quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Paixão por Jesus
Paixão por Jesus
Yeshua Meshiach, ou “Jesus Cristo” (no aramaico)
Introdução
Como está o seu coração? Qual é a real motivação do teu coração? Você está pronto para a volta do nosso Senhor? Pode ser que você diga: Eu já morri em Cristo! Ótimo, mas …
Como é que você tem evangelizado? Como tem sido para você a pregação da palavra de Deus? Qual a motivação que está dentro do teu coração? Você tem trabalhado para glorificar ao Pai? Ou, para competir com outros, para provar que você sabe fazer a obra de Deus?
O Senhor nos tem levado, a cada dia que passa, a uma intimidade maior e mais profunda. O Senhor quer uma família de muitos filhos, disso não temos dúvidas. Todavia não podemos esquecer que ele quer uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus.
Excelência.
Tudo que o nosso amado noivo, Jesus Cristo, fazia era e é excelente. Não há nenhuma motivação truncada ou errada. Não é medíocre em absolutamente nada. E tudo que fazia aqui na terra fazia com ardente amor, intenso entusiasmo, com uma paixão clara pelo propósito eterno de Deus. Não estava preocupado consigo mesmo.
E nós? E você? A tua vida tem apontado para a excelência ou você tem nadado no lago da mediocridade? Você tem se esmerado em ser cada vez mais parecido com Cristo ou já se acostumou com esta vidinha que vem levando?
Vejamos, na Palavra, o registro de uma mulher que deixou um exemplo digno de ser notado. Um exemplo que muito me ajudou a estar cada vez mais apaixonado pelo meu Senhor. Um exemplo que sempre mexe comigo.
Marta ou Maria? Muitos serviços X Boa parte
“Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada. Lc 10.38-42
Como é que eu me apresento ao meu Senhor? Qual é credencial que apresentarei ao Rei dos Reis? Qual o currículo que mostrarei ao Mestre? O que será que, com minha vida, poderei mostrar a Jesus, o meu amado? O que sou Marta ou Maria?
1. Marta apresenta o serviço
Agitada de um lado para o outro, ocupada em muitos serviços. E haja muito serviço! Muito trabalho, muita reunião, muito discipulado, muito evangelismo, muita pregação, muita arrumação de locais de reunião, muita visita aos necessitados, muitos e muitos. Tempos, talvez anos de grande trabalho para a igreja e para os irmãos. Mas qual é a motivação.
Observem bem: não estou dizendo em momento algum que não é para servir ou que não gosto do serviço ou de trabalhar. O serviço é indispensável na igreja assim como o trabalho na vida de um homem. O que estou a apontar é para a motivação com que servimos ou trabalhamos. O que Deus quer nos despertar é para algo muito mais profundo. Como que coração faço isto ou aquilo.
Olhe só Marta:
agitada de um lado para o outro — todos viam;
muitos serviços — ocupada, não dava para ouvir a Jesus;
muitas preocupações — inquieta;
reclama de Jesus — não te importas?
dá ordens ao Senhor — ordena-lhe, pois.
Como pode ser isso? Não estamos nós aqui para obedecer? Como, pois, posso reclamar do que está a fazer o meu Senhor, reclamar da sua santa, agradável e perfeita vontade? Ou, como posso ousar em dar ordens ao meu Senhor?
Nós podemos fazer isso quando invertemos as prioridades. Colocamos o serviço como mais importante que o Senhor. Nos buscamos a igreja, a comunhão com os santos antes buscarmos a intimidade com Jesus. Quando coloco minha vontade, meus desejos antes da vontade e desejos do Pai.
Mais adiante veremos um pouco mais de Marta.
2. Maria escolhe a boa parte
Maria está assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos (não está em evidência). Seu coração está calmo, tranqüilo. Maria tem muita fome e sede de vida eterna, sabe que está diante da fonte de vida eterna. Não há ninguém ou qualquer coisa que sena nada mais preciosa para ela. Ela se acha em Jesus. Nele encontra paz. Ela ama a Jesus. Maria está apaixonada por Cristo Jesus
Ela não está sendo notada por ninguém mais, a não ser por sua irmã. Também não vemos que ela esteja sentada a pensar no que precisa fazer hoje, amanhã ou durante esta semana. Tão pouco está a ouvir os ensinamentos de Jesus lembrando que isso seria bom para aquela discípula ou outra. Está sorvendo, bebendo o que Jesus está a ensinar.
Maria escolheu a boa parte:
fica sentada e não agitada;
está aos pés de Jesus e não em pé; e,
está a ouvir a Cristo e não a servir.
Vejamos mais um pouco destas duas mulheres.
Inteira ou Quebrantada
“Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.” Jo 11.1-5
Importante observarmos que estas são exatamente as mesmas mulheres. Não são outras pessoas. Estamos vendo Marta, Maria irmãs de Lázaro. Ainda é interessante notar que eles amavam a Jesus e que eram amados por ele. Jesus deixa claro que ama a Marta. Não é uma questão de que Marta é reprovada, mas sim de que Maria tinha um diferencial.
“Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.” Jo 11.20-27
Marta dialoga com Jesus: inteira.
Logo que Marta soube que Jesus estava vindo saiu ao seu encontro, foi a primeira. Ela continua agitada. Ela não para. Registrem bem o que ela disse a Jesus:
— Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão.
Não sabemos o tom com que falou, mas como havia mandado informa-lo e mais a demora de quatro dias, deveria estar reclamando. E, como Marta não para, já sai fazendo um pedido sem nem mesmo dar tempo para uma resposta de Jesus.
Neste ponto nos deparamos com um dos diálogos intensos na narração bíblica. Marta contesta a Jesus, que lhe responde. Todavia ela não presta atenção, ela está ocupada com suas aflições, suas preocupações.
Marta é uma mulher que conhecia a Cristo, como podemos ver em sua declaração, muito parecida com que Pedro deu a Jesus:
— Eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.
Que tremenda declaração. Mas só isto não é necessário, precisava de algo mais, para mover o coração de Cristo. Não serve ter boas declarações se não tem uma postura correta.
“Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama. Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com ele, pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia onde Marta se avistara com ele. Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar. Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! Jesus chorou.” Jo 11.28-35
Maria se prostra quebrantada.
Maria esperou uma ordem do Mestre, não fez questão de ser a primeira a falar-lhe. Então, o que fez Maria assim que viu o Mestre? Lançou-se-lhe aos pés e fez a mesma declaração que sua irmã fizera a Cristo:
— Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão.
Mas, algo diferente acontece, Jesus chora. O que havia em Maria que tocou no coração de Jesus? As duas declaram a mesma coisa. Uma conversa a outra se derrama. Marta está inteira e Maria quebrantada. Marta esta cara a cara com Cristo. Maria está aos pés de Jesus.
Maria conhece o seu lugar: aos pés de Jesus. E você? Como está você diante do Senhor dos Senhores?
Mas, permita-me você, ir só um pouco mais.
Fez o que pode, apaixonadamente.
“Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo.” Jo 12.1-3
Novamente nos encontramos com esta dupla de mulheres. Agora seis dias antes da crucificação de Jesus. Para variar Marta está servindo, ocupada com muitos afazeres. Marta está em pé. Todavia Maria extrapola em sua paixão. Maria se derrama toda em amor. Vejamos:
uma libra – equivalente a 300 denários, ou seja, como um denário é equivalente a um dia de trabalho, vemos que ela deu praticamente um ano de trabalho;
bálsamo de nardo puro, mui precioso – o que tinha de melhor, a excelência de sua vida, de seus bens;
ungiu – serviu ao próprio Senhor, se deu, abençoou;
os pés – trabalho do escravo mais simples
enxugou com seus cabelos – soltou-os como uma prostituta, não se importando com que os outros dirão
Vemos que Maria fez o que pode, tal como se vê no texto de Mc 14.8, que é um paralelo a esta passagem.
“Ela fez o que pode, antecipou-se a ungir-me para sepeultura.”
E você?
Você é Marta ou Maria?
Como se relaciona com o Senhor? De pé ou aos pés de Cristo Jesus? Inteiro ou quebrantado?
Para onde aponta a minha vida? Para Deus ou para mim mesmo?
O que quero? A excelência ou a mediocridade?
“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” 2Tm 1.7
A ausência de fervor, a falta de paixão existe porque se tira os olhos de Jesus. É, simplesmente, amar menos ao Senhor. Jesus Cristo deve ser sempre o alvo maior e primeiro do meu coração.
O que devo fazer então?
Estar sempre aos pés de Cristo, que é a boa parte: INTIMIDADE.
Quebrantar-me na presença do amado: CONVICÇÃO DE PECADO.
Fazer o que posso, sempre, e não ficar a espera de um dia especial ou aguardando melhores condições.
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3.13-14
Paixão +
Excelência =
Perseverança
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Excelência + Perseverança = Paixão
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Perseverança + Paixão = Excelência
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