quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Estudo especial sobre a teologia da prosperidade

Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro

Nos dias atuais do que mais se fala é de prosperidade neste estudo iremos mostrar o que a Palavra de Deus diz sobre a verdadeira prosperidade e quais são os passos para alcançá-la, vamos verificar:

O que é Teologia da Prosperidade e quais seus representantes no Brasil

 A história da teologia da prosperidade

Na década de 80 o Brasil foi tomado por um movimento que atraiu e ainda atrai milhares de pessoas para as igrejas evangélicas, mas pouca gente conhece a fundo a história da teologia da prosperidade.

O pioneiro desse movimento foi o pastor Essek M. Kenyon(1867-1948), mas o maior divulgador foi Kenneth Hagin (1917-2003). A teologia da prosperidade busca a interpretação de uma série de textos bíblicos para fazer com que os fiéis entendam que Deus tem saúde e bênçãos materiais para entregar ao seu povo.

O teólogo Zwnglio Rodrigues recorda um trecho do livro “O Nome de Jesus” escrito por Hagin: “Por que, pois o diabo – a depressão, a opressão, os demônios, as enfermidades, e tudo mais que provém do diabo – está dominando tantos cristãos e até mesmo igrejas? É porque não sabem o que pertence a eles. (1999, p. 37)”.

Rodrigues explica que quando o autor diz que o povo não sabe o que lhes pertencem quer dizer que desconhecem seus direitos. Os pastores da teologia da prosperidade tentam ensinar esse conhecimento aos seguidores. “É a respeito do desfrute destas coisas [saúde e prosperidade] que os cristãos mantêm-se ignorantes, dizem os pregadores da confissão positiva”, lembra o teólogo.

As igrejas que pregam a Teologia da Prosperidade

A prova de que a Teologia da Prosperidade tem atraído cada vez mais fiéis é o crescimento das igrejas neopentecostais que a disseminam, entre elas pode citar a Internacional da Graça de Deus, Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo e Igreja Mundial do Poder de Deus.

Algumas igrejas pentecostais também estão entrando nessa linha, um exemplo disso são as recentes pregações de um dos maiores ícones deste segmento o pastor Silas Malafaia. Outro ícone do pentecostalismo que aparece nos sites de busca como simpatizante dessa doutrina é o pastor Marco Feliciano que nega ser um defensor da TP.

“Não sou adepto dessa desgraça, não! Sou assembleiano roxo!”, disse Feliciano que explica a diferença da sua pregação para a teologia da prosperidade. “Teologia da Prosperidade, não pode ser comparada com a Prosperidade que vem da Teologia. Existe na palavra centenas de afirmações sobre a benção que enriquece, que o Senhor é dono do ouro e da prata, que a prosperidade vem ao fiel”, diz.

Apesar de crer que a prosperidade é dom de Deus, Feliciano diz que é contra a massificação desse ensino. “Sou contra a massificação desse ensino, usando-o como método abusivo de ‘colheita’, tipo, lavagem cerebral para enganar os incautos.”

Ele também acredita na benção que vem através do dízimo e da oferta, mas diz que essas sementes precisam ser lançadas em um ministério sério. “Eu creio na benção que vem ao dizimista, ao ofertante e ao sacrificante. Quem planta colhe, quem não planta não colhe, quem planta muito colhe muito, quem planta pouco colhe pouco… Todavia só se colhe quando se planta em um solo fértil! Ministério sério.”

Contraposições

Enquanto muitas pessoas acreditam e correm para as igrejas em busca de saúde e bênçãos materiais, estudiosos e pastores caminham em contramão tentando alertar os perigos que esses ensinamentos podem trazer.

“O sucesso numérico das denominações que são legítimas e fiéis representantes da TP no Brasil se dá exatamente por causa das promessas de saúde e prosperidade que são oferecidas e dadas como certas.

Apelos desta natureza só podem redundar em uma aglomeração numerosa de fiéis, pois eles cativam facilmente aqueles que pensam ser o sucesso financeiro e a saúde o summum bonum (o bem maior) da vida”, diz Zwnglio Rodrigues.

O teólogo cita o versículo de Tiago 1:2 (Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações.) e ensina o que esse texto quer dizer. “O vocábulo “várias”, no grego, é poikilos e pode ser traduzido por “multicolorido”.

Em outras palavras, o cristão pode sofrer provações de todas as matizes. Ora, nesse universo policromático há de tudo, inclusive doença e falta de dinheiro.”

O problema desse movimento, segundo Rodrigues é que o “deleite não está no Senhor, mas no(s) serviço(s) que Ele, supostamente, se habilita a prestar”. Gospel Prime

A prosperidade na Bíblia
Mc 11.23 “porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.”.

O que falamos cria habilidade!

Sl 35.27 “Cantem e alegrem-se os que amam a minha justiça, digam continuamente: O Senhor que se deleita na prosperidade do seu servo, seja engrandecido”.

Sl 128.1 e 2 “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor, e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem.”.

Dt 28.1 a 8 “Se atentamente obedeceres à voz de Deus, tendo o cuidado de guardar todos os teus mandamentos que hoje te ordeno o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra.

Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, todas estas bênçãos virão sobre ti e te seguirão: Bendito serei na cidade, bendito serei no campo, bendito á o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais.

Dt. 8.10 a 18 “Antes te lembraras do Senhor teu Deus: porque é ele que te dá forças para adquirires riquezas.”.

Ec 2.26 “Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada, mas ao pecador, dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar aquele que agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento.”.

Pv 13.22 “O homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo.”

Jó 36.11 “Se o ouvirem e o servirem, acabarão seus dias em felicidade e os seus anos em delicias.”

Volte em Dt 8.18 – pratique todas estas palavras a partir de hoje.

Mt 25.23 “Quem é fiel nas pequenas coisas será nas grandes”, se for nas pequenas Deus abençoará mais. Diga sempre: SOU ABENÇOADO! SOU PRÓSPERO! Porque meu Deus supre todas as minhas necessidades. SOU RICO NO PODER DE JESUS CRISTO!

Ageu 2.8 “toda prata e todo ouro pertencem ao meu Pai” Somos filhos do Deus Altíssimo, Deus é nossa fonte, Ele supre nossas necessidades e se formos fiéis a Ele, Ele nos suprirá, mais além do que necessitamos, queremos ou pedimos.

Veja a seguir os 7 passos para a verdadeira prosperidade

1. Andar na Verdade

2. Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam na verdade. Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade)" (3 Jo 4; Ef 5.8-9). Freqüentemente a Bíblia emprega uma linguagem metafórica. Fala do “andar” significando conduta, comportamento. Assim ela fala de andar na luz, no amor e na verdade.

Andar na Verdade: é ter comunhão com o Senhor através da leitura da Bíblia, é receber suprimento da Sua palavra. Dizer que cremos no Senhor, que amamos o Senhor, mas sem conhecê-Lo através da Bíblia, é além de "vaidade", mentira. Portanto, andar na verdade, de maneira prática, é ler a Bíblia (Jo 17:17);

O andar na verdade tem algo em comum com o andar físico: se dá um passo depois do outro. Nossos dias estão constituídos por uma sucessão de decisões, palavras e atitudes que podem ser verdadeiras ou, pelo contrário, podem estar marcadas pela falsidade e hipocrisia. De opção em opção, de instante em instante, pouco a pouco se refaz a trilha em que uma pessoa se encontra no presente, seja na verdade ou na mentira.

Como andar na verdade? Não basta ler ou citar a Bíblia corretamente. Nossa vida forma um todo através do qual a verdade deve brilhar. Queremos realmente que a verdade, como um prumo, seja o padrão de medida de cada área de nossa vida? Queremos de fato nos livrar de toda falsidade e injustiça?

Então, decidamos sempre pelo Senhor e por Seus interesses. Ele é a luz que examina nossos atos e palavras. Será que Ele aprova o que fazemos, dizemos e pensamos? É difícil admitir que somos hipócritas e superficiais. Mas este é o caminho da liberdade no qual seremos conduzidos pelo Espírito Santo.

2. Fidelidade

A Bíblia é repleta de promessas para os servos de Deus que são fiéis. Um exemplo disto está no Salmo 1, um texto muito querido de todos nós e que provavelmente você até tem gravado em sua memória.

O Salmista descreve o servo fiel com as seguintes características: não segue conselho de ímpio, não imita a conduta de pecadores, não comunga com zombadores e tem profundo apego às Escrituras. Como resultado, o Salmo promete: (O Fiel) É como árvore plantada à beira de águas correntes: dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! (Sl 1:3).

Note que neste verso transcrito encontramos a frutificação e a prosperidade como promessas de Deus aos Seus servos fiéis. Basta observar as biografias dos servos de Deus para reconhecer que a fidelidade é prerrogativa para tais bênçãos.

Os patriarcas Abraão, Isaque, Jacó, José e todos os reis de Israel que foram fiéis ao Senhor, Daniel e seus três amigos Sadraque, Mesaque e Abdenego, dentre tantos outros exemplos, nos mostram que aos fiéis o Senhor reserva suas mais preciosas bênçãos.

Em II Crônicas 16:9, lemos como o Senhor identifica Seus fiéis: Pois os olhos do Senhor estão atentos sobre toda a Terra para fortalecer aqueles que lhe dedicam totalmente o coração. Este texto confirma o que o Salmo 101:6 nos ensina, que o Senhor procura os fiéis e os elege para servi-lo. O fiel é aquele que dedica totalmente seu coração, sua alma, sua vida ao Senhor. O texto menciona especificamente o coração, referindo-se à vontade e aos sentimentos. O fiel é aquele que abre mão de suas vontades e procura a Vontade do Criador.

A fidelidade requer testes. Há situações quando você será tentado a seguir seu próprio coração, seus impulsos, sentimentos e paixões. Porém, o fiel é aquele que consegue “crucificar” a própria vontade em prol de obedecer a Deus.

A Parábola dos Talentos (Mt 25:14ss) mostra que os servos foram testados ao receberem incumbências e que o terceiro, que sepultou o talento, foi reprovado pelo Senhor e declarado como um servo mau e infiel (v. 26). “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” Mateus 25:21 e 23 O propósito desta Pastoral é reafirmar que Deus tem dado a cada um de nós a capacidade de servi-LO em diferentes áreas da vida e ministérios, e vai cobrar prestação de contas um dia. Todos são capacitados por Deus.

A parábola dos talentos deve ser compreendida do ponto de vista espiritual. Os talentos se referem a bens que Deus confia a cada um de nós, como dinheiro, profissão, habilidades naturais e dons intelectuais e espirituais para serem usados para a Glória dEle. No caso da parábola, talento era dinheiro, uma espécie de “capital de giro” confiado pelo patrão aos seus empregados. A viagem do patrão pode ser entendida como a ausência física de Jesus da terra quando de sua ascensão aos céus, mas que voltará um dia!

1. OS TALENTOS ERAM DINHEIRO Historicamente, um talento equivalia a 6.000 Denário, moeda romana. Um Denário era o salário de um dia de trabalhador braçal. Em reais, digamos, esse dia de trabalho equivaleria a, mais ou menos, R$. 20,00. A quantidade de talentos confiada aos empregados foi proporcional à capacidade de cada um: “A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade.” (vs.15).

Deus continua entregando talentos em forma de dinheiro, profissão, capacidade e habilidades a todos os Seus servos. Fazendo as contas, se 1 talento equivalia a 6.000 denários, e se um denário era o salário de um dia de trabalhador braçal, mais ou menos R$.20,00, temos então que o primeiro recebeu R$.600 mil, o segundo R$.240 mil e o terceiro R$.120 mil.

2. O SENHOR CONFIOU SEUS BENS AOS SERVOS PARA QUE TRABALHASSEM EM SEU NOME. O senhor não disse aos servos o que eles deveriam fazer com os talentos, mas que certamente pediria contas ao voltar: “Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.” (v.19). Há diferença entre riqueza e prosperidade. Deus não prometeu que os Seus servos seriam ricos, mas que certamente seriam prósperos: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (vs. 21 e 23). Este “eu o porei sobre o muito” quer dizer: “eu o farei prosperar”.

3. A PROMESSA DO SENHOR É DE NOS FAZER PRÓSPEROS. – Prosperidade é crescimento, progresso ou desenvolvimento dos bens ou capacidades a nós confiados. Os servos da parábola que trabalharam o capital progrediram, desenvolveram, multiplicaram, prosperaram à taxa de 100% no período: “depois de muito tempo, voltou o senhor para ajustar contas com seus servos.” (v.19). O servo que enterrou o talento não progrediu, não o multiplicou, não o desenvolveu, e isto desagradou profundamente a seu Senhor.

4. QUANTO DEVERIA SER SEU PATRIMÔNIO HOJE? Se Você tem acima de 30 anos, confira seu patrimônio pessoal com esta fórmula: Renda anual x sua idade hoje: 10 = Patrimônio esperado. Pela fórmula, seu patrimônio precisa estar igual ou acima do “esperado” para ser considerado próspero.

5. O PERFIL DO SERVO QUE ENTERROU O TALENTO. Era um dizimista normal, que devolveu ao seu senhor o que já era dEle. Não há mérito nisto porque é ato de obediência e fé! Ele tinha imagem equivocada de seu senhor: “Colhe onde não plantou e ajunta onde não semeou!” (v.24). Ele tinha medo de correr riscos: “Tive medo, saí e escondi o seu talento no chão!”. “Enterrei-o!” (v.25). Cuidado com os talentos que Deus lhe tem dado! O 3º servo não progrediu, não o multiplicou, não o desenvolveu seu talento, portanto, não prosperou! Perdeu sua oportunidade! Enterrou seu talento!

6. A REAÇÃO DO SENHOR DIANTE DA ATITUDE DO 3º SERVO. O Senhor ficou decepcionado com seu servo: “Servo mau e negligente!” (v.26). Negligência é preguiça!

Veja o que diz Salomão em Provérbios 6:6 a 9: “Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento. Até quando Você vai ficar deitado, preguiçoso?”. O Senhor censurou a maldade e a negligência de seu servo. Se não queria ou tinha medo de negociar com o dinheiro dele, deveria, pelo menos, fazer uma aplicação financeira: “... devia ter confiado aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse com juros.” (v.27). O servo negligente só perdeu ao não investir seu talento. Se não investir, não há progresso, não há desenvolvimento, não há prosperidade! Investimento não é só em dinheiro, mas em gestos, condutas, ações em nossos relacionamentos, vida devocional e piedosa, levar Deus e as pessoas a sério…

7. CADA SERVO TEVE A MESMA OPORTUNIDADE. Cada servo estava na posse de recursos dos quais não era dono ou proprietário – eram administradores. Portanto, precisavam ter mais zelo ainda.

Tudo o que temos e somos provem e pertencem a Deus: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; pois foi Ele quem a fundou sobre os mares e a firmou sobre as águas.” (Salmo 24:1 e 2).

Somos apenas mordomos, despenseiros, servos para cuidar de algo que pertence a Deus: “... o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (1ª Coríntios 4:2); “Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1ª Pedro 4:10).

8. O SENHOR CONFIA SEUS DONS EM FORMA DE DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE. Cada um recebeu a quantidade de talento de acordo com a sua capacidade de trabalho, a critério de seu senhor: “... a cada um de acordo com a sua capacidade” (v.15). O caráter de cada um foi revelado na forma como lidaram com os talentos alheios a eles confiados.

9. CADA UM PODERIA INVESTIR O DINHEIRO COMO DESEJASSE. A Palavra de Deus nos ensina que o Senhor nos dá o pão e a semente. Pão é alimento para nosso sustento. Semente é para plantar, para multiplicar, para que se tenha no futuro o que comer: “Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que como, também lhes suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça.” (2ª Coríntios 9:10). Você está comendo a semente além do pão?

10. DIFERENÇAS ENTRE PÃO E SEMENTE. Pão é a provisão para nosso sustento, para nossa alimentação. Semente é a provisão para investimento que resultará em prosperidade. Se Você comer o pão e, depois, a semente também, não haverá meios para o progresso, para a multiplicação e para a prosperidade! Se o seu patrimônio hoje ainda não é o alvo desejado, transforme seus recursos em semente, em investimento no Reino de Deus e Você certamente colherá bons resultados!

3. Perseverança

Encontramos na Bíblia, Gênesis 26:12-22, uma das maiores lições de perseverança das escrituras sagradas. Histórias de perseverança, é bem verdade, são inúmeras na história da humanidade e até mesmo nas nossas vidas, mas o que me parece diferenciar a maioria dos casos desse caso específico é a maneira que se deve perseverar.

Isaque, um dos patriarcas, vai para terra dos filisteus e estando já bem instalado, com a proteção do Rei Abimeleque e – é claro – a benção de Deus, Isaque prosperou, mas prosperou a tal ponto que despertou a inveja dos outros, inclusive do próprio Abimeleque, que acabou mandando Isaque se retirar das terras acreditando que a prosperidade de Isaque era uma ameaça. Aqui parece nos surgir uma primeira lição: A prosperidade dos outros nos incomoda? A felicidade dos outros nos incomoda? Amados, não ignorem os sinais que muitas vezes são claros: incomodar-se com a felicidade, prosperidade e alegria alheias é inveja! Julgar os outros, seja pelo passado ou qualquer outro motivo, diante da prosperidade desses é a mais pura inveja.

Por causa da inveja, os poços citados foram todos entupidos. O que você faria no lugar de Isaque?

Olha, amados, eu sinceramente – no mínimo – diria alguma coisa, protestaria...Outros, no mundo de hoje, iriam bem mais longe...E você?

A Bíblia ensina que Isaque simplesmente se retirou do local pacificamente e foi para outro lugar, onde tornou a abrir poços até achar uma mina de água. Que maravilha, né? Será que temos nos retirado das situações cotidianas onde nossos “poços” tem sido entupidos?

O “prosperar” do Salmo 1º não deve ser confundido com as benções automáticas, prometidas pela “teologia da prosperidade”. Nela todo crente, pelo simples fato de se filiar a uma igreja, tem a garantia de alcançar uma polpuda conta bancária, com direito a carro do ano, casa em bairro nobre e roupas com marcas granfinas. A prosperidade, referida pelo Salmista, tem a ver com perseverança. Há traduções que dizem: “ele leva até o fim tudo aquilo que começa”. A prosperidade do cristão, neste contexto, é aquela que advém da atitude de responsabilidade, de compromisso, da coragem de continuar apesar de todos os pesares. A prosperidade do cristão é, sim, uma conseqüência natural da sua fidelidade ao seu senhor. Ela é o prêmio que o Senhor dá à disciplina espiritual e física do cristão que, quando começa a arar a terra, “não olha para trás”. Bem-aventurado o cristão perseverante na sua fé nas suas obras: ele prosperará.

4. Dizimar

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.” Ml 3.10, 11 e 12 O Dízimo foi instituído por Deus a Seus amados. As primeiras citações referem-se ao período patriarcal, a Palavra mostra-nos Abrão (“E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.” Gn 14.20) e Jacó (“e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo.” Gn 28.22) como observadores desta prática. Posteriormente, com a Eleição de Israel como povo de Deus, tornou-se um mandamento.

O dízimo era uma prática comum antes da Lei, durante a Lei e mandamento aos que vivem após a Lei. Jesus não determinou de forma direta a obrigatoriedade em dar-se “os dízimos” aos participantes da Nova Aliança, no entanto, este costume é citado algumas vezes no Novo Testamento, levando-nos a entender que é uma bênção que se estende aos Cristãos.

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