No Jardim do Éden, Deus revelou que viria um tempo quando o reinado terrestre de Satanás e sua influência chegaria ao fim. A Satanás, Deus disse: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente [Jesus Cristo]; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
Embora Satanás estava destinado a prejudicar ao Salvador (incentivando sua crucificação), o diabo não pôde impedir Jesus de voltar à vida e nem de, finalmente, derrotá-lo.
Paulo se referiu a esta profecia quando escreveu aos membros da Igreja em Roma: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Romanos16:20). É reconfortante saber que na segunda vinda de Cristo, Satanás será finalmente derrotado e aprisionado (Apocalipse 20:1-3).
Assim, desde os primórdios da humanidade, Deus revelou que haveria um fim para este mundo de Satanás, um tempo definido para o diabo e suas forças serem derrotados.
Os homens justos mencionados no Antigo Testamento, como Enoque, sabiam que Deus finalmente iria intervir para realizar seu julgamento sobre a terra. “Também Enoque, o sétimo [geração] depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” (Judas 14-15).
Após o dilúvio homens fiéis, tais como Abraão, Isaque e Jacó olharam mais a frente da sua era, para o momento em que o Reino de Deus seria estabelecido. “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11:8-10).
Os patriarcas sabiam que um dia Deus iria estabelecer o Seu Reino. Eles viveram e morreram confiantes de que Ele iria cumprir suas promessas e incluí-los no Seu Reino.
“Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade” (versículos 13-16).
Estes homens não estavam imaginando ou tentando adivinhar o futuro. Eles foram diretamente inspirados por Deus. Conforme Pedro explicou, “a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:21).
Nós encontramos muitas profecias sobre os eventos do fim dos tempos no livro de Salmos. O Salmo 2 revela que algumas nações resistirão a autoridade de Cristo: “Porque se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? … Recitarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro” (Salmo 2:1, 7-9).
(Outras passagens nos Salmos que citam os eventos do fim dos tempos são: 9:5-15; 10:3-18; 11:1-7, 12:3-5, 21:8-12, 46:8-10; 47:1-4; 75:7-8, 76:7-9, 96:10-13, 97:1-6, 98:1-3, 99:1-5 e 110:1-6).
O tempo do fim: um tema dos profetas
Apesar de as profecias relacionadas ao tempo do fim serem apenas ocasionalmente encontradas nos primeiros livros do Antigo Testamento, esse é o tema principal dos profetas que escreveram muitos séculos depois. Pedro explica que estes profetas estavam “procurando saber o tempo e as circunstâncias para os quais apontava o Espírito de Cristo que neles estava, quando lhes predisse os sofrimentos de Cristo [o tempo de Sua primeira vinda] e as glórias que se seguiriam [na Sua segunda vinda] àqueles sofrimentos” (1 Pedro 1:11, NVI).
Isaías é um exemplo de como Deus falou muitas vezes sobre as condições do tempo do fim e da vinda do Reino de Jesus Cristo que seria estabelecido ao Seu retorno. Frequentemente este período também é chamado de o “dia do senhor”, “últimos dias” ou simplesmente “aquele dia.” Aqui estão alguns exemplos que mostram este tema como recorrente em Isaías:
“E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros e concorrerão a ele todas as nações. E virão muitos povos, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas.’
“Porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do senhor. E ele exercerá o seu juízo sobre as gentes, e repreenderá a muitos povos e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear” (Isaías 2:2-4).
“Vai, entra nas rochas, e esconde-te no pó, da presença espantosa do senhor e da glória da sua majestade. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada, e só o senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do senhor dos Exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido … Então os homens se meterão nas concavidades das rochas, e nas cavernas da terra, por causa da presença espantosa do senhor, e por causa da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra” (Isaías 2:10-12, 19).
“Naquele dia o Renovo do senhor [Jesus Cristo] será cheio de beleza e de glória, e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. E será que aquele que ficar em Sião e o que permanecer em Jerusalém, será chamado santo, todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém” (Isaías 4:2-3).
“Porque brotará um rebento [Jesus Cristo] do tronco de Jessé [pai do Rei Davi], e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o espírito do senhor … e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio … E acontecerá naquele dia que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso” (Isaías 11:1-4, 10).
“Eis que o dia do senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação e destruir os pecadores dela. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz. E visitarei sobre o mundo a maldade … Pelo que farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do senhor dos Exércitos” (Isaías 13.9-13).
Ademais, dezenas de outras profecias como as que aparecem no livro de Isaías também aparecem nos livros de Jeremias, Ezequiel e Daniel. Estes homens profetizaram sobre os terríveis dias que precederiam a vinda do Messias como Rei dos Reis.
Outros profetas falam claramente do fim dos tempos
Praticamente todos os doze livros conhecidos como os Profetas Menores têm algo a dizer sobre o tempo do fim. Joel e Zacarias são exemplos.
Deus inspirou Joel a descrever sobre a grande destruição que ocorre durante o Dia do senhor: “Tocai a buzina [Shofar] em Sião, e clamai em alta voz no monte da minha santidade. Perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do senhor vem, ele está perto. Dia de trevas e de tristeza … E o senhor levanta a sua voz diante do seu exército, porque muitíssimos são os seus arraiais porque poderoso é, executando a sua palavra porque o dia do senhor é grande e mui terrível, e quem o poderá sofrer?” (Joel 2:1-2, 11).
Zacarias acrescenta: “Eis que vem um dia do senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém … E o senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como no dia em que pelejou no dia da batalha. E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente … E o senhor será rei sobre toda a terra naquele dia um será o senhor, e um será o seu nome” (Zacarias 14:1-4, 9).
O assunto acerca do tempo do fim e do Reino de Deus figura tanto nos livros dos profetas que Pedro disse aos judeus que deviam crerer em Cristo, por causa deste testemunho. Pedro admoestou: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do senhor. E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (Atos 3:19-21).
O tempo do fim no Novo Testamento
A maior profecia de Jesus sobre o fim dos tempos é encontrada em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21, que é comumente chamada de Profecia do Monte das Oliveiras. Nesta ocasião, na semana anterior à Sua crucificação, Jesus e os discípulos deixaram o templo e escalou o Monte das Oliveiras (ou Monte Oliveira) para desfrutar de uma vista espetacular da cidade e do brilhante templo com suas pedras brancas e ornamentações de ouro. “E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir?” (Marcos 13:3-4).
Cristo, então, revelou-lhes as condições na Terra que levariam ao seu retorno. Ele disse que seria um período de desordem e crescente dificuldade. Ele alertou que durante este tempo a humanidade teria a capacidade de exterminar a vida humana da face da terra. “Haverá um sofrimento tão grande como nunca houve desde que Deus criou o mundo; e nunca mais acontecerá uma coisa igual. Porém Deus diminuiu esse tempo de sofrimento. Se não fosse assim, ninguém seria salvo. Mas, por causa do povo que Deus escolheu para salvar, esse tempo será diminuído” (Mateus 24:21-22, BLH).
Nem mesmo o poderoso Império Romano daquela era, com suas legiões, não chegou nem perto de ter o armamento necessário para varrer a humanidade da face da terra. Esta condição somente se tornaria uma possibilidade real no século XX com o desenvolvimento e implantação de armas de destruição em massa — nucleares, químicas e biológicas — em um arsenal mundial com a capacidade de matar cada homem, mulher e criança seguidas vezes.
Sinais de um fim iminente
Jesus descreveu resumidamente as condições que indicariam que o tempo do fim estava próximo. Ele advertiu aos seus discípulos: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mateus 24:4-5).
Primeiro Jesus profetizou que seria comum o uso do seu nome para conquistar seguidores. Isso sugere que muitas igrejas, denominações e organizações aparentemente cristãs que existiriam no tempo do fim seriam enganadas ao acreditar que seus líderes representavam a Cristo. Contudo, a Igreja que verdadeiramente segue a Cristo obedeceria fielmente a Palavra de Deus e Seus mandamentos. Jesus advertiu: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21).
Em seguida Ele descreveu as tendências políticas, militares e ambientais antes de Sua segunda vinda. “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores” (Mateus 24:6-8).
Uma analogia sobre as dores de parto
Muitos supõem que as constantes notícias sobre guerras, violência, rebeliões, fome, epidemias, terremotos e desastres naturais são sinais seguros de que estamos no tempo do fim. Certamente, Jesus Cristo e outros profetas bíblicos deixaram claro que tais tragédias abalarão a terra com a aproximação do tempo do fim.
Mas, Jesus Cristo mesmo explicou que estes fatores, por si só, não revelam que estamos no tempo do fim, porque haveria muitas catástrofes, antes que Ele retornasse. Essas tragédias, disse Jesus, preparariam o cenário para o maior conflito e sofrimento do fim dos tempos. Por mais horrível e mortal que sejam, essas catástrofes são apenas “o princípio das dores.” O pior ainda está por vir.
A Bíblia na Linguagem de Hoje traduz as palavras de Cristo em Mateus 24:8 como “as primeiras dores de parto”. Jesus estava usando uma analogia de uma mulher em trabalho de parto. Como o Comentário de Conhecimento Bíblico (The Bible Knowledge Commentary)explica: “Essas coisas, disse Jesus, será o princípio das dores de parto. Como as dores que uma mulher grávida sente quando seu filho está para nascer, assim estes conflitos universais e catástrofes significarão que o fim desta Era entre os adventos [de Cristo] está próxima” (1997, comentário sobre Mateus 24:8).
Portanto, Cristo não estava se referindo às catástrofes periódicas, tais como as guerras, fomes, epidemias e terremotos que ocorrem ocasionalmente, mas a um tempo específicoquando tais eventos gradativamente se agravariam . Assim como as contrações ficam mais fortes e frequentes antes do parto, do mesmo modo esses eventos se acentuariam em freqüência e intensidade antes da volta de Cristo.
Devemos considerar três questões importantes ao analisar se os eventos são os sinais do fim dos tempos descritos por Jesus Cristo. Primeiro, eles poderiam simplesmente ser parte do fluxo e refluxo normal de desastres que aspessoas têm experimentado ao longo da história? Segundo, todos os sinais que Jesus mencionou estão no seu devido lugar? E terceiro, há evidências sólidas que as tendências profetizadas e as condições estão inexoravelmenteaumentando e se intensificando?
Muitas pessoas bem-intencionadas têm errado ao interpretar os dramáticos eventos mundiais como sinais evidentes do fim dos tempos — apenas para vê-los não se concretizarem como se previa e passar tranquilamente para a história. Se tivessem sido mais cautelosos, poderiam ter percebido que nem tudo que Jesus falou estava em seu devido lugar naquele momento. Nós podemos ver ao fazer uma retrospectiva.
Hoje, mais do que nunca na história, vemos que está presente em nosso mundo a maioria dos aspectos dos sinais dados por Jesus Cristo. No entanto, alguns sinais decisivos do “tempo do fim” ainda não apareceram. No quebra-cabeça continua faltando algumas peças essenciais.
Outros sinais que marcam o tempo
Jesus predisse outros sinais que marcarão aquela época demasiadamente ameaçadora. Ele mencionou uma perseguição implacável contra o povo de Deus — desta vez em escala mundial — surgirá novamente: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24:9-13).
Ao piorar as condições, aumentará terrivelmente o número de pessoas assustadas e traidoras. Em um crescente clima de anarquia e de hostilidade, as pessoas vão abandonar umas às outras, a Deus e a Seus ensinamentos. O diabo, tendo sido lançado à terra e sabendo que seu tempo é curto (Apocalipse 12:12-17), vai tentar atrapalhar os planos de Deus.
Satanás vai inspirar seus seguidores a tomar o controle da cidade sagrada de Deus, Jerusalém. “Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que atenda), Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes … porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá mais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria …” (Mateus 24:15-16, 21-22; compare com Apocalipse 11:2).
Jerusalém já sucumbiu às forças estrangeiras antes — incluindo os romanos, árabes e turcos. Jesus predisse que forças estrangeiras novamente a controlariam numa época de crise mundial sem precedentes. Nesse mesmo período, haverá um incentivo a uma guerra que, se Deus não interviesse, toda a vida humana do planeta seria destruída.
Sinais religiosos e celestes
Jesus continuou citando outros sinais que marcariam o tempo do fim. Ele revelou que os líderes religiosos vão usar os poderes enganosos de Satanás para realizar milagres e para convencer o mundo a obedecer suas ordens. “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhes deis crédito. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:23-24).
Para contrapor esse engano, Cristo predisse que Seu evangelho seria pregado fielmente a todas as nações ao se aproximar o tempo do fim: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mateus 24:14).
Mais tarde, durante o período final de três anos e meio, Ele usará Seus dois servos, como poderosas testemunhas da verdade, dando-lhes poderes milagrosos. “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias [três anos e meio] … Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem” (Apocalipse 11:3, 6).
Outros acontecimentos dramáticos distinguirão esses dias finais. “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu e as potências dos céus serão abaladas” (Mateus 24:29).
Depois destes acontecimentos surpreendentes, Jesus disse que voltará à Terra com poder e esplendor. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (versículo 30).
A analogia da figueira brotando
Antes de concluir, Jesus deu outra analogia para nos ajudar a compreender que nem todas as catástrofes — guerras, fomes, pestes e terremotos — indicariam Seu iminente regresso. Ele compara a nossa observação dos acontecimentos que levarão à crise do fim dos tempos com o florescimento de uma figueira ao reconhecer, por isso, que o verão está próximo.
Ele disse: “Aprendei, pois, esta parábola da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas , sabei que ele está próximo, às portas” (versículos 32-33). Observe que todas essas coisas devem estar presentes para que a analogia seja válida.
E falando para aqueles que verão “todas estas coisas” acontecerem, Jesus continua: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (versículos 34-36).
Como na natureza, um falso clima primaveril pode ocorrer. Às vezes o clima esquenta e parece pronto para a primavera, com algumas árvores florindo, mas, em seguida, uma geada repentina faz um grande estrago. Da mesma forma, muitos eventos mundiais perturbadores no passado eram um falso clima primaveril.
Por exemplo, pela primeira vez na história o século 20 viu o surgimento de guerras mundiais. Essas duas guerras mundiais devastadoras causaram grandes desgraças e a morte de dezenas de milhões de pessoas. No entanto, essas guerras finalmente terminaram e o mundo voltou a uma trégua e uma relativa paz. A ocorrência de guerras terrivelmente destrutivas por si só não é prova de que o tempo do fim chegou.
Da mesma forma, a história tem visto oscilações periódicas da moral, indo da rígida moralidade à desprezível degradação e vice-versa. Assim aconteceu nos dias do apóstolo Paulo, no Império Romano, e nos dias do Império Islâmico, no Renascimento e em nossos dias.
Paulo descreveu a deterioração moral e espiritual dos valores que permearia os últimos dias: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Timóteo 3:1-5).
Novamente, a chave para determinar se uma desaceleração moral — incluindo a atual — é parte da degradação moral descrita pelos apóstolos e profetas é analisar se as constantes tendências têm aumentado ou diminuído ultimamente. Se continuarem a se intensificar, e são acompanhadas por outros sinais do fim dos tempos que Jesus Cristo e os profetas previram, então, os eventos finais podem estar à porta.