sábado, 8 de maio de 2010


Ainda no recente século passado, na década de 60, dois teólogos americanos, Hamilton e Altizer, pregaram a morte de Deus. Logo a seguir manchetes de jornais e revistas do mundo inteiro traziam a imagem de uma criança de mãos postas que ora a Deus mas Ele não responde e anunciavam que Deus estava morto”. Quando o primeiro astronauta russo Yuri Gagarin voltou à terra depois do primeiro vôo espacial feito pelo homem, zombeteiramente declarou: “Fui ao céu e não encontrei Deus”. A partir de então desenvolveu-se uma idéia de que não adiantava esperar alguma coisa de Deus porque “Deus está morto”. O alemão Boenhoffer declarou que “não podemos esperar pela interferência de Deus” no mundo que vivemos porque está morto. Lamentavelmente, alguns setores da ciência rejeitam a existência de Deus e procuram desacreditá-lo. Entretanto, mediante a realidade da matéria, a ciência precisa responder algumas questões que estão na mente das criaturas humanas, tais como: De onde venho? Para onde vou? Qual a origem das coisas que nos rodeiam? Porque razão existem e como são? Estas perguntas tem sido feitas pela humanidade através dos séculos.Ora, o homem é filósofo por natureza e o tem sido desde quando foi criado e colocado na terra. Naturalmente, somos todos filósofos desde nossa infância quando interrogamos a nossos pais e mestres sobre o por quê das coisas. A filosofia está unida a inteligência humana tanto quanto o calor ao fogo e a luz ao sol. Na verdade, existe um afã investigador no ser humano que é a base de duas grandes inquietudes do espírito humano que são: a ciência e a religião. A ciência apóia-se sobre coisas tangíveis e, por isso, ao tratar sobre elas, discorre e analiza, aplicando-as a fins práticos. A religião se empenha em buscar a “causa suprema”das coisas. Essas duas forças da experiência humana se chocam, às vezes, porque quando a ciência em seus avanços rejeita a transcendência da religião que é, indiscutivelmente, a expressão da suprema realidade. Ora, está implícita na alma humana o anelo pelo eterno, pelo transcendente. O espírito humano possui essa transcendência vertical que revela a existência de um Criador, impacial e atemporal. O tempo e o espaço não o confina e o espírito humano o revela. O sentimento religioso nasce com o homem e, inevitavelmente, esse sentimento o acompanha por toda sua vida. Entretanto,quando o primeiro homem Adão pecou, afastou-se da comunhão com o seu Criador.Esse afastamento o tornou fascinado na busca do reencontro com Deus.Com sua inteligência e ansiedade, as mais variadas formas de busca do seu Deus na natureza criada, o homem tem atribuído poderes sobrenaturais às forças misteriosas do fogo, do raio, do sol, da lua, dos montes, das águas. Entretanto, estas são as obras de Deus. Onde está Deus? Morto ou Vivo? Na verdade, a expressão “Deus está vivo”é imprópria, porque Deus é imortal. A Bíblia o declara assim quando diz:”Ora, ao Rei dos séculos,IMORTAL, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre.Amém” (1 Tm 1.17). A imortalidade não é um acessório da Divindade porque ela está implícita à natureza divina. Ele não morre e não pode morrer. Porém, a idéia da morte de Deus tem a ver com o silêncio divino nas relações com suas criaturas na terra. Desde que o homem se separou de Deus no Jardim do Edem, tem procurado desesperadamente o caminho de volta por seus próprios caminhos. Entretanto, há um só caminho de volta para Deus que é através de Jesus, o filho de Deus, quando Ele mesmo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”( Jô 14.6). A idéia de um Deus morto é típica de quem está morto espiritualmente. Isto é, o homem pecador está morto em relação a Deus, por isso, quando a Bíblia diz que “os naturais não podem entender as coisas espirituais, senão os espirituais”está falando, de fato,de morte espiritual. Ora, o morto não fala, não sabe, não vê, por isso, a vida pecadora significa um estado de total separação de Deus.Porém, quando o homem aceita Jesus em sua vida pessoal e o reconhece como a “imagem do Deus Invisível”não terá dúvida de que Deus está Vivo. A Bíblia declara que “Deus é Deus dos vivos, não dos mortos”. Deus está vivo e se revela como um Deus pessoal porque os seus atributos pessoais são identificados pelo homem. Ele não está confinado a um corpo material como nós, porque Ele é Espírito, invisível, imutável e cheio de glória. Para encontrá-lo é preciso crer que ele existe eternamente e nenhum elemento corrosivo, como velhice e doença poderá atingi-lo.

Por: Pr. Elienai Cabral

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