais da bondade e da paz de Deus? Então aprendam a conhecê-lo cada vez melhor. Porque à medida que vocês o conhecerem melhor, Ele lhes dará por intermédio do seu grande poder tudo quanto vocês necessitam para viver uma vida verdadeiramente boa. Ele até nos faz participantes da sua própria glória e da sua própria virtude. E por esse mesmo grandioso poder Ele nos concedeu todas as outras ricas e maravilhosas bênçãos que nos prometera, como por exemplo, a promessa de nos salvar da imoralidade, da podridão que nos rodeia e de dar-nos da sua própria natureza” (2 Pe 1:2,4 – Bíblia Nova).
Meçamos este território com os dois pés: o da fé que obedece e o da obediência que crê.
Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. (I corintios 16:13)

Vigiar é o mesmo que ficar atento, estar em sentinela por todas as coisas que estao acontecendo e principalmente no que está havendo atualmente. Jesus, o Mestre por excelência falou a respeito de algo muito importante que está acontecendo na atualidade, que são os sinais de Sua vinda e destacou: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.” (Mateus 24:12)

Existem campanhas e campanhas a respeito de promover a Paz e a união, milhares e milhares de pessoas estao engajadas nesta maravilhosa e necessária campanha, mas infelizmente parece que o resultado a cada dia é diferente daquilo que a sociedade almeja, o que o mundo está vendo a olho nu é o cumprimento da Palavra de Deus, a iniqüidade multiplicando-se e o amor de muitos esfriando.

Quem dera um mundo sem mortes, sem corrupções ,em paz, mas infelizmente o homem sem Deus faz coisas que nos deixam perplexos diante da falta de caráter, da falta de amor com o próximo. Por isto o conselho do apostolo Paulo, Vigiai, estai firmes na fé, porta-vos varonilmente e fortalecei-vos. Este fortalecimento é só possível em Deus, que segura as nossas mãos em meio a estas tempestades que estao sobrevindo sobre todos nós e ratificando as Palavras do Senhor Jesus e do apostolo Paulo, o apostolo Pedro escreve: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá. A ele seja a glória e o poderio para todo o sempre. Amém.”(1ª Pedro 5:8-11)

Resista um pouco mais, não tenha medo, pois conforme a promessa de Deus, depois de haverdes padecido um pouco, Ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá, pois pertence a Ele a Gloria, o Poder para todo o sempre e se estais resistindo segurando nas mãos do Senhor Jesus Cristo a vitória é certa para a Gloria de Deus.

“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Isaias 43:13)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Apocalipse: Papa defende a criação de um governo único mundial

O Papa Bento XVI sugere em sua encíclica (Carta circular papal ) a criação de um Governo único mundial para solucionar os problemas causados pela crise financeira... O que chama atenção é que a Rede Globo anunciou o fato em 07 de Julho de 2009, e só agora os evangélicos manifestaram-se a respeito. Como um acontecimento desses passa despercebido?

Leia o texto abaixo, e se puder deixe sua opinião, orientação e até mesmo sua dúvida utilizando o sistema de comentários do site.

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O Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano publicou uma nota abordando o tema da crise financeira mundial, intitulada “Para uma reforma do sistema financeiro e monetário internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal”.

Nessa nota, sob argumentos humanitários, o Vaticano propõe que todos os países do mundo avancem nos estudos de estabelecer uma autoridade mundial, para assuntos financeiros e bélicos. Segundo a nota, “ninguém, conscientemente, pode aceitar o desenvolvimento de alguns países em desvantagem de outros”. Para o Vaticano, “o caminho rumo à construção de uma família humana mais fraterna e justa e, antes ainda, de um renovado humanismo aberto à transcendência, parece ainda muito atual”.

Ressaltando a Carta encílica “Pacem in Terris”, (termo em latim que pode ser traduzido como Paz na Terra), escrita em 1963 por João XXVIII e que previa uma unificação cada vez maior do mundo, a nota afirma que desde aquela época, se reconhecia o fato de que, na comunidade humana, faltava uma correspondência entre a organização política, ‘no plano mundial, e as exigências objetivas do bem comum universal’. Por conseguinte, desejava que um dia se pudesse criar ‘uma Autoridade pública mundial”, afirma a nota.

O processo de globalização do mundo e dependência mútua cada vez maior dos países é classificada pela Igreja Católica como um fato previsto pelo Papa João XVIII em sua carta, e apoiada pelo Papa atual, Bento XVI. “Face à unificação do mundo, favorecida pelo complexo fenômeno da globalização; perante a importância de garantir, para além dos demais bens coletivos, o bem representado por um sistema econômico-financeiro mundial livre, estável e ao serviço da econômica real, hoje o ensinamento da Pacem in terris parece ainda mais vital e digno de urgente concretização. O próprio Bento XVI, no sulco traçado pela Pacem in Terris, manifestou a necessidade de constituir uma Autoridade política mundial”.

O comunicado explica os motivos, classificados pela igreja católica como humanitários, de se apoiar um governo único, proposta que é entendida por teólogos como parte do surgimento do Anticristo, previsto nas profecias do Apocalipse. O Vaticano propõe uma reflexão na luta pelo desarmamento dos países: “Pensemos, por exemplo, na paz e na segurança; no desarmamento e no controle dos armamentos; na promoção e na tutela dos direitos fundamentais do homem; no governo da economia e nas políticas de desenvolvimento; na gestão dos fluxos migratórios e na segurança alimentar; e na salvaguarda do meio ambiente. Em todos estes âmbitos, é cada vez mais evidente a crescente interdependência entre Estados e regiões do mundo, e a necessidade de respostas, não apenas setoriais e isoladas, mas sistemáticas e integradas, inspiradas pela solidariedade e pela subsidiariedade, e orientadas para o bem comum universal.”

O Pastor Antônio Mesquita, do blog “Fronteira Final” entende que sob o argumento de ações humanistas, o Vaticano acaba protagonizando uma profecia bíblica sobre o assunto: “Analise a semelhança com o alerta bíblico a respeito do acordo entre o Anticristo e os judeus. O texto de 1 Tessalonicenses 5:1-5 diz: ‘Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas”, opina o Pastor.

Em determinado trecho da nota, o Vaticano afirma que essa “Autoridade Mundial” deve surgir de um processo em que todos os países a reconheçam e aceitem. “A autoridade supranacional deve possuir uma delineação realista e ser realizada gradualmente, com o objetivo de favorecer também a existência de sistemas monetários e financeiros eficientes e eficazes, ou seja, mercados livres e estáveis, disciplinados por um adequado quadro jurídico, funcionais para o desenvolvimento sustentável e para o progresso social de todos, inspirados nos valores da caridade na verdade”.

Para o Pastor Mesquita, as ideias propostas pelo Vaticano se aproximam muito do que as Escrituras Sagradas dizem a respeito desse tema, com perseguição aos cristãos: “A Bíblia diz o seguinte, sobre o Governo Único: ‘E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se a ele poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça’.

Fonte: Gospel +
Matéria Do Site G1 Publicado em 07 de Julho de 2009


Cidade do Vaticano, 7 jul (EFE).- O Vaticano apresentou hoje a terceira encíclica de Bento XVI, de marcado caráter social, na qual afirma que a economia precisa de ética e que o mercado "não é o lugar de atropelo do forte sobre o fraco".

Na encíclica "Caritas in veritate" (Caridade na verdade), o pontífice afirma que a crise mostra que os tradicionais princípios da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade, "não podem ser descuidados".

O papa afirma que a economia não elimina o papel dos Estados e tem necessidade de "leis justas".

Bento XVI exige que as "finanças, após seu mau uso, que prejudicou a economia real", retornem a ser um instrumento orientado ao desenvolvimento.

O papa pede uma "urgente" reforma da ONU e da arquitetura econômica e financeira internacional.

"Urge a presença de uma verdadeira autoridade política mundial que se atenha de maneira coerente aos princípios de subsídio e de solidariedade", escreve.

Também trata o tema do meio ambiente e afirma que as sociedades tecnologicamente avançadas "podem e devem diminuir" suas próprias necessidades energéticas e devem avançar na pesquisa sobre energias alternativas.

O novo documento do papa retoma os temas sociais contidos nas encíclicas "Populorum progressio" (1967), escrita por Paulo VI, e "Sollicitudo rei socialis" (1988), sobre a mesma temática, escrita por João Paulo II.

A encíclica - carta solene dirigida pelo papa aos bispos e fiéis católicos do mundo - foi assinada pelo Pontífice em 29 de junho, festividade de São Pedro e São Paulo, é dividida em seis partes e consta de 136 páginas.

O texto começa afirmando que "a caridade na verdade, da qual Jesus se fez testemunha, é a principal força propulsora para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira".

As seis partes do texto são "A mensagem da Populorum progressio", "Desenvolvimento humano em nosso tempo", "Fraternidade, desenvolvimento econômico e sociedade civil", "Desenvolvimento dos povos, direitos, deveres e ambiente", "A colaboração da família humana" e "Desenvolvimento dos povos e da técnica".

A encíclica foi apresentada pelos cardeais Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e Paul Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício "Cor Unum" - encarregado de distribuir a caridade do papa -, pelo arcebispo Giampaolo Crepaldi, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e pelo economista Stefano Zamagni, da Universidade de Bolonha (Itália).

O papa Bento XVI já escreveu outras duas encíclicas, "Deus caritas est" (Deus é amor), de 2006, e "Spe salvi" (Salvos pela esperança), de 2007. EFE

Arrebatamento da Igreja

Inúmeros líderes de Igrejas cristãs da atualidade, de variados entendimentos bíblicos teológicos, se proclamam autênticos seguidores da moral evangélica do Cristo e, por conseguinte, idealizam que as suas Igrejas, em particular, será arrebatada fisicamente do ambiente terrestre nos transes das grandes tribulações humanas que advirão nos finais de ciclos para desfrutar diretamente, sem nenhum esforço coletivo, as bodas do Cordeiro no reino celestial. Eximindo-se assim numa atitude egoística de exemplificar perante os demais irmãos da humanidade aquilo que Jesus mais fez questão de ensinar e vivenciar na sua jornada terrestre: a paciência e resignação nas tribulações da vida humana.

São decorridos mais de XX séculos em que árvore do cristianismo abriga sob a sua sombra benéfica as almas humanas, ensinando sob figuras de linguagem os mistérios da imortalidade para além do plano físico terrestre. Essa árvore para chegar frondosa aos nossos atuais dias sofreu ao longo dos séculos os embates da má vontade humana, em forma de perseguições cruciais às suas primeiras sementes, mutilações na formação dos seus primitivos ramos, destruição e queimadas nos seus galhos iniciais.

Muitos líderes atuais dessas Igrejas modernas desconhecem, ou fingem desconhecer, os martírios e tribulações pelos quais passaram os trabalhadores da boa nova dos primeiros séculos de cristianismo, ignorando assim sem racionalizar com integridade, a labuta do crescimento da árvore cristã para chegar aos nossos dias. Utilizando uma figura de linguagem bem simples: aderem ao movimento cristão que leva a bagagem de mais XX séculos de biografias das sociedades terrestres, e sem reflexionar o pão que “o diabo” da alma humana desviada do bem amassou em rejeição à pureza dos princípios cristãos.

Aqui abrimos um parágrafo de reflexão para ajudar irmãos de embrionário entendimento que se julgam inclusos em arrebatamento direto para do reino celestial, descaracterizando a mensagem viva da cruz, do trabalho nobre, do sacrifício pessoal, da perseverança no bem, da humildade e simplicidade nas coisas espirituais, com Jesus: aquele que quiser ser o maior, então que seja o servo de todos; quem a si mesmo se exaltar, será rebaixo na vida celestial; e os últimos é que realmente serão os primeiros...

BREVE RELATO DO CRISTIANISMO:
As primeiras perseguições aos ideais do Cristo foram encabeçadas por Herodes, governador da Judéia, após receber a visita dos astrólogos que estavam na busca de localizar a cidade onde o menino Jesus havia nascido. E Herodes temendo o seu futuro político, baixou um decreto e autorizou a mortandade de todas as crianças do sexo masculino com até dois anos de idade (Mateus 2. 16).

Quando Jesus completou 30 anos começou a sofrer perseguições do Sinédrio, Templo de Jerusalém, onde se praticava a religião mosaica com base no Antigo Testamento das escrituras. O Sinédrio comandava a religião dominante nessa época, na Judéia, e sentiu-se abalado em sua estrutura íntima pela moral que Jesus propagava e vivenciava diante do povo. Os Sacerdotes liderados por Caifás resolveram então promover perseguições aos ideais de Jesus, e essas perseguições foram intensas que culminou no desfecho da condenação e crucificação de Jesus. De fato Jesus foi condenado à morte na cruz por acusação da Religião na figura dos Sacerdotes de Jerusalém; e pelo Poder Político que simplesmente lavou as mãos diante das exigências impostas pelo Sinédrio, e que influenciou a massa popular para aplaudir esse ato bárbaro.

Três cruzes se erguem no alto do monte, naquela sexta feira do ano 33 em que se consumou a ação da condenação de Jesus. Alguém que contemplasse a imagem do crucificado apenas pela visão carnal, abandonado pelos seus seguidores e amigos mais íntimos, e perseguido pelos influentes que executavam a religião dominante da época: os fariseus e saduceus; e também ignorado pelas autoridades políticas que lavaram as mãos para um ato desprezível, que era a crucificação como um malfeitor rebelde. Alguém certamente diria: ali jaz um carpinteiro visionário derrotado. Porém, àqueles que têm olhos para ver e ouvidos para entender além dos sentidos puramente materiais, saberiam que no martírio de Jesus fora descortinado uma luz imorredoura para todos os séculos da vida terrestre, e que no plano oculto do invisível essa luz iria trabalhar ativamente iluminando a escuridão mental na qual vagavam as consciências humanas por longos séculos.

Após a morte física de Jesus as perseguições continuaram sendo destinados aos Apóstolos, com a finalidade de desestruturar os seguidores do Mestre, e tudo isso instituído pelo Sinédrio, onde o jovem Saulo foi um carrasco cruel, até a sua conversão às portas da cidade de Damasco - Síria. Quando em visão espiritual (ARREBATAMENTO) vislumbra em êxtase, o espírito de Jesus ressuscitado (Atos 9. 1 a 18).

A partir dos anos 40, a boa nova tem um novo seguidor Paulo, que se imortalizou como o apóstolo dos gentios, e que juntamente com Lucas, um jovem médico de origem grega, divulgam o Evangelho em várias pátrias sob a jurisdição do Império Romano, inclusive na própria Roma. Após os anos 50, em Antioquia é que os seguidores de Jesus foram realmente chamados de: cristãos (Atos 11. 26), por sugestão de Lucas, nascendo assim o termo cristianismo. Antes eram designados como os fiéis do Caminho (vide Atos dos apóstolos 19. 9)

Quando a evangelização alcançou os bairros de Roma, o imperador Nero autorizou perseguições cruciais à comunidade cristã a partir dos anos 55, aonde chegou ao extremo de mandar atear fogo em seus arredores no ano 64, para culpar cristãos. Aqueles que aderiam ao movimento das idéias cristãs eram caçados cruelmente e quando pegos pelas autoridades romanas eram queimados vivos, outros levados aos circus que serviam de palco para distrair as pessoas, e ali eram submetidos a enfrentar leões famintos, sucumbindo esquartejados por essas feras em dolorosos espetáculos de insensibilidade e degradação humana.

Os Cristãos não tinham direitos sociais e nem podiam se reunir para confessar publicamente suas crenças, pois eram punidos impiedosamente com sofrimentos atrozes até extinção do corpo carnal. Só para reflexionar essas atrocidades: Assim como Jesus foi traído, julgado injustamente pelo Sinédrio e condenado à morte horrenda na cruz... os seguidores mais íntimos do Mestre também foram execrados na praças públicas: Estevão foi apedrejado barbaramente; Pedro foi crucificado brutalmente de cabeça para baixo; Paulo foi degolado com ferocidade; e milhares e milhares de cristãos mortos cruelmente, à luz do dia.

Três séculos de acossamentos cruéis às pessoas que simplesmente buscavam seguir um Mestre que tinha ensinado e vivenciado o amor a Deus, espírito criador de todas as coisas; o amor ao próximo como a si mesmo; a imortalidade da alma; as bem-aventuranças celestes aos que suportassem as provações da luta terrena com fé, esperança, e muito amor no coração.

Uma das perseguições mais atrozes da história foi organizada pelo Imperador Diocleciano no ano 305 que autorizou as Legiões Romanas incendiar do oriente ao ocidente todos os núcleos de pequenas congregações cristãs, mandando assassinar barbaramente milhares e milhares de famílias que professavam a fé em Jesus.

O Império Romano estava em decadência moral. As pessoas não suportavam mais tanta barbaridade. Porém o Evangelho crescia na alma popular, e agora as classes dominantes de Roma já viam com bons olhos o heroísmo dos cristãos em suportarem as cruéis perseguições com tanto amor pelas promessas da imortalidade da alma, para além das provações da existência humana.

Final do século IV. O Império Romano governado por Constantino liberou publicamente o cristianismo em todas as nações do Império. A razão de sua conversão fora uma visão do símbolo da cruz no céu, durante a Batalha da Ponte Mílvia, em que venceu o inimigo na disputa pelo trono. Transcorrido esse período de calmaria sobe ao poder público: o imperador Teodósio, que desejando concentrar em Roma a matriz do cristianismo, constitui então o Catolicismo Apostólico Romano como a religião do estado romano. Com a instituição do Catolicismo o Império Romano estabeleceu a primazia do Bispo de Roma sobre todos os demais Bispos das congregações cristãs distribuídas nas demais regiões do mundo antigo, fato este que causou divisões entre os cristãos. Pois algumas congregações se opuseram a essa subordinação, por exemplo: Antiquióquia que era uma das primitivas do ano 42. Essa tomada de decisões abriu margem para quem se dizia cristão perseguir outro cristão. Doravante, repontam as heresias de crenças; as cruzadas religiosas e explorações de terras que incitam batalhas sanguinárias; as inquisições da crença que promovem perseguições cruéis em Tribunais intitulados de Santo Ofício e que, ao invés de anunciar a vida eterna lançam a morte atroz às pessoas que divergem fundamentos e princípios de crenças...

Mais de dez séculos de lutas fratricidas pela sobrevivência das idéias religiosas, até as reformas protestantes que aconteceram a partir do século XVI.

Certamente que não se alcançará o raciocínio lógico destas lutas renovadoras da evolução social e que sensibilizam as lembranças humanas, ignorando-se o principio básico da vida e muito bem divulgado no Evangelho: a imortalidade da alma. Conscientizou Jesus: “Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma”... (Mateus 10: 28)

No mundo passareis por tribulações, mas tende bom animo eu venci, vós também vencereis... (João 16. 33)

Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus (Atos 14. 22)

Jesus tinha onisciência que os seus ensinamentos morais iriam inflamar as intolerâncias religiosas do mundo antigo cheio de maldades, violências, pecados, transgressões, corrupções... Ele mesmo dá conhecimento destas coisas, quando esclarece: Não penseis que vim trazer paz ociosa à Terra... Não vim trazer esse tipo de paz; Mas, a ação da luta renovadora... Porque eu vim por em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra... E assim os oponentes do homem serão os seus próprios familiares (Mateus 10. 34 a 36).. A sociedade não tinha uma base de fé unificada em Deus, os governos eram pagãos, a religião que era responsável de conduzir as Almas vivia se digladiando umas com as outras em guerras de extermínio e crueldade. E dessa forma a mensagem renovadora do Evangelho do Cristo iria levar séculos para solidificar na alma humana, e que os primeiros trabalhadores de sua causa seriam trucidados vivos nos palcos e circos humanos, como de fato aconteceu: séculos de luta e derramamento de sangue para a sociedade começar a respeitar e reverenciar a moral salvadora de Jesus.

Estas divergências e lutas que ocasionaram muitas provações coletivas no plano físico terrestre elas se tornam perfeitamente compreendidas à luz e justiça da reencarnação das almas. Sem o princípio misericordioso da reencarnação da alma e seu trabalho progressivo para o reino celestial, todas essas lutas e provações seriam incompreensíveis e estaria subordinado a um acaso cego e insensato.

AGORA a certeza que Jesus fez questão de ensinar nos Evangelhos sob o véu de figuras de linguagem, é que após as provações, tribulações e martírios dos seus seguidores na luta material. Nenhum deles ficaria desamparado na vida imortal do espírito após extinção do corpo carnal, porque essas almas heróicas que perseverassem fiéis até o fim em suas provações, suas almas seriam salvas das tribulações do além túmulo, porque estariam amparadas pelos anjos celestiais e conduzidas para o reino espiritual no seio invisível de Deus, E DESTA FORMA É QUE SE REALIZA O ARREBATAMENTO ESPIRITUAL.

Se esperamos em Cristo nó nesta vida (material), somos os mais miseráveis de todos os homens...

E há corpos celestes e corpos terrestres... Se há corpo animal, há também corpo espiritual...

A carne e sangue não podem herdar o reino de Deus (I Cor 15. 19 a 50).

O reino de paz e amor iniciado por Jesus ainda não pertence a este mundo, apesar de nosso mundo, o planeta Terra, no plano extrafisico todo poder de direção espiritual ter sido delegado por Deus: a Jesus Cristo. Nas infinitas moradas da Casa Universal do Pai, Jesus está preparando a todos aqueles que seguem a sua moral com consciência, novos lugares de bem-aventuranças celestiais

Aparentemente apesar de não vermos Jesus com os olhos carnais, Ele está presente invisivelmente em nossas vidas participando interativamente, nos consolando nas lutas, nos inspirando pelo poder espírito. “ Estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. E o reino de Deus não vem com aparências exteriores... ali, aqui, lá, acolá... É uma conquista individual e interior, ou seja, é um estado de espírito que alcançamos quando a nossa consciência desperta em si mesmo os sentimentos divinos do Cristo.

Que despertem nas Igrejas nossos irmãos em Cristo, pois na vida eterna que se desdobra nos planos celestiais divinos não existe aposentadoria compulsória, tal qual na existência humana. Lembremo-nos do que ensinou Jesus: O Pai trabalha até hoje, assim também o Cristo, e todos os filhos da luz...

CONSCIENTIZAÇÃO CRISTÃ
Eu sou a Luz da Vida;
Eu sou a Luz do Mundo;
Eu sou o Pão que alimenta o espírito;
Eu sou a água viva que sacia a alma;
Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

E que ninguém vai ao seio imaterial do Pai Criador para sentir a grandeza e integração multidimensional com a Vida Celeste, no Cosmos, senão através dos seus ensinamentos que tem a síntese de vivência na prática do amor e da virtude, princípios divinos (João 14. 6).

Jesus é o mesmo ontem hoje e sempre a mais elevada consciência espiritual que Deus, o Criador dos Mundos, facultou ao espírito humano a fim de que o siga como modelo orientador para vencer as provas e provações da luta material, até o Ser complementar a perfeição intelectual e moral no curso das existências que se concretizam nas infinitas moradas astrais do cosmo celeste.

PRINCÍPIOS MORAIS DO EVANGELHO DO CRISTO:
Amor a Deus - o Criador, com a força da alma, de todo coração, de todo entendimento;
Amor ao próximo como a si mesmo;
Fé em ti mesmo e no Poder Divino que te sustenta;
Não articular o mal para as pessoas nem por pensamentos, palavras, ou atitudes... Mas realizar o bem sem cessar;

Perdoar sem restrições: mágoas, ofensas morais, ações maldosas do próximo. No mesmo raciocínio como esperamos que Deus perdoe as nossas transgressões, em síntese: Pai! Perdoai os nossos pecados, assim como perdoamos as faltas que os nossos ofensores cometem contra a nossa consciência;

Orar com confiança, ou seja: buscar conexão com Plano Divino sem descanso; abençoar as adversidades; refletir bons pensamentos às pessoas com as quais não temos harmonia e nem afinidades pessoais simpáticas;

No plano divino serás analisado pelas obras do bem que realizares na vida;

Se a recompensa pelo bem que semeares não acontecer no plano terrestre, com certeza, realizar-se-á nos planos celestes da vida superior;

Acreditar plenamente na imortalidade da alma, e intensificar em si mesmo, a virtude de seus tesouros imperecíveis;

Confiar na assistência invisível dos poderes de Deus através de suas potências angélicas;

Procurar desenvolver o reino divino no coração, e esperar trabalhando com fé a felicidade de viver intensamente nas muitas moradas astrais, que integram a Casa Universal de Nosso Pai Celestial.

Eis a razão de Jesus imolar-se na cruz em prol de sua mensagem de amor e salvação moral à alma humana decaída em erros de existências passadas, para ensinar à humanidade exemplos dignificantes que em nome de Deus não se deve violentar a ninguém e nem promover desordens religiosas. Ele, Jesus filho do Altíssimo, ensinou e exemplificou com sacrifícios que culminou na sua crucificação que somente através do amor fraterno, do perdão incondicional, do trabalho social, do serviço pelo bem comum, da fé no poder divino, na tolerância às diferenças de crenças, e no respeito moral às pessoas poderemos encontrar a nossa redenção para a vida eterna no seio imaterial do Criador.

Autor: Abrahão Ribeiro

As Seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo

As Seis Lições Extraídas da Parábola do Filho Pródigo


"E disse: Certo homem tinha dois filhos; e o mais moço disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda."( Lc 15. 11 , 12- 32).

Os líderes religiosos judaicos não entendem o amor de Cristo pelos pecadores. Precisamos ler essa parábola partindo do seu contexto histórico. A intenção de Cristo não é apenas a de dizer que Deus ama os homens, mas que Deus ama os homens pecadores.

Pecado, perdição e amor. Esses são os três temas principais da parábola mais famosa da Bíblia. Em primeiro lugar, sua intenção é revelar o porquê de o ser humano ser considerado pecador. Em seguida, Cristo revela a natureza da conseqüência maior do pecado que é a perdição. Em terceiro lugar, Cristo revela a extensão do amor que Deus tem pelos pecadores perdidos.

Só entenderemos o cristianismo e a própria missão de Cristo se compreendermos essa parábola. Vejamos, portanto, a primeira verdade que ela tenciona ensinar: a natureza do pecado humano.

O filho mais novo via o pai como alguém rude, incapaz de compartilhar de todos os bens, por isso, exige sua parte da herança. A rebeldia, entretanto, estava no filho, que descumprindo a lei judaica, se torna herdeiro antes da morte do pai.

Desperdiça toda herança, fica na miséria. Pobre e infeliz resolve pedir ajuda a um fazendeiro. Pensou encontrar ali abrigo, comida e misericórdia, mas, não foi o que aconteceu. Sentiu fome, frio e solidão, dia após dia. "E ninguém lhe dava nada" (v.16)

"E tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!"(v.17)Ele percebeu que o pai era bondoso, generoso até mesmo com os trabalhadores (com quem não tinha parentesco), não seria com ele, filho? Percebeu que os bens materiais não foram capazes de fazê-lo feliz. Entendeu que ninguém o compreenderia tão bem quanto seu Pai.

Para a maior parte dos cristãos, que por diversas vezes ouviram referências a essa parábola em sermões dominicais, a estória significa pouco mais do que a infinita generosidade do Pai, que recebe de braços abertos o filho pródigo que saiu de sua Casa para entregar-se à devassidão, dissipando sua herança. É mais uma lembrança de que o erro não compensa, mas que, em última análise, se tivermos a desgraça de cair no pecado (e quem não caiu incontáveis vezes?) podemos, por meio da verdadeira contrição, ser perdoados e recebidos de novo pelo Pai.

Essa interpretação singela tem seus méritos e satisfaz a grande massa dos fiéis. Mas existe muito mais riqueza por trás dessa parábola, que é um verdadeiro exemplo de quantos ensinamentos podem estar velados na linguagem do simbolismo.

Quantas pessoas estão passando por problema semelhante? O pai da parábola representa Deus. Muitos, por não conhecê-lo, julgam-no distante, impiedoso e egoísta. Incapaz de compreender sentimentos, de amar os injustos pecadores. Optam por viver afastado, recebendo apenas "a parte que lhe cabe na herança" (a vida com suas mazelas).

Procuram ajuda nos "fazendeiros" do mundo, que só têm olhos para seus "porcos",ou seja, suas vidas sujas, imundas como um chiqueiro. "fazendeiros" que nada têm a oferecer, porque desconhecem o Pai.

Arrependido, o filho volta para casa. Imagino-o derramando lágrimas durante a viagem. Quantas lembranças do pai...

"Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e veste-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés" (versos 21 e 22)

As vestes representam um novo espírito, o anel, uma nova aliança, desta feita, eterna. As sandálias representam um novo caminho. O filho agora estava bem abrigado nos braços do Pai.

• O Filho mais velho
Recebeu do pai, conforme a lei, uma maior parte da herança (dois terços), enquanto o mais novo(um terço). Nunca deixara a casa do pai, era moderado e cumpria com seus deveres, porém, nunca investira em um relacionamento com o pai. Por isso, não o conhecia. Sua falta de amor era tamanha que sequer consegue chamar "meu irmão" e se refere ao irmão como: "este teu filho" (v.30).

Mesmo tenho muitos bens, faz questão do cabrito matado para festa do irmão: "Nunca me deste um cabrito (V.29). Era egoísta. Esse filho representa os fariseus. A casa do pai representa o templo, a igreja. Está no templo, não significa necessariamente, conhecer a Deus.

Esse filho também precisa de arrependimento, salvação, encontro íntimo e real com seu pai (Deus). Esse filho ainda não conhece o verdadeiro amor, pois, nunca buscou-o.

• A mãe do filho pródigo
Entendo que não por acaso, Jesus contou três parábolas seguidas, presentes em Lucas 15: A parábola da Ovelha Desgarrada, Dracma Perdida e Filho Pródigo. Há semelhança entre as três que se relacionam entre si. Todas falam do resgate do pecador arrependido e da necessidade de arrependimento dos fariseus.

Vejo que na Parábola da Ovelha, o Pastor é Jesus. Na Dracma Perdida, a mãe é a Igreja, a Candeia, O Espírito Santo. No Filho Pródigo- o Pai É Deus. Então: Aqui está o papel da Trindade na salvação do homem.

Jesus É o bom Pastor que deu sua vida pelas ovelhas, seu sacrifício na cruz, redime o homem de todo pecado, conduzindo-o a salvação. A Igreja é representante de Deus, necessita ter o fogo do Espírito Santo, a candeia acesa para ir em busca dos perdidos. Deus está sempre esperando os filhos retornarem para casa, Ele sempre os recebe com alegria e amor. Houve festa no céu na parábola da Ovelha, festa na casa da mulher, na parábola da dracma, festa na casa do filho pródigo.

Então: Sendo a igreja a mãe, a mesma que buscou a dracma, ela está presente na parábola do filho pródigo. Ela é a casa do filho pródigo.

Uma casa que manteve a candeia acesa por todo o tempo em que o filho esteve distante. àquele pai, deve ter orado pela volta do filho, derramado lágrimas em suas petições a Deus. É assim que agem os cristãos cheios do Espírito Santo.

O filho mais velho estava sempre em casa (Igreja) só que sua candeia estava apagada. Ele não se alegrou com a volta do irmão, não orava por isso, sequer procurava saber como estava. Ele é o retrato da Igreja inoperante, morta, sem amor pelos perdidos, ou mesmo pelos que já se encontram salvos.

• Veja agora as seis lições extraídas da parábola do filho pródigo:
1. Pare para considerar hoje a sua origem.
Pense no fato de que você poderia ter sido um aborto literal ou metafísico. Você poderia ter morrido no ventre da sua mãe, ou ter sido apenas uma possibilidade na mente de Deus.

2. Pare para considerar hoje o que você recebeu.
Você não apenas foi criado, mas tem sido mantido pelo poder de Deus. Um Deus que tem enriquecido sua vida das mais diferentes formas. Não menospreze o que lhe foi dado por amor. Doado não para a sua destruição, mas para o enriquecimento da sua vida.

3. Pare para considerar hoje o caráter do autor de tudo o que você tem e é.
Pense na origem de tudo o que foi criado. Cristo não fala de uma coisa, mas de alguém. E ao escolher um ser humano com quem pudesse comparar a Deus, Cristo escolhe a figura do Pai. Pois, é isso o que Deus é.

4. Pare para considerar hoje o que você tem feito da sua liberdade.
Como você tem administrado a liberdade recebida?

5. Pare para considerar hoje se você vive para a glória daquele que o criou.
Você tem vivido para fazer Deus sorrir? Sua maior obsessão é levá-lo a se ver em você?

6. Pare para considerar hoje o quanto você tem desperdiçado da herança que recebeu.
Compete a cada um de nós, tomarmos a decisão de gastar nossa vida naquilo que é belo, santo e glorifica a Deus. E tudo isso na presença daquele que é a causa de tudo o que temos e somos; esse ser absolutamente amável.

Que Deus fale profundamente ao seu coração. Amém.

Autor: Jânio Santos de Oliveira

O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS.



“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro de mim”. (Jó cap.19 vers.25,26,27).

O Testemunho do Antigo testamento: Na passagem bíblica citada acima, observe que o patriarca Jó foi consolado por essa doutrina enquanto passava pelo oceano de aflições. Alguns afirmam que essa passagem não faz referência à ressurreição, mas apenas expressa a confiança de Jó em que Deis lhe haveria de restituir a prosperidade. No entanto, ele fala de um Ser cujo nome é Redentor, que não se achava na terra naquele tempo, mas haveria de aparecer mais tarde na história do mundo. Se isso não exprime a fé do patriarca em um Messias vindouro, o que exprimiria entã ??? Jó fala do próprio corpo sendo destruído pelos vermes: seria possível exprimir o estado de morte em termos mais claros ??? Como isso pode ser uma referência à adversidade temporal ??? Se as palavras de Jó não se referem à destruição do corpo e à vida subseqüente, pouco sentido parecem ter. Portanto, ele está declarando a certeza de que ressuscitará e verá a Deus no futuro.

Os profetas também anunciaram em linguagem clara a sua fé na ressurreição do corpo.

Isaías, era um aristocrata de nascimento, bem educado e por chamado divino tornou-se um proclamador dos oráculos de Deus. Ele foi o instrumento escolhido por Deus em Jerusalém. Observe que no (cap.26 vers.19), Isaías diz o seguinte: “Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos”.

Observe também que em (Daniel cap.12 vers.2), Daniel ajunta o seu testemunho ao de Isaías: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”.

Essas duas passagens já são o suficientes para demonstrar que os patriarcas e profetas, guiados por inspiração divina, penetravam as espessas nuvens que encobriam o túmulo e avistavam a glória da ressurreição no último dia.

O Testemunho do Novo Testamento: Cristo, nos evangelhos, sustenta essa preciosa doutrina. Os saduceus, que não acreditavam na ressurreição, vieram ter com Jesus e o interrogaram sobre o assunto. Duas resposta podem ser encontradas em (Lucas cap.20 vers.37,38), (Mateus cap.22 vers.31,32) e também em (Marcos cap.12 vers.26,27), no qual para que você possa estudar melhor esta matéria, vamos citar estas 3 respostas abaixo:

“E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para Ele todos vivem. Então, disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem!”

“E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos”.

“Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido no livro de Moisés, no trecho referente à sarça, como Deus lhe falou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ora, ele não é Deus de mortos, e sim de vivos”.

As palavras citadas aqui por Jesus foram proferidas a Moisés conforme nos mostra (Êxodo cap.3), e o Senhor declara que foram ditas “acerca da ressurreição dos mortos”. Mas observe que em (João cap.5 vers.28,29), Jesus também disse o seguinte: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que dizeram o mal, para a ressurreição da condenação”.

É importante você saber que os apóstolos também deram testemunhos da ressurreição, observe bem (Filipenses cap.3 vers.20,21) que diz o seguinte: “A nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”.

Uma outra observação importante, é encontrada em (1 Tessalonicenses cap.4 vers.14 á 18), que diz o seguinte: “Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”.

No novo testamento, o mais extenso e teologicamente rico argumento sobre a doutrina da ressurreição foi escrito por Paulo.


A doutrina da ressurreição está claramente estabelecida nas Escrituras.

"SUA NEFESH (ALMA) ESTÁ TRISTE?!" ESSA MENSAGEM É PARA VOCÊ:

Gotas Bíblicas
Tristeza Virará Alegria
Pr. Olavo Feijó
João 16:20 – Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
Pouco antes se ser preso, (YahuShúa) anunciou que a tristeza inundaria os Seus discípulos. No mesmo contexto, entretanto, predisse que o poder de Sua ressurreição transformaria a tristeza deles: "Vocês ficarão tristes, mas essa tristeza virará alegria." (João 16:20).
Uma das explicações de (YahuShúa) para tristeza dos seus discípulos foi: "daqui a pouco vocês não vão Me ver mais…" É profundamente triste quando, em nossos problemas, olhamos ao redor e não conseguimos ver a (YahuShúa). É um sentimento de abandono, de desorientação. O impacto é tão avassalador que, por vezes, concluímos que nossa dificuldade em ver a (YahuShúa) é o mesmo que o desaparecimento de (YahuShúa). Não é a mesma coisa, mas nos entristecemos como se fosse.
Toda miopia espiritual causa tristeza. Por isso, é essencial não confundir visão biológica com visão da alma. Paulo merece atenção, quando nos ensina que "a fé é a prova das coisas não vistas". Felizmente, nossa fé é a obra do Espírito Santo (Rúkha Qadôsh) em nós. Lembrando-nos, sempre, que é esta fé que nos permite ver o (MaschiYah) [Messias] em nossa vida, em nossos problemas, em nossas tristezas, mantemos aberto o processo de nossa alegria. É esta comunhão com o (MaschiYah) ressuscitado que garante: "essa tristeza virará alegria".
Um só (‘Ulhím) [ETERNO], um só Mediador
Pastor Sérgio Ferna.
1 Timóteo 2:5 – Porque há um só (‘ULHÍM), e um só Mediador entre (‘Ulhím) e os homens, (YahuShúa MaschiYah) homem.
O cristianismo é uma religião monoteísta, isto é, que admite a crença em um único (‘Ulhím). Cremos que este (‘Ulhím) revelou-se a humanidade através de três pessoas distintas e coexistentes (o Pai, o Filho e o Espírito Santo). [Rúkha Qadôsh].
Paulo, escrevendo a Timóteo, o recorda que dentro desta organização, existe apenas um mediador entre (‘Ulhím) e os homens, que é (MaschiYah). Na condição de único mediador, (YahuShúa) é a única pessoa que pode nos unir a (‘Ulhím – Yahu), dando-nos a oportunidade de participar das ricas bençãos que Ele tem nos prometido.
Orar e pedir alguma graça a outra pessoa que não seja (MaschiYah) é um pecado gravíssimo! Quem leva a Palavra de (YAHU) a sério reconhece que (MaschiYah – O MESSIAS) é o único mediador!
OBS.: TUDO O QUE ESTIVER ENTRE: ‘PARÊNTESES’ É MEU GRIFO! ESTE ESTUDO É DA INTERNET E TEM DIREITO AUTORAL! QUE ESTÃO SENDO RESPEITADOS. MAS, SOMENTE OS NOMES DIVINOS É QUE SÃO MEUS GRIFOS! PORQUE ENTENDO DESSA FORMA! IGUALMENTE AO REFERIDO DIREITO AUTORAL COM NOMES DE QUEM PUBLICA A MENSAGEM É IGUALMENTE QUANDO TROCAMOS O NOME DO ETERNO CRIADOR E SEU FILHO = AO TEXTO DIZ: 1TIMÓTEO 2,5: UM SÓ MEDIADOR! E SE TROCAMOS SEU NOME, COMO FICA ESSE TEXTO???? POR ISSO, O QUE É DE MINHA AUTORIA NO TEXTO, ESTÁ MARCADO OK. POR ENTENDER ASSIM! ESSA É UMA LINDA MENSAGEM PARA QUEM ESTÁ TRISTE, OU PERDEU O RUMO….!!!!
POIS, TAMBÉM, ENTENDO QUE: PROCURAR A VERDADE NÃO É NENHUM CRIME, MAS, SIM, SE LIBERTAR DA ESCRAVIDÃO DE ERROS PASSADOS………….!!!!!! Yochanan (Jo) 8,32; 4,22-24! Mas, por que de tudo isso? Por isso apenas: POR LOUVOR AOS SEUS SACRIFÍCIOS DE SANGUE POR TODOS OS PECADORES! E PORQUE QUERO FAZER PARTE DE SEU TESOURO PARTICULAR EM MEMORIAL COLOCADO A SUA FRENTE POR PROCURAR SEU NOME VERDADEIRO SOMENTE: Judeus messiânicos (Hebreus): 13,5-13! E, Mal’akhi (Malaquias): 3,16-18! Tehillim (Salmos): 83,18! 86,9! Assim diz a Escritura Sagrada!

Irmão Adam Weishaupt: Maçom e Illuminati

Adam Weishaupt (6 de fevereiro de 1748 – 18 de novembro de 1830), professor de Direito Canónico (1) na Universidade de Ingolstadt, famoso por fundar a "Ordem dos Perfeitos" mais conhecida como Illuminati (2). Ensinava que existia uma iluminação racional, fora e acima da fé, acessível a qualquer pessoa, e poderia levar a uma maior perfeição.
Adam Weishaupt nasceu em 6 de fevereiro de 1748 em Ingolstadt no condado da Baviera. Weishaupt nasceu em uma família judia, cujo pai era o rabino Johann Georg Weishaupt (1717-1753) que morreu quando ele tinha cinco anos de idade. Após a morte de seu pai, ele ficou sob a tutela de seu padrinho, Johann Adam Freiherr von Ickstatt que, como seu pai, era um professor de direito na Universidade de Ingolstadt, diretor de um colégio jesuíta e membro
do Conselho Privado. Há algumas discrepâncias em relação aos vínculos familiares de Weishaupt e Ickstatt, já que os nomes não coincidirem, o fato é que Ickstatt deixou o sobrenome Weishaupt quando abandonou a religião judaica.
Ickstatt era um defensor da filosofia de Christian Wolff (3) e do Iluminismo (4), e influenciou o jovem Weishaupt com o seu racionalismo. Weishaupt começou sua educação formal na idade de sete anos em uma escola jesuíta. Estudou
direito, economia, política, história e correntes como o gnosticismo (5) e a filosofia da Maçonaria recente. Mais tarde, se matriculou na Universidade de Ingolstadt e formou-se em 1768 aos 20 anos de idade com um doutorado de direito. Alguns autores defendem que no ano de 1771 conheceu um comerciante dinamarquês chamado Franz Kolmer, que o introduziu às práticas mágicas do Egito e as doutrinas maniqueístas (6) anti-religiosas, provocando na mente do jovem Weishaupt um espírito anarquista (7) e de pouca tolerância para a religião.
Em 1772, se tornou professor de direito civil e canônico na Universidade de Ingolstadt. Muito rapidamente a concepção liberal de Weishaupt entrou em conflito com os jesuítas, no entanto, pela dissolução da Companhia de Jesus (8)
pelo Papa Clemente XIV (9) em 1773, Weishaupt se tornou reitor da Faculdade de Direito da Universidade, uma posição que era realizada exclusivamente pelos jesuítas até aquele momento. No ano seguinte, casou-se com Afra Sausenhofer de Eichstätt sem a aprovação de Ickstadt.
Em 1775, Weishaupt foi apresentado a filosofia empírica de Johann Georg Heinrich Feder da Universidade de Göttingen. Ambos Feder e Weishaupt se tornariam mais tarde os adversários do idealismo kantiano.
Fundador dos Illuminati
Ao mesmo tempo, porém, quando não estava a fim de fazer o jogo e abusar das sociedades secretas, eu planejava fazer uso dessa mania humana para um objetivo real e digno, para o benefício das pessoas. Eu queria fazer o que os chefes das autoridades eclesiásticas e seculares deveriam ter feito, em virtude de seus cargos …
Decidido a fundar sua própria ordem, em 1 de maio de 1776, Weishaupt a nomeou a "Ordem dos Perfectibilistas" adotando o codinome de "Irmão Spartacus", alegando ser um libertador da consciência humana, arrebatando o homem de dogmas e religiões que os escravizavam. Embora a Ordem não fosse igualitária ou democrática, sua missão era a abolição de todos os governos monárquicos e religiões de Estado na Europa e suas colônias. A associação era uma rede bem elaborada de espiões e contra-espiões. Cada célula isolada de iniciados relatava a um superior, a quem não conhecia, uma estrutura partidária que foi efetivamente adotada por alguns grupos posteriormente.
Ele escreveu:
Eu não trouxe o deísmo (10) a Bavaria mais do que em Roma. Achei isso aqui, em grande vigor, mais abundante do que em qualquer dos estados vizinhos protestantes. Tenho orgulho de ser conhecido pelo mundo como o fundador dos Illuminati.
Decepcionado com os poucos membros com que contava sua ordem, procurou a ajuda de um de seus seguidores, o barão protestante Adolph von Knigge (11) (Philos), que deu um impulso para a sociedade, vindo a criar lojas na
Alemanha, França, Áustria, Itália, Suíça e Rússia.
Weishaupt e a Maçonaria
Weishaupt foi iniciado na Loja Maçônica Theodor zum guten Rath, em Munique em 1777. Seu projeto como iniciado era de iluminação, iluminando a compreensão pelo sol da razão, que irá dissipar as nuvens da superstição e do
preconceito. Assim era sua reforma desejada. Logo tinha desenvolvido mistérios gnósticos de sua autoria, com o objetivo de "aperfeiçoamento" da natureza humana através da reeducação para conseguir um estado comunal
com a natureza, liberto de governo e das religiões organizadas. Ele começou a trabalhar para integrar seu sistema de Iluminismo com a Maçonaria.
Suas preocupações ideológicas o levaram a aderir à Maçonaria, na tentativa de usa-la para seus fins. Basicamente, seus fins eram transformar a Maçonaria em algo além do que simples encontros sociais. O racionalismo radical de
Weishaupt e seu vocabulário não era susceptível de ter êxito naquele momento. Escritos que foram interceptados em 1784, foram interpretados como sedicioso, e a sociedade foi proibida pelo governo de Karl Theodor, Eleitor da Baviera, em 1784. Em 22 de junho de 1784, as autoridades políticas e religiosas da Baviera, deram ordens para perseguir os membros dos Illuminati. Desbaratada sua sociedade, Weishaupt e sua família fugiram para Gotha, na Saxónia. Foram perseguidos já que foi encontrada uma documentação na casa de Weishaupt que planejava dominar todas as facetas da Maçonaria, para derrubar as monarquias da Europa e destruir a Igreja Católica com os mesmos métodos usados pelos jesuítas para se defender dos protestantes.
Recebeu o apoio do duque Ernesto II (12) de Saxe-Gota-Altenburgo (1745-1804), e viveu em Gotha escrevendo uma série de obras sobre o Iluminismo, incluindo Um histórico completo da perseguição dos Illuminati da Baviera (1785), Uma imagem do Iluminismo (1786), Um pedido de desculpas para os Illuminati (1786), e Sistema melhorado de Luzes (1787). Adam Weishaupt morreu em Gotha em 18 de Novembro de 1830, renegando sua fé católica em seu leito de morte. Provavelmente a figura de Adam Weishaupt esta junto com as de Hiram Abif e de Jacques DeMolay, uma das três mais representativas na história das sociedades secretas.
Adam Weishaupt foi um dos primeiros maçons a abordar questões religiosas e políticas dentro das lojas, razão lhe rendeu muitos inimigos dentro da Maçonaria, incluindo os mais altos organismos internacionais maçônicos de então. Talvez esse fato seja a causa de que seu nome não aparecer na lista das grandes celebridades que fizeram parte desta sociedade. Weishaupt é visto de diferentes perspectivas pelos historiadores, alguns argumentam que era uma pessoa obstinada que carecia de faculdades mentais, outros que criou sua sociedade para salvar a sua cadeira, enquanto alguns vêem como uma pessoa que amava os jesuítas e queria que a sobrevivência destes pelos Illuminati. No entanto, é considerado por muitos, com ou sem razão, como um dos fundadores do anarquismo e da conspiração maçônica que lançou as bases dos movimentos políticos que levaram à origem da independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa e a emancipação em muitas colônias européias. Da mesma forma, Weishaupt é considerado como um dos maiores expoentes do ateísmo, e, de acordo com o escritor John Robinson, como a maior conspiração de todos os tempos.

Roberto Aguilar M. S. Silva, M.M.
A.’.R.’.L.’.S.’. Sentinela da Fronteira, n°53, Corumbá, MS (Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul) – Brasil

NOTAS:
(1) Nas sociedades ocidentais, direito canônico é a lei da Igreja Católica e da Igreja Anglicana. O conceito leste-ortodoxo de direito canónico é semelhante mas não idêntico ao modelo mais legislativo e judicial do ocidente. Em ambas as tradições, um cânone é uma regra adoptada por um Concílio Ecuménico (do grego kanon/κανον, para regra ou medida); estes cânones formavam a fundação do direito canónico.
(2) Illuminati, (plural do latim illuminatus, "aquele que é iluminado"), é o nome dado a diversos grupos, alguns históricos outros modernos, reais ou fictícios. Mais comumente, contudo, o termo "Illuminati" tem sido empregado especificamente para referir-se aos Illuminati da Baviera, uma sociedade secreta da era do Iluminismo fundada em 1 de maio de 1776. Nos tempos modernos, também é usado para se referir a uma suposta organização conspiracional que controlaria os assuntos mundiais secretamente, normalmente como versão moderna ou como continuação dos Illuminati bávaros. O nome Illuminati é algumas vezes empregue como sinónimo de Nova Ordem Mundial, Muitos teóricos da conspiração acreditam que os Illuminati são os cérebros por trás dos acontecimentos que levarão ao estabelecimento de uma tal Nova Ordem Mundial, com os objetivos primários de unir o mundo numa única regência que se baseia em um modelo político onde todos são iguais.
(3) Christian von Wolff (24 de Janeiro de 1679 – 9 de Abril de 1754) foi um filósofo da universidade de Halle (sede do pietismo). Christian Wolff foi o mais importante filósofo alemão entre Leibniz e Kant. Popularizou o deísmo, Leibniz e glorificou Confúcio. Pelo seu intelectualismo, insistiu na idéia de que tudo pode ser provado, inclusive Deus e a imortalidade. Os pietistas opuseram-se fortemente às suas teorias e isto acabou levando Von Wolf a ser banido de Halle an der Saale em 1723. Após esse incidente, o filósofo trabalhou um período na universidade de Marburgo, voltando para Halle após esta tornar-se racionalista.

(4) Iluminismo, Esclarecimento ou Ilustração (deriva do latim iluminare, em alemão Aufklärung, em inglês Enlightenment, em italiano Illuminismo, em francês Siècle des Lumières ou illuminisme e em espanhol Ilustración) são termos que designam um dos mais importantes e prolíficos períodos da história intelectual e cultural ocidental.

(5) Gnosticismo (do grego Γνωστικισμóς (gnostikismós); de Γνωσις (gnosis): ‘conhecimento’) é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos. De fato, pode falar-se em um gnosticismo pagão e em um gnosticismo cristão, ainda que o pensamento gnóstico mais significativo tenha sido alcançado como uma vertente heterodoxa do cristianismo primitivo.

(6) O Maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística que divide o mundo entre Bem, ou Deus, e Mal, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.

(7) Anarquismo (do grego ἀναρχος, transl. anarkhos, que significa "sem governantes", a partir do prefixo ἀν-, an-, "sem" + ἄρχή, arkhê, "soberania, reino, magistratura" + o sufixo -ισμός, -ismós, da raiz verbal -ιζειν, -izein) é uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias.

(8) A Companhia de Jesus (em latim: Societas Iesu, S. J.), cujos membros são conhecidos como jesuítas, é uma ordem religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, conhecido posteriormente como Inácio de Loyola. A Ordem foi reconhecida por Bula papal em 1540. É hoje conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional.

(9) Clemente XIV, O rigoroso (O.F.M. Conv.) nascido Giovanni Vincenzo Antonio Ganganelli (Santarcangelo di Romagna 31 de outubro de 1705 – Roma 22 de setembro de 1774). Foi Papa de 19 de maio de 1769 ate a sua morte.Clemente XIV , Ordem dos Frades Menores, Frade Franciscano. Filho de um médico. Aos 18 anos vestiu o hábito Franciscano, sob o nome de frei Lourenço. Estudou em Roma.

(10) O deísmo é uma postura filosófico que admite a existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelação divina. É uma doutrina que considera a razão como uma via capaz de nos assegurar da existência de Deus, desconsiderando, para tal fim, a prática de
alguma religião denominacional.

(11) Freiherr Adolph Franz Friedrich Ludwig Knigge nasceu em 16 de outubro de 1752 e faleceu no dia 6 de maio de 1796; foi um escritor alemão maçon e um membro dos Illuminati da Baviera.

(12) Ernesto II, duque de Saxe-Gota-Altenburgo ((30 de Janeiro de 1745–20 de abril de 1804 Gota). Foi o terceiro filho (segundo sobrevivente) de Frederico III, duque de Saxe-Gota-Altenburgo e Dorothea Luise de Saxe-Meiningen.

BIBLIOGRAFIA:
GRAND LODGE OF BRITISH COLUMBIA AND YUKON. A Bavarian Illuminati primer.http://www.freemasonry.bcy.ca/texts/illuminati.html
RODRIGO ENOK. Os Iluministas da Bavaria [illuminati]. http://rodrigoenok.blogspot.com/2008/07/os-iluministas-da-bavria-illuminati.html
WIKIPEDIA. Adam Weishaupt. http://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Weishaupt

Sem Sangue, Sem Remissão!

Sermão pregado por Charles Haddon Spurgeon,

no Tabernáculo Metropolitano,Newington, Londres,

e Publicado na Quinta Feira, 6de agosto de 1914

“Sem derramento de sangue não há remissão.” Hebreus9:22

Sob a antigua dispensação figurativa, era certo de que seus olhos se topavam em qualquer canto com osangue. O sangue era o mais promeniente sob a economia judaica. Era raro que se observasse alguma cerimônia sem ela. Não era possivel adentrar em nenhuma parte do tabernáculo sem que fosse visto os rastros de sangue ao pé do altar. O lugar era tão semelhante a um matadouro que visitá-lo não deve de ter sido nada atrativo para o gosto natural, e para deleitar-se nele, o homem precisava de um entendimento espiritual e de uma fé viva. O sacrificio de animais constituia a maneira de adorar: a efusão de sangue era o rito estabelecido e a difusão desse sangue sobre o piso, sobre as cortinas e sobre as vestes dos sacerdotes, era constante memorial.

Quando Paulo[1] diz que, sob a lei, quase todas as coisas eram purificadas com sangue, alude a algumas coisas que estavam isentas. Assim encontrarão em diversas passagens que o povo era exortado alavar seus vestidos, e a certas pessoas que haviam ficado imundas por causas físicas, lhes era ordenado que lavassem seus vestidos com água. As roupas que os homens usavam eram sempre purificadas com água. Depois da derrota dos midianistas, que pode ser lida no livro de Números, o despojo que havia sido contaminado teve que ser purificado antes que fosse reclamado pelos vitoriosos israelitas. De acordo com a ordenança da lei que o Senhor ordenou a Moisés,alguns dos bens, tais como idumentárias e artigos confecionados com peles e compelo de cabras, eram purificados com água, enquanto que outros objetos, queeram de metais resistentes ao fogo, eram purificados com fogo. Contudo, o apóstolose refere a um ato literal quando diz que quase todas as coisas – só à excessão das roupas – eram purificadas com sangue sob a Lei. Logo, se refere a ela como uma verdade geral sob a antigua dispensação legal, dizendo que não havia jamais nenhum perdão de pecado, exceto pelo sangue. Unicamente em um caso havia uma aparente excessão, e ainda nesse caso servia para demosntrar a universalidade da regra, porque a razão para a excessão está plenamente explicada. O sacrifício pela culpa é mencionado como uma alternativa no versiculo 11 de Levitico 5, e podia ser uma oferta incruenta em casos de extrema pobreza. Se um homem era muito pobre para trazer uma oferenda do rebanho, deveria trazer duas rolinhas ou dois pombinhos – porem se era extremadamente necessitado até mesmo para isso, poderia oferecer a décima parte de um efa de flor de farinha como sacrificio pela culpa, sem azeite nem incenso, a qual era lançada sobre o fogo.Essa é a unica excessão solitária através de todos os tipos. Em cada lugar, em cada momento e em cada caso en que o pecado tinha que ser tirado, o sanguedeveria fluir e a vida tinha que ser ofertada. A única exceção que temos notado, recalca o estatuto que estabelece que “sem derramamento desangue não há remissão.”

Sob o Evangelho não hánenhuma exceção, não existe nenhuma isolada exceção, como existia na Lei – não,nem mesmo para o mais indigente. Todos nós somos extremamente necessitados espiritualmente. Como nenhum de nós deve apresentar uma oferenda, nem tampouco dispomos de uma, todos temos que apresentar a oferenda que já foi ofertada e temos que aceitar o sacrifício que Cristo fez de Si mesmo em nosso lugar – não existe agora nenhum motivo nem base para isentar a nenhum homem nem nenhuma mulher, nem mesmo o haverá jamais, seja nesse mundo ou no futuro: “sem derramamento de sangue não há remissão.”

Com grande simplicidade,então, já que concerne a nossa salvação, peço amavelmente a atenção de cada umdos presentes para esse grande assunto que tem muito haver com nossos interesses eternos. Eu deduzo do texto, antes que nada, o fato animador de que:

I.EXISTE UMA REMISSÃO, quer dizer, uma remissão dos pecados. “sem derramamento de sangue não há remissão.”O sangue foi derramado, e há, portanto, esperança no tocante à remissão. Apesardos severos requerimentos da Lei, a remissão não deve de ser abandonada em absoluta desesperação. A palavra remissão quer dizer: saldar dívidas. Assim como o pecado pode ser considerado uma dívida contraída com Deus, assim também essa dívida pode ser apagada, cancelada e suprimida . O pecador, o devedor de Deus, pode deixar de estar em dívida por compensação, por uma plena quitação, epode ficar livre em virtude dessa remissão. Tal coisa é possível. Glória sejadada a Deus porque é possível obter a remissão de todos os pecados para os quetenham arrependimento. Sem importar qual possa ser a transgressão de qualquer indivíduo, o perdão é possível para ele se é possível que tal se arrependa. Um pecado incontrito é um pecado imperdoável. Se o homem confessa seu pecado e o abandona, então encontrará misericórdia. Deus tem declarado assim, e Ele nuncaserá infiel à Sua palavra. “Porem”, alguém pergunta: “Não existe um pecado queé para morte?” Sim, certamente, ainda que eu não saiba qual seja – nem tampouco cremos que alguém que tenha pesquisado esse tema tenha sido capaz de descobrirqual seja esse pecado – o que parece claro é que o pecado é praticamente imperdoável porque não houve arrependimento a respeito dele. O homem que o comete fica morto no pecado, para todos os fins e propósitos, em um sentido mais profundo e permanente até mesmo do que a raça humana o está como um todo,e é entregue a um coração endurecido, sua consciência é cauterizada, por assim dizê-lo, com um ferro em brasa, e a partir dali não buscará nenhuma misericórdia. Porem, todo tipo de pecado e de blasfêmia serão perdoados aos homens. Para a lascívia, para o roubo, para o adultério, sim, para o assassinato,há perdão de Deus, para que seja reverenciado. Ele é o Senhor Deus misericordioso e clemente, que esquece a transgressão, a iniquidade e o pecado.

E esse perdão, que é possível, é completo, de acordo às Escrituras –quer dizer, quando Deus perdoa a um homem seu pecado, o faz sem reservas. Eleapaga a dívida sem nenhuma revisão dos cálculos. Ele não suprime uma parte dopecado do homem, porem o faz responsável do resto – antes, no momento em que um pecado é perdoado, é como se sua iniquidade nunca houvesse sido cometida; o pecador é recebido na casa do Pai e é abraçado com o amor do Pai como se nunca houvessese desviado; é levado a ser aceito diante de Deus, e desfruta da mesma condição como se nunca tivesse transgredido.

Crente, bendito seja o Senhor porque no Livro de Deus não existe pecado nenhum contra sua pessoa. Sevocê crê, é perdoado, e não é perdoado parcialmente, mas sim plenamente. O escrito de dívida que havia contra você é apagado e é cravado na cruz de Cristo, e nunca mais poderá ser usado contra ti. O perdão é completo.

Ainda mais, trata-se deum perdão no ato. Alguns imaginam (e isso é algo muito depreciativo para oEvangelho) que não podem alcançar o perdão a não ser até que morram, e talvez,de alguma forma então muito misteriosa, nos últimos instantes, possam sera bsolvido – porem nós pregamos, em nome de Jesus, um perdão imediato einstantâneo para todas as transgressões – um perdão dado em um instante – nomomento em que um pecador crê em Jesus. Não é como se uma enfermidade fosse sarada gradualmente e depois fosse requerido meses e largos anos de progresso até orestabelecimento total. É certo que a corrupção de nossa natureza é umaenfermidade assim, e o pecado que mora em nós tem que ser mortificado diariamente e a cada hora; porem enquanto à culpa de nossas transgressões diante de Deus e à dívida incorrida para com Sua justiça, sua remissão não é uma coisa progressiva e gradual. O perdão de um pecador é concedido de imediato– será dado a qualquer um de vocês que o aceite essa noite, sim, e lhe será dado de tal maneira que não o perderá nunca. Uma vez perdoado, será perdoado para sempre, e não sofrerá nenhuma das consequências do pecado. Você será absolvido eternamente e sem reservas, de tal forma que quando os céus estiverem ardendo em chamas, e o grande trono branco seja levantado, e tenha lugar o juízo final, você possa apresentar-se com determinação diante do tribunal sem temer nenhuma acusação, pois Deus nunca revogará o perdão que Ele mesmo concede.

Irei agregar mais um comentário. O homem que alcança esse perdão pode dar-se conta de que o possui. Se simplesmente esperasse tê-lo,essa esperança lutaria frequentemente com o medo. Se simplesmente confiassetê-lo, muitos remorsos de consciência poderiam alarmá-lo – porem, saber que o possui é um firme fundamento de paz para o coração. Glória seja dada a Deus porque os privilégios do pacto de graça não são só assuntos de esperança e de conjecturas, mas sim que assuntos de fé, convicção e de segurança. Não considerem uma presunção que um homem creia na Palavra de Deus. É a própria Palavra de Deus a que diz: “O que Nele crê não écondenado”. Se eu creio em Jesus Cristo, então não sou condenado. Que direito tenho de pensar que o sou? Se Deus diz que não sou condenado, seria umapresunção de minha parte pensar que sou condenado. Não pode ser presunção receber a Palavra de Deus tal como Ele me a dá.

“Ó!” – diz alguém – “quefeliz seria se esse fosse meu caso”. Falaste bem, pois ‘bem-aventurado aquele cuja transgressão foi perdoada, e cujo pecado foicoberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não culpa de iniquidade”.

“Mas” – dirá alguém mais– “eu dificilmente pensaria que algo tão grande poderia ser possível paraalguém como eu”. Você raciocina à maneira dos filhos dos homens. Deve saber então que como são mais altos os céus doque a terra, assim são os caminhos de Deus mais altos que seus caminhos, e Seus pensamentos mais que seus pensamentos. Teu é o errar, mas de Deus é operdoar. Você se extravia como um homem, porem Deus não perdoa como um homem:Ele perdoa como um Deus, de tal forma que rompemos em exclamações de assombro ecantamos: “Que Deus como tu, que perdoa a maldade, e olvida o pecado do remanescente de sua herança?” Quando você faz algo, trata-se de alguma pequena obra adaptada as suas habilidades, porem nosso Deus fez os céus. Quando você perdoa, concede um perdão adaptado a sua naturezae suas circunstâncias – porem, quando Ele perdoa, mostra as riquezas de Sua graça em uma escala maior do que sua mente finita poderia captar. Ele apaga em um instante mil pecados do mais negro timbre, pecados de uma tonalidadeinfernal, porque se deleita na misericórdia, e o juízo é Sua estranha obra. “Porque não quero a morte do que morre, diz O SENHOR; convertei-vos, pois, e vivereis.” Meu texto proporciona-me essanota feliz. Não há remissão, exceto com sangue; mas como o sangue foi derramado, sim, há remissão.

Adentremos mais no texto, temos que insistir agora em sua grande lição que é:

II.AINDA QUE HAJA PERDÃO DE PECADO, NUNCA SE CONCEDE SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE.

Essa é uma frase atropeladora, pois existem alguns seres nesse mundo que confiam em seu arrependimento para o perdão do pecado. Mais alem de toda dúvida, é seu dever arrepender-se de seu pecado. Se tiver desobedecido a Deus, deve lamentar isso. Deixar de pecar não é senão o dever da criatura, pois do contrário, o pecado não seria a violação da santa lei deDeus. Porem, deve saber que todo o arrependimento do mundo não pode apagar o menor pecado. Se só um pensamento pecaminoso atravesse sua mente, e você se afligisse por ele todos os dias de sua vida, a mancha desse pecado não poderia ser tirada nem sequer pela angústia que lhe provoca. O arrependimento é a obra do Espírito de Deus, e é um dom muito precioso e um sinal de graça – porem não há nenhum poder expiatório no arrependimento. Em um mar repleto de lágrimas penitenciais não existe nem o poder nem a capacidade para lavar uma só mancha dessa espantosa imundice. Sem derramamento de sangue não há remissão.

Porem, outros supõem, de qualquer maneira, que a reforma ativa que resulta do arrependimento pode executar a tarefa. Que importa que se renuncie a bebedeira e a abstinência se converta na regra? Que importa que se abandone a libertinagem e a castidade adorne o caráter? Que importa que se renuncie aos tratos desonestos e a integridade seja escrupulosamente guardada em cada ação? Eu digo: isso está muito bem, queira Deus que tal reforma tenha lugar por onde quer que seja;contudo, apesar de tudo isso, as dívidas já contraídas não são pagas pelo gestode que já não nos endividamos mais, e as antigas dívidas em mora não sãoperdoadas pelo bom comportamento posterior. Então, o pecado não é remetido pela reforma. Ainda que subitamente você se convertesse imaculado como os anjos (não que algo assim seja possível para você, pois o etíope não pode mudar sua pele,nem o leopardo suas manchas), suas reformas não poderiam fazer nenhuma expiaçãoà Deus pelos pecados antes cometidos nos dias que transgrediste contra Ele.“Então, que devo fazer?” pergunta o homem. Há os que pensam que agora suasorações e suas humilhações de alma poderiam, talvez, lhes conseguir algo. Eu nãolhe pediria que fizesse cessar suas orações se elas são sinceras, antes eu esperaria que fossem tais orações que pressagiariam uma vida espiritual.

Porem, querido ouvinte,não existe eficácia na oração para apagar o pecado. Irei expressar isso enfaticamente. Todas as orações de todos os santos da terra, e se pudessem agregar-se todos os santos do céu, todas suas orações não poderiam apagar através de sua própria eficácia natural o pecado de uma só má palavra. Não, não há nenhum poder persuasivo na oração. Deus não lhe deu o papel de produto delimpeza. Possuem certamente seus usos, seus valiosos usos. Um dos privilégiosdo homem que ora é que ora aceitavelmente, porem as orações mesmas sem sangue,não podem apagar nunca o pecado. “Sem derramamento de sangue não há remissão.”, por mais que ores.

Existem pessoas quepensaram que a renúncia e as mortificações de um tipo extraordinário poderiamlivrar-lhes de sua culpa. Não nos encontramos com freqüência com gente assim emnosso círculo – no entanto, existe tais que para purificarem a si mesmos dopecado, flagelam seus corpos, observam jejuns prolongados, usam cinzas e camisas de saco pegadas a peles, e até mesmo alguns foram tão longe para imaginarem que refrear-se de banhos e permitir que seus corpos sejam cobertos de imundice, é aforma mais fácil de purificar suas almas. Certamente é uma estranha tolice! No entanto, na Índia, hoje se encontram faquires que sujeitam seus corpos a surpreendentes sofrimentos e distorções com a esperança de se desfazerem do pecado. Qual é o propósito de tudo isso? Parece-me escutar o Senhor dizer: “O que tem que ver comigo que inclines a cabeça como junco e que se cubras de cilício, e comas cinzas com teu pão e mistures absinto com tua bebida? Tu hás quebrantado minha lei, essas coisas não podem restaurá-la; tu tens lesionado minha honra com teu pecado, porem, onde, está ajustiça que reflexa honra sobre meu nome?” O velho clamor nos tempos antigos era: “Com que me apresentareidiante de Jeová?”, e diziam: “Daremosnosso primogênito por nossa rebelião, o fruto de nossas entranhas pelo pecadode nossa alma?” Ai! Tudo foi em vão. Aqui está a sentença. Aqui deve de estar para sempre: “Sem derramamento de sangue não há remissão.” Deus exige a vida como castigo devido pelo pecado,e nada exceto a vida indicada no derramamento de sangue lhe satisfará jamais.

Observem, ainda, comoesse texto arruador rejeita toda confiança nas cerimônias, inclusive nascerimônias da própria ordenança de Deus. Existem alguns que supõem que o pecadopode ser lavado no batismo. Á, é uma fútil suposição! A expressão onde é usada uma vez na Escritura não implica nada desse tipo – não tem esse significado que alguns lhe atribuem, pois esse mesmo apóstolo de que se afirmava isso, segloriava de que não havia batizado a muitas pessoas para que não se chegasse a especular que havia alguma eficácia em sua administração desse rito. O batismo é uma ordenança admirável na que o crente tem comunhão com Cristo em Sua morte.É um símbolo – porem não é nada mais que isso. Dezenas de milhares de milharesforam batizados e morreram em seus pecados. O, que beneficio há no sacrificoincruento da Missa, como diz o Anticristo?[2] Diz alguém que é “um sacrifício incruento”, e, no entanto, o oferecem como uma propiciação pelo pecado? Laçamos esse texto em suas caras: “sem derramamento de sangue não há remissão.” Acaso respondem que o sangue estáali no corpo de Cristo? Nós respondemos que até mesmo se assim fosse, isso não seria apropriado, pois é sem derramamento de sangue, sem sangue derramado, o sangue como algo distinto do corpo – porem sem o derramamento de sangue não há remissão do pecado.

Prosseguirei para fazer uma distinção que irá mais profundo ainda. Jesus Cristo mesmo não pode nos salvar, aparte de Seu sangue. É uma suposição que só a tolice alguma vez o fez quando afirma que o exemplo de Cristo pode tirar opecado humano, que a vida santa de Jesus Cristo colocou a raça humana em umabase tão boa com Deus que agora Ele pode perdoar suas faltas e suas transgressões. Não é assim – nem a santidade de Jesus, nem a vida de Jesus, nem a morte de Jesus podem nos salvar, senão unicamente o sangue de Jesus – pois “Sem derramamento de sangue não há remissão.”

Encontrei-me com alguns que pensam tanto na segunda vinda de Cristo, que parecem ter fixado sua plena fé sobre Cristo em Sua glória. Eu creio que isso é culpa do “Irvingismo[3]” que expõe demasiadamente a Cristo no trono diante do olho do pecador; ainda que Cristo no trono é sempreo amado e adorável, contudo, devemos ver a Cristo na cruz, ou não poderemosjamais ser salvos. Sua fé não deve ser posta meramente em Cristo glorificado,mas sim em Cristo crucificado. “Longe demim gloriar-se, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.” “Nós pregamos a Cristo crucificado, para judeus certamente tropeço, e para os gregos loucura.”

Eu me lembro de um membro dessa igreja (a amada irmã poderia estar presente agora), que havia sidodurante alguns anos uma professante, porem nunca havia desfrutado de paz com Deus, nem tinha produzido nenhum dos frutos do Espírito. Ela dizia: “Tenho estado em uma igreja onde me ensinaram que me apoiasse em Cristo glorificado, e sucedeu que eu fixei de tal maneira minha confiança Nele glorificado, que nãotinha nenhum sentido de pecado, nem um sentido do perdão de Cristo crucificado!Eu não sabia, e até que O vi derramando Seu sangue e fazendo uma propiciação,nunca entrei no repouso”.

Sim, lhe diremos denovo, pois o texto é vitalmente importante: “Sem derramamento de sangue há remissão”, nem sequer com o próprio Cristo. O meio de quitar nosso pecado é o sacrifício que Ele ofereceu por nós –só isso, e nenhuma outra coisa. Sigamos adiante com a mesma verdade:

III. ESSA REMISSÃO DO PECADO DEVE DE SER ACHADA AO PÉ DA CRUZ.

Há remissão e se pode obter de Jesus Cristo, cujo sangue foi derramado. O hino que cantamos no princípio de nosso culto proporcionou-lhes o miolo da doutrina. Devemos a Deus uma dívida de castigo pelo pecado. Estava pendente essa dívida ou não? Se a leiestava na verdade, o castigo deveria ser executado. Se o castigo era demasiadamente severo, e a lei era imprecisa, então Deus havia cometido um erro. Porem, supor isso é uma blasfêmia. Então, sendo a Lei certa e sendo justoo castigo, faria Deus algo injusto?

Seria algo injusto de Sua parte que não executasse o castigo. Desejaria que fosse injusto? Ele havia declarado que a alma que pecasse deveria morrer – desejaria que Deus fosse um mentiroso? Deveria engolir Suas palavras para salvar a Suas criaturas? “Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso.”A sentença da lei tem que ser executada. Era inevitável que se Deus mantinha aprerrogativa de Sua santidade, devia castigar os pecados que os homens haviam cometido, então, como Ele havia de nos salvar? Contemplem o plano! Seu amado Filho, o Senhor da glória, assume a natureza humana, toma o lugar de todosaqueles que o Pai lhe deu, ocupa seu lugar, e quando a sentença da justiça éproclamada e a espada salta de sua bainha, eis aqui, o glorioso Substituto que desnuda Seu braço e diz “Golpeia, Ó espada, porem golpeia-me a mim, e deixa ir a meu povo”. A espada da Lei se introduziu na alma mesma de Jesus, e Seu sangue foi derramado, sangue não dealguém que era meramente homem, mas sim de Um que, sendo um Espírito eterno,era capaz de se oferecer sem mancha para Deus de uma maneira que proporcionava uma eficácia infinita a Seus sofrimentos. Por meio do Espírito Eterno nos é informado que Ele se ofereceu sem mancha a Deus. Sendo em Sua própria natureza infinitamente além da natureza do homem, abarcando todas as naturezas humanas,por assim dizê-lo, dentro de Si, em razão da majestade de Sua pessoa, foi capaz de oferecer uma expiação a Deus de uma suficiência infinita, ilimitada e inconcebível.

Nenhum de nós poderia dizer o que nosso Senhor sofreu. Estou certo disso: que eu não menosprezaria nem subestimaria Seus sofrimentos físicos- as torturas que suportou em Seu corpo – porem estou igualmente certo de que nenhum de nós poderia exagerar ou supervalorizar os sofrimentos de uma alma como a Sua, pois estão mais alem detoda concepção. Ele era tão puro e tão perfeito, tão sutilmente sensível e tão imaculavelmente santo, que ser contato entre os transgressores, ser golpeado por Seu Pai, ter que morrer (devo de dizer-lo?) a morte de um incircunciso pormãos de estrangeiros, era a própria essência da amargura, a consumação da angústia. “Com tudo isso, quis o Senhor quebrantá-lo, sujeitando-o a padecimento”. Suas aflições, em si mesmas, eram o que a liturgia grega bem chama: “sofrimentos desconhecidos, grandes dores”.De aqui, também, que sua eficácia seja sem fronteiras, sem limites. Portanto,Deus é capaz agora de perdoar o pecado. Ele castigou o pecado em Cristo; convêm à justiça, assim como à misericórdia, que Deus suprima essas dívidas que foram pagas. Seria injusto – falo com reverência, porem, no entanto, com santa ousadia – seria injusto da parte da Majestade divina culpar-me de um só pecado que já foi cobrado de meu Substituto. Se minha Fiança assumiu meu pecado, Ele me liberou, e eu estou livre. Quem reavivará o juízo contra mim quando já fui condenado na pessoa de meu Salvador? Quem me enviará para as chamas do Geenna,quando Cristo, meu Substituto, sofreu o equivalente do inferno por mim? Quem me acusaria de algo quando Cristo assumiu já todos meus crimes, e respondeu por eles, os expiou, e recebeu o sinal da absolvição deles, posto que ressuscitou dos mortos para poder vindicar abertamente essa justificação, a qual por graças ou chamado e na que tenho o privilégio de participar? Tudo isso é muito simples, está contido em poucas palavras, porem, o temos recebido todos – o temos aceitado todos?

Ó, meus queridos ouvintes!O texto está cheio de advertências para alguns de vocês. Vocês poderiam ter uma disposição amigável, um excelente caráter e uma índole madura, porem possuem escrúpulos de aceitar a Cristo – vocês tropeçam com essa pedra de tropeço – se despedaçam nessa rocha. Como posso responder a seu desventurado caso? Não irei raciocinar com vocês. Abstenho-me de entrar em alguma discussão, porem lhes faço uma pergunta: crêem que a Bíblia é inspirada por Deus? Olhem, então,aquela passagem que diz: “Sem derramamento de sangue não há remissão”. O que dizem? Não é claro,absoluto, definitivo? Permitam-me tirar a conclusão. Se não possuem um interesse no derramamento de sangue que me esforcei por descrever brevemente existe alguma remissão para vocês? Poderia existir? Seus próprios pecados estão agora sobre suas próprias cabeças. De suas mãos serão demandados na vinda dograndioso Juiz. Podem fazer, podem trabalhar arduamente, podem ser sinceros em suas convicções e estar tranquilos em suas consciências, ou podem ser sacudidos de um lado a outro por seus escrúpulos – porem, vive o Senhor, que não há perdão para vocês, exceto através desse derramamento de sangue. Por acaso orejeitam? Sobre sua própria cabeça seja o perigo! Deus há falado. Não pode dizer-se que a ruína de vocês está desenhada por Ele quando o próprio remédio para vocêsé revelado por Ele mesmo.

Ele lhe pede que siga o caminho por Ele estabelecido, e se você o rejeita, deve morrer. Sua morte é um suicídio, seja deliberado, acidental ou por conta de um erro de juízo. Seu sangue seja sobre sua cabeça. Está advertido.

Por outro lado, que consolação tão transcendente o texto nos proporciona! “Sem derramamento de sangue não há remissão”, porem onde existe derramamento, existe remissão. Sevocê veio a Cristo, é salvo. Se você pode dizer isso do profundo de seu coração:

“Minha fé coloca em verdade sua mão sobre essa amada cabeça Tua,

No caso que como penitente me apresento,E aqui confesso meu pecado.”

Então, seu pecado desapareceu. Onde está esse jovem? Onde está essa jovem? Onde estão esses ansiosos corações que estiveram dizendo: “quereríamos ser perdoados agora?” Olhem,olhem, olhem, olhem ao Salvador crucificado, e são perdoados! Podem seguir seu caminho, no tanto que tenham aceitado a expiação de Deus. Filha, tenha ânimo,pois seus pecados, que são muitos, lhe são perdoados. Filho, regozije, pois suas transgressões são apagadas.

Minha ultima palavra será essa: Vocês que não mestres de outros e tratam de fazer o bem, aferrem-se firmemente a essa doutrina. Isso deve ser a frente, o centro, a medula e o tutano de todo o que tem que testificar. Eu o prego com frequência, porem não há jamais um domingo no que me retire a meu leito com tanto contentamento no mais íntimo como quando preguei o sacrifício substitutivo de Cristo. Entãosinto que: “Se os pecadores se perdem,não tenho nada de seu sangue sobre mim”. Essa é a doutrina que salva a alma– apeguem-se a ela e terão possuído da vida eterna – se a rejeitam, o haverãorejeitado para sua confusão. Ó, apeguem-se a isso! Martinho Lutero sempre dizia que cada sermão deveria conter também a doutrina da expiação. Lutero diz que não podia meter a doutrina da justificação pela fé nas cabeças dos habitantes de Winttenberg, e se sentia meio inclinado levar seu livro ao púlpito para arrebentá-lo em suas cabeças, para conseguir que se introduzisse nelas essa doutrina. Temo que não teria tido êxito se o tivesse feito. Porem, sim, como eutrataria de martelar uma, e outra, e outra vez sobre esse prego. “A vida da carne no sangue está.” “E verei o sangue e passarei de vós.”

Cristo entrega Sua vida derramando Seu sangue: é isso o que lhes proporciona o perdão e a paz a cada umde vocês, se olham para Ele. Perdão agora, perdão completo, perdão para sempre.Tirem o olhar de todas as outras confianças e descansem nos sofrimentos e na morte do Deus Encarnado, que foi aos céus e que vive hoje para interceder diante do trono de Seu Pai, pelo mérito do sangue que derramou no Calvário pelos pecadores. Como irei ver a todos vocês naquele grande dia, quando o Crucificado venha como Rei e Senhor de tudo, dia que está apressando-se com presteza, como eu os irei ver então, lhes peço que dêem testemunho de que meesforcei por falar-lhes com toda simplicidade qual era o caminho da salvação –e se o rejeitarem, façam-me o favor de declarar que ao menos lhes proclamei esse Seu Evangelho em nome de Jeová, e que os exortei sinceramente a aceitá-lopara que fossem salvos. Porem eu preferiria que agradasse a Deus que os encontrasse ali a todos cobertos com a única expiação, vestidos com a única justiça, e aceitos no único Salvador, e então cantaríamos juntos: “O Cordeiro que foi imolado e que nos redimiu para Deus é digno de tomar o poder, as riquezas, a sabedoria, a fortaleza, a honra, a glória e o louvor pelos séculos dos séculos”. Amém.

ORE PARA QUE O ESPIRITIO SANTO USE ESSE SERMÃO PARA EDIFICAÇÃO DE MUITOS E SALVAÇÃO DE PECADORES.

NOTAS

[1] Spurgeon cria que Paulo escreveu a Epistola aos Hebreus: muitos tem dúvidas disso e crêem ter sido Apolo ou outro próximo de Paulo (N.T)

[2] Referência clássica ao Papado Católico Romano.

[3] Irvingismo: Movimento restauracionista encabeçado por Edward Irving(4 de agosto de 1792 – 7 de dezembro de 1834) pregava o eminente retorno deJesus Cristo. Suas interpretações, principalmente que nos último dias haveriauma nova manifestação carismática do Espírito Santo, valeram sua expulsão do presbitério de Londres em 1830. Os seguidores de Irving organizaram a Holy Catholic Apostolic Church,intencionando difundir a sua mensagem entre os protestantes, católicos eortodoxos. Visavam o restabelecimento de apóstolos, a profecia, o selo(imposição das mãos para receber o Espírito Santo) e o dom de línguas(glossolalia religiosa). Irving profetizou a implementação do Reino Milenarquatro vezes. Não confundir com o movimento Darbysta, de John Darby e o movimento dos irmãos, que rejeitava o Irvinginismo. (Wikipédia)

Relíquia cristã de 1,4 mil anos é encontrada na Terra Santa

ESCAVAÇÕES EM ISRAEL

Uma minúscula caixa de 1,4 mil anos foi encontrada em uma escavação em Jerusalém. A relíquia é um símbolo da fé cristã, de acordo com arqueólogos israelenses.

A caixa, primorosamente confeccionada, foi esculpida a partir do osso de uma vaca, cavalo ou camelo e decorada com uma cruz na tampa. Ela mede apenas 2 por 1,5 centímetros.

O item foi feito provavelmente por um cristão no final do século 6. Quando a tampa é removida, são ainda visíveis os restos de dois retratos com detalhes em ouro. Um homem e uma mulher estão representados, possivelmente uma imagem de santos cristãos ou de Jesus e Maria.

A caixa foi encontrada fora dos muros da Cidade Antiga de Jerusalém nos restos de uma estrada que data da era bizantina. Descoberta há dois anos, a caixa foi tratada por especialistas e extensivamente pesquisada antes de ter sido revelada em uma conferência arqueológica na semana passada.

A relíquia é importante porque oferece a primeira evidência arqueológica de que o uso de ícones não se limitava às cerimônias da igreja na era bizantina. Parte de uma caixa semelhante foi encontrada há três décadas na Jordânia, mas esse é o exemplar mais preservado encontrado até agora. Ícones semelhantes ainda são feitos hoje por alguns cristãos, especialmente os das igrejas orientais ortodoxas.


Fonte: MSN

La excomunión de Lutero

La Reforma indispensable (34)


La bula papal de excomunión Exsurge Domine.

11 DE NOVIEMBRE DE 2011

Durante 1519, Miltitz siguió intentando volver al punto de inicio anterior a la disputa de Leipzig, pero sus esfuerzos resultaron infructuosos. Para remate, Eck –que había sido extraordinariamente vapuleado por los humanistas- seguía empeñado en labrarse una carrera utilizando como peldaño la condena de Lutero. A finales de 1519, presentó un escrito en Roma con la finalidad de provocarla. Luego, a inicios de 1520, y ante la abstención de las universidades de París y Erfurt a la hora de señalar al vencedor en la disputa de Leipzig, las universidades de Lovaina y Colonia prepararon un texto – en el que nadie había pensado inicialmente – relacionado con las opiniones de Lutero. Tanto Lovaina como Colonia señalaron que Lutero había incurrido en herejía y enviaron su informe a la Curia. De manera comprensible, el papa nombró una comisión formal para abordar el asunto.
El 1 de febrero, la comisión se hallaba entregada al trabajo de recoger pruebas sobre las herejías de Lutero, pero no tardó en disolverse . De manera bien reveladora, tanto el cardenal Cayetano, cuya especialidad era la teología, como el cardenal Acolti, que era un experto en derecho canónico, llegaron a la conclusión de que no resultaba especialmente fácil redactar un informe sensato al respecto.
El 11 de febrero, una segunda comisión se ocupaba de analizar los escritos de Lutero y, con bastante buen criterio, decidió discriminar entre aquellas expresiones que podían ser tachadas de herejía y aquellas otras que únicamente eran “escandalosas y ofensivas para los oídos piadosos”. Pero entonces llegó Eck y el resultado fue la formación de una tercera comisión. De ésta acabaría finalmente surgiendo la Bula papal Exsurge Domine firmada por el papa León X en el curso de una cacería el 15 de junio.
El texto de la bula comenzaba comparando a Lutero –sin mencionarlo expresamente– con un jabalí para luego acusarlo de aceptar por buenos los rumores que circulaban sobre los abusos de la curia y terminar por defender que los papas nunca se habían equivocado:
“¡Despierta, Señor! Haz triunfar tu causa contra las bestias feroces que tratan de destruir tu viña, contra el jabalí que la arrasa… ¡Alerta Pedro, Pablo, todos los santos, la Iglesia Universal!… En esta Curia Romana que tanto ha desacreditado, dando fe a los rumores esparcidos por la ignorancia y la maldad, no hubiera encontrado nada que censurar. Le hubiéramos demostrado que nuestros predecesores, de quienes ataca con tan singular violencia los cánones y las constituciones, no se han equivocado jamás”.
La verdad era que, por desgracia, mucho de lo que se contaba sobre los abusos y los excesos de la curia era cierto y que desde hacía décadas, también lamentablemente, sí que había mucho que censurar. No era menos cierto que los antecesores de León X se habían enfrentado entre si en episodios como el Cisma de Occidente y que también habían incurrido en equivocaciones. De hecho, el dogma de la infalibilidad papal que no sería definido hasta 1871 sería mucho más prudente a la hora de señalar la inerrancia de los pontífices.
La bula indicaba a continuación que no era lícito apelar al concilio –una solución que había permitido, por ejemplo, acabar con el cisma de Occidente– y conjuraba tanto a Lutero como a sus partidarios a “no perturbar la paz de la Iglesia, la unidad y la verdad de la fe, y a renunciar al error”.
La bula condenaba cuarenta y un artículos atribuidos a Lutero. Comprensible en su época, difícilmente, puede negarse que su lectura causa al lector moderno un cierto estupor. Así, aparecen afirmaciones que, hoy en día, serían contempladas de manera diferente. Por ejemplo, la expresión de Lutero “Quemar a los herejes es contrario a la voluntad del Espíritu” es condenada como herética, pero es más que dudoso que hoy se pudiera encontrar a algún católico que pudiera considerar que la voluntad del Espíritu puede ser quemar a los herejes. Igualmente, el texto declaraba herética la afirmación de que “No se puede probar la existencia del purgatorio por los libros auténticos de las Escrituras”. Sin embargo, ningún exegeta de talla afirmaría hoy que la doctrina del purgatorio se encuentra en la Biblia sino que más bien remitiría a una tradición relativamente tardía, que no ha sido igual en Oriente y en Occidente, y cuyo desarrollo no sólo teológico sino jurídico ha resultado desigual. Semejante circunstancia tiene una enorme lógica en la medida en que la creencia en el Purgatorio se desarrolló con más claridad en Occidente y tuvo un desarrollo especialmente extraordinario a partir del s. XII cuando el cisma se había consumado.
Algo similar sucede con la afirmación de que “La doctrina que señala que la penitencia comprende tres partes, contrición, confesión y satisfacción, no se funda ni en las Escrituras ni en los santos doctores de la antigüedad cristiana”. A día de hoy, sería también muy difícil que un historiador eclesiástico negara la veracidad de ese aserto del agustino. Y lo mismo sucede con otras tesis. Por ejemplo, la que afirma que “Bueno sería que la Iglesia determinara en un concilio que los laicos comulguen bajo las dos especies; los cristianos de Bohemia que así lo hacen no son por ello herejes sino cismáticos”. Se puede estar o no de acuerdo con la conveniencia de que los laicos, tal y como se describe en el Nuevo Testamento, participen del pan y del vino en la Eucaristía, pero parece un tanto excesivo considerar que plantear la cuestión sea herético. Algo semejante sucede con la que afirma que “La mejor definición de la contrición es la máxima: La mejor penitencia es no reincidir, pero lo indispensable es cambiar de vida”. Una vez más, se puede coincidir o no con la afirmación, pero, de nuevo, parece un tanto excesivo condenar como herejía la afirmación de que la mejor penitencia sería no reincidir en el pecado.
De manera bien significativa, según el dominico D. Olivier, “la parte más lograda de la Bula fue la relativa a las condenas”. Los canonistas hicieron un acopio exhaustivo de todas las penas canónicas desde la excomunión para los que aceptaran las ideas de Lutero a la destrucción de los libros que las contenían pasando por la prohibición de imprimirlos, conservarlos o comerciarlos. Lutero y sus seguidores tenían sesenta días para retractarse bajo pena de ser declarados herejes notorios y reincidentes. Por lo que se refería a los católicos, era obligación suya denunciarlos y perseguirlos, quedando entredicho cualquier lugar en el que pudieran residir. La bula debía ser publicada y puesta en ejecución sin distinción de lugar quedando sujeto a excomunión cualquiera que contraviniera su contenido.
Al fin y a la postre, en el texto de la bula se deja traslucir no tanto un análisis sólido del caso desde una perspectiva bíblica, histórica y pastoral como el deseo de sofocar, finalmente, una contestación que se había tolerado durante meses no por paciencia sino meramente por razones políticas y, más concretamente, por el deseo del pontífice de conseguir el apoyo del Elector Federico para impedir que Carlos I de España fuera elegido emperador de Alemania.
Por añadidura, como ha señalado el dominico D. Olivier, “La falla residía en que se excluía por principio toda discusión de la doctrina que se condenaba. Las frases de Lutero procedían de un contexto que había sido ignorado y que constituía el nudo del problema, el único que merecía ser tratado. Los ejecutores de la condena parecen no haberlo desconocido, pero les faltó la fuerza de concertar el diálogo que hubiera podido transformar el enfrentamiento estéril de convicciones irreductibles en el intercambio útil de los dos frentes… Una vez más se esquivó la reivindicación que Lutero pedía para que se pronunciaran sobre el Evangelio y no sobre expresiones recogidas al azar”.
Cuando se tienen en cuenta esos aspectos no sorprende que la bula no lograra poner fin al Caso Lutero.
CONTINUARÁ: El reformador rechaza la excomunión

Autores: César Vidal Manzanar